TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Carlos Lima
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68116 Mensagem por Carlos Lima » Ter Dez 11, 2012 1:51 am

A4... C3... B2...

Ups... desculpem achei que era uma partida de super-trunfo. :lol:

Ainda bem que a Índia não fez uso da tecnologia de analise no Olhômetro para determinar que talvez existam algumas vantagens com relação ao desempenho do radar do Rafale quando comparado com os outros.

Os Suiços mesmo, eu me lembro de ter lido tempos atrás ficaram felizes (mas infelizmente faltou grana e estão usando literalmente a 'vaquinha' suiça para comprar o Gripen NG).

Mas é claro... é segunda-feira... dia de mais uma partidinha de super-trunfo...

A2, B4, D1, F2...

:lol:

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68117 Mensagem por knigh7 » Ter Dez 11, 2012 2:34 am

Luís Henrique escreveu: Antigamente eu não gostava muito do Rafale. Gostava mais de força bruta. Mas entendo que o caça foi projetado para operar de forma mais DISCRETA.
Pode perder um pouco no alcance de detecção do radar, mas operando com aeronaves AEWC´s acaba levando vantagem contra à maioria das ameaças da 4ª geração.
não é bem assim.

discreto?

Um radar pode ser pontente e trabalhar em modo LPI (evidentemente esse LPI não apresenta discrições iguais de um radar para o outro).

O APG77 e o APG79 são bastante potentes (este ultimo tem potência de 19 KW), mas possuem uma avançada capacidade LPI. O salto de frequência DE CADA UM DOS MÓDULOS deles é de MAIS de MIL VEZES POR SEGUNDO.

Esses radares apontados para um RWR de uma aeronave adversária apenas vai registrar um ruído estático de fundo.

Ambiente NCW?
Nossos E-99 não vão ficar em território estrangeiro inimigo, a nào ser que estivermos fazendo parte dessas coalisões captaneadas pela OTAN que funcionam como verdadeiros martelos arrasadores. Aliás, se vc observar, França, Alemanha, Reino Unido, pensam em âmbito da OTAN, o que não é o nosso caso.

Nossos caças em território inimigo vão estar sozinhos, dependendo dos radares deles. Ambiente NCW? Sim. Entre eles.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68118 Mensagem por knigh7 » Ter Dez 11, 2012 2:53 am

Carlos Lima escreveu: A4... C3... B2...

Ups... desculpem achei que era uma partida de super-trunfo. :lol:

Ainda bem que a Índia não fez uso da tecnologia de analise no Olhômetro para determinar que talvez existam algumas vantagens com relação ao desempenho do radar do Rafale quando comparado com os outros.
O caça high da Força Aérea Indiana vai ser uma versão do Pak Fa. A antena AESA do Pak Fa só perde para a do F-22.
E tem o flanker com uma antena de 1m de diâmetro e que será modernizado. Se observar, já a década de 50, nos conflitos com o Paquistão, a IAF empregava caças de tipos diferentes numa missão.
O alcance do radar em si não é tão relevante no MMRCA tendo em vista naquela força aérea ter o Flanker agora e o Pak Fa depois. O que não é o caso da FAB.
Aliás, não adianta projetar as necessidades da IAF como se também poderia ser as necessidades da FAB.
Carlos Lima escreveu: Os Suiços mesmo, eu me lembro de ter lido tempos atrás ficaram felizes (mas infelizmente faltou grana e estão usando literalmente a 'vaquinha' suiça para comprar o Gripen NG).
Ah, então na Suíca deu Rafale e eles ficaram felizes, depois se optou pelo GripenNG por falta de dinheiro? Putz :roll: :roll: :roll: :?




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68119 Mensagem por Carlos Lima » Ter Dez 11, 2012 3:16 am

Sem dúvida as necessidades da IAF não são as da FAB, mas não custa nada nos nivelarmos por cima de vez em quando ... ;) .

