O Brasil se arma

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Bolovo
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Re: O Brasil se arma

#46 Mensagem por Bolovo » Qui Set 11, 2008 6:06 pm

Clermont escreveu:
cb_lima escreveu:Qual a necessidade de obrigar os jovens a prestar o Serviço Social Obrigatório aos 18 anos de idade? Entendo o Serviço Militar, mas o Serviço Social?

Existe realmente a necessidade disso?
Uai! Como não tem necessidade?

É claro que tem necessidade.

Necessidade de mão-de-obra escrava.

Pra que reformar a porcaria do Estado brasileiro, por exemplo? Muito melhor, arranjar escravos do "serviço social" para servirem de médicos, enfermeiros e assistentes sociais. Dessa forma, é possível economizar uns trocados para aumentar o salário dos poderes legislativo, judiciário e executivo.

Realmente, pra quê fazer uma licitação pra consertar alguma estrada, se a gente pode mandar escravos militares dos batalhões de engenharia de construção fazerem o trabalho? Né não?

É melhor ainda do que antes de 1888: agora, os escravos vão ficar felizes, achando que estão "cumprindo um dever sagrado para com a Pátria".

Como dizia uma piada, "Cuidado, negão, que a Lei Áurea foi escrita à lápis!"
Era só o que me faltava... vou virar escravo! :mrgreen: [002]




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Re: O Brasil se arma

#47 Mensagem por Bourne » Sex Set 12, 2008 11:11 am

Isso é uma visão untrapassada. Deveria, sim, buscar a profissionalização das FA's e evitar o alistamento obrigatório. Por outro lado, me parece uma boa idéia criar uma guarda nacional formada em grande parte por reservistas (ou melhor, que tenham vida civil) para agir dentro do país em situações de crise e emergência.




ciclope
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Re: O Brasil se arma

#48 Mensagem por ciclope » Sáb Set 13, 2008 1:54 am

O povo brasileiro e um povo santo. Vive de promessas!
Prometem verbas, acreditamos.
Prometem as mesmas verbas para a outra semana, acreditamos.
Confirmam as verbas com serteza absoluta no proximo mês, adivinhem; Acreditamos.
O pior e que dizem se preocpar com a soberania do país, com a sua segurança,com o seu desenvolvimento e que alem disso almeijam um assento permanente no conselho de segurança das nações unidas, aquele que todos os membros são potências não só militares como nucleares!
E nós senhores acreditamos. somos um povo santo, vivemos de promessas.




Bothrops
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Re: O Brasil se arma

#49 Mensagem por Bothrops » Sáb Set 13, 2008 2:39 pm

Tem gente neste país (uns poucos) que gostam de puchar o saco dos norteamericanos e dos fabianos. Vamos enfrentar de frente, nada de entreguismo. A presença da IV Frota justifica retomar o nosso projeto de construir artefatos atômicos. Esta frota, que está em nossas águas, sobre o pré-sal, dispõe de várias bombas atômicas e isso não é novidade, é fato notório. Isto nos dá direito a retaliação. Portanto o rearmamento de nossas FFAAs deve iniciar pela fabricação das nukes!! (e dos meios para lançá-las).




Num tá morto quem peleia!!
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Re: O Brasil se arma

#50 Mensagem por ciclope » Ter Set 23, 2008 10:39 pm

Quem com ferro fere com ferro será ferido. Más para ferirmos quem nos feriu temos de ter um ferro.
Hoje, o Brasil só tem um pau. E estamos sendo sercados por individuos mal intencionados armados ate os dentes e se armando um pouco mais.
Devemos nos preparar pois isso esta me cheirando a ganho de confiança.
Guando eles se sentirem em condiçôes de ferir sem ser feridos.....




jauro
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Re: O Brasil se arma

#51 Mensagem por jauro » Seg Set 29, 2008 2:23 pm

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A hora de comprar armas

O governo decide: o reaparelhamento das Forças Armadas com equipamentos de alta tecnologia vai estar vinculado ao desenvolvimento da indústria brasileira

Mário Simas Filho
FOTO: REUTERS


MOMENTO DE DECISÃO Militares treinam no Espírito Santo enquanto esperam novos equipamentos

