Jauro, vou tentar averiguar isso no menor tempo possível.
Meu pai repassou esse e-mail pra mim. É o mesmo teor daquele que você recebeu?
I. PROBLEMA:
O Exercito deve cumprir suas múltiplas missões com um pequeno orçamento.
II. CONDICIONANTES:
Pequeno orçamento
Múltiplas missões:
a. Externas
1) Vigilância de Fronteiras
2) Forças de Paz
3) Não foi considerada a Defesa contra uma Invasão Externa, porque esta hipótese não é considerada pela cúpula política brasileira da atualidade
b. Internas
1) Operações de Garantia da Lei e da Ordem
2) Operações de Apoio ao Desenvolvimento do País
3) Operações de Apoio as Vitimas das Calamidades
III. ANÁLISES:
1. A reversão dos constantes apertos orçamentários é pouco provável dentro da atual conjuntura de governo
2. As missões devem ser analisadas caso a caso para definir o que deve ser priorizado.
a. Externas
1) Vigilâncias de Fronteiras; tem-se como as unidades mais aptas para estas missões, as de Cavalaria Mecanizadas (Cavalaria) e os Pelotões de Fronteiras (Infantaria). Todas com suas necessidades de Logística (Intendência, Material Bélico e Engenharia) e Comando e Coordenação (Comunicações).
2) Forças de Paz: cujas unidades mais adequadas são as de Infantaria apoiadas por blindados (Cavalaria), com os mesmos apoios supra citados.
b. Internas:
1) Operações de Garantia da Lei e da Ordem: por sua grande similitude com as Operações de Forças de Paz, consideramos as mesmas armas e apoios.
2) Operações de Apoio ao Desenvolvimento do País: as principais unidades neste caso são as de Engenharia, com o necessário apoio Logístico (Int e Mat Bel) e de Comando (Com).
3) Operação de Apoio as Vitimas das Calamidades: terão como principal unidades os Batalhões Logísticos (Int, Eng, Mat Bel e Com), por serem aptos a proporcionarem o apoio de transporte, estacionamento, alimentação, etc.
IV. SÍNTESE:
Foi verificado a importância de todas as armas, com exceção da Artilharia, para que o EB possa cumprir suas atuais missões. Sendo importante o adestramento e compra de material para as mesmas.
Alem destas, deve ser priorizado o apoio aéreo, prestado por Unidades de Helicópteros, pela agilidade e pronta resposta das mesmas, bem como as Unidades Tecnológicas, pela rapidez que se consegue com o seu emprego.
A Arma de Artilharia, por ser empregada APENAS EM CASOS DE GUERRA, cuja importância cresce a cada novo conflito que se verifica no mundo hodierno, não se justifica sua existência, no Brasil, dentro do atual quadro das missões desenvolvidas pelo EB.
Além disso, a Artilharia é uma Arma excepcionalmente dispendiosa, tanto que foi extinta a Artilharia de Costa (Como era o único segmento do Exercito que estudava a defesa contra desembarque anfíbios, foi decidido que o “Inimigo” não poderia efetuar este tipo de ação, deveria obrigatoriamente vir por terra).
Como a Artilharia Antiaérea já foi extinta, na prática, por obsolescência de seus Canhões, Mísseis, Radares e demais meios de combate, ficou apenas a Artilharia de Campanha para ser avaliada.
V. CONCLUSÃO
Para que o Exercito Brasileiro possa melhor cumprir suas missões dentro do atual quadro orçamentário, deve-se evitar os gastos com as Unidades de Artilharia.
VI. SUGESTÃO
Visando evitar desperdício de dinheiro em gastos com aquisição de Munição, Foguetes e novos materiais de Artilharia, transformar os atuais GAC e GLMF em GRUPOS DE GUARDA.
Manter o Regimento Mallet como memória da Artilharia Brasileira, devendo ter no seu quadro de Organização uma Bateria hipo-movel, uma bateria auto-rebocada, uma bateria autopropulsada e uma bateria antiaérea.
Passar todos oficiais e sargentos da Arma por cursos de readequação à nova realidade, transformando-os em guardolheiros (ex-artilheiros em atuais guardas) ou burolheiros (ex-artilheiros em atuais burocratas).
Manoel Theophilo Gaspar de Oliveira – Gen Bda R1