Estas guerras, tanto a do Iraque quanto Afeganistão, tem um ponto em comum. A extrema coragem e determinação desses povos. E aqui não vai nenhum elogio ou juízo de valor às causas ou algum viés ideológico. Refiro-me a determinação mesmo. Eles enfrentam as maiores potências militares ocidentais, sofrem baixas significativas, inclusive os paladinos dos direitos humanos (EUA) legalizaram a tortura, e nem assim eles postam-se combalidos. Enfrentam os ocidentais com armas toscas, quase artezanais, e algumas outras anêmicas mas cujos efeitos são potencializados pela ousadia daqueles que âs usam.
Esse proceder não é novo ou único dos povos muçulmanos, a história já o registra há séculos, e algumas décadas atrás o mundo assistiu-a no Vietanm.
Isto deve elevar o ponto de reflexão, das táticas e estratégias, dos nossos chefes militares e suas idéias sobre jogos de guerra e potenciais inimigos. Segundo se propala é a tática da guerrilha e da guerra assimétrica que seria usada contra potenciais - e poderosos - inimigos que nos invadisse. À elas somaria-se os pontos espalhados de abastecimento para os contingentes "errantes" dos combatentes assimétricos.
Contudo, não nos esqueçamos que tropas regulares falharam em todos esses exemplos acima. O que fez-se de positivo à guerrilha de resistência desses exemplos foi o fator de amálgama que os uniu e os manteve assim. Ou seja, para alguns o fanatismo religioso e para outros o ideário ideológico.
E por ca, onde buscaremos nosso fator motivador (fora do fomento patriótico nas casernas)?
Desculpem a digressão. mas sempre fico pasmo com a audácia, coesão e bravura desses malucos. E isto me faz pensar em nosotros.
JP,
teriamos que apelar para o patriotismo mesmo, baseado na ideia que estariamos com tropas estrangeiras invadindo nosso territorio.
Vale lembrar que atualmente as motivações são politicas/religiosas, mas na II Grande Guerra houve o mesmo tipo de resistencia no paises invadidos baseados puramente no sentimento patriotico; acredito que aqui ocorreria algo semelhante.
Basta que eles façam o que eles façam o que sempre fazem e não teremos problemas para criar uma resistencia.
Para quem não viu, eu recomendo o filme "Battle For Haditha", bem melhor (e muito menos popular, logico) que aquela porcaria que ganhou o Oscar...
Carlos Mathias escreveu:Olha, nossa história tem bons exemplos de que quando se tentou invadir nosso país, os brasileiros foram bem encardidos na luta.
Dizem que os franceses e holandeses "cagaram um kilo certo" por aqui.
Não precisa nem invadir. Na Segunda Guerra, quando os alemães afundaram nossos navios mercantes na costa do país, a população saiu as ruas pedindo que o presidente declarasse guerra ao Eixo. E foi isso que aconteceu, fomos pra Itália e voltamos com a vitória!
Pois é senhores, Sapão, CM e Bolovo.
Sapão, não há como deixar de assinalar o patriotismos francês (só para citar um exemplo) compondo a résistance. Contudo a maioria dos maquisards/maquis, e igualmente aos partisans italianos, tinham a motivação ideológica sonhadora comunista esta trazida pelos ventos que varreram a Europa desde antes à IIGG.
CM véio aponta para uma condição interessante: a crueldade na guerra que fabrica heróis anônimos, isto é fato.
O Bolovo cita as manifestações populares (muitas açuladas mestre Bolovo, mas ainda assim genuínas) sobre os acontececimentos antes d enossa entrada no conflito.
Mas o elemento motivador é obrigatório nesses casos.
Só os militares o "treinam" e o "vestem" todos os dias, fazendo dele uma filosofia traduzida em sua profissão.
Creio que grande parte de nossa sociedade perdeu este nexo. No Brasil, infelizmente, só nos lembramos de sermos patriotas quando a seleção de futebol está jogando. Me lembro quando formava todos os dias para cantar o hino nacional frente à nossa bandeira nas "escola primária". Sentíamo-nos todos muito bem com aquela solenidade. Uma vez por mês recebíamos um cabo do CB, da FAB ou do EB para içar a bandeira (eram as corporações militares no bairro onde morávamos).
O patriotismo aqui, ressalvadas boas e honrosas exceções, tornou-se quase motivo de galhofa. Lembro-me que quando fui parar em Tabatinga (fiquei por lá cerca de 4/5 meses) hastei nossa bandeira em frente à casa que ocupávamos em forma de "república". O resultado foi que erámos procurados por alguns moradores que pensavam que lá funcionava uma repartição pública, rssss.
Quer dizer, excetuando-se os militares o que motivará nossa sociedade? Só às crueldades da guerra a motivará? Creio que isto seja um ponto muito alto para o princípio.
Tivemos exemplos motivadores no passado, e até igual aos talibans (Canudos é um forte exemplo), mas os governos deveriam focar mais no lapidar o patriotismos do nosso povo.
Abraços a tds.
Pessoal, essa charla de 'invade pra ver só' meio nadavê: vamos experimentar duas comparações:
Quando o ANTIGO Brasil, ainda colônia de Portugal, era invadido, tinha à disposição um pequeno contingente militar mas outro bem maior de civis acostumados ao uso de armas.
No caso dos Muçulmanos, o AK-47 e o RPG-7 se tornaram muito mais símbolos DELES do que de sues próprios criadores, os Russos.
Mas e uma invasão HOJE, sobre um País com FFAA enfraquecidas e com uma população perante a qual o uso de armas é demonizado, além do que é no máximo .38 ou .380 o calibre que se pode comprar, o que se poderia fazer? Um País com uma ou duas fábricas de munições: seria tipo assim, um par de Tomahawks e kabô-se as balas. Sinto mas não tenho ilusões, temo que um dia o Brasil inteiro irá pagar pelo medo muito maior que seus politicos e militares têm DO PRÓPRIO POVO do que dos ESTRANGEIROS...
“You have to understand, most of these people are not ready to be unplugged. And many of them are so inured, so hopelessly dependent on the system, that they will fight to protect it.”
Um povo que não tem este viés militarista (no bom sentido) no seu DNA não gera este tipo de resistência por muito tempo. E isto se forja na luta, na escola, em casa. Se sente nas ruas e festas quando diante do panteão nacional. O Talha brinca muito, mas tem certas coisas que ele coloca que são a pura verdade. Mas temos que conviver com a eterna sombra do "inimigo interno", que mete medo nas nossas elites de m... Por meda do inimigo interno estaremos à mercê do inimigo externo...