Na última semana, enquanto cerca de dez mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica participavam de treinamento conjunto na praia de Itaoca (ES), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, trabalhava para finalizar o plano estratégico que indicará a destinação das Forças Armadas. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto deverá ser lançado até o final de outubro. Antes disso, porém, o plano deverá ser apreciado pelos ministérios do Planejamento, Fazenda, Relações Exteriores e Ciência e Tecnologia, e submetido ao Conselho de Defesa Nacional. Mais do que por detalhar a missão dos militares, o plano é importante porque orientará a forma como o Brasil vai investir para reequipar as forças militares. "Os equipamentos adquiridos serão aqueles necessários para dar cumprimento às metas estabelecidas", afirmou Jobim. Além disso, segundo o ministro, o reaparelhamento das Forças Armadas servirá para que o País avance tecnologicamente, permitindo maior desenvolvimento da indústria nacional. "A transferência de tecnologia é um dos principais critérios na definição sobre o que vamos comprar", disse Jobim.

Apesar de o plano estratégico estar em fase final de acabamento, algumas decisões já foram sacramentadas pelo governo. Uma delas diz respeito à substituição dos caças supersônicos da Força Aérea Brasileira. Tanto a Aeronáutica como o Ministério da Defesa concluíram que o País precisa de no mínimo 102 novos caças de última geração. A decisão do governo é que nos próximos 20 anos sejam comprados 36 caças, com total transferência de tecnologia, de maneira que os outros 66 possam ser fabricados no Brasil, por empresas nacionais. "Precisamos ter a tecnologia suficiente para produzir nossos equipamentos e colocar a indústria brasileira em patamares competitivos internacionalmente", afirmou na quarta-feira 24 um dos oficiais da FAB envolvido na seleção dos caças que serão adquiridos. Três aviões disputam esse pacote de aproximadamente US$ 4 bilhões: o francês Rafale, o russo Sukhoi e o sueco Gripen. Os fabricantes já responderam a uma série de quesitos elaborados pelo Brasil e novas questões poderão ser colocadas, principalmente no que diz respeito ao nível de transferência tecnológica.


O caça Gripen, candidato a equipar a FAB

Sabe-se, por exemplo, que os suecos não podem assegurar a total transferência de tecnologia do Gripen. O avião possui vários componentes de fabricação americana e o governo dos Estados Unidos não permite que essa tecnologia seja vendida a outros países sem o consentimento prévio da Casa Branca. "Isso não interessa ao Brasil", disse o oficial da FAB ouvido por ISTOÉ. Apesar de alguns simpatizantes do avião sueco entenderem que esse é um impasse contornável, registros do Departamento de Estado dos EUA apontam em outra direção. A lei é severa. O descumprimento dela implica em sanções civil e criminal. Com multas de até US$ 1 milhão e prisão de até dez anos. Em 2007, apenas em processos civis, o governo americano distribuiu multas no valor de US$ 60 milhões. Na área criminal, houve 283 prisões, 198 indiciamentos e 166 condenações.

Outra decisão já tomada pelo governo se refere à Marinha. "O Brasil precisa estar preparado para defender sua costa, principalmente com as novas descobertas de petróleo", avalia o ministro Jobim. A decisão é que o País irá apostar no desenvolvimento de um submarino nuclear. Para tanto, já fechou um acordo com os franceses para a compra de quatro submarinos convencionais. O objetivo é desenvolver em território nacional um casco que permita a acomodação do reator nuclear, já em desenvolvimento no País, até 2020. Segundo o ministro Jobim, a negociação foi consolidada no encontro entre os presidentes Lula e Nicolas Sarkozy (FRA), em fevereiro.

Ao contrário dos alemães, com os quais o Brasil tinha parceria em submarinos, os franceses têm esses equipamentos movidos a energia nuclear e se comprometem a transferir a tecnologia necessária para o desenvolvimento de um novo casco no Brasil, maior que o usado nos submarinos convencionais. Para tanto, o governo terá agora que investir em instalações seguras para a construção dos novos equipamentos. A Marinha comemorou a decisão, mas alguns oficiais estão apreensivos. Querem assegurar um fluxo de recursos para a próxima década, para evitar que o projeto sofra interrupções por causa de questões orçamentárias.


