Mundo Árabe em Ebulição

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
Cunha
Avançado
Avançado
Mensagens: 396
Registrado em: Seg Set 03, 2007 1:46 pm
Localização: Bahia
Agradeceu: 8 vezes
Agradeceram: 2 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3736 Mensagem por Cunha » Qua Nov 23, 2011 6:24 pm

rodrigo escreveu:
Assim como é seletiva a intervenção (ou não) em outros países por parte dos players mundo à fora.
Lá é seletiva de acordo com os interesses do país, aqui é seletiva de acordo com os interesses do MAG.
Não, lá é seletiva de acordo com os grupos no poder naquele momento. Igual aqui.




Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 62916
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceu: 6814 vezes
Agradeceram: 7108 vezes
Contato:

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3737 Mensagem por Túlio » Qua Nov 23, 2011 8:39 pm

marcelo l. escreveu:Finalmente parece que a crise do Yemen vai ter uma solução mesmo que seja provisória, Saleh está na Arábia Saudita, aparentemente para assinar a transição de poder.
É, parece que sim, vamos ver no que dá...

Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 23/11/2011 14:21

Presidente do Iêmen renuncia ao poder


DUBAI (Reuters) - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, assinou um acordo mediado pelos países árabes do Golfo, nesta quarta-feira, e entregou o poder a seu vice como parte de uma proposta para encerrar meses de protestos que empurraram o país à beira da guerra civil.

A televisão estatal saudita transmitiu imagens de Saleh assinando o acordo na presença de rei saudita Abdullah e do príncipe herdeiro Nayef. Autoridades de oposição do Iêmen assinaram o acordo depois de Saleh.

http://noticias.br.msn.com/mundo/presid ... a-ao-poder




“You have to understand, most of these people are not ready to be unplugged. And many of them are so inured, so hopelessly dependent on the system, that they will fight to protect it.”

Morpheus
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6096
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3738 Mensagem por marcelo l. » Qua Nov 23, 2011 8:50 pm

Túlio escreveu:
marcelo l. escreveu:Finalmente parece que a crise do Yemen vai ter uma solução mesmo que seja provisória, Saleh está na Arábia Saudita, aparentemente para assinar a transição de poder.
É, parece que sim, vamos ver no que dá...

Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 23/11/2011 14:21

Presidente do Iêmen renuncia ao poder


DUBAI (Reuters) - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, assinou um acordo mediado pelos países árabes do Golfo, nesta quarta-feira, e entregou o poder a seu vice como parte de uma proposta para encerrar meses de protestos que empurraram o país à beira da guerra civil.

A televisão estatal saudita transmitiu imagens de Saleh assinando o acordo na presença de rei saudita Abdullah e do príncipe herdeiro Nayef. Autoridades de oposição do Iêmen assinaram o acordo depois de Saleh.

http://noticias.br.msn.com/mundo/presid ... a-ao-poder

Acredito que Edson está correto não resolve a situação, eles estão em guerra civil a meses já.

Artigo do Dmitri Trenin (um ex militar russo) sobre a aliança acidental entre China e Russia para a primavera árabe.

http://www.foreignpolicy.com/articles/2 ... o?page=0,1




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Avatar do usuário
FOXTROT
Sênior
Sênior
Mensagens: 7902
Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
Localização: Caçapava do Sul/RS.
Agradeceu: 288 vezes
Agradeceram: 115 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3739 Mensagem por FOXTROT » Qua Nov 23, 2011 10:29 pm

O macaco não costuma cuidar o próprio rabo.
------------------------------------------------------------------------------

terra.com.br




Riad acusa Teerã de ingerência nos assuntos de países do Golfo
23 de novembro de 2011 • 20h29 • atualizado às 21h26


O ministro saudita de Relações Exteriores, Saud al Fayçal, acusou esta quarta-feira o Irã de continuar ingerindo nos assuntos dos países do Golfo, avaliando que seu programa nuclear poderá ameaçar a segurança regional. O ministro falou em "ingerências contínuas do Irã nos assuntos internos dos países da região", durante uma reunião ministerial do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).

Ele alertou, ainda, que "os esforços (de Teerã) para desenvolver suas capacidades nucleares, que lhe permitiriam no futuro possuir armas nucleares, representam uma ameaça clara para a segurança e a estabilidade da região". As tensões entre Teerã e Riad se intensificaram depois que Washington revelou um complô iraniano para assassinar o embaixador da Arábia Saudita nos Estados Unidos, o que o Irã desmentiu.

