NOTÍCIAS GERAIS
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
http://www1.folha.uol.com.br/multimidia ... orte.shtml
"Aqui é a cidade do corte! Aqui a gente trata na bala!" A fala é de um morador de Simões Filho, município da região metropolitana de Salvador com 112 mil habitantes e título de mais violento do país.
"Isso daqui é tudo major morto", continua o sujeito, sem se identificar, apontando para as gavetas do pútrido e superlotado cemitério São Miguel, no bairro de Ponto Parada. "Rapa daqui!"
A cidade é apontada como a mais perigosa do Brasil no Mapa da Violência 2012, publicado em dezembro do ano passado pelo Instituto Sangari.
Divulgado desde 1998, o Mapa da Violência é o mais confiável indicador da criminalidade brasileira. Seus dados são obtidos a partir do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que centraliza dados de óbitos em todo o país.
Na média entre 2008 e 2010, Simões Filho teve 146 homicídios por 100 mil habitantes. O estudo considera epidêmicas taxas a partir de dez mortes por 100 mil pessoas.
Ciudad Juárez, que liderou o ranking das mais violentas do mundo durante três anos, apresentou, em 2011, taxa de homicídios de 148 por 100 mil. Com a diferença que a cidade mexicana possui 1,3 milhões habitantes --é onze vezes maior que Simões Filho.
A divulgação do ranking não chegou a surpreender a população simõesfilhense. No Mapa da Violência 2011, a cidade já ocupava a vice-liderança.
TRÁFICO E MILÍCIA
A TV Folha visitou o local, a 23 km da capital baiana, no último mês. Durante três dias, a equipe coletou relatos de vítimas da violência do tráfico ou das milícias. A reportagem também flagrou dois corpos jogados na BA-528 (Estrada do Derba). Ambos com sinais de espancamento, marcas de tiro e punhos algemados.
"Mais de 60% dos homicídios aqui são causados pela ação do tráfico", diz o delegado Antonio Fernando Soares do Carmo, titular da 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho. Ele admite, no entanto, que os corpos encontrados algemados em fevereiro mostravam sinais de ação de milicianos.
As vítimas fatais de Simões Filhos são encaminhadas para o Instituto Médico Legal de Salvador, já que a cidade não possui IML próprio.
"Todo dia tem óbito aqui que vem de Simões Filho", relata Ana Paula Teixeira, funcionária responsável pelo atendimento às famílias que chegam no IML da capital baiana. "E 80% [dos corpos] são de mortes violentas", afirma.
Segundo Ana Paula, os caixões que chegam de Simões Filho "são muito simples, doados pela prefeitura, porque a maioria da população é de pessoas paupérrimas".
Para a florista Josineide Gomes, 39, "o que mais tem na cidade é enterro".. Seu sobrinho foi assassinado logo após o Natal de 2008, aos 16 anos.
"Acho que ele se envolveu [com o tráfico]. Mataram e ainda cortaram os testículos", desabafa.
Há também quem veja oportunidades de negócios na líder do Mapa da Violência.
"Simões Filho, para mim, foi um atrativo, porque percebemos que existe uma fragilidade na área da segurança lá. Nossa empresa cresce em torno 40% ao ano", diz, Marcos Carvalho Santana, sócio da empresa de segurança privada Escolta VIP.
"MAIS UM MORTO AQUI"
No começo deste ano, um assassinato ganhou destaque entre as dezenas de homicídios violentos da cidade. O radialista Laécio de Souza, 40, foi morto a tiros num terreno que havia comprado para realizar ações sociais no bairro de Jardim Renatão, um dos mais carentes.
A polícia chegou a prender um jovem de 16 anos, que confessou ter feito os disparos e seria ligado ao tráfico.
Outro suspeito da mesma idade acabou brutalmente assassinado semanas depois --seu corpo foi encontrado com os punhos amarrados em um ponto de "desova", onde os corpos são jogados após os crimes. Souza era pré-candidato a vereador.
"Evito sair de casa, até porque já fui ameaçado de morte", diz o sobrinho do radialista, Rafael Araújo Santos, 18.
Para passar o tempo, Santos, que é desempregado, navega na internet, baixa músicas e troca mensagens pelo Facebook com os amigos do mesmo bairro (conhecido como "quilômetro 25").
"Mais um morto aqui no KM 25", relatou, no início de fevereiro em seu mural --duas pessoas comentaram, ninguém 'curtiu'.
BAR OU IGREJA
Logo atrás da violência, a falta de opções de lazer na cidade é uma das principais reclamações dos simõesfilhenses.
"As opções aqui são bar ou igreja", resume o professor de matemática Rodrigo Magalhães, 24, que nas horas vagas toca baixo na banda punk Último Grito.
Seu grupo entoa letras protesto inspiradas nos problemas da cidade. Magalhães relata já ter sido agredido em shows pela região, com direito a plateia municiada e corre-corre para escapar vivo do palco.
"Fora isso, temos muitos casos de corrupção, que são totalmente vinculados ao poder público", diz.