AS ARMAS DA FRANÇA
Imagem


Empresas do país europeu são favoritas a abocanhar a melhor parte dos contratos e fornecer equipamentos para as Forças Armadas

ADRIANA NICACIO



SUBMARINO DA FROTA FRANCESA: Marinha encomendou três unidades e usará tecnologia para projeto nuclear

PARA AS FORÇAS ARMAdas brasileiras, Papai Noel fala francês e se chama Nicolas Sarkozy. Trata-se, sim, do presidente da França, que deve desembarcar em Brasília às vésperas do Natal (provavelmente no dia 22 de dezembro) trazendo um pacote há muito tempo almejado pelos militares nacionais: a renovação dos principais equipamentos de defesa de Exército, Marinha e Aeronáutica. No Brasil, Sarkozy também ganha um presentão. Devem ser da França os principais contratos para fornecimento desses equipamentos. Já é tido como certo no Ministério da Defesa, responsável pelas encomendas, que o presidente francês assinará aqui um amplo acordo estratégico de transferência de tecnologia, que começa com a área naval e chega aos céus, com a disputadíssima concorrência para a fabricação de caças para a Força Aérea Brasileira. Os primeiros acordos devem resultar na conclusão do projeto de construção de um submarino a propulsão nuclear para a Marinha. A francesa DCN (Direction des Constructions Navales) fabricará três submarinos convencionais Scorpène, de propulsão a diesel. A partir deles, o Brasil poderá desenvolver a parte não nuclear do submarino nuclear, que é a tecnologia de rigidez e tamanho do casco. Além disso, o acordo com a França inclui a fabricação de helicópteros militares que serão fabricados em Itajubá, pela Helibrás, consórcio com a também francesa Eurocopter. Essa fábrica atenderá as três Forças. Nela deverão ser produzidos helicópteros EC-725 para as Forças Armadas e outros clientes (Petrobras, por exemplo). As Forças Armadas já se comprometeram a comprar 51 unidades (17 para cada força). "O submarino nuclear é uma das prioridades do Brasil, depois da descoberta de reservas petrolíferas na área do présal, que tem potencial para transformar o País em um dos principais produtores de petróleo", afirma Nelson Jobim, ministro da Defesa.

O desembarque pelo mar foi a estratégia adotada pela França para abocanhar as melhores fatias do Plano Nacional de Defesa (PND), em fase de conclusão no governo. A intenção de Jobim era tê-lo divulgado na patriótica data de 7 de Setembro, mas seu projeto acabou abatido pela crise das escutas ilegais. O presidente Lula suspendeu o anúncio, irritado com Jobim, que deflagrou toda a crise ao dizer que a Abin tinha equipamentos para fazer grampos. A afirmação contrariou uma parcela da área militar. Por isso, Lula preferiu esperar o clima acalmar para anunciar com pompa o plano. A versão oficial é que o presidente decidiu abrir uma discussão "ampla e profunda" com outros ministros. Se tivesse sido divulgado, é possível que o plano incluísse, além dos submarinos e helicópteros, encomendas de navios de patrulha. A Marinha tem um acordo de transferência de tecnologia com a empresa CMN, da França, que envolve a construção no Brasil de navios-patrulha de 500 toneladas. Dois já foram adquiridos e estão em construção. A CMN transferiu a tecnologia para a Inace, do Ceará, com apoio da Engepron, empresa de gerenciamento de projetos da própria Marinha. Um novo contrato, prevendo a construção de outros quatro navios, deve ser assinado ainda neste mês. A CMN também deverá participar do projeto do navio-patrulha oceânico que fará parte do PND. Outra área que interessa à França é a espacial, em especial os satélites geo-estacionários. O PND trará projetos nesse sentido. Já conversaram com o governo a EADS Astrium (divisão espacial da EADS) e a Thales Alenia Space (braço espacial do grupo francês Thales).

Apenas uma grande compra ainda não foi decidida no plano, que deverá ser apresentado entre 30 e 60 dias. Não se sabe quem fabricará os futuros caças brasileiros. A principal disputa é entre o russo Sukhoi, SU-35, do Rosoboronexport, e o francês Rafale, da Dassault, ambos de última geração e com transferência completa de tecnologia. No caso do Rafale, a Dassault garante que abrirá os nove milhões de códigos de seus sistemas. O Ministério da Defesa torce o nariz para o russo, devido às dificuldades da língua. Com menos força na disputa, continuam fazendo forte lobby a americana Boeing, com seu F-18, e os consórcio anglosueco Saab-BAE Systems, com o Gripen. Ocorre que ambos só podem transferir tecnologia parcialmente. No caso do sueco Gripen, a fabricante não pode abrir os códigos de itens como o radar e partes do motor, que são americanos. Ciente de que ainda tem chances, embora poucas, o presidente russo Dmitry Medvedev fará sua primeira visita oficial ao Brasil entre os dias 12 e 13 de novembro. A pretexto de assinar acordo nas áreas de inteligência, monitoramento e, possivelmente, treinamento, Medvedev tentará recuperar parte da dianteira aberta por Sarkozy. Até agora, a França é a grande parceira do Brasil. Se optar pelos Rafale, os franceses prometem desenvolver também um Ucav (veículo aéreo não tribulado de combate armado). Trata-se de uma oferta de encher os olhos. Enquanto um piloto de caça, voando, resiste a manobras com até 12 vezes a força gravitacional, um Ucav pode efetuar movimentos a 20G