Sem isso nunca pensaríamos em Sub Nuclear e desenvolvimento de mísseis de cruzeiro, 2 Esquadra, KC-390, etc.

Já com relação a Suiça foi divulgado que o problema lá foi $$$$ e eles escolheram o Gripen (ao invés do Typhoon ou do Rafale) porque era o mais barato.

Não há absolutamente nada de errado nisso para ser honesto.

Só deu uma certa confusão porque aquele relatório que saiu por aí mostrou que o Gripen na verdade estava aquém até do Hornet Legacy deles, mas também tudo bem, porque se no fim das contas for isso mesmo, porque assim como na Índia os Suiços já teriam o seu High e o Gripen sem dúvida vai funcionar muito bem defendendo um país daquele tamanho.

Na verdade, como eu já disse a um tempo atrás, eu acho que o Gripen é ideal para países com aquelas dimensões e interesses. :)

Nada mais justo que tenha ganhado por lá.

[]s
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68120 Mensagem por Penguin » Ter Dez 11, 2012 11:09 am

11/12/2012
Boeing amplia parcerias para pesquisa no Brasil

Virgínia Silveira
Para o Valor, de São José dos Campos

A Boeing dará hoje mais um passo importante no seu plano desenvolvimento de projetos tecnológicos em parceria com empresas e instituições brasileiras. A companhia americana assina dois acordos estratégicos com o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), referências no país na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia aeroespacial e de defesa.
O vice-presidente do Centro de Pesquisa e Tecnologia da Boeing no Brasil, Al Bryant, disse que os acordos não têm conexão com o programa de aquisição dos caças F-X2, da Força Aérea Brasileira (FAB), pois o objetivo da empresa é o de estabelecer uma parceria de longo prazo com o Brasil.
"A criação de um centro de pesquisa e tecnologia vai ser o começo deste projeto com o Brasil, onde teremos a oportunidade de trabalhar com os melhores cientistas do mundo no desenvolvimento conjunto de capacidades em áreas inovadoras", afirmou.
Há 35 anos na Boeing, Bryant, já coordenou a implantação dos centros de pesquisa e tecnologia da companhia na Austrália e na China, sendo responsável por todas as decisões que envolvem o direcionamento das pesquisas da empresa no Brasil, colaborações com universidades e parcerias estratégicas com institutos de pesquisa e com a indústria.
Antes mesmo de inaugurar seu centro no Brasil, a Boeing já assinou, este ano, três acordos com a Embraer, na área de biocombustível e cooperação para o desenvolvimento do avião de transporte militar KC-390 e para o fornecimento de sistemas para a aeronave Super Tucano.
Com previsão de investimentos da ordem de US$ 5 milhões, o novo centro de pesquisa da Boeing, que será o sexto fora dos Estados Unidos, ficará instalado, provavelmente, em São José dos Campos. As pesquisas terão foco em desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis de aviação, gestão avançada de tráfego aéreo e biomateriais, entre outras.
O Valor apurou que a empresa já teria reservado uma grande área dentro do Parque Tecnológico da cidade, onde estão instaladas empresas e instituições de pesquisa do setor aeroespacial e de defesa.
"O ideal é estarmos próximos dos nossos principais parceiros e São José dos Campos oferece esta oportunidade, onde estão a Embraer, o Inpe, o DCTA e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica)", disse o executivo.
O diretor do Inpe, Leonel Perondi, disse que a cooperação com a Boeing, líder mundial no desenvolvimento de satélites geoestacionários para telecomunicações, poderá agregar valor para o Instituto, tanto em termos de conhecimento quanto de fixação de novas tecnologias, especialmente na área de monitoramento ambiental e de sensores com aplicação em sensoriamento ambiental.
O Inpe, segundo Perondi, faz parte do comitê executivo do projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que o Brasil pretende lançar até o fim de 2014. O satélite vai atender o Plano Nacional de Banda Larga e também as necessidades de comunicações estratégicas do governo e das Forças Armadas.
O investimento previsto pelo governo brasileiro no projeto é de R$ 720 milhões. A Embraer e a Telebrás criaram a empresa Visiona Tecnologia Espacial S.A para fazer o gerenciamento dos contratos com os fornecedores do satélite. A previsão da Agência Espacial Brasileira (AEB) é que a escolha do fornecedor seja anunciada no começo de 2013.
Com o DCTA, segundo Al Bryant, a Boeing pretende desenvolver uma colaboração com todos os seus institutos de pesquisa nas áreas de ciências de voo, energia e meio ambiente, materiais e sistemas de lançamento para satélites de órbita baixa.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68121 Mensagem por FCarvalho » Ter Dez 11, 2012 2:37 pm

