Carlos Lima escreveu:
Essa é na verdade uma questão bem relativa (pouca ou "muita" transferência de tecnologia).
Não adianta 'ter muita' se não vamos fazer nada de útil ou duradouro com ela.
Tocaste num ponto sensível, cupincha: a meu ver vai ser mais ou menos assim: uma parte da TdT fica na EMBRAER (para melhorar seus jatos civis) e o resto fica enterrado nos arquivos do CTA. Notar, meu ponto de vista apenas.
Carlos Lima escreveu:Não adianta 'ser pouca' se temos grande capacidade industrial ou mesmo se a tal 'tecnologia' estará obsolete até o momento em que vamos fazer algo com ela.
Só vai ficar obsoleta se acontecer o que falei acima, ou seja, a parte MILITAR ir parar em algum arquivo morto do CTA (praticamente certo!) e a CIVIL for usada e desenvolvida pela EMBRAER.
Carlos Lima escreveu:A FAB tem uma lista de tecnologias que ela julgava críticas, e a SAAB ao que parece vai passar boa parte delas até o limite do que não pertence aos suecos (daí tais negociações seriam ' à parte' ... leia-se $$$ + permissões).
Muito vai ser realmente visto só na prática mesmo, porque a história ensina que no ínicio tudo é uma maravilha...
De fato. Só que a FAB teria que ter o que não tem ($$$) para desenvolver algo, sem permitir que fique obsoleto. Sempre A MEU VER, em uns 15 anos (ou mais) após o IOC vamos ver concorrência
INTERNACIONAL para um MLU do Gripen. Isso não desmerece a aeronave em si, e sim os (des)governos que nos assolam desde sempre.
Carlos Lima escreveu:Por outro lado está garantido que vamos aprender a construir carcaça de aeronave, porque isso sem dúvida é de domínio sueco... quanto ao resto... é ver se a FAB tem interesse + só o tempo dirá.
Duvido que a EMBRAER precisasse disso para fazer um caça. O que falta buscam no exterior (vide KC-390, nunca foi feito nada parecido aqui). Se a FAB quer isso, alguém deve ter fumado kôza braba...
Carlos Lima escreveu:Quanto à diversidade de opiniões, não é a toa que chegamos a esse número de páginas no F-X... existe muita 'poluição' por aí vinda de todos os lados e até que o protótipo voe lá pelo meio do ano e realmente diga a que veio daqui a mais alguns meses/anos, é realmente aguardar para ver quem estava com a razão.
[]s
CB_Lima
Pessoalmente, só vou começar a dizer "o Gripen
é isso, o Gripen
pode aquilo" após o IOC + uns anos. Como exemplo dessa linha de raciocínio, cito o AMX: ao entrar em serviço, no começo da década de 90, era tudibão. Daí os anos foram passando e a Imprensa Especializada começou a descobrir que, comparado à versão Italiana, era pouco mais que um Xavantão, necas de radar, necas de AAMs, necas de EW, etc.