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: O Brasil se arma

#52 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Set 30, 2008 8:19 pm

O Ministério da Defesa torce o nariz para o russo, devido às dificuldades da língua
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Faltou "painel azul, parafusos, casinhas, óleo de Marte" e etc, etc, etc. Esse cara podia ter vindo aqui, tem até um tópico só com essas baboseiras. :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: O Brasil se arma

#53 Mensagem por PQD » Qua Out 01, 2008 9:09 am

Panorama Político

Exército vai reduzir expediente

ILIMAR FRANCO com Fernanda Krakovics, sucursais e correspondentes



O general Enzo Peri diz ainda que "informações da Secretaria de Orçamento Federal indicam que o volume de recursos (da área) a ser descontingenciado não será expressivo". Com isso, a partir de novembro, não haverá dinheiro para gastos com saúde, e serão afetados os estoques mínimos para alimentação da tropa. Haverá falta de combustível para operações, de verba para treinamentos e agravamento da situação dos estoques de munição. Para enfrentar a situação, serão tomadas as seguintes providências: licenciar, no mais curto prazo, os recrutas incorporados este ano e reduzir o expediente nas organizações militares.





Panorama Político

Segurança ameaçada



O comandante do Exército, Enzo Peri, enviou e-mail ontem para a rede de comando de sua Força informando que, por falta de recursos, haverá "comprometimento das ações destinadas à segurança das eleições municipais". Diz que recursos do TSE cobrem a operação, mas são insuficientes para garantir o apoio das organizações militares. O Exército reivindica liberação imediata de R$445 milhões, que estão contingenciados.

:roll:




Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
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Re: O Brasil se arma

#54 Mensagem por Guerra » Qua Out 01, 2008 10:26 am

PQD escreveu:Panorama Político

Exército vai reduzir expediente

ILIMAR FRANCO com Fernanda Krakovics, sucursais e correspondentes



O general Enzo Peri diz ainda que "informações da Secretaria de Orçamento Federal indicam que o volume de recursos (da área) a ser descontingenciado não será expressivo". Com isso, a partir de novembro, não haverá dinheiro para gastos com saúde, e serão afetados os estoques mínimos para alimentação da tropa. Haverá falta de combustível para operações, de verba para treinamentos e agravamento da situação dos estoques de munição. Para enfrentar a situação, serão tomadas as seguintes providências: licenciar, no mais curto prazo, os recrutas incorporados este ano e reduzir o expediente nas organizações militares.





Panorama Político

Segurança ameaçada



O comandante do Exército, Enzo Peri, enviou e-mail ontem para a rede de comando de sua Força informando que, por falta de recursos, haverá "comprometimento das ações destinadas à segurança das eleições municipais". Diz que recursos do TSE cobrem a operação, mas são insuficientes para garantir o apoio das organizações militares. O Exército reivindica liberação imediata de R$445 milhões, que estão contingenciados.

:roll:

Nada mudou, galera!!




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Re: O Brasil se arma

#55 Mensagem por jauro » Qua Out 01, 2008 6:18 pm

No comprasnet de hoje 2 RM, 4º e 10 DSup, compraram(licitaram Sup Cl 1, comida) por 90 dias.
O que não falta neste pais é jornalista e mídia para desmoralizar as Fç A.




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Re: O Brasil se arma

#56 Mensagem por Guerra » Qui Out 02, 2008 9:50 am

jauro escreveu:No comprasnet de hoje 2 RM, 4º e 10 DSup, compraram(licitaram Sup Cl 1, comida) por 90 dias.
O que não falta neste pais é jornalista e mídia para desmoralizar as Fç A.
Mas aqui no quartel que eu sirvo já estão fazendo cortes no rancho.




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Re: O Brasil se arma

#57 Mensagem por ciclope » Qui Out 02, 2008 10:19 pm

A te parece que foi incomendada essa crise américana. Eles adiaram o plano estategico, estrategicamente aguardando algum problema com as finanças da nação para com um olhar triste, anunciar que devido a situação financeira vigente, fica impossipilitado o aumento de investimentos em defesa e para calar a boca de quem reclamar eles ainda diram que isso foi feito para se manter os gastos sociais.
Infelismente que viver verá.