Desde 1992, a Prefeitura de Simões Filho é palco da alternância de poder entre dois caciques locais.
Este já é o terceiro mandato do médico José Eduardo Mendonça de Alencar (PSD) no comando da cidade. Alencar é alvo de quatro ações do Ministério Público Federal da Bahia por improbidade administrativa. É acusado de envolvimento em esquemas de fraudes a licitações.
O político vinha se alternando no poder com Edson Almeida de Jesus (PT) desde 1992.
Em 2008, Edson Almeida foi condenado por improbidade administrativa, teve decretada a perda da sua função pública e a cassação dos seus direitos políticos por oito anos. Também foi obrigado a devolver à União, corrigidos, mais de R$ 640 mil.
Edson Almeida fraudou o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), desviando dinheiro que deveria ser investido em custeio de transporte escolar. Ele recorre da decisão da Justiça.
"DESOVA"
Convidada durante três semanas a se pronunciar sobre a escalada da violência na cidade e as denúncias de corrupção, a Prefeitura de Simões Filho preferiu não se manifestar por telefone ou e-mail.
A reportagem também tentou encontrar o prefeito enquanto esteve na cidade, em fevereiro, mas ele recusou todos os convites para entrevista.
Logo após a divulgação do Mapa da Violência 2012, a prefeitura divulgou um comunicado informando que o cálculo do estudo do levantamento é "distorcido", pois "ignora a origem correta dos homicídios".
O município alega que muitos dos assassinatos ocorridos nas cidades vizinhas acabam "desovados" nas estradas que perpassam Simões Filho.
A Polícia Militar da cidade admite, no entanto, que há bairros com forte influência do tráfico e de difícil acesso para as autoridades.
Enquanto a prefeitura tenta tirar alguns corpos da soma final de homicídios, a economia local afunda.
Simões Filho é o segundo município que mais perde postos de trabalho na Bahia, atrás apenas da capital Salvador, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Dados de dezembro de 2011 mostram que 1.044 vagas foram eliminadas, 936 apenas no setor de serviços.
"Aqui é a cidade do corte! Aqui a gente trata na bala!" A fala é de um morador de Simões Filho, município da região metropolitana de Salvador com 112 mil habitantes e título de mais violento do país.
"Isso daqui é tudo major morto", continua o sujeito, sem se identificar, apontando para as gavetas do pútrido e superlotado cemitério São Miguel, no bairro de Ponto Parada. "Rapa daqui!"
A cidade é apontada como a mais perigosa do Brasil no Mapa da Violência 2012, publicado em dezembro do ano passado pelo Instituto Sangari.
Divulgado desde 1998, o Mapa da Violência é o mais confiável indicador da criminalidade brasileira. Seus dados são obtidos a partir do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que centraliza dados de óbitos em todo o país.
Na média entre 2008 e 2010, Simões Filho teve 146 homicídios por 100 mil habitantes. O estudo considera epidêmicas taxas a partir de dez mortes por 100 mil pessoas.
Ciudad Juárez, que liderou o ranking das mais violentas do mundo durante três anos, apresentou, em 2011, taxa de homicídios de 148 por 100 mil. Com a diferença que a cidade mexicana possui 1,3 milhões habitantes --é onze vezes maior que Simões Filho.
A divulgação do ranking não chegou a surpreender a população simõesfilhense. No Mapa da Violência 2011, a cidade já ocupava a vice-liderança.
TRÁFICO E MILÍCIA
A TV Folha visitou o local, a 23 km da capital baiana, no último mês. Durante três dias, a equipe coletou relatos de vítimas da violência do tráfico ou das milícias. A reportagem também flagrou dois corpos jogados na BA-528 (Estrada do Derba). Ambos com sinais de espancamento, marcas de tiro e punhos algemados.
"Mais de 60% dos homicídios aqui são causados pela ação do tráfico", diz o delegado Antonio Fernando Soares do Carmo, titular da 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho. Ele admite, no entanto, que os corpos encontrados algemados em fevereiro mostravam sinais de ação de milicianos.
As vítimas fatais de Simões Filhos são encaminhadas para o Instituto Médico Legal de Salvador, já que a cidade não possui IML próprio.
"Todo dia tem óbito aqui que vem de Simões Filho", relata Ana Paula Teixeira, funcionária responsável pelo atendimento às famílias que chegam no IML da capital baiana. "E 80% [dos corpos] são de mortes violentas", afirma.
Segundo Ana Paula, os caixões que chegam de Simões Filho "são muito simples, doados pela prefeitura, porque a maioria da população é de pessoas paupérrimas".
Para a florista Josineide Gomes, 39, "o que mais tem na cidade é enterro".. Seu sobrinho foi assassinado logo após o Natal de 2008, aos 16 anos.
"Acho que ele se envolveu [com o tráfico]. Mataram e ainda cortaram os testículos", desabafa.
Há também quem veja oportunidades de negócios na líder do Mapa da Violência.
