Cunha escreveu:Penguin escreveu:[ quote="Cunha"]
Depende do ponto de vista: necessário por/para quem?
Pode ser o necessário para atender a FAB.
Ou pode ser o que o governo de lá acha necessário vender, como quando vendeu F-5 ao invés de F-4.[/quote]
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Vc está se confundindo. Isso foi no final da década de 60. O F-4 estava restrito a OTAN e aliados próximos.
No início da década de 70, quando da compra do F-5, foram avaliados G-91, Jaguar, Harrier, F-5E e A-4. A FAB nem considerou o concorrente francês do F-5E, o Mirage 5/50.
Mas não houve surpresas. Inclusive foi oferecido a fabricação sob-licença, caso a encomenda chegasse a mais de 72 unidades.
Por falar em histórico de off sets tecnologicos e comerciais, o site do IFI/CTA faz um histórico...tem alguém off set tecnológico francês ai?:
http://www.ifi.cta.br/desenvolvimento-i ... torico.php
Offset
Breve Histórico do Offset no Comando da Aeronáutica
No princípio dos anos 50, ocorreu o que pode ser considerada a primeira operação de offset sob a forma de Barter, quando a FAB adquiriu da Inglaterra aeronaves Gloster Meteor TF-7 e F-8, que foram trocadas pelo valor equivalente em algodão.
Em 1974, o Offset foi utilizado pelo então Ministério da Aeronáutica, na aquisição de aeronaves F-5E, por meio da transferência de tecnologia para a produção e montagem de estabilizadores verticais e de pilones das aeronaves F-5E pela Embraer. As tecnologias de materiais compostos (honeycomb bonding), de tratamentos térmicos e de usinagens especiais obtidas pela empresa foram transferidas para os novos projetos EMB-XIngu e EMB-120 Brasília, por efeito de spin off.
Outra operação de offset ocorreu quando, por ocasião da aquisição do Centro Integrado de Defesa e Controle do Tráfego Aéreo - Cindacta I, à empresa francesa Thomson, foi negociada a venda para a Força Aérea Francesa de 41 aeronaves Xingu, que ainda equipam um esquadrão de treinamento de pilotos de transporte.
O CTA implementou ao longo dos anos 70 e 80, por intermédio do IFI, diversas ações de offset contemplando a
transferência de tecnologia para produção, no País, de partes de motores e diversos outros componentes e peças, que possibilitaram saltos tecnológicos a diversas empresas do setor aeroespacial.
Em 1979, negociações conjuntos com o Grupo Aeromot e autoridades do Ministério da Aeronáutica, possibilitaram a obrigatoriedade de que as aeronaves Boeing 737 e Airbus A300 adquiridas pela Varig e Vasp tivessem instaladas poltronas fabricadas pela empresa brasileira, contemplada com transferência de tecnologia e treinamento adequado.
Em 1992, houve apenas uma negociação de vulto, levada a cabo pelo então Deped, relativa à aquisição de aeronaves MD-11 pela Varig, na qual Embraer foi a maior beneficiada, com sucessivos contratos de fabricação dos conjuntos de flaps dos MD-11 (300 conjuntos), incluindo treinamento e transferência de tecnologia, além de financiamento de aeronaves EMB-120 Brasília para o mercado dos EUA.
Em 1991 e 1992, foram aprovadas a Política de Compensação Comercial, Industrial e Tecnológica do MAER e a Diretriz 360-1, que regulava a política.
Em face disso, os projetos de modernização das aeronaves F-5BR, aquisição de aeronaves de caça (F-X), transporte (CL-X), patrulhamento marítimo (P-3BR), aquisição de sistemas e sensores e a modernização das aeronaves A-1M, e outros projetos em andamento, todos estão contemplando exigências de compensação.
Em 27 de dezembro de 2002, por intermédio da Portaria Normativa n.º 764/MD, foi aprovada a Política de Compensação Comercial, Industrial e Tecnológica do Ministério da Defesa, que, com isso, passa a assumir a coordenação estratégica das compensações em benefício da indústria de defesa, a partir das importações de sistemas e equipamentos pelas Forças Armadas.
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