Israel vende arma até pra inimigo ou ex-inimigo, de onde saiu da tua cabeça que é perigoso ter Israel como fornecedor? A Jordânia, ainda com o Rei Hussein, fabrica nacionalmente subsistemas de empresas Israelenses para o Exército Jordaniano. Essa tua ideia de operar dois mísseis que cumpre a mesma função é estúpida e sem sentido.FCarvalho escreveu: Qui Fev 17, 2022 3:38 pmMas aí é que está. Se EB e FAB utilizarem mísseis de procedência israelense caímos naquilo que argumentei sobre o perigo de colocar toda a nossa defesa AAe nas mãos de um único fornecedor. E isso na minha opinião não é uma boa escolha. Se tivermos alguma desavença com eles qualquer hora, ou com algum país que eles tenham interesses, o que acontece com a nossa AAe?gabriel219 escreveu: Qua Fev 16, 2022 4:06 pm Não faz muito sentido operar dois sistemas, teria que ser o Barak ou o 9M96. Pra um alcance maior, nesse caso se tratando mais de negar espaço aéreo do que simplesmente defesa antiaérea é entre S-400 e David Sling, sendo esse último imensamente superior. O Stunner, míssil do David Sling, possui o primeiro sistema three-way data-link e tem três tipos de guiagem, sendo um radar AESA, um sistema de uso dual IRST/EOTV - semelhante ao IRIS-T, que talvez tenha o melhor Seeker dos mísseis EO/IR - e ainda um sistema que não é bem explicado, mas é chamado de asymmetric 360º multi-seeker sensor engagement, além de seu próprio ECCM embarcado. É basicamente um míssil que, se caso entrar no Pit-point, é quase impossível de escapar através de contra medidas.
Já está operando e foi testado em combate. O alcance do Stunner é estimado entre 300-500 km!
Idem para qualquer outro país que se torne fornecedor único para estes sistemas. Por isso que defendi a compra dos mísseis russos como um contra balanço. Como atualmente está organizada a AAe, todas as forças podem dispor de sistemas de todos os alcances e altitudes, depende das prioridades de defesa a que cada uma está ligada.
No caso do EB, é dele a obrigação de realizar a defesa de todos os pontos estratégicos do país, sejam militares ou civis. Neste caso, a operação de OM AAe a nível de comandos militares seria a lógica, mas não temos nada parecido com isso, assim como nas regiões militares. Em todo caso, pelo que vi, a OM AAe que atua no nível mais alto organizacional é a bateria AAe das AD. Ao menos elas existem no papel, mas em termos práticos, nunca vi tais organizações funcionarem de verdade. Nem sei se existem de fato.
Resumidamente a AAe do EB está organizada assim, até onde pude saber:
1. Seções AAe da Cia Cmdo Ap nos Btl Inf Lv/Pqdt/Slv/Amv/Mtz - Igla/RBS-70
2. Seções AAe da Cia Cmdo Ap nos Batalhões Inf Bld - Igla/RBS-70
3. Seções AAe da Cia Cmdo Ap nos Reg Cav Mec - sem nenhum sistema AAe
4. Bia AAe das AD - prevista no organograma da OM
5. GAAe/Bia Cav Blda - Guepard
6. GAAe - Bofors L-40/70
Seções AAe em todas as OM de engenharia, comunicações, artilharia, logística e material bélico, com provisão para auto defesa. Não há sistemas de mísseis adotados. Ou a defesa AAe é feita com metralhadoras Browning 12,7mm
Na teoria os 5 GAAe que existem no EB seriam responsáveis, também, pela defesa dos pontos estratégicos do país. Mas isso é apenas no papel.
Assim, me parece que sem OM AAe ligadas aos comandos militares e/ou regiões militares, ficamos sem a cobertura necessária para a defesa de qualquer ponto importante do país. Na prática hoje o EB só possui OM AAe para defender a si mesmo, e ainda assim muito mal, pela óbvia falta de sistemas que lhe sirvam para tal.
