MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A Zona Franca de Manaus sob novo questionamento
Movimentos novos colocam a região contra a parede e buscam corrigir distorções que governos aprontaram na área
Artigo completo no link:
https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0003443612
Parece ter passado da hora de repensar a Zona Franca de Manaus, um programa que já tem 53 anos e ficou a anos-luz do objetivo principal, que é o de servir de gatilho para o desenvolvimento da região.
Até agora, todas as sugestões de revisão das suas regras e dos seus critérios de desenvolvimento foram liminarmente rejeitadas no Congresso. Mas agora são outros movimentos que pedem revisões drásticas.
Um grupo inicial de 100 empresários, ambientalistas, políticos e pesquisadores constituiu o que passou a ser chamado Concertação pela Amazônia. Seu objetivo é propor saídas e, sobretudo, novas soluções para o desenvolvimento sustentável da região. É uma iniciativa do setor privado que se propõe a corrigir as distorções que os governos, um após o outro, aprontaram em toda a área.
E há três outros movimentos que colocam os atuais esquemas de sustentação da Zona Franca contra a parede. O primeiro deles é a perspectiva de uma ampla reforma tributária, cuja principal proposta é unificar vários tributos num novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que será cobrado não mais na origem da atividade produtiva, como é hoje o ICMS, mas no destino, ou seja, na ponta do consumidor da mercadoria ou do serviço. Como as empresas da Zona Franca faturam na origem e apenas residualmente no destino, segue-se que grande parte dos subsídios que garantem sua existência tenderá a desaparecer.
O outro movimento que conspira contra o futuro da Zona Franca tal como hoje se apresenta é o da progressiva, embora ainda lenta demais, abertura comercial. À medida que ela se aprofundar, cairão as barreiras alfandegárias à entrada de importados no resto do País e, assim, a Zona Franca perderá a vantagem de operar com tarifas em torno de zero enquanto o resto do Brasil tem de se submeter às tarifas de importação.
O terceiro movimento é o aumento da consciência nacional e internacional de que não se pode mais defender a situação que até agora vinha concorrendo para o aumento das queimadas da floresta e a exploração predatória de recursos minerais.
Até agora, os projetos de desenvolvimento da região vinham trombando em enormes deficiências – e não apenas em renúncias fiscais mal aproveitadas, da ordem de R$ 25 bilhões por ano.
A Sudam foi um fracasso e hoje não passa de amontoados de esqueletos de fábricas corroídos pela incompetência e pela corrupção. A presença militar, especialmente, no projeto da Calha Norte e da Transamazônica, praticamente se limitou a cuidar da defesa do território. E, embora arduamente defendida pelos interesses locais, a Zona Franca não passa de um aglomerado de indústrias artificiais, a maioria delas maquiladoras, altamente dependentes dos subsídios já mencionados e dos altos custos de logística.
O principal erro do projeto é o de que elegeu a indústria como único polo produtivo e desdenhou o resto: turismo, mineração sustentada, bioeconomia, piscicultura... É o resultado da mentalidade prevalecente nas últimas décadas de que, se não se basear na indústria de transformação, qualquer projeto de desenvolvimento – e não só o da Zona Franca – não presta. Os lobbies locais ainda se agarram à Zona Franca como grande criadora de empregos, de meio milhão de postos de trabalho diretos e indiretos, como está em alguns documentos. É um número inflado à vontade, que deve incluir até o posto do sacristão da catedral de Manaus. Agora, os lobistas da hora pretendem que o País e o resto do mundo acreditem que, não fosse a Zona Franca, a Floresta Amazônica já não existiria. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), intitulado Zona Franca de Manaus: Impactos, Efetividade e Oportunidades, afirma que “a capacidade da Zona Franca em reduzir o desmatamento é bastante modesta”.
Não há clareza sobre como montar um programa de desenvolvimento harmônico e sustentado da Amazônia. A iniciativa da Concertação pode contribuir decisivamente para isso, na medida em que se baseia em critérios racionais de desenvolvimento, e não mais na politicagem, na demagogia e na corrupção, que estão no DNA de praticamente todos os programas oficiais até aqui.
