O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10936 Mensagem por gabriel219 » Sex Fev 11, 2022 7:19 pm

knigh7 escreveu: Sex Fev 11, 2022 6:51 pm O canhão do Sea Snake é o mesmo do Skyranger 30. Aliás esses 2 sistemas são irmãos.

Procure se informar sobre eles.
Eu estou falando da torre, não do canhão. Knight, preste atenção no meu post, pois eu CLARAMENTE falei em utilizar o KCE, apesar de EU achar que o Mk30-2/ABM seria o suficiente:
gabriel219 escreveu: Qui Fev 10, 2022 6:44 pm Se está falando do canhão KCE, em específico, ok, basta trocar o Mk30-2/ABM pelo KCE, pra ganhar pouco menos que o dobro em cadência. Isso é gambiarra, pra uma torre que já tem a proposta de trocar seu canhão, segundo o próprio fornecedor?

Eu sinceramente não entendi o que seria gambiarra em pegar o projeto da TORC e criar uma torre AAe dedicada da mesma, se a Rheinmetal pegou a LANCE 2.0 e fez o Skyrange em cima, só trocou o canhão. Não pode ser a atual torre, na forma que está, pois precisa de reparo para mísseis e outros sensores, como radar.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10937 Mensagem por Lucubus » Ter Fev 15, 2022 5:14 pm

Olhem isto.

O Marrocos comprou o Barak MX (MRAD, LRAD e ER) alem de drones Heron e o sistema de drones anti drones da Skylock por ~ 500 milhões de Euros

https://observador.pt/2022/02/14/israel ... -de-euros/




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10938 Mensagem por gabriel219 » Ter Fev 15, 2022 5:32 pm

Seria pedir muito ter Iron Dome (SHORAD/MSHORAD), Spyder (MRAD), Barak-ER (LRAD) e David Sling's (VLRAD)?

Ê sonho...




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10939 Mensagem por knigh7 » Ter Fev 15, 2022 6:10 pm

A Rússia tende a levar a pressão estratégica sobre os EUA usando países que a apoiam na América Central e Am. do Sul. Não apenas ameaçou como para ela não é difícil fazer.
Dependendo dos "brinquedos" que ela traga para nossa região podem ser introduzidos materiais, incluindo ABMs, na Colômbia e no Brasil a preços módicos made in USA.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10940 Mensagem por FCarvalho » Ter Fev 15, 2022 11:39 pm

Na minha ignóbil opinião, o Barak MX junto com o Iron Dome seriam a melhor escolha para defesa AAe da FAB.

Para o EB, poderíamos fazer um contra balanço comprando os mísseis na Rússia e integrando eles nos Tectran/Tatra do Astros como a empresa pretendia fazer com mísseis europeus. Para isso creio que as versões mais modernas dos mísseis nos sistemas Buk, Tor e S-350 seriam mais que suficientes para dar uma boa cobertura AAe ao EB, complementados pelos Manpads. No futuro até quem sabe se poderia pensar em desenvolver um míssil da categoria do S-400/500.
Se fizemos o MCT, somos plenamente capazes também de prover um míssil AAe de longo alcance. E sem precisar sair do zero.
A MB pode se virar com as versões naval e terrestre do CAMM.
Só não gosto da ideia de enfiar nas soluções para a AAe tudo em um mesmo saco. A história nos adverte muitas vezes sobre este tipo de exagero.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10941 Mensagem por knigh7 » Qua Fev 16, 2022 12:07 am

O CTEx não pretende parar no SaberM200. Pretende evoluir no alcance. Desconheço o cronograma, mas como se trata de um radar em solo, aumentar o alcance não seria um desafio grande.

O SaberM200 é capaz de guiar um míssil com 50m de erro a um alcance 3 vezes menor que o modo vigilância (70km/200km). Dobrando o alcance do radar e pelo fatos dos mísseis de guiagem ativa de longo alcance em geral terem um radar mais potente, poder-se-ia (@Temer) guiar um míssil de grande altura/longo alcance, como o Arrow, o Aster30.

