O futuro da AAAe no Brasil

[Glauber Prestes]

Glauber, até onde sei, as bia das Bgda são orgânicas dos GAae, e respondem operacionalmente a estes, mas funcionalmente aos grupos. Ponto. Esta forma de organização em que os grupos devem fornecer no mesmo momento defesa das bgdas e de pontos focais do território parece-me meio fora de tempo. Ademais, a criar-se a infantaria mecanizada, com a atual sugestão de organização, suponho que as atuais bias venham a ser transformadas em grupos, orgânica e operacionalmente pertencentes a ela. Sem ligações com os grupos. A prevalecer esta idéia, creio até mesmo na extinção ou trasnformação dos atuais GAae naquelas organizações integradas à inf mec. D'outra forma não vejo cabimento na sua existência, tal como o são, para o futuro como hora ele se apresenta.

As baterias orgânicas são OM totalmente independentes, que respondiam funcionalmente e administrativamente aos grupos de campanha nos quais elas estavam fisicamente inseridas (por ex: 11ªBia AAe, respondia ao 2ºGAC AP). Agora, elas respondem diretamente à brigada, tem autonomia administrativa, e passaram à subordinação direta da brigada a qual pertencem. Isso a partir de 1993. O problema em transformar essas baterias em grupos, é a falta de material e espaço físico. Por enquanto.

[LeandroGCard]

Tópico ta bombando... muito bem!

Vejam bem... eu não concordo muito com a teoria do Leandro. Por quê? Os atuais sistemas SHORADs foram desenvolvidos tendo em vista principalmente as bombas guiadas e mísseis cruise... é por isso que o Tor tem um alcance e um teto relativamente pequeno.

Acontece que nós devemos usar um conceito muito amplo de equidade: Quanto custa um mísseis CLOS e quanto custa um míssil ou bomba guiados por Laser/GPS/TV/IR e etc???

A razão é proporcional, digamos que um míssil custe 100 e um kit+bomba custe 1.000! ao final de várias sortidas quem estará +EV?

Tem certeza que bombas guiadas por laser e GPS são mais caras que mísseis CLOS? As americanas com certeza são, mas e as da Britanite por exemplo? E as russas? E quanto custa um cacho de 4 bombas de baixo arrasto de 100 Kg, ou uma bomba cluster, lançadas em modo CCIP? Podem não custar mais que um míssil.

Por isso que eu acabei revendo conceitos e acabei percebendo que o Pantsyr não seria tão eficiente assim. Apesar de ser um sistema fire-and-forget e contar com opção do Booster para um alcance na ordem dos 35/40km, acaba não compensando, simplesmente, pelo fator financeiro... já que o Python e o Derby são muito mais caros do que qualquer míssil guiado por CLOS.

Acho que em lugar de Pantsyr aqui você quis dizer SPYDER.


Um grande abraço,


Leandro G. Card

[LeandroGCard]

Bom, vamos por partes.

Leandro, o trabalho de "descobrir" onde e como estão as defesa aae hoje em dia é trabalho de UAV's e satélites. Monitoramento full time. Nenhum caça moderno sai por aí fazendo reconhecimento in loco. Assim, quando do ataque propriamente dito, as defesas já estão devidamente identificadas e plotadas. É só atirar de acordo com o alvo e suas defesas. Existem os chamados pacotes, onde cada parte cuida do seu alvo, seja a Aae, ou seja o alvo em si. Decorrente dessa realidade, fica difícil imaginar que a mobilidade da aae, no caso de bases aérea e centros de cmmdo, tenham relevância maior do que a capacidade de defesa em camadas bem organizadas. No caso do EB já é diferente, há mais espaço de manobra.

Foi exatamente imaginando este cenário que eu mencionei a importância da mobilidade das baterias antiáereas, mesmo na defesa de alvos fixos. A idéia é negar a informação prévia da posição das baterias ao inimigo através da movimentação constante, pois nem satélites nem UAV's podem ficar parados 24h monitorando a área de um alvo (satélites se movem muito rápido e demoram no mínimo uns 90 min para voltar ao mesmo ponto, e UAV's que fiquem de bobeira em uma área serão abatidos). A simples luta para obter a capacidade de monitoramento constante por 24 horas que você citou terá que derrotar primeiro a própria defesa AA.