Parece que os americanos, sentindo cheiro de queimado no ar, quanto ao FX, e outras coisas, resolveram amarrar o boi pelo chifre e não deixar ele escapulir mesmo.
A ver.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68122 Mensagem por Luís Henrique » Ter Dez 11, 2012 4:13 pm

knigh7 escreveu:
Luís Henrique escreveu: Antigamente eu não gostava muito do Rafale. Gostava mais de força bruta. Mas entendo que o caça foi projetado para operar de forma mais DISCRETA.
Pode perder um pouco no alcance de detecção do radar, mas operando com aeronaves AEWC´s acaba levando vantagem contra à maioria das ameaças da 4ª geração.
não é bem assim.

discreto?

Um radar pode ser pontente e trabalhar em modo LPI (evidentemente esse LPI não apresenta discrições iguais de um radar para o outro).

O APG77 e o APG79 são bastante potentes (este ultimo tem potência de 19 KW), mas possuem uma avançada capacidade LPI. O salto de frequência DE CADA UM DOS MÓDULOS deles é de MAIS de MIL VEZES POR SEGUNDO.

Esses radares apontados para um RWR de uma aeronave adversária apenas vai registrar um ruído estático de fundo.

Ambiente NCW?
Nossos E-99 não vão ficar em território estrangeiro inimigo, a nào ser que estivermos fazendo parte dessas coalisões captaneadas pela OTAN que funcionam como verdadeiros martelos arrasadores. Aliás, se vc observar, França, Alemanha, Reino Unido, pensam em âmbito da OTAN, o que não é o nosso caso.

Nossos caças em território inimigo vão estar sozinhos, dependendo dos radares deles. Ambiente NCW? Sim. Entre eles.
Não estou falando de potência. Estou falando que o arranjo fixo do SH e do Rafale conferem uma redução de assinatura radar, se comparados ao arranjo com sistema mecânico rotativo do typhoon e do Gripen. Não é questão de LPI, é questão de RCS da parte frontal da aeronave mesmo.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68123 Mensagem por micrurus » Ter Dez 11, 2012 4:18 pm

Rafale já não é mais prioridade nas discussões entre França e Brasil

A visita de estado da presidente Dilma Roussef a Paris nestes próximos dois dias é abordada com relativo destaque por dois jornais franceses que circulam nesta terça-feira. Le Figaro e Les Echos ressaltam a afinidade política e o reforço da parceria estratégia e de cooperação entre a França e o Brasil como os pontos fortes desse novo encontro os presidentes François Hollande e Dilma Roussef.

Paris estende o tapete vermelho para o Brasil. Esse é o título escolhido pelo conservador Le Figaro para demonstrar a acolhida que a presidente Dilma vai encontrar na capital francesa durante sua visita de estado. Desfile pela famosa Champs Elysées, discurso na Assembleia Nacional e jantar de gala no Paládio do Eliseu. É com grande pompa que a França recebe Dilma, escreve o jornal.

As relações entre os líderes são de grande afinidade e eles têm o mesmo combate: o crescimento como saída para crise. Dilma Roussef quer encontrar em Hollande um aliado contra as políticas de austeridade que comprometem a economia brasileira, escreve Le Figaro, lembrando que o crescimento do país será de apenas 1,5% este ano apesar dos inúmeros planos lançados por Brasília para estimular a economia.