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Re: O Brasil se arma

#58 Mensagem por PQD » Ter Out 14, 2008 10:46 am

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NOVO DESAFIO - Soldados patrulham trecho da Floresta Amazônica próximo da fronteira com a Colômbia. A ação visa inibir movimentos de guerrilha no local





Segunda semana de fevereiro de 2008. O italiano Pietro Borgo, tipo baixo, pálido, cabelos grisalhos, de aparência não muito simpática, entra no gabinete do comandante da Marinha, almirante Júlio Moura Neto, em Brasília. A Iveco Defense, empresa que o executivo dirige em Bolzano, norte da Itália, acabara de ganhar, em consórcio com parceiros brasileiros, um atraente contrato do Exército para fornecer os protótipos da nova família de veículos blindados leves. Sobre rodas, eles substituirão os já cansados e obsoletos Cascavéis e Urutus, fabricados em São Paulo três décadas atrás.

O Exército requer 1.970 desses veículos, e Borgo tinha a informação de que os fuzileiros navais também precisariam de, ao menos, algumas dezenas deles. Basta saber que os Urutus que os fuzileiros levaram para patrulhar as ruas de Porto Príncipe, na missão de paz patrocinada pela ONU no Haiti, exibiram tamanhas deficiências que a Marinha teve de importar, em 2007, uma dúzia de carros suíços para levar seu trabalho a bom termo.

No catálogo multicolorido exibido por Borgo a Moura Neto, saltitavam os últimos modelos de blindados anfíbios, que, levados de barco até perto da praia, navegam lépidos em meio à arrebentação das ondas. Eles já equipam tropas de fuzileiros de diferentes Marinhas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e, volta e meia, aparecem no Iraque e no Afeganistão.

Moura Neto olha curioso, mas sem interesse objetivo. Num inglês direto, diz:

– Poderemos comprar os mesmos carros que os senhores vão fabricar para o Exército.

Os olhos claros do visitante piscam rápidos, num gesto automático para se refazer da surpresa. Então não é de blindados aptos ao desembarque nas praias que a infantaria da Marinha do Brasil precisa? Como se adivinhasse a confusão instalada na cabeça do italiano, o almirante brasileiro afirma:

– Queremos esses carros para cruzar rios.

Dessa forma, o comandante da Marinha do Brasil sintetizou há oito meses a realidade estratégica que hoje orienta a defesa do país: os fuzileiros, infantaria de elite dessa força armada em qualquer país, cuja missão é lutar nas praias oceânicas durante o desembarque, terão de se deslocar, de forma protegida, a bordo de viaturas blindadas, no emaranhado de rios da Amazônia. Essa região brasileira, que por séculos viveu ao abrigo de quaisquer intervenções – locais ou estrangeiras –, é o atual centro dos acontecimentos.

Esta edição de ÉPOCA Debate trata dos desafios que essa mudança de prioridades impõe às Forças Armadas brasileiras. Espera-se, para as próximas semanas, o anúncio de um novo Plano Estratégico da Defesa Nacional, cujas linhas gerais são reveladas em primeira mão nesta edição pelo ministro Roberto Mangabeira Unger. Ao longo destas páginas, analisamos ainda a nova conjuntura a que os militares têm de responder, quão defasada está nossa estrutura em relação às necessidades e o tamanho do desafio de vigiar uma Amazônia tão vasta e despovoada. Também mostramos, num quadro histórico, como as Forças Armadas atuaram na vida dos brasileiros – com ações que vão da Proclamação da República à instauração da ditadura, do pioneiro esforço de proteção aos indígenas pelo marechal Cândido Rondon à ocupação do Rio de Janeiro para garantir a segurança das últimas eleições municipais. O Brasil é um dos três únicos países do planeta que fazem fronteira com dez ou mais vizinhos terrestres – os outros dois são a Rússia, com 14, e a China, com dez. Por isso, precisa ter tato diplomático para lidar com países com todo tipo de orientação político-ideológica. O arco de 15.700 quilômetros que vai da Tríplice Fronteira, na foz do Rio Iguaçu, em pleno Sudeste, até o Oiapoque, limite setentrional com a Guiana Francesa, reúne, pela primeira vez, governos irrequietos e até instáveis, cujas atitudes não podem ser para sempre tratadas com bonomia e condescendência.