As relações entre os países do Golfo e o Irã ficaram tensas depois da repressão, em março, pelas autoridades do Bahrein, ajudadas pelas forças sauditas, de um movimento de protesto que pedia reformas. O movimento era liderado por xiitas, que representam a maioria da população deste pequeno país chefiado por uma monarquia sunita.




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6096
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3740 Mensagem por marcelo l. » Qui Nov 24, 2011 11:21 am

REPORT OF THE BAHRAIN INDEPENDENT COMMISSION OF INQUIRY

http://files.bici.org.bh/BICIreportEN.pdf

Mesmo sendo bondoso com o show de horrores do Khaliffa é um quadro dantesco.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Avatar do usuário
Grifon
Avançado
Avançado
Mensagens: 492
Registrado em: Ter Out 21, 2008 10:41 pm
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 3 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3741 Mensagem por Grifon » Qui Nov 24, 2011 12:28 pm

Israel vive momento de incerteza com revolta no Egito

JERUSALÉM - A cúpula política e militar de Israel vem realizando várias reuniões para avaliar qual será o rumo do Egito, seu vizinho e aliado desde os acordos de paz de 1979, sob a premissa estabelecida pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu há seis meses: “a Primavera Árabe pode se converter em um inverno radical iraniano”. Hoje, Netanyahu prefere não fazer declarações públicas sobre os últimos acontecimentos no Egito e sua possível influência em Israel. Mas o ex-Ministro da Defesa e atual deputado trabalhista Benjamin Ben Eliezer não vê o futuro egípcio com otimismo:

- O Egito, país que conheço bem há 20 anos, não será minimamente estável pelos próximos cinco. Devemos nos conscientizar da possibilidade de nos aproximarmos de um confronto com Israel - afirmou Ben Eliezer.

De acordo com informações do jornal espanhol “El Mundo”, o Ministério das Relações Exteriores israelense recebeu mensagens tranquilizadoras do Cairo. “O Egito está comprometido a garantir os acordos de paz e a situação não influenciará nas relações bilaterais”, teriam dito as autoridades egípcias.

- Não se deve entrar em pânico, mas não existem dúvidas de que entramos em uma grande fase de incertezas - afirmaram fontes israelenses ao jornal “Yedioth Ahronoth”.

Como muitos analistas, as fontes temem que o Egito seja dominado pelas correntes islâmicas, encabeçadas pela Irmandade Muçulmana, que é próxima ao Hamas.

Temor é de que novo governo anule acordo de paz

Em declarações a uma rádio militar de Israel na quarta-feira, o ministro da Defesa Civil de Israel, Matan Vilnai, se mostrou preocupado com uma possível radicalização do movimento egípcio.

- A situação que vemos ali é muito sensível e preocupante. Nos preparamos para todo o cenário imaginável, mas no momento o panorama não é bom. Sempre que há esse tipo de protestos, existe o perigo de uma radicalização que muitas vezes o Irã pode aproveitar e promover - disse, acrescentando que a Irmandade pode comandar o país: - Aparentemente, o que chamamos de Irmandade Muçulmana vai acabar sendo a maioria em todas as instituições (egípcias).

Vilnai disse, porém, não acreditar que a Irmandade tente anular o acordo de paz que rege as relações dos dois países há 32 anos imediatamente, já que o governo pós-revolução do Egito terá que lidar primeiro com os problemas internos do país. Esse acordo permitiu que Israel focasse seus recursos no combate a militantes palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia e a guerrilheiros do Hezbollah, na fronteira com o Líbano.

- Mas, uma vez que o regime esteja estabilizado, como esperamos que fique, acreditamos que vai haver uma grave erosão deste acordo. E nós temos que nos preparar para esta situação - disse, para logo depois acrescentar: - Nós estamos preparados para qualquer cenário.

Líderes da Irmandade Muçulmana já disseram que não buscam cancelar o acordo de paz com Israel. Entretanto, eles admitem que querem alguns ajustes no acordo, particularmente sobre a ausência do Exército do Egito na Península do Sinai, perto da fronteira israelense. Israel pode se mostrar flexível quanto a esse caso, pois o Egito poderia fazer a segurança da área e impedir que militantes atuem na região.

Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse a congressistas que “as chances são de que uma onda islâmica varra os países árabes; uma onda anti-ocidente, uma onda antiliberalismo.” E o ex-ministro da Defesa e do Exterior, o conservador Moshé Arens resumiu em um artigo publicado no jornal israelense “Haaretz” o pensamento e o temor de muitos israelenses: “A queda dos ditadores árabes era inevitável, como é inevitável o que vai se seguir agora, o que parece um longo Inverno Árabe”, escreveu.

Um experiente comandante israelense envolvido nas reuniões políticas sobre o Egito disse que existe consenso entre analistas de que, dada a difícil situação econômica do Egito, o país não cancelará o acordo de paz porque não poderia se dar ao luxo de abrir mão de seus benefícios. “Mesmo a Irmandade é pragmática” e o Exército continuará a desempenhar algum papel, por causa de sua influência estabilizadora.

Já Eli Shaked, ex-embaixador israelense no Egito, afirmou que em algum momento quando “os elementos radicais no Egito estiverem fortes no governo, eles vão retirar a sua ‘repulsão’ assim que avistarem uma bandeira israelense no Cairo.

- Eles estarão dispostos a pagar os preço econômico (da ruptura) das relações com Israel e Estados Unidos para promover sua agenda ideológica, política e islâmica - como ocorre em outros lugares como o Irã - afirmou Shaked.

Possível queda de Assad também preocupa

Os serviços de inteligência israelenses também seguem com muita atenção os acontecimentos na Síria. O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, prevê a queda do presidente Bashar al-Assad.

- Para mim está claro que o que aconteceu há algumas semanas com Kadafi e o que houve com Sadam Hussein poderia acontecer agora com o ditador Assad - disse Barak, que, perguntado sobre a sangrenta repressão de Damasco contra a oposição, respondeu: - Não há modo para que Assad possa retomar sua autoridade ou legitimidade sobre seu povo.

Por um lado, os israelenses confiam no fim do regime sírio ao acreditar que seria um duro golpe contra o Irã e enfraqueceria a conexão com o Hezbollah. Por outro, existe a preocupação com o “dia seguinte” e o possível vazio de poder na Síria que teria influências, mais cedo ou mais tarde, na fronteira com Israel.

http://oglobo.globo.com/mundo/israel-vi ... to-3308878




Avatar do usuário
FOXTROT
Sênior
Sênior
Mensagens: 7902
Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
Localização: Caçapava do Sul/RS.
Agradeceu: 288 vezes
Agradeceram: 115 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3742 Mensagem por FOXTROT » Qui Nov 24, 2011 3:39 pm

já que só tem notícia boa mesmo, aqui vai mais uma. :twisted:
---------------------------------------------------------------------------------------------
terra.com.br

França lança proposta de corredor humanitário na Síria
24 de novembro de 2011 • 09h25 • atualizado às 09h38

A França apresentou nesta quinta-feira as linhas gerais da sua proposta para a criação de um corredor humanitário na Síria, que seria protegido por "observadores" armados, excluindo assim a hipótese de uma intervenção direta para acabar com a repressão do regime sírio aos manifestantes que exigem a renúncia do presidente Bashar al Assad.
O chanceler Alain Juppé disse que a zona humanitária precisaria ter o aval do governo de Assad, ou então ser organizada por observadores internacionais.

Juppé se reuniu na quarta-feira em Paris com o chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS, grupo da oposição no exílio), e disse que irá propor na semana que vem à União Europeia uma forma de ajudar os civis sírios.

"Há duas formas possíveis: que a comunidade internacional, a Liga Árabe e as Nações Unidas convençam o regime a permitir esses corredores humanitários, ou então, se esse não for o caso, precisamos examinar outras soluções (...) com observadores internacionais", disse Juppé à rádio France Inter.

Juppé descartou a possibilidade de uma intervenção militar, mas, quando questionado sobre a necessidade de proteção armada para comboios humanitários, afirmou: "É claro (...), por observadores internacionais, mas não está em questão uma intervenção militar na Síria."

"Para nós, não há ajuda humanitária possível sem um mandato internacional", acrescentou.




