Mundo Árabe em Ebulição

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3811 Mensagem por Enlil » Seg Dez 05, 2011 4:35 pm

Andre Correa escreveu:Eu já discordo, pois quem não toma partido, já está a tomar partido de alguma coisa, e nesse caso, o Brasil está a fazer vistas grossas ao massacre em nome de ficar "isento" de idelogia política ou quer evitar que o caso seja levado ao CS da ONU. Ou seja, está a dar de Poncios Pilatos, e está a lavar as mãos... Não é assim que vai conseguir a tal cadeira, e acho que já está na hora de deixar a demagogia de lado, pois enquanto discutem os interesses das grandes potências sobre um ataque militar, centenas, ou milhares, já foram assassinados por um governo decadente, que recusa-se a retirar-se... e quem sofre mais com isso??? com certeza não é o povo do Itamaraty, ao fazer o seu silêncio...

[009]
Se para conseguir um cadeira permanente temos que "tocar música" americana, francesa ou inglesa é a última coisa que devenos ter interesse. O que não falta para os membros permanentes é serviço de copa. É só observar quem tem roncado grosso na Liga Árabe (esse conjunto de "liberdade, democracia" e respeito a oposição)...



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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3812 Mensagem por Penguin » Seg Dez 05, 2011 4:40 pm

Enlil escreveu:Massacre? A partir de que fonte? Não há dúvida que muitos manifestantes foram mortos na Síria; no entanto, o governo tem enfrentado oposição armada, seja de desertores das forças armadas e até do serviço secreto, seja de dissidentes que se suspeita foram financiados e/ou armados pelos EUA e até Israel. É só observar que fontes minimamente independentes relatam constantes ataques e baixas nas forças armadas do governo. Alguém acredita mesmo que "manifestantes indefesos" tem capacidade de matar dezenas de soldados do Exército sírio? ou seja, é preciso ter cuidado com as fontes ocidentais, que se detém apenas em números mas não informam (aliás não tem o mínimo interesse) quem foi morto pelas forças estatais e em que circunstâncias. A questão básica em relação a Síria é que é um país inimigo de Israel e possui um base naval russa; ou seja, é um questão geopolítica, não de direitos humanos. Mas enquanto isso em outras paragens como Arábia Saudita ou Iêmem...



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Assad está fazendo de tudo para terminar seus dias como Kadafi. Vai acabar conseguindo.


"Não existe uma solução mágica" / Entrevista / Paulo Sérgio Pinheiro
03/12/2011
http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imp ... ista-paulo

O relatório de autoria do diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão Independente de Investigação sobre a Síria, chocou o mundo na última segunda-feira e expôs as atrocidades cometidas pelo regime de Bashar Al-Assad.

Após ter acesso ao documento, a sul-africana Navi Pillay — alta comissária da ONU para Direitos Humanos — afirmou: “É preciso que os perpetradores sejam processados no mais alto nível por crimes contra a humanidade”. Em meio a uma semana atribulada, Pinheiro concedeu uma entrevista ao Correio, por e-mail. De acordo com ele, apenas a cooperação internacional pode pôr fim ao caos na Síria.

O também professor do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) destaca a importância de punir os responsáveis pela repressão no país e afirma que mais de 3 milhões de sírios já sofrem os efeitos da crise.

Violência sexual, tortura e assassinatos. Como o mundo deve agir para interromper os crimes cometidos por Al-Assad?

É decisivo que a comunidade internacional acompanhe de perto o que ocorre no interior, buscando formas de proteger a população civil. O relatório mostra o dia a dia da população na Síria, o que ocorre por trás dos vídeos das manifestações, repressões e mortes. Não existe uma solução mágica para a crise. Somente a cooperação internacional, a investigação dos crimes e o estabelecimento de um inquérito nacional e internacional podem contribuir para superar a crise.

De todas as conclusões do relatório, qual mais o chocou?