O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Olá NascimentoBR, tentando ajudar.NaScImEnTToBR escreveu: Qui Fev 17, 2022 10:54 am Pessoal, eu tenho desenhado um sistema de defesa anti-aérea de curto alcance pro EB usando o chassi do ASTROS, porém eu tenho algumas dúvidas, eu li num PDF em inglês que alguns sistemas precisam de um radar de guiação e outro radar de busca e aquisição de alvos (scane radar, target aquisition) IFF, entretanto lendo sobre o Pantsir eu vi que ele só possui dois radares montados sobre seu próprio subsistema de armas e mais algumas plataformas de logística, comunicação e outras funções. E também li em outro PDF do EB que a estrutura necessária seria: 1x (um) subsistema de controle e alerta, 1x subsistema de armas, 1x subsistema de comunicações e 1x subsistema de apoio logístico.
Logo fico na dúvida sobre qual estrutura seria necessária. Minha pergunta é: Pra ter um Pantsir brasileiro, seria necessário um sistema DAAe (defesa anti-aérea) de curto alcance ter quantos radares? E esses radares poderiam, como no Pantsir, estarem no seu próprio subsistema de armas? O meu esta montando sobre uma plataforma 8X8 do ASTROS 2020 que eu aumentei pra dar mais espaço. O meu também usa o míssil a-darter no lugar de curto alcance de 8km de alcance. O desenho que mostrarei, provavelmente será pintado e tem algumas outras propostas diferentes entre subsistemas de armas e subsistemas de controle e alerta. Caso necessário, eu utilizaria uma versão do Radar M200 no sistema, mas não teria certeza de qual tipo seria, uma vez que o modelo apresentado pelo EB é um radar de contra-bateria e não pra funções anti-aéreas, logo o meu seria o mais próximo possível do protótipo apresentado recentemente. Ao lado é possível ver o tamanho do Pantsir em relação aos demais sistemas, o Pantsir apesar de maior, precisa ser desmontado pra ser carregado pelo KC390, já o meu seria de pronto emprego, pois não ultrapassaria os 3.5m de altura do KC390, mas isso só vale pros que estão dentro do retângulo vermelho, as demais viaturas como a Viatura de Comando e Controle e a Viatura ASTROS M200 ultrapassam evidentemente a altura mínima, mas podem ser transportados, porém não seriam de pronto emprego. Abraços. TMJ.
E também li em outro PDF do EB que a estrutura necessária seria: 1x (um) subsistema de controle e alerta, 1x subsistema de armas, 1x subsistema de comunicações e 1x subsistema de apoio logístico.
Baseado na configuração atual do Astros, uma bateria AAe teria seguinte configuração:
1 (um) subsistema de controle e alerta > radar Saber M200 Vigilante (busca e direcionamento alvos) - Viatura Tectran/Tatra 6x6
3 (três) subsistema de armas > Veículo lançador Móvel - Viatura Tectran/Tatra 6x6
1 (um) subsistema de Posto de Comando - Viatura AV-VBL 4x4
1 (um) subsistema de Posto Meteorológico - Viatura AV-VBL 4x4
1 ou 2 subsistema Apoio Logístico > Veículo Remuniciador - Viatura Tectran/Tatra 6x6
obs: 3 lançadores é o número mínimo considerado de dotação para uma única bateria no programa Defesa AAe. Pode chegar a 6 ou 8 lançadores dependendo da configuração adotada por cada força, segundo a doutrina vigente.
existe previsão para um radar de busca e vigilância que controla todo o GAAe e que o EB prevê lançar após o M200 Vigilante, sendo derivado do mesmo, mas com maior alcance e amplitude de altura.
Pra ter um Pantsir brasileiro, seria necessário um sistema DAAe (defesa anti-aérea) de curto alcance ter quantos radares?
Depende do tipo de sistema adotado, tendo que saber qual o tipo de míssil, forma(s) de guiagem, alcance/altitude, alvos primários, etc. Em todo caso, o Pantsyr carrega dois radares que são o de controle de fogo e o de vigilância, podendo atuar independentemente ou ligado a um radar central da bateria ou do grupo AAe. Depende da forma que ele será utilizado.
E esses radares poderiam, como no Pantsir, estarem no seu próprio subsistema de armas?