Movimentos novos colocam a região contra a parede e buscam corrigir distorções que governos aprontaram na área
Artigo completo no link:
https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0003443612
Parece ter passado da hora de repensar a Zona Franca de Manaus, um programa que já tem 53 anos e ficou a anos-luz do objetivo principal, que é o de servir de gatilho para o desenvolvimento da região.
Até agora, todas as sugestões de revisão das suas regras e dos seus critérios de desenvolvimento foram liminarmente rejeitadas no Congresso. Mas agora são outros movimentos que pedem revisões drásticas.
Um grupo inicial de 100 empresários, ambientalistas, políticos e pesquisadores constituiu o que passou a ser chamado Concertação pela Amazônia. Seu objetivo é propor saídas e, sobretudo, novas soluções para o desenvolvimento sustentável da região. É uma iniciativa do setor privado que se propõe a corrigir as distorções que os governos, um após o outro, aprontaram em toda a área.
E há três outros movimentos que colocam os atuais esquemas de sustentação da Zona Franca contra a parede. O primeiro deles é a perspectiva de uma ampla reforma tributária, cuja principal proposta é unificar vários tributos num novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que será cobrado não mais na origem da atividade produtiva, como é hoje o ICMS, mas no destino, ou seja, na ponta do consumidor da mercadoria ou do serviço. Como as empresas da Zona Franca faturam na origem e apenas residualmente no destino, segue-se que grande parte dos subsídios que garantem sua existência tenderá a desaparecer.
O outro movimento que conspira contra o futuro da Zona Franca tal como hoje se apresenta é o da progressiva, embora ainda lenta demais, abertura comercial. À medida que ela se aprofundar, cairão as barreiras alfandegárias à entrada de importados no resto do País e, assim, a Zona Franca perderá a vantagem de operar com tarifas em torno de zero enquanto o resto do Brasil tem de se submeter às tarifas de importação.
O terceiro movimento é o aumento da consciência nacional e internacional de que não se pode mais defender a situação que até agora vinha concorrendo para o aumento das queimadas da floresta e a exploração predatória de recursos minerais.
Até agora, os projetos de desenvolvimento da região vinham trombando em enormes deficiências – e não apenas em renúncias fiscais mal aproveitadas, da ordem de R$ 25 bilhões por ano.
A Sudam foi um fracasso e hoje não passa de amontoados de esqueletos de fábricas corroídos pela incompetência e pela corrupção. A presença militar, especialmente, no projeto da Calha Norte e da Transamazônica, praticamente se limitou a cuidar da defesa do território. E, embora arduamente defendida pelos interesses locais, a Zona Franca não passa de um aglomerado de indústrias artificiais, a maioria delas maquiladoras, altamente dependentes dos subsídios já mencionados e dos altos custos de logística.
O principal erro do projeto é o de que elegeu a indústria como único polo produtivo e desdenhou o resto: turismo, mineração sustentada, bioeconomia, piscicultura... É o resultado da mentalidade prevalecente nas últimas décadas de que, se não se basear na indústria de transformação, qualquer projeto de desenvolvimento – e não só o da Zona Franca – não presta. Os lobbies locais ainda se agarram à Zona Franca como grande criadora de empregos, de meio milhão de postos de trabalho diretos e indiretos, como está em alguns documentos. É um número inflado à vontade, que deve incluir até o posto do sacristão da catedral de Manaus. Agora, os lobistas da hora pretendem que o País e o resto do mundo acreditem que, não fosse a Zona Franca, a Floresta Amazônica já não existiria. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), intitulado Zona Franca de Manaus: Impactos, Efetividade e Oportunidades, afirma que “a capacidade da Zona Franca em reduzir o desmatamento é bastante modesta”.