Não importa a minha impressão pessoal. Creio que o relatório apresenta uma sólida demonstração das violações de direitos humanos e dos crimes contra a humanidade que não poderiam estar sendo cometidos sem conhecimento ou tolerância do Estado da Síria.

A Turquia e a União Europeia impuseram sanções econômicas e financeiras à Síria. É uma medida suficiente para deter o regime?

As sanções são decisões políticas dos Estados. Não está no meu mandato comentar sobre elas.

O senhor teme que a Síria se transforme em uma nova “Líbia”, com uma intervenção militar e uma guerra aberta?

A situação da Síria tem elementos específicos. Qualquer aproximação com outras crises recentes em nada ajuda a entender ou superar a escalada da violência e o enorme sofrimento de todas as comunidades na Síria. Manifestantes ou não, calcula-se que 3 milhões de pessoas foram afetadas pela violência no país, tendo que mudar de casa, de cidade e buscar refúgio. Sem falar nos milhares que tiveram que deixar o país por causa da violência.

Há indícios reais de deserção no Exército sírio?

Entrevistamos vários desertores, mas não tenho condições de avaliar quantos são. De qualquer modo, a intensificação dos confrontos armados deve ser sinal de preocupação, pois o objetivo de todas as partes deve ser fazer cessar a violência. É urgente a entrada de observadores de direitos humanos, que pode contribuir para desestimular a violência e os confrontos armados. O relatório apoia essa proposta da Liga Árabe como extremamente positiva. (RC)




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3813 Mensagem por Penguin » Seg Dez 05, 2011 4:41 pm

Clóvis Rossi - Relatório sobre Síria desafia ONU
Itamaraty fica agora sem argumentos para condenar violência de "todas as partes" no país árabe

O RELATÓRIO da comissão da ONU que investigou a violência na Síria vai colocar o Brasil e todo o sistema das Nações Unidas ante um desafio considerável, talvez até mais complexo do que o que antecedeu a intervenção na Líbia.

O relatório é duríssimo: diz que as forças de segurança sírias cometeram "graves violações dos direitos humanos", o que inclui execuções sumárias, prisões arbitrárias, desaparições forçadas, torturas, violência sexual, violação dos direitos das crianças -enfim o catálogo completo a que recorrem as ditaduras mais selvagens.

Para o Brasil, não dá mais para repetir a torpe declaração emitida após visita de uma delegação do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul) a Damasco, na qual condenaram "a violência de todas as partes". Equivalia a igualar vítimas e algozes.

Agora, há um relatório com a chancela de Paulo Sérgio Pinheiro, o brasileiro que preside a comissão, descrito por Tovar Nunes, porta-voz do Itamaraty, como homem de "absoluta competência e lisura".

O que fazer então? É o que se começou a discutir na Comissão de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, logo após a leitura do relatório por Paulo Sérgio. Há, em princípio, três possibilidades:

1 - Aprovar resolução que convoque a Síria a cooperar com a comissão de inquérito, o que ela não fez até agora, a ponto de não ter permitido a entrada do grupo no país. Como o prazo para o relatório final vai até março, seria uma janela de oportunidade para a Síria mudar de comportamento.

2 - Enviar o relatório ao Conselho de Segurança da ONU -único organismo capaz de tomar decisões- e/ou também ao Tribunal Penal Internacional, já que há menções a crimes contra a humanidade.

3 - Mandar o documento diretamente ao secretário-geral para que este decida o passo seguinte (necessariamente seria consultar o CS, afinal de contas o coração do sistema).
Até ontem à tarde, não havia uma definição do Itamaraty a respeito do que fazer, mas meu palpite é o de que preferirá a opção número 1, a mais branda.

Acho um caminho inócuo, por dois motivos: o próprio chanceler Antonio Patriota já pediu a seu colega sírio, Walid al-Moulam, durante encontro em setembro, em Nova York, que permitisse a entrada da missão da ONU. Foi inútil.