O Caiafa entrevistou o representante da IAI no Brasil ano passado. Um radar de 400km de alcance (modo vigilância) é o suficiente para guiar o míssil do sistema Barak ER O míssil ER acrescenta 2 estágios do Barak MRAD, que é o menor alcance (35km). O radares portanto são os mesmos mas o míssil tem um radar de detecção entre 10 e 5km de distância dependendo do RCS do alvo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10942 Mensagem por FCarvalho » Qua Fev 16, 2022 3:30 pm

Pelo divulgado na apresentação do Saber M-200, e pelos muitos comentários aqui e acolá na internet, presume-se que a próxima fase será desenvolver uma versão deste radar de longo alcance. E como já temos aqui praticamente todos os insumos para a parte de C2 do sistema, e iremos aproveitar também o que já existe de radares, espero que também tenhamos algo em mente no sentido de prover um MCT AAe com seus 300 kms ou mais de alcance.

Dos sistema citos acima e que podem ser adquiridos, o alcance máximo fica em torno de 150 kms no caso do Barak MX, a não ser, talvez os 9M96 do S-350 que segundo algumas fontes russas afirmam, estaria sendo desenvolvido versões com até 200/250 km de alcance, mas é difícil saber.

Eu ficaria muito satisfeito de termos aqui um sistema no EB baseado no Astros com um míssil do S-350 com este suposto alcance estendido. E se não fosse muito complicado, comprar junto com os mísseis uma possível transferência de tecnologia dos russos. Claro, desde que esta aquisição não seja de apenas meia dúzia de unidades para depois exigir mundos e fundos do fornecedor. Não funciona assim.

Bem, esta nova versão do Saber M-200 deve vir à luz até o final desta década, enquanto a versão atual entra em produção e é testada e aprovada pelo EB, além de provavelmente estar operação em algum GAAe para o mal afamado "desenvolvimento e doutrina".

Tomara que isso não demore muito. A ver o quanto o EB e demais forças estão dispostos a pagar por mais esta conta.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10943 Mensagem por gabriel219 » Qua Fev 16, 2022 4:06 pm

Não faz muito sentido operar dois sistemas, teria que ser o Barak ou o 9M96. Pra um alcance maior, nesse caso se tratando mais de negar espaço aéreo do que simplesmente defesa antiaérea é entre S-400 e David Sling, sendo esse último imensamente superior. O Stunner, míssil do David Sling, possui o primeiro sistema three-way data-link e tem três tipos de guiagem, sendo um radar AESA, um sistema de uso dual IRST/EOTV - semelhante ao IRIS-T, que talvez tenha o melhor Seeker dos mísseis EO/IR - e ainda um sistema que não é bem explicado, mas é chamado de asymmetric 360º multi-seeker sensor engagement, além de seu próprio ECCM embarcado. É basicamente um míssil que, se caso entrar no Pit-point, é quase impossível de escapar através de contra medidas.

Já está operando e foi testado em combate. O alcance do Stunner é estimado entre 300-500 km!




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10944 Mensagem por Strike » Qua Fev 16, 2022 4:22 pm

FCarvalho escreveu: Qua Fev 16, 2022 3:30 pm Pelo divulgado na apresentação do Saber M-200, e pelos muitos comentários aqui e acolá na internet, presume-se que a próxima fase será desenvolver uma versão deste radar de longo alcance. E como já temos aqui praticamente todos os insumos para a parte de C2 do sistema, e iremos aproveitar também o que já existe de radares, espero que também tenhamos algo em mente no sentido de prover um MCT AAe com seus 300 kms ou mais de alcance.

Dos sistema citos acima e que podem ser adquiridos, o alcance máximo fica em torno de 150 kms no caso do Barak MX, a não ser, talvez os 9M96 do S-350 que segundo algumas fontes russas afirmam, estaria sendo desenvolvido versões com até 200/250 km de alcance, mas é difícil saber.

Eu ficaria muito satisfeito de termos aqui um sistema no EB baseado no Astros com um míssil do S-350 com este suposto alcance estendido. E se não fosse muito complicado, comprar junto com os mísseis uma possível transferência de tecnologia dos russos. Claro, desde que esta aquisição não seja de apenas meia dúzia de unidades para depois exigir mundos e fundos do fornecedor. Não funciona assim.

Bem, esta nova versão do Saber M-200 deve vir à luz até o final desta década, enquanto a versão atual entra em produção e é testada e aprovada pelo EB, além de provavelmente estar operação em algum GAAe para o mal afamado "desenvolvimento e doutrina".

Tomara que isso não demore muito. A ver o quanto o EB e demais forças estão dispostos a pagar por mais esta conta.