Não há clareza sobre como montar um programa de desenvolvimento harmônico e sustentado da Amazônia. A iniciativa da Concertação pode contribuir decisivamente para isso, na medida em que se baseia em critérios racionais de desenvolvimento, e não mais na politicagem, na demagogia e na corrupção, que estão no DNA de praticamente todos os programas oficiais até aqui.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Túlio escreveu: Dom Set 20, 2020 4:20 pmPenguin escreveu: Dom Set 20, 2020 4:05 pm
Além disso tem muita terra que hoje nada produz, mas com água e tecnologia poderia produzir.
Há diversas regiões antes inóspitas que passaram por transformações radicais nas últimas décadas: Oeste da Bahia+Sul do Maranhão e do Piauí (regiões de grande produção e exportação de soja, milho etc), Região de Petrolina/Juazeiro (maior região exportadora de frutas do país), Região de Mossoró (RN) (maior região exportadora de melão do país).A vantagem de viver em um País (bem) maior do que a UE é que as possibilidades são praticamente infinitas. Pra não ficar de ufanismo, olha os EUA do Obama, tava num baita merdão importando petróleo a peso de ouro em plena Grande Crise e tirou o Shale da cartola: até hoje os EUA são agora grandes exportadores de petróleo e gás. Nós precisamos de tempo e dinheiro para explorar o que podemos e temos aqui. Só que esse foco apenas em exportação tá encarecendo produtos aqui, precisa dosar melhor...
Ai tem umas questões importantes:Só que esse foco apenas em exportação tá encarecendo produtos aqui, precisa dosar melhor...
1) Quem financia o desenvolvimento de novas áreas -> Geralmente são os governos (Federal e Estaduais)
2) Quem financia a produção e de quais culturas, quando as areas estão implantadas -> Geralmente o Governo via BB ou algum cliente que compra antecipado
3) Como o mercado consumidor se comporta (interno e externo) -> Muitas vezes os importadores compram no mercado futuro as produções. Se deixar o barco correr solto, o vendedor optará sempre por quem pagar mais.
Como o Governo é o principal protagonista nas diversas etapas de financiamentos, de tributos (impostos de importação e exportação) e possui ferramentas para garantir estoques, ele é quem pode desenvolver politicas para incentivar a produção de culturas a serem consumidas internamente. Ou seja, ele tem o poder de calibrar as diversas politicas para garantir que não falte alimentos no mercado interno.
Editado pela última vez por Penguin em Dom Set 20, 2020 5:06 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Ceará colhe trigo pela primeira vez e produtividade chama a atençãoTúlio escreveu: Dom Set 20, 2020 3:07 pmO Caminha é que sabia das coisas:
Ceará colhe trigo pela primeira vez e produtividade chama a atenção
Em um projeto experimental realizado pela Embrapa, o desempenho das lavouras chegou a 1,6 toneladas por hectare
(...) Uma das vantagens da produção no estado foi o tempo curto entre o plantio e a colheita. O ciclo de produção no Ceará teve uma duração de apenas 75 dias, enquanto nas principais regiões produtoras do Brasil o ciclo entre plantação e colheita ocorre entre 140 e 180 dias. (...)
https://www.canalrural.com.br/noticias/ ... eejGa7DVeA
"Aqui, em se plantando, tudo dá".![]()
Em um projeto experimental realizado pela Embrapa, o desempenho das lavouras chegou a 1,6 toneladas por hectare
Artigo completo no link:
https://www.canalrural.com.br/noticias/ ... eejGa7DVeA
A primeira colheita de trigo realizada no Ceará gerou resultados considerados surpreendentes. Foram produzidas nove toneladas do cereal, com uma produtividade média de 1,6 toneladas por hectare. O plantio no estado, que ainda está em fase experimental é resultado de uma parceria entre iniciativa privada e a Embrapa.
Uma das vantagens da produção no estado foi o tempo curto entre o plantio e a colheita. O ciclo de produção no Ceará teve uma duração de apenas 75 dias, enquanto nas principais regiões produtoras do Brasil o ciclo entre plantação e colheita ocorre entre 140 e 180 dias.