A priori sim, com vários modelos de torres AAe no ocidente operando desta forma que os Pantsyr.
O Saber M200 apresentado pela Embraer/EDS é um radar de vigilância aérea e não contra bateria. Eventualmente o EB está trabalhando no desenvolvimento deste último, mas ainda em fase de concepção. Poderá naturalmente utilizar o aprendizado e talvez até partilhar partes comuns com o Saber. Mas este é um projeto de médio/longo prazo. O próximo passo é colocar o atual sistema para funcionar e testar a fim de dispor o mesmo operacionalmente. Então a versão de longo alcance será também desenvolvida, a qual também deverá ser utilizada nos GAAe e Bia AAe das três forças.
Espero ter ajudado.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Um míssil como A-Darter não precisa de um radar diretor de tiro, pois é um míssil que tem uma guiagem autônoma. O que ele precisa, se for em modo LOAL, é um sistema de data-link, em que o radar central do sistema passe os dados sobre a posição do alvo para que o próprio sensor do A-Darter o localize. Isso vale o mesmo para mísseis que possui guiagem autônoma e isso é pedido no ROB Média Altura. O Barak, Iron Dome, IRIS-T e SPYDER possuem esse mesmo padrão, só diferenciando no sistema de guiagem, que uns usam IIR/EO (Python 5 e IRIS-T) e outros radar ativo (Barak e Derby). Sendo assim, somente um radar ou dois radares, para ter um sistema redundante para apenas busca.NaScImEnTToBR escreveu: Qui Fev 17, 2022 10:54 am Logo fico na dúvida sobre qual estrutura seria necessária. Minha pergunta é: Pra ter um Pantsir brasileiro, seria necessário um sistema DAAe (defesa anti-aérea) de curto alcance ter quantos radares? E esses radares poderiam, como no Pantsir, estarem no seu próprio subsistema de armas? O meu esta montando sobre uma plataforma 8X8 do ASTROS 2020 que eu aumentei pra dar mais espaço. O meu também usa o míssil a-darter no lugar de curto alcance de 8km de alcance. O desenho que mostrarei, provavelmente será pintado e tem algumas outras propostas diferentes entre subsistemas de armas e subsistemas de controle e alerta. Caso necessário, eu utilizaria uma versão do Radar M200 no sistema, mas não teria certeza de qual tipo seria, uma vez que o modelo apresentado pelo EB é um radar de contra-bateria e não pra funções anti-aéreas, logo o meu seria o mais próximo possível do protótipo apresentado recentemente. Ao lado é possível ver o tamanho do Pantsir em relação aos demais sistemas, o Pantsir apesar de maior, precisa ser desmontado pra ser carregado pelo KC390, já o meu seria de pronto emprego, pois não ultrapassaria os 3.5m de altura do KC390, mas isso só vale pros que estão dentro do retângulo vermelho, as demais viaturas como a Viatura de Comando e Controle e a Viatura ASTROS M200 ultrapassam evidentemente a altura mínima, mas podem ser transportados, porém não seriam de pronto emprego. Abraços. TMJ.
O Pantsir precisa de um radar secundário pois é o radar diretor de tiro, já que o 57E6 é um míssil SACLOS com guiagem semi-ativa, depende do eco proporcionado pelo radar diretor de tiro para chegar até o alvo. Aqui fica explícito dois radares, porém um radar de busca e outro diretor de tiro.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Leia novamente o que escrevi Gabriel. Eu não disse que é perigoso ter Israel como fornecedor, eu disse que é perigosa a ideia de depender de um único fornecedor para os sistemas de defesa AAe que se pretende comprar, seja lá qual país for.gabriel219 escreveu: Qui Fev 17, 2022 3:49 pm Israel vende arma até pra inimigo ou ex-inimigo, de onde saiu da tua cabeça que é perigoso ter Israel como fornecedor? A Jordânia, ainda com o Rei Hussein, fabrica nacionalmente subsistemas de empresas Israelenses para o Exército Jordaniano. Essa tua ideia de operar dois mísseis que cumpre a mesma função é estúpida e sem sentido.
