Amigos,Penguin escreveu:70 cm? Não. O diametro da antena do radar do Rafale, o Thales RBE2, é de 55cm
https://www.flightglobal.com/news/artic ... ar-214851/
O diametro da antena do radar do Gripen A e C, o Saab PS-05, é de 60cm
http://saab.com/air/sensor-systems/figh ... r/ps-05-a/
Considerando esses valores citados pelo Penguin e a opção pelo swashplate de 30 graus, podemos chegar a algumas conclusões.
Em relação ao eixo da aeronave, que é a situação em que necessitamos mais alcance, a antena do Gripen estará inclinada 30 graus. Isso nos diz que:
1. Vista daquele aspecto, a antena deixa de ser circular. A área então passa a ser de uma elipse. Comparando a área visível das antenas, então a antena do Rafale representa 97% da área da antena do Gripen.
2. A capacidade de discriminação de alvos depende da distância entre os elementos transmissores da antena AESA. Esse é um dos principais motivos para que as antenas AESA de solo tenham grandes dimensões. Se, como dizem, a antena do Gripen vai ter bem mais elementos que a do Rafale, vistos a 30 graus de ângulo, os feixes emitidos por cada elemento estarão muito mais próximos, prejudicando a discriminação de alvos no eixo da aeronave.
3. Também é conhecido que há perda de eficiência sempre que se aumenta o ângulo do electronic shift. Para uma busca no setor frontal, a varredura do radar do gripen estará obrigatoriamente defasada 30 graus eletronicamente.
Considerando o aspecto técnico, é óbvio que, ao se fazer uma busca em setor defasado 30 graus do eixo da aeronave, a antena do Gripen poderá ser bem mais eficiente do que a do Rafale. Considerando o aspecto operacional, por outro lado, não se espera encontrar ameaças defasadas 30 graus do eixo da aeronave, a não ser quando a distância entre as aeronaves já está bem mais reduzida. Nessa distância menor, gradativamente outros sensores estarão detectando o alvo (IRST, por exemplo). Então, nessa situação a 30 graus do eixo, a perda por causa do shift eletrônico deixa de ser importante.
Este é o principal motivo pelo qual eu sou contrário a essa opção pelo sistema swashplate. Pode ser uma solução interessante em termos de engenharia, mas pouco útil ou até danosa em termos operacionais. Também há as condicionantes instalativas, logísticas e de peso do sistema swashplate.
Gostaria de ouvir a argumentação dos que defendem o sistema.
Obs.: Não vale a pena perder tempo com argumentos do tipo "se não fosse bom não teriam escolhido", "eles sabem o que estão fazendo" ou coisa semelhante. O conceito já existe há muito e a maioria dos projetos não optou por ele.
Abraços,
Justin