Segundo Alexandre Salles, a produtividade do trigo obtida no Ceará se mostrou superior à da região Sul, que gira em torno de 2,4 toneladas por hectare, e pouco abaixo da obtida na região Centro-Oeste, de cerca de 5,5 toneladas por hectare. Ele afirma que agora o plano é fazer alguns ajustes, expandir a área e tipificar novos produtos da cadeia do trigo.
Foram realizados pequenos testes exploratórios em dois municípios do Ceará, em regiões de baixa altitude e outra de alta altitude para avaliação das cultivares. “O primeiro resultado foi excelente, o ciclo se fechou em 75 dias e as cultivares que tiveram melhor performance foi a BRS264 e BRS404, mostrando que o trigo tinha ampla adaptação para ser cultivado no Nordeste”, destaca Osvaldo Vasconcellos, chefe-geral da Embrapa Trigo.
“O resultado foi muito promissor, o que deu um grande ânimo à Embrapa porque vemos que os estados do Nordeste, que têm altitude acima de 600 metros como o Piauí, Ceará, Alagoas e outras partes dessa região, apresentam boa aptidão e têm condições de luminosidade e de temperatura que atendem à demanda da produção de trigo”, comenta Vasconcellos.
Hoje, o Nordeste importa quase 100% do trigo que consome, proveniente da Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Canadá e Rússia, além de importar de outras regiões do Brasil. Com os resultados positivos obtidos no Ceará, o Brasil pode equilibrar a balança comercial em trigo, acrescenta ele. A Embrapa já está realizando pesquisas experimentais em Alagoas e pretende expandir os estudos para os estados de Pernambuco, Piauí e Maranhão.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Penguin escreveu: Dom Set 20, 2020 4:51 pm (...)
Como o Governo é o principal protagonista nas diversas etapas de financiamentos, de tributos (impostos de importação e exportação) e possui ferramentas para garantir estoques, ele é quem pode desenvolver politicas para incentivar a produção de culturas a serem consumidas internamente. Ou seja, ele tem o poder de calibrar as diversas politicas para garantir que não falte alimentos no mercado interno.
Fato, nem nos EUA tudo corre à bangu; o problema é que eles resolveram a maioria dos seus problemas faz mais de um século, nós começamos a tentar apenas neste...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O Brasil é um dos maiores importadores mundiais de trigo.Rurst escreveu: Dom Set 20, 2020 4:52 pmCeará colhe trigo pela primeira vez e produtividade chama a atençãoTúlio escreveu: Dom Set 20, 2020 3:07 pmO Caminha é que sabia das coisas:
"Aqui, em se plantando, tudo dá".![]()
Em um projeto experimental realizado pela Embrapa, o desempenho das lavouras chegou a 1,6 toneladas por hectare
Artigo completo no link:
https://www.canalrural.com.br/noticias/ ... eejGa7DVeA
A primeira colheita de trigo realizada no Ceará gerou resultados considerados surpreendentes. Foram produzidas nove toneladas do cereal, com uma produtividade média de 1,6 toneladas por hectare. O plantio no estado, que ainda está em fase experimental é resultado de uma parceria entre iniciativa privada e a Embrapa.
Uma das vantagens da produção no estado foi o tempo curto entre o plantio e a colheita. O ciclo de produção no Ceará teve uma duração de apenas 75 dias, enquanto nas principais regiões produtoras do Brasil o ciclo entre plantação e colheita ocorre entre 140 e 180 dias.
Segundo Alexandre Salles, a produtividade do trigo obtida no Ceará se mostrou superior à da região Sul, que gira em torno de 2,4 toneladas por hectare, e pouco abaixo da obtida na região Centro-Oeste, de cerca de 5,5 toneladas por hectare. Ele afirma que agora o plano é fazer alguns ajustes, expandir a área e tipificar novos produtos da cadeia do trigo.
Foram realizados pequenos testes exploratórios em dois municípios do Ceará, em regiões de baixa altitude e outra de alta altitude para avaliação das cultivares. “O primeiro resultado foi excelente, o ciclo se fechou em 75 dias e as cultivares que tiveram melhor performance foi a BRS264 e BRS404, mostrando que o trigo tinha ampla adaptação para ser cultivado no Nordeste”, destaca Osvaldo Vasconcellos, chefe-geral da Embrapa Trigo.