Se o inimigo decidir não lançar o ataque até que tenha todas as posições das baterias plotadas com exatidão esta mobilidade (imagine as baterias mudando de posição em 2 ou 3 Km a cada 30 min) pode por si só dissuadí-lo do ataque e a missão da defesa AA estará cumprida. Se ele decidir atacar, então terá que entrar no jogo de gato-e-rato que mencionei. Por isso o planejamento da movimentação constante das baterias de defesa AA e da sua camuflagem tem que fazer parte do trabalho de estado maior da unidade responsável por ela.

É claro que se pode abdicar da mobilidade e fixar as baterias, mas uma enorme vantagem estará perdida, pois toda a iniciativa passará para o inimigo que poderá planejar metodicamente seus ataques. O trabalho da defesa ficará muito mais difícil e arriscado, para economizar o quê, alguns veículos e redes de camuflagem?

Leandro G. Card

[Marino]

Alta mobilidade

[Glauber Prestes]

Alta mobilidade

Marino, você vai acabar matando alguém ainda... não só aqui nas terrestres, se você me entende...

Pronto, acabou a semana do Bamse, e começou a dos russos.

[U-27]

Alta mobilidade

Marino, você vai acabar matando alguém ainda... não só aqui nas terrestres, se você me entende...

Pronto, acabou a semana do Bamse, e começou a dos russos.

sim, a não ser se algum outro país tenha sistema movel que seja bom

[Glauber Prestes]

Não sei não, mas acho que é bom lembrar daquele documento da Bda AAAe...

[Brasileiro]

Então.. acho que o Sgt Alex vai acertar de novo!





abraços]

[Brasileiro]

Não sei não, mas acho que é bom lembrar daquele documento da Bda AAAe...

Qual documento? O que dizia?



abraços]

[Glauber Prestes]

Pois então, nossos pobremas se acabaram-se!!!!

Versão para a FAB:



Versão para o EB:



Pra acabar com a discussão de a FAB não querer blindados, e o EB precisar.

[Glauber Prestes]

E ainda tem uma versão fixa....

[tykuna]

E ainda tem uma versão fixa....

Mas isso já existe ou ainda é "só" maquete?

[Glauber Prestes]

Já vi uma foto de verdade, mas não tô achando...

[tykuna]

Já vi uma foto de verdade, mas não tô achando...

ok. isso pra mim já vale!

[ZeRo4]

Tem certeza que bombas guiadas por laser e GPS são mais caras que mísseis CLOS? As americanas com certeza são, mas e as da Britanite por exemplo? E as russas? E quanto custa um cacho de 4 bombas de baixo arrasto de 100 Kg, ou uma bomba cluster, lançadas em modo CCIP? Podem não custar mais que um míssil.

Como eu falei, depende muito do do cenário... mas se você falar de uma bomba laser, quanto custa colocar um avião no ar, um pod designador, a bomba, o kit e etc? acho que no final os mísseis guiaodos por CLOS tem a vantagem que os sensores não estão propriamente no míssil, como nas bombas guiadas.

Quanto ao resto, como já afirmei, é um conceito um tanto abstrato. Não digo que não seja o lógico ou o eficiente. Vcs se apegam muito ao conceito do veículo dando bandeira, com o radar ligado... eu não vejo as coisas funcionando desta maneira.

Você pode ter um R-99 ou um radar de longo alcance plotando os alvos para o Tor, Pantsir ou Bamse... e eles por sua vez podem enganjar o alvo no modo passivo. Se você não sabe onde está a AAAe e não sabe quando um míssil está travado em você... se arriscaria facilmente a colocar o avião em "perigo"?

Além disso, esse problema atualmente não é solucionavel pelo jeito que vc coloca, visto que sistema de médio alcance estão em extinção e o S-300 continua sendo muito caro para nós operarmos.

OBS: acima quis dizer Pantysr mesmo

Forte Abraço!