E quanto a operar dois ou mais tipos de mísseis, não me parece ser algo insustentável. Como disse, o EB poderia adotar a partir do lançador do Astros 2020 diversos mísseis do BUK, TOR e S-350 para várias missões a depender da OM em que estiver engajado. Não tem nada demais nisso. Com estes mísseis se poderia dispor de alcances variados e até superiores ao solicitado no ROB. Do menor ao maior.
Então, como mostrei acima o EB tem diversos tipos de OM a defender, em condições e necessidades diversas. Nada demais oferecer também sistemas mais adequados a cada uma. Além dele próprio existe a necessidade de fazer a defesa estratégica do país. Os 9m96 poderiam fazer esse papel, assim como os BUK poderiam realizar a defesa AAe a nível divisional, enquanto os TOR defenderiam a nível brigada, RCC, RCM, batalhão e/ou OM equivalente. Até os tão criticados Pantsyr seriam ideias para a defesa AAe de OM mecanizadas/bldas. Enfim. Nada disso concorre com as necessidades da FAB, que não por acaso tem de defender apenas a si mesma e suas bases aéreas além da infraestrutura de C2 que possui do SISCEAB. Para isso, repito, os mísseis do Barak MX + Iron Dome está mais do que de bom tamanho.
Existem necessidades e prioridades bem diferentes quanto a AAe entre as forças. Colocar tudo nas mãos de um único fornecedor não me parece a melhor solução. Seja Israel, USA, Europa ou Rússia. Como vamos comprar os mísseis e não os sistemas completos, não tem porque não pensar em obter os mísseis de dois ou mais fornecedores.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Sim, eu li e falei em Israel ser fornecedor, logo depois você vem com "não pode ficar na mão de um operador só" pra justificar uma decisão estúpida de operar dois sistemas que funcionam da mesma forma, como se estivesse nadando em dinheiro.FCarvalho escreveu: Qui Fev 17, 2022 4:32 pmLeia novamente o que escrevi Gabriel. Eu não disse que é perigoso ter Israel como fornecedor, eu disse que é perigosa a ideia de depender de um único fornecedor para os sistemas de defesa AAe que se pretende comprar, seja lá qual país for.gabriel219 escreveu: Qui Fev 17, 2022 3:49 pm Israel vende arma até pra inimigo ou ex-inimigo, de onde saiu da tua cabeça que é perigoso ter Israel como fornecedor? A Jordânia, ainda com o Rei Hussein, fabrica nacionalmente subsistemas de empresas Israelenses para o Exército Jordaniano. Essa tua ideia de operar dois mísseis que cumpre a mesma função é estúpida e sem sentido.
E quanto a operar dois ou mais tipos de mísseis, não me parece ser algo insustentável. Como disse, o EB poderia adotar a partir do lançador do Astros 2020 diversos mísseis do BUK, TOR e S-350 para várias missões a depender da OM em que estiver engajado. Não tem nada demais nisso. Com estes mísseis se poderia dispor de alcances variados e até superiores ao solicitado no ROB. Do menor ao maior.
Então, como mostrei acima o EB tem diversos tipos de OM a defender, em condições e necessidades diversas. Nada demais oferecer também sistemas mais adequados a cada uma. Além dele próprio existe a necessidade de fazer a defesa estratégica do país. Os 9m96 poderiam fazer esse papel, assim como os BUK poderiam realizar a defesa AAe a nível divisional, enquanto os TOR defenderiam a nível brigada, RCC, RCM, batalhão e/ou OM equivalente. Até os tão criticados Pantsyr seriam ideias para a defesa AAe de OM mecanizadas/bldas. Enfim. Nada disso concorre com as necessidades da FAB, que não por acaso tem de defender apenas a si mesma e suas bases aéreas além da infraestrutura de C2 que possui do SISCEAB. Para isso, repito, os mísseis do Barak MX + Iron Dome está mais do que de bom tamanho.