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
FoxHound
Sênior
Sênior
Mensagens: 2012
Registrado em: Ter Jul 24, 2007 1:14 pm
Agradeceu: 38 vezes
Agradeceram: 16 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3743 Mensagem por FoxHound » Qui Nov 24, 2011 10:30 pm

Porta-aviões George Bush aproxima-se das costas da Síria.
O moderno porta-aviões atômico da Marinha de Guerra dos EUA George Bush foi deslocado da região do Golfo Pérsico para as costas da Síria. O navio é capaz de transportar até 70 unidades de aviação, inclusive 48 caças-bombardeiros. O porta-aviões é acompanhado por um grupo naval de apoio, que inclui um destróier.

Por este motivo, os especialistas apresentam um roteiro tanto pessimista como relativamente tranqüilo do desenvolvimento da situação junto às fronteiras marítimas da Síria. O colaborador do Centro Analítico da Conjuntura Econômica, Maxim Minaev, está convicto do seguinte:

Trata-se da preparação de uma operação militar contra a Síria. Estas ações fazem lembrar a iniciativa análoga de concentração do grupo naval dos países da OTAN próximo da Líbia. Em geral, o roteiro se repete. Washington quer obter o máximo de dividendos da série de revoluções nos países do Oriente Médio e Norte de África. Considerando isto, Washington parte para a intervenção militar sem a sanção da ONU. E agora nós observamos a primeira etapa de colocação de contingentes navais dos países da OTAN sob a égide dos EUA no litoral da Síria.

O orientalista da Universidade Militar, Oleg Kulakov, por enquanto não tende a dramatizar demais a situação:

O fortalecimento do grupo de porta-aviões da Marinha de Guerra dos EUA no Mar Mediterrâneo tem caráter de ameaça. O tempo mostrará. É absolutamente evidente que os EUA realmente brandem armas. Eles nunca deixaram de fazê-lo. Aumentam seu grupo lá e isto naturalmente é um forte elemento de intimidação política, devendo a pressão militar ainda aumentar. Mas, talvez, não se possa falar de intervenção militar direta.

No entanto, o aumento da tensão em torno da Síria parte também de outra frente. Um dia antes do envio do George Bush para as costas da Síria, o canal de televisão saudita Al Arabia divulgou uma notícia da tipo os russos estão chegando. Ele informou que, nas águas territoriais da Síria, estariam três navios da Marinha de Guerra da Rússia. Ele cita uma certa fonte próxima das autoridades supremas sírias.

A notícia, publicada por fonte saudita, foi repetida pelo jornal israelense Gaarets e por outros meios de informação regionais. Um representante do Ministério da Defesa da Rússia, em entrevista à Voz da Rússia, não confirmou esta informação .

Enquanto isso, os especialistas assinalam que no porto sírio de Tartus encontra-se uma base militar russa, por isso não há nada de surpreendente no fato de que lá poder ter sido assinalada a presença de navios da Marinha de Geurra da FR. Este é ponto de abastecimento material e técnico – a única base militar russa hoje nesta zona distante.

O acordo sobre a instalação da base foi assinado com o governo da Síria há 40 anos, ainda nos tempos soviéticos. Hoje em Tartus restam apenas 50 marinheiros da Frota do Mar Negro. Eles dispõem de três atracadouros, oficina flutuante, depósito para equipamentos auxiliares e diferentes estruturas em terra.

No âmbito do combate aos piratas somalis, no ano passado o porta-aviões russo Almirante Kusnetsov chegou à base em Tartus. Lá descansou a tripulação do destróier Neustrachimi antes de voltar do golfo de Aden para Baltiisk. A base deverá ser modernizada para poder receber navios pesados depois de 2012.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/24/60990784.html




Avatar do usuário
Andre Correa
Sênior
Sênior
Mensagens: 4890
Registrado em: Qui Out 08, 2009 10:30 pm
Agradeceu: 890 vezes
Agradeceram: 241 vezes
Contato:

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3744 Mensagem por Andre Correa » Qui Nov 24, 2011 10:57 pm

Tem um engano aí nessa matéria.
Um GT da USN é normalmente formado pelo NAe com 1 Ala Aérea de até 9 Esquadrões, 1 a 2 Cruzadores da Classe Ticonderoga, 2 a 3 Destroyers da Classe Arleigh Burke, 2 Submarinos, normalmente da classe Los Angeles e 1 Navio de Logistica e Reabastecimento...