"Simões Filho, para mim, foi um atrativo, porque percebemos que existe uma fragilidade na área da segurança lá. Nossa empresa cresce em torno 40% ao ano", diz, Marcos Carvalho Santana, sócio da empresa de segurança privada Escolta VIP.
"MAIS UM MORTO AQUI"
No começo deste ano, um assassinato ganhou destaque entre as dezenas de homicídios violentos da cidade. O radialista Laécio de Souza, 40, foi morto a tiros num terreno que havia comprado para realizar ações sociais no bairro de Jardim Renatão, um dos mais carentes.
A polícia chegou a prender um jovem de 16 anos, que confessou ter feito os disparos e seria ligado ao tráfico.
Outro suspeito da mesma idade acabou brutalmente assassinado semanas depois --seu corpo foi encontrado com os punhos amarrados em um ponto de "desova", onde os corpos são jogados após os crimes. Souza era pré-candidato a vereador.
"Evito sair de casa, até porque já fui ameaçado de morte", diz o sobrinho do radialista, Rafael Araújo Santos, 18.
Para passar o tempo, Santos, que é desempregado, navega na internet, baixa músicas e troca mensagens pelo Facebook com os amigos do mesmo bairro (conhecido como "quilômetro 25").
"Mais um morto aqui no KM 25", relatou, no início de fevereiro em seu mural --duas pessoas comentaram, ninguém 'curtiu'.
BAR OU IGREJA
Logo atrás da violência, a falta de opções de lazer na cidade é uma das principais reclamações dos simõesfilhenses.
"As opções aqui são bar ou igreja", resume o professor de matemática Rodrigo Magalhães, 24, que nas horas vagas toca baixo na banda punk Último Grito.
Seu grupo entoa letras protesto inspiradas nos problemas da cidade. Magalhães relata já ter sido agredido em shows pela região, com direito a plateia municiada e corre-corre para escapar vivo do palco.
"Fora isso, temos muitos casos de corrupção, que são totalmente vinculados ao poder público", diz.
Desde 1992, a Prefeitura de Simões Filho é palco da alternância de poder entre dois caciques locais.
Este já é o terceiro mandato do médico José Eduardo Mendonça de Alencar (PSD) no comando da cidade. Alencar é alvo de quatro ações do Ministério Público Federal da Bahia por improbidade administrativa. É acusado de envolvimento em esquemas de fraudes a licitações.
O político vinha se alternando no poder com Edson Almeida de Jesus (PT) desde 1992.
Em 2008, Edson Almeida foi condenado por improbidade administrativa, teve decretada a perda da sua função pública e a cassação dos seus direitos políticos por oito anos. Também foi obrigado a devolver à União, corrigidos, mais de R$ 640 mil.
Edson Almeida fraudou o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), desviando dinheiro que deveria ser investido em custeio de transporte escolar. Ele recorre da decisão da Justiça.
"DESOVA"
Convidada durante três semanas a se pronunciar sobre a escalada da violência na cidade e as denúncias de corrupção, a Prefeitura de Simões Filho preferiu não se manifestar por telefone ou e-mail.
A reportagem também tentou encontrar o prefeito enquanto esteve na cidade, em fevereiro, mas ele recusou todos os convites para entrevista.
Logo após a divulgação do Mapa da Violência 2012, a prefeitura divulgou um comunicado informando que o cálculo do estudo do levantamento é "distorcido", pois "ignora a origem correta dos homicídios".
O município alega que muitos dos assassinatos ocorridos nas cidades vizinhas acabam "desovados" nas estradas que perpassam Simões Filho.
A Polícia Militar da cidade admite, no entanto, que há bairros com forte influência do tráfico e de difícil acesso para as autoridades.
Enquanto a prefeitura tenta tirar alguns corpos da soma final de homicídios, a economia local afunda.
Simões Filho é o segundo município que mais perde postos de trabalho na Bahia, atrás apenas da capital Salvador, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Dados de dezembro de 2011 mostram que 1.044 vagas foram eliminadas, 936 apenas no setor de serviços.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Re: NOTÍCIAS GERAIS
cachoeira poe veja na fogueira, ta até o pescoço enterrada na lama com Demosteno e Carlinhos cachoeira
Re: NOTÍCIAS GERAIS
Saiu no Blog do Nassif:
Operação Monte Carlo chegou na Veja
Enviado por luisnassif, dom, 25/03/2012
Autor:
Luis Nassif
Não haverá mais como impedir a abertura das comportas: a Operação Monte Carlo da Polícia Federal, sobre as atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, chegou até a revista Veja.
As gravações efetuadas mostram sinais incontestes de associação criminosa da revista com o bicheiro. São mais de 200 telefonemas trocados entre ele e o diretor da sucursal de Brasilia Policarpo Jr.
Cada publicação costuma ter alguns repórteres incumbidos do trabalho sujo. Policarpo é mais que isso.