Para o Brasil, a União Europeia comete suicídio ao impor a austeridade, informa o jornal sem deixar de lembrar que Dilma Roussef já repetiu várias vezes sua discordância com a política de rigor defendida pela chanceler alemã Angela Merkel.

O jornal também diz que a França mudou de tática e ao invés de querer empurrar o avião de caça Rafale a todo custo, trabalha agora com mais discrição e busca em seu discurso valorizar os benefícios da parceria estratégica que já está em curso.

Para o Econômicos Les Echos, Dilma Roussef vem à França sobretudo para mostrar que o Brasil é um país atraente para investimentos. Ela desembarca em Paris com a cabeça erguida, diante de uma popularidade de 80%, e em território amigo já que tanto ela quanto Hollande insistem no crescimento econômico como saída para a crise.

O Les Echos lembra que a novela Rafale já não é o ponto principal dos encontros entre Brasil e França e o importante é fortalecer as boas relações políticas e comerciais já que 500 empresas francesas estão instaladas no Brasil.

Como o país agora carece de mão de obra qualificada, Dilma Roussef deve prometer facilitar a concessão de vistos de trabalho para os franceses trabalharem no Brasil, afirma o Les Echos.

http://www.aereo.jor.br/2012/12/11/rafa ... -e-brasil/




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68124 Mensagem por denilson » Ter Dez 11, 2012 4:29 pm

F-18: A escolha da FAB

Um relatório de análise da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac) da Força Aérea Brasileira (FAB), obtido com exclusividade por ISTOÉ, deve provocar uma reviravolta na concorrência para a compra dos caças, que se arrasta desde o governo FHC. O documento mostra que, contrariando as especulações em torno do programa F-X2, a FAB optou pelo caça americano F-18 Super Hornet, produzido pela Boeing.

Entre os concorrentes estão o modelo francês Rafale e o sueco Gripen NG. O relatório estava pronto havia dois anos, mas tinha sido engavetado pelo então ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na ocasião, o ministro levou ao Palácio do Planalto a preferência pelo Rafale, uma opção política que não considerou as análises técnicas contidas no documento produzido pela Aeronáutica. O ex-presidente Lula chegou a tornar pública uma preferência pelos franceses e com frequência emitia sinais de exagerada proximidade com o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy. Diante da predileção da FAB pelo avião americano, resta saber agora qual será a decisão final da presidenta Dilma Rousseff. A tendência é acompanhar o relatório técnico. Dilma revelou a assessores que está disposta a bater o martelo sobre os caças antes do vencimento das propostas comerciais no próximo dia 31. O que lhe interessa, tem dito a presidenta, é saber qual negócio oferecerá mais vantagens ao desenvolvimento do País. E a FAB garante que a compra do modelo americano é a mais vantajosa.


Questões como preço, custo de manutenção, prazo de entrega e desempenho operacional são exploradas a fundo pelo relatório. O documento da FAB mostra, por exemplo, que o F-18 tem um custo de US$ 5,4 bilhões para o pacote de 36 aeronaves. É quase a metade dos US$ 8,2 bilhões orçados no Rafale. O Gripen NG, oferecido a US$ 4,3 bilhões, é o mais barato dos três, mas trata-se de um avião em desenvolvimento nunca testado em combate na versão oferecida, pondera a FAB. O caça francês, além de mais caro que os demais, possui valor de hora-voo de US$ 20 mil. O dobro do jato americano (US$ 10 mil) e três vezes o do sueco (US$ 7 mil). Para justificar a preferência pelos caças americanos, o relatório traz outro dado nunca mencionado nas discussões anteriores sobre o FX-2: o armamento empregado no Super Hornet é mais econômico e possui maior diversidade que o de seus concorrentes. No documento, a FAB alerta também para a necessidade de uma solução imediata sobre o programa de caças, em razão do risco de vulnerabilidade a que o Brasil estará exposto em breve. “A importância estratégica do F-X2 torna-se evidente diante de um quadro de obsolescência”, alerta a FAB.