No caso do USS George H.W. Bush (CVN-77), ele leva a CVW-8, composta por:

2 Esquadrões de F/A-18 Hornet (VFA-15 e VFA-87)
1 Esquadrão de F/A-18E Super Hornet (VFA-31)
1 Esquadrão de F/A-18F Super Hornet (VFA-213)
1 Esquadrão de EA-18G Growler (VAQ-141)
1 Esquadrão de E-2C Hawkeye (VAW-124)
1 Esquadrão de C-2A Greyhound (VRC-40)
1 Esquadrão de MH-60S "Knighthawk" (HSC-9)
1 Esquadrão de MH-60R Seahawk (HSM-70)

Chega de detalhes...




Audaces Fortuna Iuvat
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6096
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3745 Mensagem por marcelo l. » Sex Nov 25, 2011 9:45 am

Eu diria que a costa que eles estão se aproximando é a do Líbano, por causa de uma encrenca da CIA lá.
FoxHound escreveu:Porta-aviões George Bush aproxima-se das costas da Síria.
O moderno porta-aviões atômico da Marinha de Guerra dos EUA George Bush foi deslocado da região do Golfo Pérsico para as costas da Síria. O navio é capaz de transportar até 70 unidades de aviação, inclusive 48 caças-bombardeiros. O porta-aviões é acompanhado por um grupo naval de apoio, que inclui um destróier.

Por este motivo, os especialistas apresentam um roteiro tanto pessimista como relativamente tranqüilo do desenvolvimento da situação junto às fronteiras marítimas da Síria. O colaborador do Centro Analítico da Conjuntura Econômica, Maxim Minaev, está convicto do seguinte:

Trata-se da preparação de uma operação militar contra a Síria. Estas ações fazem lembrar a iniciativa análoga de concentração do grupo naval dos países da OTAN próximo da Líbia. Em geral, o roteiro se repete. Washington quer obter o máximo de dividendos da série de revoluções nos países do Oriente Médio e Norte de África. Considerando isto, Washington parte para a intervenção militar sem a sanção da ONU. E agora nós observamos a primeira etapa de colocação de contingentes navais dos países da OTAN sob a égide dos EUA no litoral da Síria.

O orientalista da Universidade Militar, Oleg Kulakov, por enquanto não tende a dramatizar demais a situação:

O fortalecimento do grupo de porta-aviões da Marinha de Guerra dos EUA no Mar Mediterrâneo tem caráter de ameaça. O tempo mostrará. É absolutamente evidente que os EUA realmente brandem armas. Eles nunca deixaram de fazê-lo. Aumentam seu grupo lá e isto naturalmente é um forte elemento de intimidação política, devendo a pressão militar ainda aumentar. Mas, talvez, não se possa falar de intervenção militar direta.

No entanto, o aumento da tensão em torno da Síria parte também de outra frente. Um dia antes do envio do George Bush para as costas da Síria, o canal de televisão saudita Al Arabia divulgou uma notícia da tipo os russos estão chegando. Ele informou que, nas águas territoriais da Síria, estariam três navios da Marinha de Guerra da Rússia. Ele cita uma certa fonte próxima das autoridades supremas sírias.

A notícia, publicada por fonte saudita, foi repetida pelo jornal israelense Gaarets e por outros meios de informação regionais. Um representante do Ministério da Defesa da Rússia, em entrevista à Voz da Rússia, não confirmou esta informação .

Enquanto isso, os especialistas assinalam que no porto sírio de Tartus encontra-se uma base militar russa, por isso não há nada de surpreendente no fato de que lá poder ter sido assinalada a presença de navios da Marinha de Geurra da FR. Este é ponto de abastecimento material e técnico – a única base militar russa hoje nesta zona distante.

O acordo sobre a instalação da base foi assinado com o governo da Síria há 40 anos, ainda nos tempos soviéticos. Hoje em Tartus restam apenas 50 marinheiros da Frota do Mar Negro. Eles dispõem de três atracadouros, oficina flutuante, depósito para equipamentos auxiliares e diferentes estruturas em terra.