Depois da associação com Cachoeira, tornou-se diretor da sucursal da revista e, mais recentemente, passou a integrar a cúpula da publicação, indicado pelo diretor Eurípedes Alcântara. Foi um dos participantes da entrevista feita com a presidente Dilma Rousseff.
Nos telefonemas, Policarpo informa Cachoeira sobre as matérias publicadas, trocam informações, recebe elogios.
Há indícios de que Cachoeira foi sócio da revista na maioria dos escândalos dos últimos anos.
Clique aqui para ler “A Veja odeia o Brasil, porque o dono é um perdedor”
Clique aqui para ler “Advogado refuta Leandro e Leandro reafirma o que disse sobre Demóstenes e Cachoeira”
Clique aqui para ler “Além do grampo sem áudio, enteada liga Gilmar a Demóstenes “
Operação Monte Carlo chegou na Veja
Enviado por luisnassif, dom, 25/03/2012
Autor:
Luis Nassif
Não haverá mais como impedir a abertura das comportas: a Operação Monte Carlo da Polícia Federal, sobre as atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, chegou até a revista Veja.
As gravações efetuadas mostram sinais incontestes de associação criminosa da revista com o bicheiro. São mais de 200 telefonemas trocados entre ele e o diretor da sucursal de Brasilia Policarpo Jr.
Cada publicação costuma ter alguns repórteres incumbidos do trabalho sujo. Policarpo é mais que isso.
Depois da associação com Cachoeira, tornou-se diretor da sucursal da revista e, mais recentemente, passou a integrar a cúpula da publicação, indicado pelo diretor Eurípedes Alcântara. Foi um dos participantes da entrevista feita com a presidente Dilma Rousseff.
Nos telefonemas, Policarpo informa Cachoeira sobre as matérias publicadas, trocam informações, recebe elogios.
Há indícios de que Cachoeira foi sócio da revista na maioria dos escândalos dos últimos anos.
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Re: NOTÍCIAS GERAIS

Caraca essa operação Monte Carlo da PF é uma das mais bombásticas dos últimos tempos. A cada revelação cai políticos, setores da imprensa, policiais...Se for levado a público o conteúdo completo, imagina então o que não deve haver....

- marcelo bahia
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
Esse Policarpo Jr. é mais sujo do que pau de galinheiro. Não é a 1ª vez que escuto o nome dele ligado a assuntos nebulosos. Ele aparece também no livro de Amaury.
Gostei do comentário de Paulo Henrique Amorim:
Gostei do comentário de Paulo Henrique Amorim:
Sds.Quem deu o “furo” do grampo que não tinha áudio do Gilmar e do Demóstenes ?
A Veja !
Qual o papel do grampo sem áudio ?
Salvar o pescoço do Daniel Dantas e crucificar Paulo Lacerda e Protógenes Queiroz.
Precisa explicar mais ?
Clique aqui para ler “O Supremo vai tirar Dantas da cadeia pela terceira vez ? “
Paulo Henrique Amorim
Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
26/03/2012 15h28 - Atualizado em 26/03/2012 15h28
Estudo de cientistas russos afirma que aquecimento global 'é mito'
Para especialistas, camada de gelo no Ártico tem aumentado desde 2008.
Até o fim do século temperatura global vai cair, diz pesquisador.
(...)
Fonte: Globo Natureza/G1
http://g1.globo.com/natureza/noticia/20 ... -mito.html
Estudo de cientistas russos afirma que aquecimento global 'é mito'
Para especialistas, camada de gelo no Ártico tem aumentado desde 2008.
Até o fim do século temperatura global vai cair, diz pesquisador.
(...)
Fonte: Globo Natureza/G1
http://g1.globo.com/natureza/noticia/20 ... -mito.html
- rodrigo
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
Da fala ao grunhido
Ferreira Gullar, Folha de S. Paulo
Desconfio que, depois de desfrutar durante quase toda a vida da fama de rebelde, estou sendo tido, por certa gente, como conservador e reacionário. Não ligo para isso e até me divirto, lembrando a célebre frase de Millôr Fernandes, segundo o qual "todo mundo começa Rimbaud e acaba Olegário Mariano".
Divirto-me porque sei que a coisa é mais complicada do que parece e, fiel ao que sempre fui, não aceito nada sem antes pesar e examinar. Hoje é comum ser a favor de tudo o que, ontem, era contestado. Por exemplo, quando ser de esquerda dava cadeia, só alguns poucos assumiam essa posição; já agora, quando dá até emprego, todo mundo se diz de esquerda.
De minha parte, pouco se me dá se o que afirmo merece essa ou aquela qualificação, pois o que me importa é se é correto e verdadeiro. Posso estar errado ou certo, claro, mas não por conveniência. Está, portanto, implícito que não me considero dono da verdade, que nem sempre tenho razão porque há questões complexas demais para meu entendimento. Por isso, às vezes, se não concordo, fico em dúvida, a me perguntar se estou certo ou não.
Cito um exemplo. Outro dia, ouvi um professor de português afirmar que, em matéria de idioma, não existe certo nem errado, ou seja, tudo está certo. Tanto faz dizer "nós vamos" como "nós vai".