Outro documento também obtido pela reportagem da ISTOÉ poderá pesar na decisão da presidenta. Trata-se de uma minuta de cooperação estratégica firmada em sigilo entre a Embraer e a Boeing, pela qual a companhia americana – maior fabricante mundial de aeronaves – se compromete a entregar o maior programa de off-set (contrapartida) já oferecido pelos EUA a qualquer país fora da Otan. O acordo estabelece, por exemplo, apoio à comercialização dos Super Tucanos A-29 e do avião de transporte KC-390 em mercados inacessíveis ao Brasil. Também está prevista a construção conjunta de um avião de treinamento para pilotos, que poderá ser vendido a países da América Latina, a integração de armamentos nos Super Tucanos e o desenvolvimento de um jato multiemprego de quinta geração para ser comercializado em nível mundial. Num gesto inédito, a Boeing se compromete ainda a abrir um centro tecnológico no Brasil. Oficialmente, a Embraer diz desconhecer o documento, mas garante que está capacitada para trabalhar em parceria com quaisquer dos fornecedores. Num encontro recente com o comandante da FAB, Juniti Saito, a presidenta Dilma foi enfática. “Precisamos ajudar a Embraer”, disse. Não ficou claro se ela já havia decidido pelo F-18, mas assessores garantem que a análise técnica nunca pesou tanto.

Fonte: Isto É
http://moraisvinna.blogspot.com.br/2012 ... a-fab.html




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68125 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Dez 11, 2012 5:01 pm

Fico impressionado como, passados cerca de 15 anos, ainda discutimos F-X.

E posso dizer o porquê. Nesse tempo que tenho estado ausente, praticamente desligado da imprensa especializada em Defesa, foram raras as vezes que vi o assunto aparecer em outros meios. Tirando os jornalões e as revistas semanais que escrevem algo sobre o tema e que abrangem parcela pequena da população, você não tem nada aparecendo por aí que pressione o governo para que tome providências, nem que dê muito ânimo a parlamentares a se meterem no assunto. Na TV, a nota sobre o 7 de Setembro, se durou 30 segundos foi muito. Nas ruas, ninguém comenta sobre isso.

O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira disse antes de cair que só ia ficar preocupado com denúncias se elas aparecessem no Jornal Nacional...

Se isso por um lado valoriza espaços como este, por outro esvazia completamente essas discussões acaloradas, que geraram tantas brigas, suspensões, expulsões. São em vão. Inocente é quem crê que qualquer decisão governamental será estritamente técnica. E isso não é só no Brasil, não.

É completamente irrelevante discutir qual o melhor caça entre os três finalistas. Está claro que os três atendem ao que a FAB precisa. O que a FAB precisa é qualquer coisa minimamente moderna que voe e dispare mísseis e bombas minimamente modernos. Qualquer coisa que vier será melhor que os F-5 Eternity/Forever. Qualquer um que vier dificilmente verá um combate pra valer. Qualquer um que vier nos fará tão ou mais dependentes do que somos hoje. Entramos na bobageira de coleiras, etc, quando nesse mundo o que importa é o dinheiro.

O melhor pro Brasil é o investimento que gerar mais negócios, o que trouxer mais grana. Porque não é pouca coisa. Estamos falando de um gasto de bilhões de dólares. País que cresce 0,6% não pode se dar ao luxo de gastar esse dinheiro pra escolher o que é estritamente técnico. Tem que gastar pra ter retorno.