Se a Amazônia subiu ao topo das prioridades para as Três Armas, a proteção a riquezas emergentes no Atlântico tende a mudar radicalmente o perfil modorrento que a Defesa assumiu em décadas recentes. Daí a preocupação do almirante Moura Neto, também, com a vigilância das águas, cuja exploração econômica é reconhecida como de direito do Brasil. São 4,4 milhões de quilômetros quadrados, ou metade do território brasileiro. “Amazônia Azul”, eis como seus colegas de farda a chamam.

Nela, figuram as jazidas submarinas que, entre os litorais do Espírito Santo e de São Paulo, prometem transformar o Brasil em exportador de petróleo. E, também, as rotas dos que atacam as tripulações de barcos mercantes, dos contrabandistas de armas e dos traficantes de tóxicos, sob vigilância dramaticamente precária. Por falta de recursos, o controle por radar do tráfego marítimo na área da bacia fluminense de Campos inexiste. Para monitorar a extensa costa do Amapá, onde é desovado o contrabando oriundo das Guianas, a Marinha dispõe apenas de um navio-patrulha de 200 toneladas. Seu canhão atira, no máximo, a 12 quilômetros.

Em 2007, cinco meses antes do diálogo entre o executivo italiano Pietro Borgo e o almirante Moura Neto, o general Enzo Peri, comandante do Exército, disse a congressistas em Brasília que, antes de pensar em instalar mais quartéis na Amazônia, é preciso “dar condições de operacionalidade às instalações que existem na fronteira”. Elas somam 71 e convivem com um terror: a inclemência do tempo, quentíssimo e de alto índice de umidade. Não faltam canhões, balas ou rádios de campanha, mas, sim, ar-condicionado ou geladeiras para que soldados nas fronteiras com a Venezuela, Colômbia e Bolívia possam guardar alimentos. E para que o comando da Aeronáutica abrigue suas modernas aeronaves, como os caça-bombardeiros AMX, verdadeiros computadores voadores.

Para uma sociedade que, há três gerações, vive ao abrigo de conflitos armados internacionais, essa conversa soa enigmática. No Brasil, há dois militares profissionais na ativa por mil habitantes. Nos Estados Unidos e na Colômbia, ambos metidos em conflitos quentes, essa proporção é cinco vezes maior. O solo brasileiro não é invadido desde 1865, quando pelo Rio Grande do Sul começou a Guerra do Paraguai, o maior conflito sul-americano da História, em que 10 milhões de brasileiros alocaram 200 mil soldados. Quando o governo fala em reativar a indústria de defesa e comprar equipamentos modernos, disposto a aplicar no setor 1% adicional do Produto Interno Bruto (PIB), é como se houvesse um pacto de solidariedade nacional para proteger a Amazônia ou as recém-descobertas jazidas submarinas de petróleo.

Por quase todo o século XX, o esforço com a defesa se justificou pela rivalidade temerosa com o maior poder econômico da Argentina. Hoje, o desafio está em outro lugar, em querelas localizadas. Algumas nada têm a ver com o Brasil – caso da insatisfação regional nas províncias limítrofes da Bolívia ou da guerrilha histórica que ocupa partes da selva colombiana e cujos protagonistas usam a porosidade da fronteira como retaguarda para abastecimento e descanso. A intuição reza que a inércia diante desse barulho pode ser inaceitável.

A difícil questão é respondida, no novo Plano Estratégico, com argumentos que defendem o interesse nacional. E superam o conflito ideológico dominante no século XX, que vigiava em nome do discutível “perigo comunista”. O Brasil chegou a conquistar, em nome dessa pendenga global, boa dose de autonomia em defesa, com programas de origem militar, como a pesquisa nuclear e espacial, a indústria aeronáutica, a de construção naval, e a aplicação militar da eletrônica e da informática que consumiram farto investimento. Mas tudo ruiu em 1982, quando o Brasil quebrou por causa de suas finanças externas. Denso e magro, um livreto escrito nos anos 1950 pelo então tenente-coronel Golbery do Couto e Silva, cérebro mais bem preparado da então nascente Escola Superior de Guerra, era o manual estratégico de defesa de que dispunha o país. Sob o título de Planejamento Estratégico, o Brasil emergia como potência média, de influência regional, protegida de confrontos “pelo guarda-chuva nuclear” dos Estados Unidos.