Ouço isso e penso: que sujeito bacana, tão modesto que é capaz de sugerir que seu saber de nada vale. Mas logo me indago: será que ele pensa isso mesmo ou está posando de bacana, de avançadinho?
E se faço essa pergunta é porque me parece incongruente alguém cuja profissão é ensinar o idioma afirmar que não há erros. Se está certo dizer "dois mais dois é cinco", então a regra gramatical, que determina a concordância do verbo com o sujeito, não vale. E, se não vale essa nem nenhuma outra - uma vez que tudo está certo -, não há por que ensinar a língua.
A conclusão inevitável é que o professor deveria mudar de profissão porque, se acredita que as regras não valem, não há o que ensinar.
Mas esse vale-tudo é só no campo do idioma, não se adota nos demais campos do conhecimento. Não vejo um professor de medicina afirmando que a tuberculose não é doença, mas um modo diferente de saúde, e que o melhor para o pulmão é fumar charutos.
Ferreira Gullar, Folha de S. Paulo
Desconfio que, depois de desfrutar durante quase toda a vida da fama de rebelde, estou sendo tido, por certa gente, como conservador e reacionário. Não ligo para isso e até me divirto, lembrando a célebre frase de Millôr Fernandes, segundo o qual "todo mundo começa Rimbaud e acaba Olegário Mariano".
Divirto-me porque sei que a coisa é mais complicada do que parece e, fiel ao que sempre fui, não aceito nada sem antes pesar e examinar. Hoje é comum ser a favor de tudo o que, ontem, era contestado. Por exemplo, quando ser de esquerda dava cadeia, só alguns poucos assumiam essa posição; já agora, quando dá até emprego, todo mundo se diz de esquerda.
De minha parte, pouco se me dá se o que afirmo merece essa ou aquela qualificação, pois o que me importa é se é correto e verdadeiro. Posso estar errado ou certo, claro, mas não por conveniência. Está, portanto, implícito que não me considero dono da verdade, que nem sempre tenho razão porque há questões complexas demais para meu entendimento. Por isso, às vezes, se não concordo, fico em dúvida, a me perguntar se estou certo ou não.
Cito um exemplo. Outro dia, ouvi um professor de português afirmar que, em matéria de idioma, não existe certo nem errado, ou seja, tudo está certo. Tanto faz dizer "nós vamos" como "nós vai".
Ouço isso e penso: que sujeito bacana, tão modesto que é capaz de sugerir que seu saber de nada vale. Mas logo me indago: será que ele pensa isso mesmo ou está posando de bacana, de avançadinho?
E se faço essa pergunta é porque me parece incongruente alguém cuja profissão é ensinar o idioma afirmar que não há erros. Se está certo dizer "dois mais dois é cinco", então a regra gramatical, que determina a concordância do verbo com o sujeito, não vale. E, se não vale essa nem nenhuma outra - uma vez que tudo está certo -, não há por que ensinar a língua.
A conclusão inevitável é que o professor deveria mudar de profissão porque, se acredita que as regras não valem, não há o que ensinar.
Mas esse vale-tudo é só no campo do idioma, não se adota nos demais campos do conhecimento. Não vejo um professor de medicina afirmando que a tuberculose não é doença, mas um modo diferente de saúde, e que o melhor para o pulmão é fumar charutos.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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- Algus
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
Este professor que o Sr. Ferreira critica faz parte de uma corrente ideológica que acredita que a linguagem tem como principal função facilitar a comunicação.
Desta maneira, ele é mais um dos que critica o excesso de regras e normas gramaticais que tendem a engessar o diálogo.
"Me dá dois pastel" pode ser a frase mais grotesca para alguns, mas qualquer pessoa é capaz de entender o significado dela. Convém apontar que a maior parte das linguas do mundo não necessita pluralizar a frase inteira, ou seja, nossa lingua vai na contra-mão disso e esta é a crítica-chave da corrente que o professor segue. Se todos sabem que são "dois" (os pastéis), não há necessidade em enrolar a lingua durante todo o resto da conversa.
Há quem diga que, se a nossa linguagem fosse mais dinâmica, nosso raciocínio seria mais rápido. A exemplo dos golfinhos que, apesar de possuirem uma quantidade de "palavras" muito menor (eles se comunicam por estalos produzidos pela boca), são até 6x mais rápidos ao enviar uma ordem de formação. Não sei se é verdade, mas até faz sentido, já que nossos pensamentos são formulados através das palavras. Percebam como isso vai muito além do que o jornalista nos mostra.
Não se trata apenas de uma questão de modernismos, de preguiça de ensinar ou de abandono às normas gramaticais. Tudo muda com o tempo e a linguagem não fica fora disso. O que antes era "Vossa Mercê" virou "Vós Micê" pra depois virar "Você" e, quem sabe um dia, venha a culminar no "Cê". Ninguém entra em pânico por causa destas mudanças porque elas são lentas, mas observem, elas ocorrem a todo instante!