Nós podemos filosofar aqui eternamente sobre as maravilhas da dissuasão, das "parcerias estratégicas", das "necessidades operacionais", da utopia. Será fantástico, de alto nível, mas será uma discussão acadêmica, descolada da realidade. Enquanto não houver uma ameaça facilmente identificável batendo à nossa porta, a Defesa será tratada exatamente do jeito que é tratada hoje. Aliás, por que seria diferente? Tratamos a saúde e a educação do mesmíssimo jeito.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68126 Mensagem por faterra » Ter Dez 11, 2012 5:07 pm

Afinal de contas, qual dos dois vazamentos está correto? :shock:
Este? :?
http://www.defesabr.com/blog/index.php/ ... m-no-fx-2/
Ou este último postado acima? :?
O primeiro apontou o Gripen, e este último aponta o F-18E/F !!! :roll:




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68127 Mensagem por Penguin » Ter Dez 11, 2012 5:35 pm

faterra escreveu:Afinal de contas, qual dos dois vazamentos está correto? :shock:
Este? :?
http://www.defesabr.com/blog/index.php/ ... m-no-fx-2/
Ou este último postado acima? :?
O primeiro apontou o Gripen, e este último aponta o F-18E/F !!! :roll:
Tudo isso pode ser contra-informação. Há vazamentos para todos os gostos e preferências.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68128 Mensagem por Luís Henrique » Ter Dez 11, 2012 5:59 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Fico impressionado como, passados cerca de 15 anos, ainda discutimos F-X.

E posso dizer o porquê. Nesse tempo que tenho estado ausente, praticamente desligado da imprensa especializada em Defesa, foram raras as vezes que vi o assunto aparecer em outros meios. Tirando os jornalões e as revistas semanais que escrevem algo sobre o tema e que abrangem parcela pequena da população, você não tem nada aparecendo por aí que pressione o governo para que tome providências, nem que dê muito ânimo a parlamentares a se meterem no assunto. Na TV, a nota sobre o 7 de Setembro, se durou 30 segundos foi muito. Nas ruas, ninguém comenta sobre isso.

O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira disse antes de cair que só ia ficar preocupado com denúncias se elas aparecessem no Jornal Nacional...

Se isso por um lado valoriza espaços como este, por outro esvazia completamente essas discussões acaloradas, que geraram tantas brigas, suspensões, expulsões. São em vão. Inocente é quem crê que qualquer decisão governamental será estritamente técnica. E isso não é só no Brasil, não.

É completamente irrelevante discutir qual o melhor caça entre os três finalistas. Está claro que os três atendem ao que a FAB precisa. O que a FAB precisa é qualquer coisa minimamente moderna que voe e dispare mísseis e bombas minimamente modernos. Qualquer coisa que vier será melhor que os F-5 Eternity/Forever. Qualquer um que vier dificilmente verá um combate pra valer. Qualquer um que vier nos fará tão ou mais dependentes do que somos hoje. Entramos na bobageira de coleiras, etc, quando nesse mundo o que importa é o dinheiro.

O melhor pro Brasil é o investimento que gerar mais negócios, o que trouxer mais grana. Porque não é pouca coisa. Estamos falando de um gasto de bilhões de dólares. País que cresce 0,6% não pode se dar ao luxo de gastar esse dinheiro pra escolher o que é estritamente técnico. Tem que gastar pra ter retorno.

Nós podemos filosofar aqui eternamente sobre as maravilhas da dissuasão, das "parcerias estratégicas", das "necessidades operacionais", da utopia. Será fantástico, de alto nível, mas será uma discussão acadêmica, descolada da realidade. Enquanto não houver uma ameaça facilmente identificável batendo à nossa porta, a Defesa será tratada exatamente do jeito que é tratada hoje. Aliás, por que seria diferente? Tratamos a saúde e a educação do mesmíssimo jeito.
Apesar de estarmos andando MUITO devagar, eu acho que as coisas estão mudando.
Um exemplo é o PROSUB.

Se o que precisamos é qualquer coisa superior ao F-5, poderíamos cancelar o FX2 e pedir para a indústria nacional (Embraer e parceiros) desenvolver uma aeronave que seja como caça superior ao F-5M e como bombardeiro superior ao A-1M. Segundo requisito: que custasse próximo do valor de uma aeronave LIFT.
Creio que teríamos condições de faze-lo e teríamos um bom produto que para o mercado externo.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68129 Mensagem por Penguin » Ter Dez 11, 2012 6:14 pm

Luís Henrique escreveu:
knigh7 escreveu: não é bem assim.

discreto?