Existem necessidades e prioridades bem diferentes quanto a AAe entre as forças. Colocar tudo nas mãos de um único fornecedor não me parece a melhor solução. Seja Israel, USA, Europa ou Rússia. Como vamos comprar os mísseis e não os sistemas completos, não tem porque não pensar em obter os mísseis de dois ou mais fornecedores.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
FCarvalho escreveu: Qui Fev 17, 2022 4:14 pm ''Baseado na configuração atual do Astros, uma bateria AAe teria seguinte configuração:
1 (um) subsistema de controle e alerta > radar Saber M200 Vigilante (busca e direcionamento alvos) - Viatura Tectran/Tatra 6x6
3 (três) subsistema de armas > Veículo lançador Móvel - Viatura Tectran/Tatra 6x6
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1 (um) subsistema de Posto Meteorológico - Viatura AV-VBL 4x4
1 ou 2 subsistema Apoio Logístico > Veículo Remuniciador - Viatura Tectran/Tatra 6x6''
Sim, mas essa estrutura do ASTROS de artilharia de foguetes de saturação eu conheço. Mas me refiro a estrutura do Sistema de Artilharia Anti-Aérea do ''Manual de Campanha de Defesa Anti-Aérea''. Desse PDF aqui ó: https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... C10231.pdf
A Imagem/estrutura a qual eu me refiro, esta na página 28. Essa eu conheço, mas não entendo a fundo (pois o PDF não se aprofunda nisso) sobre quais radares seriam necessários para se ter um sistema como o Pantsir brasileiro, utilizando o míssil A-darter. Peço desculpas pois redigi muito mal minha pergunta, o correto seria perguntar mais sobre a questão dos radares em si e não da dita ''estrutura''.
''Depende do tipo de sistema adotado, tendo que saber qual o tipo de míssil, forma(s) de guiagem, alcance/altitude, alvos primários, etc. Em todo caso, o Pantsyr carrega dois radares que são o de controle de fogo e o de vigilância, podendo atuar independentemente ou ligado a um radar central da bateria ou do grupo AAe. Depende da forma que ele será utilizado.''
Sim, pelas informações do senhor gabriel219: ''A-darter precisaria de um sistema de data-link, em que o radar central do sistema passe os dados sobre a posição do alvo para que o próprio sensor do A-Darter o localize.''
Logo, eu poderia desenhar um Radar M200 com Data-Link para passar os dados pro míssil e o desenho estaria de pronto pra ser finalizado? Nada de mais radares?
Editado pela última vez por NaScImEnTToBR em Sex Fev 18, 2022 9:09 am, em um total de 1 vez.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Outra dúvida: Eu também estou planejando desenhar um DAAe de médio alcance utilizando o A-darter e outro míssil de maior alcance muito similar ao Ukhomto sul africano, porém com 20km de de alcance de altitude e 60km de alcance operacional. Eu poderia utilizar o mesmo radar nesse sistema, ou precisaria de outro radar além desse? pois o Ukhomto (ou um A-darter ER) também teria as capacidades similares ao seu antecessor. Também planejo utilizar um VLS (Vertical Launcher System) que seja modular e permita utilizar 4 A-Darter em tubo/silo e 1 Ukhomto de médio alcance em cada VLS pra cada tubo/silo.gabriel219 escreveu: Qui Fev 17, 2022 4:27 pmUm míssil como A-Darter não precisa de um radar diretor de tiro, pois é um míssil que tem uma guiagem autônoma. O que ele precisa, se for em modo LOAL, é um sistema de data-link, em que o radar central do sistema passe os dados sobre a posição do alvo para que o próprio sensor do A-Darter o localize. Isso vale o mesmo para mísseis que possui guiagem autônoma e isso é pedido no ROB Média Altura. O Barak, Iron Dome, IRIS-T e SPYDER possuem esse mesmo padrão, só diferenciando no sistema de guiagem, que uns usam IIR/EO (Python 5 e IRIS-T) e outros radar ativo (Barak e Derby). Sendo assim, somente um radar ou dois radares, para ter um sistema redundante para apenas busca.NaScImEnTToBR escreveu: Qui Fev 17, 2022 10:54 am Logo fico na dúvida sobre qual estrutura seria necessária. Minha pergunta é: Pra ter