“O resultado foi muito promissor, o que deu um grande ânimo à Embrapa porque vemos que os estados do Nordeste, que têm altitude acima de 600 metros como o Piauí, Ceará, Alagoas e outras partes dessa região, apresentam boa aptidão e têm condições de luminosidade e de temperatura que atendem à demanda da produção de trigo”, comenta Vasconcellos.
Hoje, o Nordeste importa quase 100% do trigo que consome, proveniente da Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Canadá e Rússia, além de importar de outras regiões do Brasil. Com os resultados positivos obtidos no Ceará, o Brasil pode equilibrar a balança comercial em trigo, acrescenta ele. A Embrapa já está realizando pesquisas experimentais em Alagoas e pretende expandir os estudos para os estados de Pernambuco, Piauí e Maranhão.
O Brasil consome 12,5 milhões de toneladas de trigo/ano.
Produz anualmente apenas 5,5 milhões de toneladas.
Tem que importar anualmente 7 milhões de toneladas.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Lindo de se ver. Que se multiplique milhares de vezes:

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Trigo + Melão
Projeto experimental de plantio de trigo no Ceará supera expectativa
O cultivo foi feito na fazenda Agrícola Famosa, no distrito de Tomé, no Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi e alcançou produtividade de 4,5t/ha.
Matéria completa no link:
https://diariodonordeste.verdesmares.co ... -1.2990244
O primeiro plantio experimental de trigo em solo cearense superou a expectativa inicial dos produtores em uma área de 5,0 hectare, na fazenda Agrícola Famosa, no Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi. A produtividade média esperada, inicialmente, era de 4,5 toneladas por hectare, mas a safra colhida revelou melhores números: 5,3t/ha.
A produtividade alcançada superou média da Região Sul, principal polo produtor de trigo do País, mas a cultura no Ceará foi cultivada na modalidade irrigada, enquanto que no Rio Grande do Sul segue a tradição do plantio de sequeiro.
Para os dois produtores envolvidos no projeto, a colheita representa um marco histórico para a economia cearense e possibilita a abertura de um novo ramo do negócio de trigo e derivados, isto é, a produção local. O projeto nasceu da união da Santa Lúcia Alimentos e da Agrícola Famosa, que é a maior produtora de melão no distrito de Tomé, em Quixeré, no Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi.
Otimista, Salles reafirmou que para 2021 vai expandir a área de plantio para 50ha e em 2022, quer ampliar para 500ha. “A nossa ideia é manter um projeto crescente”, salientou. “Pensamos em fazer dois cultivos alternados entre melão e trigo, por ano, já que o ciclo é curto”.
Os estudos para o cultivo do grão no Ceará começaram a partir de uma parceria entre a Embrapa Trigo, Embrapa Agroindústria Tropical e o Instituto Federal do Ceará, que realizaram os primeiros experimentos de cultivo, em 2019. “O objetivo foi analisar a viabilidade de produção do cereal no Estado, considerando as condições de solo e clima”, explicou o técnico da Embrapa, Afrânio Montenegro.
A pesquisa realizou experimentos com quatro variedades de cultivares, em regiões de baixa e de alta altitude, análise de época mais adequado ao plantio, ciclo de incidências de doenças e desenvolvimento das plantas com plantios.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Esse é um problema de solução complicada, pois os grupos que ganham mais, geralmente têm poder de pressão e conseguem ficar de fora de qualquer medida de ajuste racional (limite do teto de salário, redução dos penduricalhos, etc etc).
Em termos relativos, o Brasil não possui uma quantidade de funcionários público alta (faltam enfermeiros, professores, fiscais, policiais e sobram "aspones", "maçanetas" e cabos eleitorais em cargos de confiança). Aparentemente há uma péssima distribuição deles. No final o gasto com pessoal é alto e a percepção que fica é de que há um excesso de funcionários públicos.