Isso não quer dizer que o professor não tem o dever de ensinar a norma padrão da lingua, mas eu tenho a convicção de que ele foi mal interpretado (talvez propositalmente, pois já vi isso acontecer muitas vezes). A lingua padrão é utilizada em conversas formais, como em um emprego ou na escrita, mas como eu disse ela está em constante processo de transformação e esta transformação ocorre primeiro na lingua falada no dia-a-dia, a não-padrão. Quem defende esta corrente ensina a norma padrão, mas tende a "deixar fluir" os diálogos da forma como os interlocutores desejarem no dia-a-dia.
Independentemente se concordamos com esta ideologia o professor não deve ser visto como alguém ignorante ou averso às regras que estudou. Ele é, antes de tudo, alguém que conhece e analisou a nossa linguagem para então tirar suas conclusões e exercer um papel político, defendendo-as. Vai mais longe que a maioria de sua classe, que se limita a reproduzir o que o Estado ordena para ter o que comer quando chegar em casa.
Desta maneira, ele é mais um dos que critica o excesso de regras e normas gramaticais que tendem a engessar o diálogo.
"Me dá dois pastel" pode ser a frase mais grotesca para alguns, mas qualquer pessoa é capaz de entender o significado dela. Convém apontar que a maior parte das linguas do mundo não necessita pluralizar a frase inteira, ou seja, nossa lingua vai na contra-mão disso e esta é a crítica-chave da corrente que o professor segue. Se todos sabem que são "dois" (os pastéis), não há necessidade em enrolar a lingua durante todo o resto da conversa.
Há quem diga que, se a nossa linguagem fosse mais dinâmica, nosso raciocínio seria mais rápido. A exemplo dos golfinhos que, apesar de possuirem uma quantidade de "palavras" muito menor (eles se comunicam por estalos produzidos pela boca), são até 6x mais rápidos ao enviar uma ordem de formação. Não sei se é verdade, mas até faz sentido, já que nossos pensamentos são formulados através das palavras. Percebam como isso vai muito além do que o jornalista nos mostra.
Não se trata apenas de uma questão de modernismos, de preguiça de ensinar ou de abandono às normas gramaticais. Tudo muda com o tempo e a linguagem não fica fora disso. O que antes era "Vossa Mercê" virou "Vós Micê" pra depois virar "Você" e, quem sabe um dia, venha a culminar no "Cê". Ninguém entra em pânico por causa destas mudanças porque elas são lentas, mas observem, elas ocorrem a todo instante!
Isso não quer dizer que o professor não tem o dever de ensinar a norma padrão da lingua, mas eu tenho a convicção de que ele foi mal interpretado (talvez propositalmente, pois já vi isso acontecer muitas vezes). A lingua padrão é utilizada em conversas formais, como em um emprego ou na escrita, mas como eu disse ela está em constante processo de transformação e esta transformação ocorre primeiro na lingua falada no dia-a-dia, a não-padrão. Quem defende esta corrente ensina a norma padrão, mas tende a "deixar fluir" os diálogos da forma como os interlocutores desejarem no dia-a-dia.
Independentemente se concordamos com esta ideologia o professor não deve ser visto como alguém ignorante ou averso às regras que estudou. Ele é, antes de tudo, alguém que conhece e analisou a nossa linguagem para então tirar suas conclusões e exercer um papel político, defendendo-as. Vai mais longe que a maioria de sua classe, que se limita a reproduzir o que o Estado ordena para ter o que comer quando chegar em casa.
- delmar
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
Vou discordar do nobre companheiro. A facilidade de comunicação é feita, também, pelo estabelecimento de regras comuns a todos os falantes de uma mesma língua. Num país continental como o nosso o ensino do português deve ter regras comuns válidas para todas as regiões e cabe ao professor ensina-las aos alunos.Este professor que o Sr. Ferreira critica faz parte de uma corrente ideológica que acredita que a linguagem tem como principal função facilitar a comunicação.
Desta maneira, ele é mais um dos que critica o excesso de regras e normas gramaticais que tendem a engessar o diálogo.
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É claro que devemos diferenciar a palavra escrita da palavra falada. As entonações de cada região podem dar uma pronúncia diferenciada para as vogais. Aqui no sul pronunciamos as terminações em "io" como sendo "iu", navio é dito naviu, pavio é paviu, mas na linguagem escrita isto não acontece. Já diferente é a troca de consoantes, como "Framengo" em vez de "Flamengo", inaceitável num linguajar culto.
Cabe ao professor ensinar a forma correta ou estaremos criando, dentro das escolas, cidadãos de segunda classe. Enquanto as escolas, públicas e privadas, de ponta cobram de seus alunos o uso correto do idioma e ensinam as regras gramaticais, outros consideram certo falar e escrever "Framengo" por ser de uso válido como comunicação, no meio em que os alunos vivem. Estes alunos, no entanto, estarão condenado a nunca ascenderem socialmente, seja por um vestibular seja por um concurso, por não conhecerem a língua do país em que vivem. Estão sendo educados para viverem no gueto. Quem vai admitir num trabalho mais qualificado um candidato que chega falando "Nois sumu da turcida do fruminense!"?