A diplomacia brasileira também fez apelos para que o regime cessasse a violência. Foi igualmente inútil. Os parceiros da Síria na Liga Árabe até elaboraram um plano para pôr fim à crise, que o presidente Assad desprezou. Acabou expulso da Liga.

A aparente inutilidade dos apelos não quer dizer, no entanto, que os outros dois caminhos em exame em Genebra possam de fato resolver a questão.

Fechar a suposta janela de oportunidade seria colocar Assad contra a parede, não lhe deixando outra escolha que não matar e eventualmente morrer, como Gaddafi.

Mesmo que o CS imite a Liga Árabe e imponha sanções, a história prova que estas não comovem ditaduras a não ser a longuíssimo prazo (exemplo da África do Sul do apartheid). Conclusão inescapável: os sírios continuarão entregues à sua própria sorte (horrível, aliás).
crossi@uol.com.br




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3814 Mensagem por Enlil » Seg Dez 05, 2011 4:41 pm

É óbvio que só tem fdp no Conselho Permanente. A questão é que em relação a Síria é mais do que evidente que não tem nada a ver com direitos humanos, mas sim geopolítica. É só observar as ditaduras apoiadas por quem (e há quanto tempo) caíram e o que se esconde embaixo do tapete... A uma piada a Liga Árabe (formada por alguns dos páises mais reacionário do mundo) falar em direitos humanos e liberdade individual enquantro vários deles sentam o sarrafo na oposição...

Mas para quem não se importa com hipocrisia isso não faz diferença...



[]'s.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3815 Mensagem por EDSON » Seg Dez 05, 2011 4:46 pm

Enlil escreveu:Massacre? A partir de que fonte? Não há dúvida que muitos manifestantes foram mortos na Síria; no entanto, o governo tem enfrentado oposição armada, seja de desertores das forças armadas e até do serviço secreto, seja de dissidentes que se suspeita foram financiados e/ou armados pelos EUA e até Israel. É só observar que fontes minimamente independentes relatam constantes ataques e baixas nas forças armadas do governo. Alguém acredita mesmo que "manifestantes indefesos" tem capacidade de matar dezenas de soldados do Exército sírio? ou seja, é preciso ter cuidado com as fontes ocidentais, que se detém apenas em números mas não informam (aliás não tem o mínimo interesse) quem foi morto pelas forças estatais e em que circunstâncias. A questão básica em relação a Síria é que é um país inimigo de Israel e possui um base naval russa; ou seja, é um questão geopolítica, não de direitos humanos. Mas enquanto isso em outras paragens como Arábia Saudita ou Iêmem...
Concordo esta explicação é melhor do que minha. :wink:


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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3816 Mensagem por Andre Correa » Seg Dez 05, 2011 4:47 pm

Um texto crítico às ações do regime de Bashar Assad acabou aprovado por ampla maioria – com base no relatório da comissão internacional liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro. O documento conclui que o regime de Assad cometeu crimes contra humanidade, como o assassinato e estupro de mais de 250 crianças.
Se não pudermos acreditar num relatório de um diplomata brasileiro, vamos acreditar em quem?
Ou para não ser taxados de imperialistas, vamos coadunar com o MASSACRE que vem a ocorrer? É assim que o Brasil pretende ser amigo de todos? Sentar na sua riqueza, enquanto o resto do mundo está a cometer barbaries, e no final das contas, dizer que foi amante da liberdade e amigos de todos?
Só erra quem age.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3817 Mensagem por rodrigo » Seg Dez 05, 2011 4:52 pm

Se não pudermos acreditar num relatório de um diplomata brasileiro, vamos acreditar em quem?
Isso é irrespondível.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3818 Mensagem por marcelo l. » Seg Dez 05, 2011 6:53 pm

Relembrando sobre o que o Brasil defende em termos de política externa:



"A presidente Dilma Rousseff ressaltou nesta quarta-feira, 20, que a defesa dos direitos humanos é o centro de preocupação da política externa brasileira. Ao participar da formatura de 109 diplomatas, no Palácio do Itamaraty, Dilma prestou uma homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, paraninfo da turma, e destacou que o governo brasileiro atuará para dar mais valor agregado aos produtos de exportação. “A defesa dos direitos humanos, desde sempre e mais ainda agora está no centro da preocupação de nossa política externa. Vamos promovê-la em todas as instâncias internacionais, sem concessão, sem discriminação e sem seletividade, coerentemente, com as preocupações que temos no nosso próprio País”, afirmou".

http://blogs.estadao.com.br/radar-polit ... diz-dilma/




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3819 Mensagem por Túlio » Seg Dez 05, 2011 7:04 pm

Credo, dá para interpretar isso de uns CEM modos diferentes... :shock: :shock: :shock: :shock:




“You have to understand, most of these people are not ready to be unplugged. And many of them are so inured, so hopelessly dependent on the system, that they will fight to protect it.”

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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3820 Mensagem por Penguin » Seg Dez 05, 2011 7:51 pm

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;

II - prevalência dos direitos humanos;

III - autodeterminação dos povos;

IV - não-intervenção;

V - igualdade entre os Estados;

VI - defesa da paz;

VII - solução pacífica dos conflitos;

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - concessão de asilo político.
Com base no que preconiza o Art 4o da CF, acho que deu tilt no MRE...




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3821 Mensagem por marcelo l. » Seg Dez 05, 2011 7:57 pm

Túlio escreveu:Credo, dá para interpretar isso de uns CEM modos diferentes... :shock: :shock: :shock: :shock:
Livremente é possível sim Túlio, mas quem escreve um discurso como o MAG sabe que em determinado local e público está dialogando com algumas idéias e grupos de pressão, no caso a síntese como você deve ter visto as críticas na imprensa a Lucia Nader podemos coloca-la como "porta-voz", ela (Lucia)) tinha feito um diagnóstico da política externa do governo anterior, portanto não existe essa livre interpretação de texto, existe um "Deus Escondido".

Mas, claro politicamente é possível defender outras interpretações.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3822 Mensagem por prp » Seg Dez 05, 2011 11:44 pm

Penguin escreveu:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;

II - prevalência dos direitos humanos;

III - autodeterminação dos povos;

IV - não-intervenção;

V - igualdade entre os Estados;

VI - defesa da paz;

VII - solução pacífica dos conflitos;

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - concessão de asilo político.
Com base no que preconiza o Art 4o da CF, acho que deu tilt no MRE...
Eu perdi alguma coisa?
O MRE não defende um país independente?
O MRE não defende os direitos humanos?
O MRE não defende a auto determinação dos povos?
A não intervenção? Será se vamos bombardear alguma capital em nome dos direitos humanos? Eu perdi?
Igualdade entre estados? Será se o MRE defende a imposição de nossa visão a todo custo? Na marra?
Defesa da paz? Declaramos guerra a quem? À Arabia Saudita?
Solução pacífica dos conflitos? Que dia que levantamos a bandeira da guerra e do sangue?
Repúdio ao terrorismo e ao racismo? Tá certo, Dilma era comparsa do BinLadem e prega a supremacia da raça brasileira (morenim supremacy) ao resto do mundo, bando de seres inferiores.

Eu perdi alguma coisa?