Judiciário brasileiro é 3,5 vezes mais caro que o alemão
09.02.2018
https://www.google.com/amp/s/amp.dw.com ... a-42522655
-------------------------


Em termos relativos, o Brasil não possui uma quantidade de funcionários público alta (faltam enfermeiros, professores, fiscais, policiais e sobram "aspones", "maçanetas" e cabos eleitorais em cargos de confiança). Aparentemente há uma péssima distribuição deles. No final o gasto com pessoal é alto e a percepção que fica é de que há um excesso de funcionários públicos.
Judiciário brasileiro é 3,5 vezes mais caro que o alemão
09.02.2018
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Túlio escreveu: Dom Set 20, 2020 5:17 pmPenguin escreveu: Dom Set 20, 2020 4:51 pm (...)
Como o Governo é o principal protagonista nas diversas etapas de financiamentos, de tributos (impostos de importação e exportação) e possui ferramentas para garantir estoques, ele é quem pode desenvolver politicas para incentivar a produção de culturas a serem consumidas internamente. Ou seja, ele tem o poder de calibrar as diversas politicas para garantir que não falte alimentos no mercado interno.Fato, nem nos EUA tudo corre à bangu; o problema é que eles resolveram a maioria dos seus problemas faz mais de um século, nós começamos a tentar apenas neste...
Onde foi parar o arroz daqui...
Venezuela e Cuba estão entre os países que mais importaram arroz brasileiro... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/re ... copiaecola
Brasil esvazia estoques de alimentos e perde ferramenta para segurar preços... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/re ... copiaecola
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Penguin escreveu: Ter Set 22, 2020 12:34 am
Onde foi parar o arroz daqui...
Venezuela e Cuba estão entre os países que mais importaram arroz brasileiro... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/re ... copiaecola
Brasil esvazia estoques de alimentos e perde ferramenta para segurar preços... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/re ... copiaecola
Negócio é plantar mais, oras.
PS.: mas a VZ não estava no SPC aqui, junto com Cuba? Onde estão as "notícias" de que pagaram a conta? Aliás, com qual dinheiro estão comprando tanto?
Se fossem outros Países e principalmente um órgão informativo credível eu nem perguntaria, mas sendo os que são...
PS.: mas a VZ não estava no SPC aqui, junto com Cuba? Onde estão as "notícias" de que pagaram a conta? Aliás, com qual dinheiro estão comprando tanto?
Se fossem outros Países e principalmente um órgão informativo credível eu nem perguntaria, mas sendo os que são...
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A Venezuela já foi um dos principais compradores de produtos do Brasil. Hoje importa pouco, principalmente alimentos. E deve ser pagamento à vista.Túlio escreveu: Ter Set 22, 2020 12:20 pmPenguin escreveu: Ter Set 22, 2020 12:34 am
Onde foi parar o arroz daqui...
Venezuela e Cuba estão entre os países que mais importaram arroz brasileiro... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/re ... copiaecola
Brasil esvazia estoques de alimentos e perde ferramenta para segurar preços... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/re ... copiaecolaNegócio é plantar mais, oras.
PS.: mas a VZ não estava no SPC aqui, junto com Cuba? Onde estão as "notícias" de que pagaram a conta? Aliás, com qual dinheiro estão comprando tanto?
Se fossem outros Países e principalmente um órgão informativo credível eu nem perguntaria, mas sendo os que são...![]()
E de fato foi o principal comprador de arroz do Brasil em 2020
http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/19752
Segue banco de dados do Min. Eco com os parâmetros preenchidos. É só pressionar CONSULTAR.
Países 2020 - Valor FOB (US$)
Venezuela
$83.283.291
Peru
$42.592.872
Senegal
$29.837.397
Costa Rica
$29.154.697
Cuba
$27.454.935
Montenegro
$23.520.278
Serra Leoa
$23.463.216
África do Sul
$19.645.595
Estados Unidos
$18.011.352
Gâmbia
$17.897.084
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
WOW, muito divertida essa ferramenta.