Para sair dessa condição subalterna, os militares articularam um projeto de autonomia tecnológica. Seus rebentos são a Embraer ou o sistema de propulsão do submarino nuclear, desenvolvido no Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo. A estabilidade da moeda, conquistada a partir de 1994, e a construção do mercado interno auto-sustentável trouxeram questões de longo prazo. O petróleo do pré-sal renderá dinheiro a partir de 2017. Até lá, o sistema de proteção terá de funcionar. Para coabitar com essa potência brasileira futura, alguns vizinhos falam cada vez mais grosso. Evo Morales, na Bolívia, e Rafael Correa, do Equador, já testam a paciência do Brasil para melhorar sua imagem no jogo político interno. No manejo dessa provocação, ninguém é mais hábil que Hugo Chávez, presidente desde 1999 da Venezuela, vizinho com que o Brasil tem sua maior fronteira terrestre.

Antigo oficial pára-quedista, Chávez gere US$ 60 bilhões recolhidos a cada ano com a venda do petróleo. Ele decidiu substituir seu equipamento americano, hoje carente de peças originais de reposição. Congressistas americanos afirmam que a Venezuela gastou, entre 2003 e 2007, ao menos US$ 4,4 bilhões em equipamento militar russo. Estima-se, entre os gabinetes militares do governo Bush, que o objeto do desejo de Caracas ao negociar com russos é um escudo antimísseis. Não existe – como jamais existiu – nenhum traço concreto de animosidade venezuelana. Mas a tarefa de proteger o espaço nacional começa pela manutenção do equilíbrio regional. A um sistema com esse grau de modernidade, tudo o que o Exército do Brasil tem para contrapor são alguns foguetes SS-60, para atingir alvos terrestres a uma distância máxima de 70 quilômetros, entregues aos quartéis, nos anos 90, pela empresa paulista Avibras.

Daí a fórmula dos blindados com vocação para operar nos rios que os fuzileiros pretendem comprar – desde que a fabricação e o conhecimento dos sistemas de combate estejam em mãos brasileiras. Daí também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter participado na Helibras, em Itajubá, sul de Minas Gerais, em junho, do lançamento do programa de fabricação dos helicópteros Cougar, que só deverão voar com até 30 soldados equipados a distâncias de até 500 quilômetros pela Amazônia Ocidental em 2010.

A ansiedade dos oficiais da Marinha é grande e transparente. A proteção de reservas exploradas a mais de 350 quilômetros das praias do Sudeste como Tupi, a primeira grande jazida confirmada na Bacia de Santos, requer capacidade para voar até os limites da costa da África, para navegar submerso por um trimestre, para dissuadir eventuais atacantes que venham do Leste e para vigiar o Atlântico Sul inteiro, de modo a obter uma ponte na coordenação da defesa. São meios de alta tecnologia, cujos segredos de concepção e fabricação devem ser dominados por uma sociedade que almeja manter sua independência e requerem investimentos gigantescos e continuados. A decisão de enfrentar o problema é o primeiro passo em busca da solução. O desafio é enorme – como se vê pela reportagem seguinte, que descreve as carências e a defasagem do aparato bélico brasileiro.




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Re: O Brasil se arma

#59 Mensagem por PQD » Ter Out 14, 2008 10:48 am

BRASIL EM ARMAS

Uma avaliação do poderio militar brasileiro e dos desafios que ele deve estar preparado para enfrentar

O país na América do Sul

O maior do continente em números absolutos...

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Re: O Brasil se arma

#60 Mensagem por PQD » Ter Out 14, 2008 10:51 am

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SEMPRE ALERTA - O porta-aviões São Paulo na costa carioca. Se ele precisar entrar em ação, o Brasil não terá como dar conta da tarefa




Do litoral da Bahia até o porto estratégico de São Sebastião, na costa paulista, quase 10 mil marinheiros, soldados e aviadores se embrenharam num jogo de ataque e defesa em torno de uma jazida batizada de Yptu – anagrama de Tupi, primeiro grande campo de petróleo descoberto na camada do fundo do mar conhecida como pré-sal, ao largo da Bacia de Santos. Apenas parcialmente fictícia, ela inspirou, numa semana de setembro último, o exercício militar mais importante de 2008 realizado por militares das três forças brasileiras, equipados com 17 navios, 40 aviões e 327 veículos terrestres, em treinamento planejado por um semestre.