No âmbito do combate aos piratas somalis, no ano passado o porta-aviões russo Almirante Kusnetsov chegou à base em Tartus. Lá descansou a tripulação do destróier Neustrachimi antes de voltar do golfo de Aden para Baltiisk. A base deverá ser modernizada para poder receber navios pesados depois de 2012.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/24/60990784.html




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
FoxHound
Sênior
Sênior
Mensagens: 2012
Registrado em: Ter Jul 24, 2007 1:14 pm
Agradeceu: 38 vezes
Agradeceram: 16 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3746 Mensagem por FoxHound » Sex Nov 25, 2011 1:38 pm

Eu quero ver até quando a Russia e a China vão conseguir proteger a Síria na ONU, por que estou começando achar que haverá ataque unilateral por parte da OTAN mesmo sem o consentimento do conselho de segurança da ONU.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Rússia manifesta-se contra pressão sobre Síria.
A Rússia manifesta-se contra quaisquer resoluções e a pressão sobre a Síria, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Extrangeiros da Federação Russa, Aleksandr Lukachevitch. Este país precisa de um diálogo político interno. A intervenção da força nos assuntos da Síria é absolutamente inaceitável para a Rússia. A protecção dos direitos humanos não pode servir de pretexto para a intervenção.
Comentando as propostas do Ocidente de criar na Síria os chamados corredores humanitários, o diplomata destacou que Moscou tenta esclarecer do que se trata e por enquanto não está pronta para expressar a sua posição.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/25/61024180.html




MIG-25
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 341
Registrado em: Qui Fev 19, 2009 6:52 pm

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3747 Mensagem por MIG-25 » Sex Nov 25, 2011 2:21 pm

Giro giro era se os Russos afundassem esse porta-aviões sem olhar a consequencias.
A america e outros países (frança, alemanha,... precisam de um abanão, alguem que lhes faça estragos no ego.
Mas reitero que a Russia devia ter intervido na Líbia.
Cumprimentos.




Nick alterado de General Spínola para MIG-25 - Paisano.
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6096
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3748 Mensagem por marcelo l. » Sex Nov 25, 2011 2:58 pm

Acho difícil uma ação unilateral por que os governos europeus não ganham nada eleitoralmente falando e isso pesa, e os EUA ainda tem o problema dos Saud/Israel e Irã para resolver.

O que me parece que vão jogar a conta da reconstrução da Síria para Russos e Chineses, eles apoiem um golpe de estado patrocinado por Moscou, mas depois quem entra com a grana da reconstrução são os dois, como os EUA "fez" (bondade minha) no Egito.

Há muita necessidade de resolver questões econômicas primordiais, o blog da tunisiana talvez um dos mais importantes da internet árabe, foi claro, revolução sem melhorias econômicas é nada. E é muita grana para estabilizar um país, o Quatar empresta dentro das condições dele, o que EUA e a NATO não querem por causa de Israel, é claro que nunca dantes os crentes terão o poder desde Ancara até o Marrocos, tirando a Argélia e parte do Iraque dominado pelos xiitas.

E ainda os salafistas ligados a eles e aos Saud são um problema impar na região com seus atentados a mesquistas roubando os corpos, tenho certeza, e poucos leram mas o Belhadj foi detido pela Brigada de Zintan no aeroporto (se tivesse com certeza essas notícias saíram aqui). A situação é muita tensa no Egito e na Libia, esta saíra os relatórios em breve, uma coisa que não deveria orgulhar nenhum dos lados, claro a menos que acredite que um perito confunda osso humano com de camelo e que balas comuns são explosivas, todo tipo spin que ambos os lados propagam mesmo depois da guerra ter acabado ( claro tem aqueles assuntos sem importância da vida sexual dos ex-caídos, tirando o caso da garota de Sirte que é um problema penal grave).

A R2P só foi usado em três momentos, um foi a Georgia, nem a atual "intervenção branca" que existe na Somália, ou a força tarefa russo/americana em Uganda são noticiadas ou fala-se do princípio, todos parecem ter medo de dizer que ocorre intervenções estrangeiras nesses locais e quem participa.