um Pantsir brasileiro, seria necessário um sistema DAAe (defesa anti-aérea) de curto alcance ter quantos radares? E esses radares poderiam, como no Pantsir, estarem no seu próprio subsistema de armas? O meu esta montando sobre uma plataforma 8X8 do ASTROS 2020 que eu aumentei pra dar mais espaço. O meu também usa o míssil a-darter no lugar de curto alcance de 8km de alcance. O desenho que mostrarei, provavelmente será pintado e tem algumas outras propostas diferentes entre subsistemas de armas e subsistemas de controle e alerta. Caso necessário, eu utilizaria uma versão do Radar M200 no sistema, mas não teria certeza de qual tipo seria, uma vez que o modelo apresentado pelo EB é um radar de contra-bateria e não pra funções anti-aéreas, logo o meu seria o mais próximo possível do protótipo apresentado recentemente. Ao lado é possível ver o tamanho do Pantsir em relação aos demais sistemas, o Pantsir apesar de maior, precisa ser desmontado pra ser carregado pelo KC390, já o meu seria de pronto emprego, pois não ultrapassaria os 3.5m de altura do KC390, mas isso só vale pros que estão dentro do retângulo vermelho, as demais viaturas como a Viatura de Comando e Controle e a Viatura ASTROS M200 ultrapassam evidentemente a altura mínima, mas podem ser transportados, porém não seriam de pronto emprego. Abraços. TMJ.
O Pantsir precisa de um radar secundário pois é o radar diretor de tiro, já que o 57E6 é um míssil SACLOS com guiagem semi-ativa, depende do eco proporcionado pelo radar diretor de tiro para chegar até o alvo. Aqui fica explícito dois radares, porém um radar de busca e outro diretor de tiro.
No pdf: O SISTEMA DE DEFESA ANTIAÉREA DE MÉDIA ALTURA MAIS ADEQUADO PARA O BRASIL (https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... uciano.pdf) Eu li que: ''Essas plataformas serão idênticas às adotadas no sistema ASTROS 2020. O sistema contará, ainda, com viaturas blindadas do Centro de Operações Antiaérea de Média altura (COAAe Me Altu), além de viaturas remuniciadoras. Todo sistema poderá ser transportado na aeronave Embraer KC-390. Poderá ser integrado ao radar SABER M200 (desenvolvido no Brasil), capaz de acompanhar múltiplos alvos aéreos simultaneamente, além de guiar mísseis, realizar missões de vigilância, meteorologia e aproximação, num raio de 450 quilômetros. O SABER M 200 é um radar transportável, de média altura, desenvolvido integralmente com tecnologia de estado sólido, tem capacidade de operar nos modos de busca, vigilância e sistema de orientação de tiro, além de desempenhar simultaneamente as funções de radar primário e radar secundário, embarcado em um container padrão com 20 pés (transportável em caminhão) ou nos aviões Hercules C-130 e Embraer KC-390. ''

Esse radar SABER M200 na imagem e mencionado pelo militar faria isso tudo (todas as funções mencionadas acima) num único modelo ou seriam vários diferentes? Se sim, seria necessário então desenhar diversos radares, correto? Acredito que essa imagem esta muito resumida, assim como a estrutura mencionada no PDF do Manual de Campanha da DAAe.
Abraços e muito obrigado pela resposta.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Isso de não ter dinheiro é balela furada. Dinheiro tem, sempre houve neste país. Ele só não está onde deveria. Ponto.gabriel219 escreveu: Qui Fev 17, 2022 4:34 pm Sim, eu li e falei em Israel ser fornecedor, logo depois você vem com "não pode ficar na mão de um operador só" pra justificar uma decisão estúpida de operar dois sistemas que funcionam da mesma forma, como se estivesse nadando em dinheiro.
Quem está com problemas de leitura é você, pelo visto.
Quanto a "decisão estúpida", bem, ao invés de tentar ridicularizar e ofender a opinião alheia, melhor seria tentar argumentar com fatos e dados viabilizando assim o debate.
Se toda vez que alguém falar algo diferente do que tu pensas só porque não concordas e isto for motivo para ficar toda hora ofendendo os outros fica difícil.