Na prática, o principal ator naval da Operação Atlântico – o porta-aviões São Paulo – foi dispensado. É que somente um de seus 12 jatos A-4 Skyhawk, espinha vertebral do poder dissuasório naval brasileiro, estava em condições de voar com motor novo, pois o contrato assinado com a Embraer para reaparelhar esse esquadrão de segunda mão, adquirido do Kuwait em 2000, foi congelado.

Entre cenas nos telejornais da noite do encerramento da manobra, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a operação vestiu com traje de gala uma situação de penúria material que só tem paralelo na história do Brasil independente do início do século XX. Governo federal e meios políticos reconhecem o quadro. No Congresso, em janeiro, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Juniti Saito, falou secamente no atual estado de obsolescência da frota de 720 aviões e helicópteros. No mesmo plenário, o comandante do Exército, general Enzo Peri, revelou que muitos soldados ainda se exercitam com fuzis da longínqua safra de 1965, presenteados à força de paz que debelou uma crise interna na República Dominicana.

“Raros são os que, no Brasil, entendem que segurança nacional é um bem público. E que nos cabe zelar por ela, haja, ou não, ameaças concretas no horizonte”, diz o cientista político Eliézer Rizzo de Oliveira, especialista da Universidade de Campinas (Unicamp) em assuntos de defesa, explicando a falta de ressonância das advertências militares.

No Exército, há 190 mil homens e mulheres distribuídos por 900 quartéis. Ao menos 78% dos tanques são usados há 34 anos, 58% das viaturas há mais de 20, e a tecnologia de quase toda a artilharia foi desenvolvida na Segunda Guerra Mundial. Na Marinha, os 49 mil militares aposentaram, por falta de recursos, 21 navios de 1996 a 2005. As tripulações passam a maior parte do ano em terra. No começo deste milênio, o total dos dias de mar somou 2.161 – em 2004, foram somente 1.250.

Nesta crise, o limite fica a um passo do ridículo. Quando a França perguntou ao Brasil, em janeiro, se poderia exercitar seus caças navais no convés do porta-aviões São Paulo, cinqüentão arrematado em pechincha à própria França, os almirantes aquiesceram honrados pelo exercício conjunto. A seguir negaram, tamanho era o atraso na reforma do enorme barco de guerra.

A Aeronáutica expandiu o efetivo para 73 mil oficiais e praças, mas encolheu os vôos. Oito em cada dez de suas aeronaves têm mais de 17 anos de uso. Somente 37% delas estão disponíveis para ações de defesa. Saito, piloto de jatos supersônicos F-5, comparou as Forças Aéreas na América do Sul em 12 telas regionais, para os parlamentares. O Brasil emergiu como um gigante com pés de barro, cuja vantagem se restringe a aviões de vigilância a longa distância e de alarme aéreo antecipado, fabricados pela Embraer com tecnologia própria, e a sua capacidade de reabastecer outros aviões em vôo.

Nas aeronaves de caça e de bombardeio, de aptidão para defesa aérea no sentido estratégico, de jatos de reconhecimento, de helicópteros de ataque e de transporte, de mísseis de médio alcance e da disponibilidade de bombas inteligentes, Peru e Venezuela disputam a liderança. Em interceptadores, jatos supersônicos que fazem a dissuasão estratégica, o Chile lidera. E os venezuelanos, ao receber os Su-30 da Sukhoi russa, conquistarão superioridade.

Mudanças só quando o Brasil receber os 36 aviões em licitação no exterior até o fim de 2009, a ser entregues vários anos adiante. Hoje, dos 171 aviões de combate em condição de voar com as cores da FAB, figuram 12 Mirages 2000, alojados na goiana Anápolis, considerados aptos a proteger Brasília até 2015. Há também 47 veteranos F-5E, em reforma por um consórcio com uma empresa israelense. E outros nove, comprados na Arábia Saudita em 2006, além de jatos 53 AMX, de velocidade reduzida para ataque ao solo, e 50 Super Tucanos igualmente em serviço.

Essa frota rarefeita dá um aparelho para cada 50.000 quilômetros quadrados do território nacional, em relação a uma concentração dez vezes maior no Peru, prestes a ser alcançada pela Venezuela. Apesar disso, o tecido industrial implantado no Brasil garante uma capacidade de recuperação incomparável na região. A Aeronáutica dispõe de uma infra-estrutura de ensino e de pesquisa sem rival, com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica e o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial. Mas essa reserva de saber é só uma derradeira linha de segurança para salvar o núcleo de excelência. Se precisar agir, o Brasil não tem como dar conta da tarefa. O principal desafio, como se vê na reportagem a seguir, é defender a Amazônia.




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