Fui brincar, claro.
CHINA vs EUA
Importou do BR em 2020:
China - $47.343.240.912
Estados Unidos - $13.426.936.424
Exportou ao BR em 2020:
China - $21.795.441.130
Estados Unidos - $16.469.931.040
CONCLUSÃO: VOLTA HUAWEI, A GENTE TAVA SÓ DE ZOEIRA, POWS!!!
Fui brincar, claro.

CHINA vs EUA
Importou do BR em 2020:
China - $47.343.240.912
Estados Unidos - $13.426.936.424
Exportou ao BR em 2020:
China - $21.795.441.130
Estados Unidos - $16.469.931.040
CONCLUSÃO: VOLTA HUAWEI, A GENTE TAVA SÓ DE ZOEIRA, POWS!!!
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Quem vende trigo no mundo...Rurst escreveu: Dom Set 20, 2020 11:04 pmTrigo + Melão
Projeto experimental de plantio de trigo no Ceará supera expectativa
O cultivo foi feito na fazenda Agrícola Famosa, no distrito de Tomé, no Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi e alcançou produtividade de 4,5t/ha.
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O primeiro plantio experimental de trigo em solo cearense superou a expectativa inicial dos produtores em uma área de 5,0 hectare, na fazenda Agrícola Famosa, no Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi. A produtividade média esperada, inicialmente, era de 4,5 toneladas por hectare, mas a safra colhida revelou melhores números: 5,3t/ha.
A produtividade alcançada superou média da Região Sul, principal polo produtor de trigo do País, mas a cultura no Ceará foi cultivada na modalidade irrigada, enquanto que no Rio Grande do Sul segue a tradição do plantio de sequeiro.
Para os dois produtores envolvidos no projeto, a colheita representa um marco histórico para a economia cearense e possibilita a abertura de um novo ramo do negócio de trigo e derivados, isto é, a produção local. O projeto nasceu da união da Santa Lúcia Alimentos e da Agrícola Famosa, que é a maior produtora de melão no distrito de Tomé, em Quixeré, no Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi.
Otimista, Salles reafirmou que para 2021 vai expandir a área de plantio para 50ha e em 2022, quer ampliar para 500ha. “A nossa ideia é manter um projeto crescente”, salientou. “Pensamos em fazer dois cultivos alternados entre melão e trigo, por ano, já que o ciclo é curto”.
Os estudos para o cultivo do grão no Ceará começaram a partir de uma parceria entre a Embrapa Trigo, Embrapa Agroindústria Tropical e o Instituto Federal do Ceará, que realizaram os primeiros experimentos de cultivo, em 2019. “O objetivo foi analisar a viabilidade de produção do cereal no Estado, considerando as condições de solo e clima”, explicou o técnico da Embrapa, Afrânio Montenegro.
A pesquisa realizou experimentos com quatro variedades de cultivares, em regiões de baixa e de alta altitude, análise de época mais adequado ao plantio, ciclo de incidências de doenças e desenvolvimento das plantas com plantios.

Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
De novo, dados BEM anteriores à tale de "pandemia", caro @Penguin. E gráfico tem pra tudo que é gosto, faltam "apenas" os que interessam, e que são os deste ano, que só serão disponibilizados naturalmente no ano que vem. Do passado os que mostraste valem tanto quanto este:

Dados da UNCTAD
https://unctad.org/en/Pages/statistics.aspx

Dados da UNCTAD
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
ARROZ, a produção de arroz no sul do Brasil, especialmente no RS e SC que são os principais produtores, estava em decadência ou estagnada pelos baixos preços pagos aos produtores. Na região do litoral, perto de Tramandaí, estão grandes produtores de arroz como Santo Antonio da Patrulha, Palmares do Sul e outros. Ali pode-se ver muitas antigas lavouras de arroz com criação de gado ou plantação de soja. Agora, com melhor preço, muitas voltarão a produzir. O Brasil, se tiver mercado firme, pode fácil e rápido dobrar sua produção de arroz..
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.