A questão da aquisição de um sistema de defesa antiaérea brasileira para curta/média/longa distância de responsabilidade do EB deveria está no top 3 entre as principais prioridades da força!!
É inadmissível estamos em 2022 com tantas ameaças e tecnologias disponíveis e temos ainda como meios para tal missão canhões antigos, mísseis iglas S/RBS-70 e Guepards antigos usados.




Brava Gente Brasileira ..!
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10945 Mensagem por gabriel219 » Qua Fev 16, 2022 4:30 pm

Strike escreveu: Qua Fev 16, 2022 4:22 pm A questão da aquisição de um sistema de defesa antiaérea brasileira para curta/média/longa distância de responsabilidade do EB deveria está no top 3 entre as principais prioridades da força!!
É inadmissível estamos em 2022 com tantas ameaças e tecnologias disponíveis e temos ainda como meios para tal missão canhões antigos, mísseis iglas S/RBS-70 e Guepards antigos usados.
Eu penso que defesa AAe pro EB deveria ser relegado a autoproteção de suas tropas, com sistema VSHORAD/MSHORAD (proteção a nível Unidade), MRAD (proteção a nível Brigada) e LRAD (proteção a nível Divisão). Até casos como proteção AAe à instalações estratégicas civis (VSHORAD Anti-PGM) e negar o uso do espaço aéreo (VL/ERAD) seja papel da FAB. Defesa de Infraestrutura estratégica Militar fica a cargo de cada força fazer a sua própria defesa.

Se começar a organizar e usar do artifício de comprar os mísseis e inserir em sistemas nacionais, dá pra mudar o quadro até 2035.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10946 Mensagem por knigh7 » Qui Fev 17, 2022 2:02 am

gabriel219 escreveu: Qua Fev 16, 2022 4:06 pm Não faz muito sentido operar dois sistemas, teria que ser o Barak ou o 9M96. Pra um alcance maior, nesse caso se tratando mais de negar espaço aéreo do que simplesmente defesa antiaérea é entre S-400 e David Sling, sendo esse último imensamente superior. O Stunner, míssil do David Sling, possui o primeiro sistema three-way data-link e tem três tipos de guiagem, sendo um radar AESA, um sistema de uso dual IRST/EOTV - semelhante ao IRIS-T, que talvez tenha o melhor Seeker dos mísseis EO/IR - e ainda um sistema que não é bem explicado, mas é chamado de asymmetric 360º multi-seeker sensor engagement, além de seu próprio ECCM embarcado. É basicamente um míssil que, se caso entrar no Pit-point, é quase impossível de escapar através de contra medidas.

Já está operando e foi testado em combate. O alcance do Stunner é estimado entre 300-500 km!
O Stunner tem um alcance excelente mesmo. Segundo o Centro de Estudos Estratégicos (CSIS) o alcance dele chega a 300km mesmo.

O que me deixou intrigado foi a altitude máxima operacional do míssil: 15km. Não sei se está errado. Mas o problema é que a Rafael não divulga e há mísseis que não tem um bom desempenho em ambientes de baixa pressão (no caso grande altitude).

Vc tem dados confiáveis diferentes disso (da altitude máxima) dele, Gabriel?




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10947 Mensagem por NaScImEnTToBR » Qui Fev 17, 2022 10:54 am

Pessoal, eu tenho desenhado um sistema de defesa anti-aérea de curto alcance pro EB usando o chassi do ASTROS, porém eu tenho algumas dúvidas, eu li num PDF em inglês que alguns sistemas precisam de um radar de guiação e outro radar de busca e aquisição de alvos (scane radar, target aquisition) IFF, entretanto lendo sobre o Pantsir eu vi que ele só possui dois radares montados sobre seu próprio subsistema de armas e mais algumas plataformas de logística, comunicação e outras funções. E também li em outro PDF do EB que a estrutura necessária seria: 1x (um) subsistema de controle e alerta, 1x subsistema de armas, 1x subsistema de comunicações e 1x subsistema de apoio logístico.