O país não precisa ser a segunda maior potência do mundo para poder operar mais de um tipo de míssil. A Rússia que está atrás de nós em termos de PIB, além de outros países bem menos abastados, operam vários sistemas diferentes e ninguém chegou para os russos e disse "essa ideia de vocês é estupida porque vocês são pobretões sem dinheiro para gastar em defesa."
Aliás, a imensa maioria dos países com sistemas de defesa AAe decentes possui mais de um tipo de sistema e de fornecedores diferentes.
Mas no Brasil não pode porque o Gabriel diz que estupidez e somos pobrezinhos.
Coitados de nós.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Tecnicamente não, pois um radar geralmente ele precisa superar o alcance do míssil em 1,5-2x. Um VSHORAD precisa de um radar com alcance menor e mais sensível, pois lhe dará com munições, porém se estiver falando do mesmo radar pra um sistema de médio alcance e de longo alcance, pode sim utilizar o mesmo radar. O Iron Dome tem alcance de interceptação de até 70 km e o David Sling's acima de 200 km, porém ambos utilizam o EL/M-2084, mas creio que sejam em versões diferentes.NaScImEnTToBR escreveu: Qui Fev 17, 2022 11:30 pm Outra dúvida: Eu também estou planejando desenhar um DAAe de médio alcance utilizando o A-darter e outro míssil de maior alcance muito similar ao Ukhomto sul africano, porém com 20km de de alcance de altitude e 60km de alcance operacional. Eu poderia utilizar o mesmo radar nesse sistema, ou precisaria de outro radar além desse? pois o Ukhomto (ou um A-darter ER) também teria as capacidades similares ao seu antecessor. Também planejo utilizar um VLS (Vertical Launcher System) que seja modular e permita utilizar 4 A-Darter em tubo/silo e 1 Ukhomto de médio alcance em cada VLS pra cada tubo/silo.
No pdf: O SISTEMA DE DEFESA ANTIAÉREA DE MÉDIA ALTURA MAIS ADEQUADO PARA O BRASIL (https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... uciano.pdf) Eu li que: ''Essas plataformas serão idênticas às adotadas no sistema ASTROS 2020. O sistema contará, ainda, com viaturas blindadas do Centro de Operações Antiaérea de Média altura (COAAe Me Altu), além de viaturas remuniciadoras. Todo sistema poderá ser transportado na aeronave Embraer KC-390. Poderá ser integrado ao radar SABER M200 (desenvolvido no Brasil), capaz de acompanhar múltiplos alvos aéreos simultaneamente, além de guiar mísseis, realizar missões de vigilância, meteorologia e aproximação, num raio de 450 quilômetros. O SABER M 200 é um radar transportável, de média altura, desenvolvido integralmente com tecnologia de estado sólido, tem capacidade de operar nos modos de busca, vigilância e sistema de orientação de tiro, além de desempenhar simultaneamente as funções de radar primário e radar secundário, embarcado em um container padrão com 20 pés (transportável em caminhão) ou nos aviões Hercules C-130 e Embraer KC-390. ''
Esse radar SABER M200 na imagem e mencionado pelo militar faria isso tudo (todas as funções mencionadas acima) num único modelo ou seriam vários diferentes? Se sim, seria necessário então desenhar diversos radares, correto? Acredito que essa imagem esta muito resumida, assim como a estrutura mencionada no PDF do Manual de Campanha da DAAe.
Abraços e muito obrigado pela resposta.
O M200 pode prover a cobertura para os sistemas que citasse, já que o CEP dele é baixo o suficiente para guiar qualquer míssil com guiagem autônoma.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
50 mísseis RBS-70 MKS para prover a defesa antiaérea de uma país de tamanho continental como o Brasil é no mínimo desanimador!
OBS: Cada míssil saiu por 59 mil dólares neste contrato, seria interessante saber quanto custa cada Igla-S á titulo de curiosidade!Brasil adquire 50 mísseis Saab RBS-70 MK2 por 2,95 milhões de dólares
https://www.infodefensa.com/texto-diari ... es-dolares
Brava Gente Brasileira ..!
