Dieneces escreveu:Acho uma leitura equivocada da recente fala do Ministro Nelson Jobim . Credito ao seu passado de político e a sua pavonice habitual . Não vejo por onde o Ministério da Defesa vá escolher um equipamento em divergência com a escolha da FAB , até porque é ela , FAB , que vai operar esse equipamento , com seus recursos orçamentários por um prazo de 30 anos....o Su-35 saiu de cena por representar logística , custo e compartilhamento de tecnologias que não interessaram a quem devia interessar , a FAB . O Typhoon possui custos de aquisição e operacionais proibitivos...o mesmo problema do Rafale , este no entanto têm o poderoso lobby do atual presidente francês , que assumiu o "cargo" de embaixador da política de expansão de vendas do setor armamentista gaulês , é bastante próximo da direção da Dassault , já existe um acordo estratégico-militar com o Brasil . Realmente há pouco peso político no caça sueco e algumas interrogações quanto ao seu futuro desenvolvimento . Mas o que é pior ? O Gripen NG que não vendeu nada , mas ainda não existe...ou o Rafale que já existe , está operacional em seu país de origem , mas não vende pra mais ninguém? O SH corre por fora...o que , no turfe , pode ser muito interessante quando os contendores entram meio embolados na reta final...o Ministro está fazendo jogo de cena , afinal quem vai pagar a compra vai ser o governo . E dessa vez não tem a Embraer para melar o negócio , como no FX1 . Ela , espertamente , ficará do lado de quem ganhar .A FAB está com os pés no chão pois caberá a ela operar e manter o caça escolhido no FX2 , com seus próprios meios e recursos orçamentários , reitero . Entre o governo , temporário , e a FAB , permanente e atemporal , fico com a FAB .orestespf escreveu:
Perfeito, PRick, belíssima análise/leitura dos fatos recentes.
![]()
![]()
Grande abraço,
Orestes
Oras, não é nem interpretação, porque ele falou literalmente o que postei aqui, está lá na entrevista disse letra por letra. E não estamos mais no passado, como ele também falou, o MD está sendo montado, logo será nele que haverá um comissão de compras, com competência para fazer as escolhas, todo o processo de compra bélica.
O NJ também não falou em escolha com divergência da FAB, pelo contrário, o que ele disse é claro: cabe a FAB o aval inicial, somente com o aval inicial da FAB o poder político irá por fim determinar o ganhador, porém, a determinação do ganhador é do poder político. Por sinal, o que sempre foi, porque antes o poder político se confundia com os militares, só recentemente isso se desvinculou.
Quanto aos motivos da não inclusão do Typhoon e do Su-35, nenhum de nós sabe, porém, como foi numa fase preliminar, todos concluímos que existiu problemas com a proposta.
O fato é que 03 melhores caças propostos são Rafale, Typhoon e Su-35. Se a FAB não quiser os melhores, ou ter os melhores no processo final decisório, será ela a prejudicada, tão somente ela. Mas a recusa da melhor proposta, só porque não quer ela, aí os prejudicados são os nacionais, a Nação, a FAB não é um fim em si mesma, não existe para se satisfazer ou para a política interna de sua corporação. Deverá a partir da END, se conduzir dentro do campo de sua competência.
Dos 03 da Short List, tanto o F-18E como o Rafale tem custos operacionais semelhantes, o outro concorrente não existe ainda, deverá ser o mais barato, no entanto, é também o caça menos capaz por ser de um classe mais leve. A decisão aqui é mais poder, com custos maiores ou menos poder, com custos menores. Como já foi tão discutido na área naval, qual desses caças apresenta maior poder de dissuasão, autonomia de uso, transferência de tecnologia e possibilidade de construção local. Claro, além de possíveis off-sets e outros regalos.


Essas escolhas não envolvem parte técnica das plataformas, mas um julgamento de juízo de valor ou coisas que nada tem haver com a plataforma.
[]´s