Túlio escreveu: Ter Dez 22, 2020 7:10 am
FCarvalho escreveu: Ter Dez 22, 2020 12:56 am
Concordo. A versão
atual da ALAC atual
é bastante parecida com as primeiras versões do AT-4, embora as qualidades da arma sueca tenham sido imitadas com certo zelo pelo modelo nacional.
O AT-4CS é um caso específico tendo em função a urbanização dos conflitos, o que não deixa de ser de certa forma uma resposta específica a um problema também específico.
Todas as versões do AT-4 continuam sendo muito boas, mas como bem disseste, cada um no seu quadrado.
É isso que a ALAC pretende ser.
Por outro lado, entendo que existiria espaço para outros tipos de lança rojão no exército
se permitissem.
Mas aí é que está, cupincha véio, mais uma vez falas do que não sabes como se autoridade no assunto fosses, o que não és (nem eu), e quem sabe mais do que nós não vai falar até ser autorizado. Entendas, o que eu ACHO não é o mesmo que O QUE EU SEI, POWS!!!
Nas buenas, quem nos garante que o EB deletou tudo o que há sobre ALAC e MSS e, cereja do bolo, proibiu terminantemente até aquele grupinho de geeks do CTEx e/ou IME de sequer falar sobre melhorias possíveis porque o certo é copiar alguma coisa de Israel ou África do Sul se e quando couber no orçamento?
Se tens alguma fuente que PROVE o contrário, podes compartilhar? Porque seria muito DOIDO isso, no caso de um conflito assimétrico o que eu citei seria crucial, mais até que o IA2, pois Fz e munição pra ele a gente compra em qualquer canto em caso de necessidade, já lança-rojão e ATGM não, aqui não é o Oriente Médio nem a África, onde tem até na farmácia...
Bom, eu tenho cá para mim que os (muitos) projetos que o EB tem e que hora contam com a participação do CTEx e/ou IME estão em duas condições: parados ou andando a conta gotas. E não tem como ser de outra forma, dada a realidade orçamentária e as prioridades atribuídas pelo cmdo do exército. E C&T não é uma delas. Todos sabemos disso.
No PEEx 2019-2023 tem um apontamento que diz que a questão dos ATGM será resolvida no biênio 2022-2023. Nada se sabe sobre o que será feito em termos práticos. Pode ser que compremos mísseis novos e já operacionais, ou pode ser que o EB siga se apegando ao (vetusto) projeto do MSS 1.2 e use ele do jeito que estiver, pronto ou não, melhorado ou não. É uma escolha que eles terão de fazer. Igualmente a ALAC, que bem ou mal, é uma arma teoricamente simples de ser feita, e aperfeiçoada, já que não existe nenhum mistério em um lança-rojão.
Assim, me parece que a ALAC da qual até agora não se tem notícias públicas sobre se houve ou não efetivamente mudanças no projeto básico - pelo que acompanho não vi nada neste sentido - continua sendo a mesma arma lançada que vimos alguns anos atrás. E que até onde sei, ainda sequer foi adotada como padrão no EB. O MSS 1.2 segue a mesma lide, dado que após os lotes piloto de 4 anos atrás, não se tem notícias sobre o EB e/ou CFN usar este sistema para testes ou o que valha. A não ser que tenham feito isso às escondidas de tal forma que ninguém ficasse sabendo, o que me parece ser algo pouco crível, embora possível. E para ser bem honesto, o que um míssil que praticamente não mudou nada nos últimos 35 anos em termos de desing do projeto tem para oferecer de novo? Dizer que temos um ATGM nacional?
Se a ideia é fazer da ALAC um armamento padrão do exército - e eu acredito que seja isso mesmo - pelo tempo que o projeto tem, isto já era para ter acontecido há tempos, mas não é o que vemos. O que existe são poucas ou nenhuma informação sobre seu status e quais os resultados dos testes e avaliações da arma. Encobrem tudo sobre ela como se fosse segredo de Estado, vide o IA-2. É estamos falando de um simples lança-rojão, algo que guerrilhas mequetrefes ou grupo de fanáticos aloprados arruma em qualquer budega do mundo. O MSS 1.2 segue a mesma linha. O porquê disso? Não sei. Não entendo tanto segredo em cima de coisas tão simples hoje quanto eram a 40 anos atrás. Mas essa mania de tratar como segredo coisas que até países de terceiro mundo conseguem fazer hoje em dia é meio piração da cabeça desse pessoal do EB. Como se alguém achasse que se desenvolvermos um míssil AC fosse a gênese tupiniquim para os nossos ICMB...
Pra mim isso é muita piração da cabeça e uma mania quase incontrolável de perseguição, ou coisa de gente goza sozinho na cama sonhando teorias da conspiração.
Enfim, teremos a nossa ALAC qualquer hora dessas, e quiçá um míssil AC nacional, quando e se o orçamento permitir. Se estas armas serão a pica das galáxias da modernidade eu não sei, mas considerando o nosso tradicional ritmo de desenvolvimento tecnológico no campo da defesa, não ficaria surpreso que uma e outra entrassem em operação no EB do jeitinho que foram projetadas a três ou quatro décadas atrás. Para dizer a verdade isso não me seria nenhuma surpresa.
Por mim, sabes bem que seria melhor irmos atrás de algo, e de alguém, que realmente entendesse do negócio para termos, pelo menos, uma arma funcional e efetiva. Porque gastar dinheiro público por anos a fio em tecnologias que nem a vizinhança mais pobre cá do lado quer, é demais para o meu cérebro.