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Aquisições a conta gotas trás consigo o fardo de serem sempre caras, muito caras, para os efeitos desejados.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Uma correção num dado que eu coloquei na página anterior: revendo uma apresentação do CTEx de 6 meses atrás, o Saber M200 Multimissão tem uma margem de erro de apenas 30 metros de alvos a 70km de distância. É um radar AESA que pode guiar com segurança qualquer míssil de médio alcance de guiagem ativa a 70km de distância.
A área de cobertura para tiro é de 15 mil km² superando em 50% o requisito do radar do sistema de AAAe de Média Altura.
Outro ponto é que o conjunto todo: antenas, sistemas de resfriamento, geradores, base, etc pesa apenas 12 toneladas. Há bastante folga para aumentar o alcance desse radar e continuar podendo transportá-lo pelo KC-390.
A área de cobertura para tiro é de 15 mil km² superando em 50% o requisito do radar do sistema de AAAe de Média Altura.
Outro ponto é que o conjunto todo: antenas, sistemas de resfriamento, geradores, base, etc pesa apenas 12 toneladas. Há bastante folga para aumentar o alcance desse radar e continuar podendo transportá-lo pelo KC-390.
- gabriel219
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Vídeo interessante para saber como foi esse projeto cancelado. O projeto então foi cancelado devido a problemas orçamentários e não conflitos com os Russos, como foi expectado na época.
Uma coisa a salientar, que não tem a ver com o vídeo, foi a vulnerabilidade desses sistemas AAe contra drones e loitering munition. Segundo alguns relatórios que pude ler, durante o uso extensivo do Harop na Síria contra o Pantsir, os Russos teriam entendido duas coisas:


Isso corrobora com alguns reports sobre o radar E/L-2084 do Iron Dome ter dificuldades para detectar drones, pois apesar de ter tecnologia de varredura eletrônica, a baixa velocidade dos drones vazia com que o sistema ignorasse tais alvos. Pra quem não entende, se você aumentar demais a sensibilidade de um radar, você consegue detectar até pássaros através de seu radar. O próprio radar do Iron Dome é mantido numa sensibilidade o suficiente para interceptar foguetes acima de 122 mm, pois conforme foi introduzido, é dito que o Hamas e Hezbollah disparavam foguetes de calibres menores para sondar as defesas Antiaéreas, com foguetes de 80 mm ou menos, que não conseguiam atingir as cidades porém faria com que o Iron Dome fosse acionado. Israel contornou isso diminuindo a sensibilidade dos radares e calculando a trajetória dos foguetes, para ter ciência do local de impacto.
Eu imagino que o EB, principalmente com o desenvolvimento de radares, deve estar pensando nessa soluções encontradas nesses combates, desde a questão da sensibilidade quanto a biblioteca eletrônica a respeito da velocidade dos alvos. Eu gostaria também que o EB estivesse de olho em desenvolver sensores IRST para detectar drones em conjunto com radares, principalmente para futuros sistemas MSHORAD.
- Matheus
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Não existe algum sistema de curto alcance contra drones/munições tipo um Sea Ram+Vulcan? Tipo, um veículo astros com um canhão rotatório de 20 ou 30mm, dois lançadores 4x nas laterais, um radar de tiro e um radar de curto alcance/alta sensibilidade a AESA.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Isso poderia, em tese, se desenvolver tomando como base a TORC30, mas o EB ao que parece deixou de lado essa torre para quaisquer fins.Matheus escreveu: Seg Fev 21, 2022 9:00 am Não existe algum sistema de curto alcance contra drones/munições tipo um Sea Ram+Vulcan? Tipo, um veículo astros com um canhão rotatório de 20 ou 30mm, dois lançadores 4x nas laterais, um radar de tiro e um radar de curto alcance/alta sensibilidade a AESA.
Sobra a possibilidade de comprar algo pronto, ou tentar aproveitar alguma ideia e/ou proposta de sistema com essas características e trazer para cá. Mas quem bancaria essa brincadeira?
Acho melhor comprar pronto qualquer coisa que caiba encima do Guarani ou seja compatível também com o caminhão Tectran da Avibras e vemos o que acontece.
Carpe Diem