Um radar pode ser pontente e trabalhar em modo LPI (evidentemente esse LPI não apresenta discrições iguais de um radar para o outro).

O APG77 e o APG79 são bastante potentes (este ultimo tem potência de 19 KW), mas possuem uma avançada capacidade LPI. O salto de frequência DE CADA UM DOS MÓDULOS deles é de MAIS de MIL VEZES POR SEGUNDO.

Esses radares apontados para um RWR de uma aeronave adversária apenas vai registrar um ruído estático de fundo.

Ambiente NCW?
Nossos E-99 não vão ficar em território estrangeiro inimigo, a nào ser que estivermos fazendo parte dessas coalisões captaneadas pela OTAN que funcionam como verdadeiros martelos arrasadores. Aliás, se vc observar, França, Alemanha, Reino Unido, pensam em âmbito da OTAN, o que não é o nosso caso.

Nossos caças em território inimigo vão estar sozinhos, dependendo dos radares deles. Ambiente NCW? Sim. Entre eles.
Não estou falando de potência. Estou falando que o arranjo fixo do SH e do Rafale conferem uma redução de assinatura radar, se comparados ao arranjo com sistema mecânico rotativo do typhoon e do Gripen. Não é questão de LPI, é questão de RCS da parte frontal da aeronave mesmo.
Luis,

O sistema swashplate permite que a antena fique fixa em uma posição inclinada similar a do APG-79 para minimizar o RCS frontal, o que não é o caso da antena do RBE02 AESA.

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#68130 Mensagem por Lirolfuti » Ter Dez 11, 2012 6:59 pm

Fechem o topico o fx morreu


Dilma diz na França que decisão do FX-2 está suspensa
11 de dezembro de 2012, em Noticiário Internacional, por Edgar

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PARIS - A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, em Paris, que o governo brasileiro resolveu adiar a decisão sobre a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo a presidente, o aguçamento da crise internacional motivou a suspensão das negociações e uma decisão a respeito poderá levar ainda “algum tempo”. “Extrema cautela para decidir gastos além do que necessitamos para combater a crise”, disse Dilma.

Entre as opções do governo brasileiro para reequipar a FAB estão os caças Rafale, da francesa Dassault; os F/A-18E/F Super Hornet, da americana Boeing; e os Gripen NG, da sueca Saab. Mas o processo de escolha ainda está indefinido.

Negociadores franceses e brasileiros esperavam que a compra dos caças estivesse entre os temas tratados pela presidente durante sua visita oficial à França. Dilma participou nesta terça, ao lado do presidente da França, François Hollanfe, do Fórum pelo Progresso Social – O Crescimento como Saída para a Crise, promovido pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean-Jaurès. Em seguida, Dilma teve encontro com Hollande e ambos concederam entrevista coletiva.

Limites das políticas de austeridade

Na entrevista, a presidente afirmou que as políticas de austeridade utilizadas pelos países no combate à crise “mostram seus limites” e que países superavitários devem ampliar investimentos. Disse ainda que defende compromissos assumidos no G-20, de criar empregos e produzir crescimento.

Com a França, Dilma afirmou que vai ampliar a cooperação nas áreas espacial, de defesa, energia e de alimentos, além de ampliar o fluxo do comércio. A presidente também agradeceu o governo do país pelo apoio para que o país integre o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), dizendo que o Brasil tem posição comum com a França no reconhecimento da Palestina como Estado observador da ONU.

Sobre o desempenho da economia brasileira, a presidente admitiu que houve desaceleração no terceiro trimestre deste ano, mas minimizou o resultado abaixo do previsto pelo mercado. “Chegamos a 0,6%, o que é significativo, considerando taxas trimestrais.”

FONTE: Valor Econômico / COLABOROU: Augusto

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