Logo fico na dúvida sobre qual estrutura seria necessária. Minha pergunta é: Pra ter um Pantsir brasileiro, seria necessário um sistema DAAe (defesa anti-aérea) de curto alcance ter quantos radares? E esses radares poderiam, como no Pantsir, estarem no seu próprio subsistema de armas? O meu esta montando sobre uma plataforma 8X8 do ASTROS 2020 que eu aumentei pra dar mais espaço. O meu também usa o míssil a-darter no lugar de curto alcance de 8km de alcance. O desenho que mostrarei, provavelmente será pintado e tem algumas outras propostas diferentes entre subsistemas de armas e subsistemas de controle e alerta. Caso necessário, eu utilizaria uma versão do Radar M200 no sistema, mas não teria certeza de qual tipo seria, uma vez que o modelo apresentado pelo EB é um radar de contra-bateria e não pra funções anti-aéreas, logo o meu seria o mais próximo possível do protótipo apresentado recentemente. Ao lado é possível ver o tamanho do Pantsir em relação aos demais sistemas, o Pantsir apesar de maior, precisa ser desmontado pra ser carregado pelo KC390, já o meu seria de pronto emprego, pois não ultrapassaria os 3.5m de altura do KC390, mas isso só vale pros que estão dentro do retângulo vermelho, as demais viaturas como a Viatura de Comando e Controle e a Viatura ASTROS M200 ultrapassam evidentemente a altura mínima, mas podem ser transportados, porém não seriam de pronto emprego. Abraços. TMJ.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10948 Mensagem por gabriel219 » Qui Fev 17, 2022 11:15 am

knigh7 escreveu: Qui Fev 17, 2022 2:02 am
gabriel219 escreveu: Qua Fev 16, 2022 4:06 pm Não faz muito sentido operar dois sistemas, teria que ser o Barak ou o 9M96. Pra um alcance maior, nesse caso se tratando mais de negar espaço aéreo do que simplesmente defesa antiaérea é entre S-400 e David Sling, sendo esse último imensamente superior. O Stunner, míssil do David Sling, possui o primeiro sistema three-way data-link e tem três tipos de guiagem, sendo um radar AESA, um sistema de uso dual IRST/EOTV - semelhante ao IRIS-T, que talvez tenha o melhor Seeker dos mísseis EO/IR - e ainda um sistema que não é bem explicado, mas é chamado de asymmetric 360º multi-seeker sensor engagement, além de seu próprio ECCM embarcado. É basicamente um míssil que, se caso entrar no Pit-point, é quase impossível de escapar através de contra medidas.

Já está operando e foi testado em combate. O alcance do Stunner é estimado entre 300-500 km!
O Stunner tem um alcance excelente mesmo. Segundo o Centro de Estudos Estratégicos (CSIS) o alcance dele chega a 300km mesmo.

O que me deixou intrigado foi a altitude máxima operacional do míssil: 15km. Não sei se está errado. Mas o problema é que a Rafael não divulga e há mísseis que não tem um bom desempenho em ambientes de baixa pressão (no caso grande altitude).

Vc tem dados confiáveis diferentes disso (da altitude máxima) dele, Gabriel?
Tanto a atitude máxima, quanto a velocidade e até o tipo do motor utilizado é confidencial. Aliás, eles só relevam como funciona o data-link e os dois tipos de guiagem, que é o que já existe por ai, combinando radar AESA com IIR, que nesse caso é coma cabeça com imagem, mas eles não relevam como funciona esse terceiro sistema.

Eu custo a acreditar que esse míssil tem 15 km de altitude máxima. Se chega a 300 km, deve ter o dobro.

Os mísseis que geralmente não funcionam bem a baixa pressão são ramjet's, pois dependem bastante do fluxo de ar (O2 e H, especialmente) para funcionamento dos motores. O Meteor tem um motor foguete secundário, que aciona quando está próximo do alvo, porém acho que possa ser usado se for a maiores altitudes, embora eu não conheça o perfil de lançamento, como um Derby/Phonix, que usam perfil high-profile de vôo - depois do lançamento, sobem pra ganhar altitude e depois descem, quando o motor é desligado, diminuindo a perda de velocidade com a energia cinética fornecida pela gravidade.

O Stunner aparentemente não é ramjet, deve ser de pulso duplo, mas do bem especial, pois o míssil nem é tão grande, é pouco maior que o Derby.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10949 Mensagem por FCarvalho » Qui Fev 17, 2022 3:38 pm