E o professor de português ensinou o que para ele?
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
Cerca de 75% dos brasileiros jamais pisaram em uma biblioteca, diz estudo
Pesquisa do Instituto Pró-Livro mostra que 71% da população têm fácil acesso a uma biblioteca
27 de março de 2012 | 23h 19 - O ESTADO DE S. PAULO
Edison Veiga e Paulo Saldana - O Estado de S.Paulo
O desempregado gaúcho Rodrigo Soares tem 31 anos e nunca foi a uma biblioteca. Na tarde desta terça-feira, ele lia uma revista na porta da Biblioteca São Paulo, zona norte da cidade. "A correria acaba nos forçando a esquecer essas coisas." E Soares não está sozinho. Cerca de 75% da população brasileira jamais pisou numa biblioteca - apesar de quase o mesmo porcentual (71%) afirmar saber da existência de uma biblioteca pública em sua cidade e ter fácil acesso a ela.
Vão à biblioteca frequentemente apenas 8% dos brasileiros, enquanto 17% o fazem de vez em quando. Além disso, o uso frequente desse espaço caiu de 11% para 7% entre 2007 e 2011. A maioria (55%) dos frequentadores é do sexo masculino.
Os dados fazem parte da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro (IPL), o mais completo estudo sobre comportamento leitor. O Estado teve acesso com exclusividade a parte do levantamento, cuja íntegra será divulgada nesta quarta-feira em Brasília.
Para a presidente do IPL, Karine Pansa, os dados colhidos pelo Ibope Inteligência mostram que o desafio, em geral, não é mais possibilitar o acesso ao equipamento, mas fazer com que as pessoas o utilizem. "O maior desafio é transformar as bibliotecas em locais agradáveis, onde as pessoas gostam de estar, com prazer. Não só para estudar."
A preocupação de Karine faz todo sentido quando se joga uma luz sobre os dados. Ao serem questionados sobre o que a biblioteca representa, 71% dos participantes responderam que o local é "para estudar". Em segundo lugar aparece "um lugar para pesquisa", seguido de "lugar para estudantes". Só 16% disseram que a biblioteca existe "para emprestar livros de literatura". "Um lugar para lazer" aparece com 12% de respostas.
Perfil. A maioria das pessoas que frequentam uma biblioteca está na vida escolar - 64% dos entrevistados usam bibliotecas de escolas ou faculdades. Dados sobre a faixa etária (mais informações nesta página) mostram que, em geral, as pessoas as utilizam nessa fase e vão abandonando esse costume ao longo da vida.
A gestora ambiental Andrea Marin, de 39 anos, gosta de livros e lê com frequência. Mas não vai a uma biblioteca desde que saiu dos bancos escolares. "A imagem que tenho é de que se trata de um lugar de pesquisa. E para pesquisar eu sempre recorro à internet", disse Andrea.
Enquanto folheava uma obra na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste, diz que prefere as livrarias. Interessada em moda, ela procurava livros que pudessem ajudá-la com o assunto. "Nem pensei em procurar uma biblioteca. Nas livrarias há muita coisa, café, facilidades. E a biblioteca, onde ela está?", questiona. Dez minutos depois, passa no caixa e paga R$ 150 por dois livros.
O estudante universitário Eduardo Vieira, de 23 anos, também não se lembra da última vez que foi a uma biblioteca. "Moro em Diadema e lá tem muita biblioteca. A livraria acaba mais atualizada", diz ele, que revela ler só obras cristãs. "Acho que nem tem esse tipo de livro nas bibliotecas."
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Pesquisa do Instituto Pró-Livro mostra que 71% da população têm fácil acesso a uma biblioteca
27 de março de 2012 | 23h 19 - O ESTADO DE S. PAULO
Edison Veiga e Paulo Saldana - O Estado de S.Paulo
O desempregado gaúcho Rodrigo Soares tem 31 anos e nunca foi a uma biblioteca. Na tarde desta terça-feira, ele lia uma revista na porta da Biblioteca São Paulo, zona norte da cidade. "A correria acaba nos forçando a esquecer essas coisas." E Soares não está sozinho. Cerca de 75% da população brasileira jamais pisou numa biblioteca - apesar de quase o mesmo porcentual (71%) afirmar saber da existência de uma biblioteca pública em sua cidade e ter fácil acesso a ela.
Vão à biblioteca frequentemente apenas 8% dos brasileiros, enquanto 17% o fazem de vez em quando. Além disso, o uso frequente desse espaço caiu de 11% para 7% entre 2007 e 2011. A maioria (55%) dos frequentadores é do sexo masculino.
Os dados fazem parte da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro (IPL), o mais completo estudo sobre comportamento leitor. O Estado teve acesso com exclusividade a parte do levantamento, cuja íntegra será divulgada nesta quarta-feira em Brasília.