Não que eu goste dessa conclusão de ver o Bashir continuar no poder ou outro Alawita, mas é o que vai ocorrer ao meu ver, ele não dá mesmo para continuar, ele conseguiu se queimar com todos e diminuiu muito o círculo de apoio tanto externo quanto interno, em fevereiro sem sombra dúvidas ninguém dizia que as passeatas durariam mais de dois dois. A leitura que tenho é que Moscou ainda não encontro o felizardo e ainda faz as contas quanto tempo e dinheiro deverá ser gasto para conseguir estabilizar o país minimamente.
FoxHound escreveu:Eu quero ver até quando a Russia e a China vão conseguir proteger a Síria na ONU, por que estou começando achar que haverá ataque unilateral por parte da OTAN mesmo sem o consentimento do conselho de segurança da ONU.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Rússia manifesta-se contra pressão sobre Síria.
A Rússia manifesta-se contra quaisquer resoluções e a pressão sobre a Síria, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Extrangeiros da Federação Russa, Aleksandr Lukachevitch. Este país precisa de um diálogo político interno. A intervenção da força nos assuntos da Síria é absolutamente inaceitável para a Rússia. A protecção dos direitos humanos não pode servir de pretexto para a intervenção.
Comentando as propostas do Ocidente de criar na Síria os chamados corredores humanitários, o diplomata destacou que Moscou tenta esclarecer do que se trata e por enquanto não está pronta para expressar a sua posição.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/25/61024180.html




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Avatar do usuário
Andre Correa
Sênior
Sênior
Mensagens: 4890
Registrado em: Qui Out 08, 2009 10:30 pm
Agradeceu: 890 vezes
Agradeceram: 241 vezes
Contato:

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3749 Mensagem por Andre Correa » Sex Nov 25, 2011 4:23 pm

General Spínola escreveu:Giro giro era se os Russos afundassem esse porta-aviões sem olhar a consequencias.
A america e outros países (frança, alemanha,... precisam de um abanão, alguem que lhes faça estragos no ego.
Mas reitero que a Russia devia ter intervido na Líbia.
Cumprimentos.
Eles tem mais a perder com tal acção do que os EUA, ainda mais agora que estão a recuperar o mercado interno...

Guerra demanda muito $$$, e não apenas carregar num botão.

[009]




Audaces Fortuna Iuvat
FoxHound
Sênior
Sênior
Mensagens: 2012
Registrado em: Ter Jul 24, 2007 1:14 pm
Agradeceu: 38 vezes
Agradeceram: 16 vezes

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#3750 Mensagem por FoxHound » Sex Nov 25, 2011 7:11 pm

“Corredor Humanitário” na Síria é impossível .
A idéia de organizar um corredor humanitário para a Síria não faz sentido algum. Primeiro, precisamos levar em conta que nenhuma cidade síria até agora está nas mãos dos opositores. Mesmo Homs é controlada pelo governo, assim como as vilas próximas à fronteira com a Turquia. Damasco, Aleppo, Latakia e Tartus sequer têm protestos contra o regime.

Ainda assim, fala-se que o corredor poderia atingir Homs. Mas como? Esta cidade fica próxima da fronteira com o Líbano. Logo, diriam, o corredor poderia cruzar através do território libanês. O problema é que justamente esta divisa está próxima a áreas controladas pelo Hezbollah, aliado de Damasco. Além disso, o grupo xiita, que é milícia mais poderosa do mundo, capaz de fazer frente a Israel, iria dar risada das “tropas humanitárias”. Seria como o Barcelona enfrentar o time de futebol do clube Pinheiros. Impossível a chance de sucesso.

Nos anos 1980, quando a organização ainda estava nos seus primórdios, os marines americanos foram alvo de um dos maiores ataques contra forças americanas no pós-Vietnã. Os israelenses tiveram que deixar o sul do Líbano em 2000 e fracassaram em 2006. Quem seriam estas “tropas humanitárias” para enfrentar o Hezbollah, se nem os israelenses conseguiram?

Uma segunda alternativa seria usar um porto sírio. Mas qual? O porto de Tartus e Latakia são usados como entreposto militar pelos russos e são completamente dominados pelo Exército sírio. As forças humanitárias de Brancaleone iriam tentar desembarcar e fracassariam. Moscou nunca permitiria uma ação destas. Sem a Síria, os navios russos não tem outro lugar para reabastecimento no Mediterrâneo.

Sobra a Turquia. Neste caso, certamente o corredor humanitário atingiria algumas vilas na fronteira, apesar de certamente ocorrerem choques contra as forças de segurança sírias. Mas seria impossível chegar a Homs sem cruzar pelas proximidades de Aleppo, que é o maior bastião pró-Assad da Síria. No caminho, seria preciso cruzar por áreas alauítas. Para completar, como escrevi acima, Homs é controlada pelo governo.

Obs. Obviamente Israel não permitiria que o corredor atravessasse o seu território. Tampouco esta idéia ressonaria bem no mundo árabe
http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/




Responder