gabriel219 escreveu: Qua Fev 16, 2022 4:06 pm Não faz muito sentido operar dois sistemas, teria que ser o Barak ou o 9M96. Pra um alcance maior, nesse caso se tratando mais de negar espaço aéreo do que simplesmente defesa antiaérea é entre S-400 e David Sling, sendo esse último imensamente superior. O Stunner, míssil do David Sling, possui o primeiro sistema three-way data-link e tem três tipos de guiagem, sendo um radar AESA, um sistema de uso dual IRST/EOTV - semelhante ao IRIS-T, que talvez tenha o melhor Seeker dos mísseis EO/IR - e ainda um sistema que não é bem explicado, mas é chamado de asymmetric 360º multi-seeker sensor engagement, além de seu próprio ECCM embarcado. É basicamente um míssil que, se caso entrar no Pit-point, é quase impossível de escapar através de contra medidas.
Já está operando e foi testado em combate. O alcance do Stunner é estimado entre 300-500 km!
Mas aí é que está. Se EB e FAB utilizarem mísseis de procedência israelense caímos naquilo que argumentei sobre o perigo de colocar toda a nossa defesa AAe nas mãos de um único fornecedor. E isso na minha opinião não é uma boa escolha. Se tivermos alguma desavença com eles qualquer hora, ou com algum país que eles tenham interesses, o que acontece com a nossa AAe?
Idem para qualquer outro país que se torne fornecedor único para estes sistemas. Por isso que defendi a compra dos mísseis russos como um contra balanço. Como atualmente está organizada a AAe, todas as forças podem dispor de sistemas de todos os alcances e altitudes, depende das prioridades de defesa a que cada uma está ligada.

No caso do EB, é dele a obrigação de realizar a defesa de todos os pontos estratégicos do país, sejam militares ou civis. Neste caso, a operação de OM AAe a nível de comandos militares seria a lógica, mas não temos nada parecido com isso, assim como nas regiões militares. Em todo caso, pelo que vi, a OM AAe que atua no nível mais alto organizacional é a bateria AAe das AD. Ao menos elas existem no papel, mas em termos práticos, nunca vi tais organizações funcionarem de verdade. Nem sei se existem de fato.

Resumidamente a AAe do EB está organizada assim, até onde pude saber:

1. Seções AAe da Cia Cmdo Ap nos Btl Inf Lv/Pqdt/Slv/Amv/Mtz - Igla/RBS-70

2. Seções AAe da Cia Cmdo Ap nos Batalhões Inf Bld - Igla/RBS-70

3. Seções AAe da Cia Cmdo Ap nos Reg Cav Mec - sem nenhum sistema AAe

4. Bia AAe das AD - prevista no organograma da OM

5. GAAe/Bia Cav Blda - Guepard

6. GAAe - Bofors L-40/70

Seções AAe em todas as OM de engenharia, comunicações, artilharia, logística e material bélico, com provisão para auto defesa. Não há sistemas de mísseis adotados. Ou a defesa AAe é feita com metralhadoras Browning 12,7mm

Na teoria os 5 GAAe que existem no EB seriam responsáveis, também, pela defesa dos pontos estratégicos do país. Mas isso é apenas no papel.

Assim, me parece que sem OM AAe ligadas aos comandos militares e/ou regiões militares, ficamos sem a cobertura necessária para a defesa de qualquer ponto importante do país. Na prática hoje o EB só possui OM AAe para defender a si mesmo, e ainda assim muito mal, pela óbvia falta de sistemas que lhe sirvam para tal.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#10950 Mensagem por FCarvalho » Qui Fev 17, 2022 3:48 pm

Strike escreveu: Qua Fev 16, 2022 4:22 pm A questão da aquisição de um sistema de defesa antiaérea brasileira para curta/média/longa distância de responsabilidade do EB deveria está no top 3 entre as principais prioridades da força!!
É inadmissível estamos em 2022 com tantas ameaças e tecnologias disponíveis e temos ainda como meios para tal missão canhões antigos, mísseis iglas S/RBS-70 e Guepards antigos usados.
Se levarmos em conta a realidade fática do país, o seu entorno estratégico, além dos muitos outros problemas com obsolescência em bloco de sistemas e materiais bélicos nas três forças, é até explicável, mas não aceitável, que a nossa defesa AAe esteja no nível em que está.
Pelo menos agora estamos tentando fazer algo concreto com a aquisição de um sistema que possa servir as três forças, embora não goste da ideia de depender de um único fornecedor.
Conquanto, como a parte mais importante será nacional, e qualquer sistema que seja adotado terá que se integrar a ela, fizemos um bom avanço, ainda que a passos muito curtos.
Vamos torcer para que seja feita uma boa escolha, e que as coisas comecem a andar para frente. Se conseguirmos comprar pelo menos as 3 baterias que se diz querer obter, já podemos nos dar por satisfeitos, para quem até hoje opera Manpad como os sistemas mais complexos de defesa AAe.




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