Para a presidente do IPL, Karine Pansa, os dados colhidos pelo Ibope Inteligência mostram que o desafio, em geral, não é mais possibilitar o acesso ao equipamento, mas fazer com que as pessoas o utilizem. "O maior desafio é transformar as bibliotecas em locais agradáveis, onde as pessoas gostam de estar, com prazer. Não só para estudar."
A preocupação de Karine faz todo sentido quando se joga uma luz sobre os dados. Ao serem questionados sobre o que a biblioteca representa, 71% dos participantes responderam que o local é "para estudar". Em segundo lugar aparece "um lugar para pesquisa", seguido de "lugar para estudantes". Só 16% disseram que a biblioteca existe "para emprestar livros de literatura". "Um lugar para lazer" aparece com 12% de respostas.
Perfil. A maioria das pessoas que frequentam uma biblioteca está na vida escolar - 64% dos entrevistados usam bibliotecas de escolas ou faculdades. Dados sobre a faixa etária (mais informações nesta página) mostram que, em geral, as pessoas as utilizam nessa fase e vão abandonando esse costume ao longo da vida.
A gestora ambiental Andrea Marin, de 39 anos, gosta de livros e lê com frequência. Mas não vai a uma biblioteca desde que saiu dos bancos escolares. "A imagem que tenho é de que se trata de um lugar de pesquisa. E para pesquisar eu sempre recorro à internet", disse Andrea.
Enquanto folheava uma obra na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste, diz que prefere as livrarias. Interessada em moda, ela procurava livros que pudessem ajudá-la com o assunto. "Nem pensei em procurar uma biblioteca. Nas livrarias há muita coisa, café, facilidades. E a biblioteca, onde ela está?", questiona. Dez minutos depois, passa no caixa e paga R$ 150 por dois livros.
O estudante universitário Eduardo Vieira, de 23 anos, também não se lembra da última vez que foi a uma biblioteca. "Moro em Diadema e lá tem muita biblioteca. A livraria acaba mais atualizada", diz ele, que revela ler só obras cristãs. "Acho que nem tem esse tipo de livro nas bibliotecas."
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
conta nessa pesquisa bibliotecas de universidades? Se sim realmente dado preocupante ja que querendo ou não sempre vc precisa de 1 livro principalmente na fase do estudo.
Ja pra laser hoje se vc tem acesso a internet vc tem acesso a maior biblioteca do mundo. Gratuita pois se acha milhares de livros gratis ou "alternativa" se é que me entendem e isso com certeza impacta hoje na parte de lazer das bibliotecas.
Ja pra laser hoje se vc tem acesso a internet vc tem acesso a maior biblioteca do mundo. Gratuita pois se acha milhares de livros gratis ou "alternativa" se é que me entendem e isso com certeza impacta hoje na parte de lazer das bibliotecas.
Editado pela última vez por Sterrius em Qua Mar 28, 2012 2:56 pm, em um total de 1 vez.
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
Creio que a internet tem sua parcela de responsabilidade nisso: tenho meu cartão da Biblioteca Pública de Osório mas o uso cada vez menos, praticamente não há obras sobre Defesa lá, apenas as que eu doei. Pesquiso na net mesmo, o GOOGLE é o maior assassino de bibliotecas que já inventaram...
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
Para quem puder ver, o site da Globo.com tem link para transmitir ao vivo Milan x Barça. Jogaço!!!!
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
Pois é, a internet oferece muito material, e você pode usar em casa, não precisa ir em uma biblioteca, fazer cadastros, pegar emprestado, etc.
Fora que muitas vezes, o conteúdo na internet não só é mais prático, como é melhor.
Por exemplo, você não acha o conteúdo em termos de Defesa que temos aqui no DB em nenhum livro, e em nenhuma biblioteca de forma tão prática como a que temos aqui...
Fora que muitas vezes, o conteúdo na internet não só é mais prático, como é melhor.
Por exemplo, você não acha o conteúdo em termos de Defesa que temos aqui no DB em nenhum livro, e em nenhuma biblioteca de forma tão prática como a que temos aqui...
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Re: NOTÍCIAS GERAIS
Talvez o ideal seria um meio-termo. A biblioteca antiga, poeirenta, com cheiro de mofo do passado poderia dar lugar a uma coisa mais moderna com livros + computadores/internet e mais uma lanchonete onde se pudesse tomar um bom café, suco e snacks...ou seja, seria um "point" com cultura.Boss escreveu:Pois é, a internet oferece muito material, e você pode usar em casa, não precisa ir em uma biblioteca, fazer cadastros, pegar emprestado, etc.
Fora que muitas vezes, o conteúdo na internet não só é mais prático, como é melhor.
Por exemplo, você não acha o conteúdo em termos de Defesa que temos aqui no DB em nenhum livro, e em nenhuma biblioteca de forma tão prática como a que temos aqui...
Aquele modelo austero do passado dançou...
Wingate