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3823 Mensagem por marcelo l. » Ter Dez 06, 2011 11:01 am

Iemen parece que todas as forças externas chegaram a um acordo, nem os refugiados somalis acreditam e estão retornando para sua guerra civil:

http://www.newsyemen.net/view_news.asp? ... 2_04_61717)




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3824 Mensagem por FOXTROT » Ter Dez 06, 2011 11:11 am

terra.com.br

Porta-aviões russo com destino ao Mediterrâneo fará escala na Síria
06 de dezembro de 2011 • 10h12 • atualizado às 10h42


O porta-aviões russo "Almirante Kuznetsov" deixou esta terça-feira a base naval de Severomorsk, no Mar de Barents, com destino ao Mar Mediterrâneo, viagem que inclui escala na Síria acompanhado de outros navios de guerra russos.
"Com a saída do porta-aviões começa a formação da esquadra que será integrada, além da embarcação Kuznetsov, pelo navio de guerra "Almirante Chabanenko" e outros navios de abastecimento", detalhou o porta-voz da Frota do Norte russa, o capitão Vadim Serga, entrevistado pela Agência "Interfax".

O porta-aviões vai passar por diversos portos, entre eles a base naval russa de Tartus, na Síria, e fará manobras militares no Mar Mediterrâneo, indicou à "Interfax" um alto funcionário do Ministério da Defesa russo.

Segundo a Rússia, a missão ao Mediterrâneo e a escala no porto sírio estavam previstas muito antes da "Primavera Árabe", por isso as manobras não foram canceladas.

"A escala em nossa base no porto sírio de Tartus é técnica, necessária para o abastecimento de combustível, água e alimentos. A bordo dos navios só haverá armamento e pessoal regulamentados. Não está previsto o desembarque de militares ou atividades com os marinheiros sírios", destacou o Ministério da Defesa.

Após a escala na Síria, a esquadra voltará ao porto da Frota do Norte russa, o que "está previsto para os primeiros dias de fevereiro", de acordo com o oficial.

"O objetivo da missão é garantir a presença militar em áreas importantes das águas internacionais. Daremos atenção especial ao desenvolvimento de medidas que garantam a segurança da navegação marítima e outras atividades econômicas navais da Federação Russa", afirmou Serga.

O porto sírio de Tartus, que abrigou uma base soviética na Guerra Fria, é atualmente um centro de manutenção e abastecimento para a Frota russa do Mar Negro.

Atualmente, a base abriga cerca de 600 militares e técnicos do Ministério da Defesa russo e está sendo preparada para receber cruzeiros e porta-aviões.




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3825 Mensagem por FOXTROT » Ter Dez 06, 2011 4:17 pm

terra.com.br

Embaixador da França volta a Damasco
06 de dezembro de 2011

PARIS, 6 dez 2011 (AFP) -O embaixador da França na Síria, Eric Chevallier, voltou a Damasco, após ter sido chamado para consultas por Paris em meados de novembro, indicou nesta terça-feira a chancelaria francesa, pouco depois de os Estados Unidos terem anunciado a volta de seu embaixador à capital síria.
"Eric Chevallier regressou ao seu posto em Damasco na segunda-feira, após o fim das consultas para as quais foi chamado" em Paris, declarou à AFP o porta-voz adjunto do Ministério das Relações Exteriores francês, Romain Nadal.

"O regresso de nosso embaixador a Damasco não quer dizer que não existam mais temas de preocupação (...), mas seu trabalho na Síria é importante", afirmou Nadal.

"A França está mais do que nunca junto ao povo sírio", assegurou.

A França chamou Chevallier para consultas em Paris quatro dias depois de atos de violência cometidos contra interesses franceses na Síria. Os gabinetes consulares franceses em Aleppo e Latakia foram alvos de ataques, anunciou a Chancelaria francesa.

Já o embaixador dos Estados Unidos na Síria, Robert Ford, voltará a Damasco na noite desta terça-feira, indicou uma autoridade americana.

Ford deixou o país às pressas no fim de outubro devido a "ameaças confiáveis a sua segurança pessoal".

Vários países árabes e europeus convocaram a partir de então seus embaixadores para consultas.

O embaixador Ford enfureceu o regime do presidente Bashar al-Assad ao criticá-lo publicamente e ao se deslocar duas vezes pelo país para analisar por si mesmo as manifestações.




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