Já acontece faz tempo: AEROELETRÔNICA e HELIBRÁS que o digam. Mas me causa algum espanto - e a convicção de que nossos dirigentes, que criaram e publicaram a END, não a leram ou pelo menos não a entenderam - é, por exemplo, que diabos de Nacionalismo é esse onde se quer fabricar caças e submarinos Nacionais enquanto as fardas e botas de nossos Soldados vêm da
CHINA? Isso
de per si já é um indicativo do que está acontecendo/aconteceu à nossa indústria têxtil/calçadista. O principal projeto do EB é da Iveco Italiana e, por mais que alguns colegas digam que O PROJETO em si é do EB há fatores a contradizer essa tese, como a discussão sobre motor/transmissão, com o EB querendo um e os Italianos querendo outro: venceu a IVECO! Por que botei esse ponto de exclamação? Alguém ficou surpreso? É um projeto
ESTRANGEIRO, digam o que disserem, sofismem à vontade. E se o EB foi capaz de gerar o Cascavel e o Urutu em seus centros de pesquisa há quase quatro décadas, por que não consegue mais? Emburreceu? Sim, a falecida ENGESA produziu e mesmo aperfeiçoou o projeto original do EB mas foi tudo desenvolvido AQUI, em uma época em que nosso nível tecnológico era muitíssimo menor. Diria que entre aqueles antigos Militares havia uma compreensão muito maior da END do que nos de hoje. E nem havia END para ser compreendida, apenas Nacionalismo e Bom Senso: para quê pagar o desenvolvimento da indústria ESTRANGEIRA se podíamos usar muito melhor esse dinheiro desenvolvendo a
NOSSA? Reais ao invés de dólares/euros? Nos caças nem se fala, a dita 'terceira maior indústria aeronáutica do mundo' não é capaz de desenvolver um CAÇA. Sodas, a LM e a Dassault estão atrás mas fazem isso muito bem. Eu mudaria o termo para 'terceira maior indústria aeronáutica CIVIL do mundo', aí até faria sentido. Seu maior 'voo' na área Militar foi uma participação MINORITÁRIA no AMX, um jato de ataque com sérios problemas de propulsão e sensores. Nem vou falar na Aviação Geral, onde aqui pululam protótipos de aeronaves mas o que se produz e vende em quantidade mesmo é Cessna & congêneres estrangeiros. E a EUROBRÁS nos acena agora com um heli Nacional: talvez um adversário para os Robinson 22/44 e Schweizer 300, que não têm rivais na França. Fora isso só montagem de kits Franceses. Ingenuidade acreditar naquilo de 50% de nacionalização do EC-725, nem com reza forte. O Sikorsky S-92/H-92
JÁ TEM um certo índice de nacionalização e nem por isso foi escolhido. Claro que deve ter pesado o fator de ser oriundo da terra do satanás, que não transfere tecnologias (o que fabricamos deve ser porque temos algum MÉDIUM a serviço de quem lhe produz peças e partes). Nem vou me estender à MB porque o que tange a subs - que já fizemos - e fragatas - que já fizemos - isso já foi tão discutido que nem há mais o que falar, à exceção talvez de que mudar do desenho manual em prancheta para o Autocad/CATIA deve ser terrivelmente difícil, senão impossível. Os subs ainda têm a desculpa de trazerem junto um SSN, é aceitável, mas as escoltas e mesmo NAVIOS-PATRULHA, aí já é brabo de engolir...
Sim,
INVASÕES BÁRBARAS. E, como os Romanos, NÓS é que lhes abrimos os portões...
![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)