Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
Moderador: Conselho de Moderação
Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
Transcrevo abaixo a entrevista do Cel. Ex. R1 Célio Fregapani, que difere bastante do que habituamos ler e mesmo escrever acerca do caudilho venezuelano. Vale a pena analisar a questão sob outro ponto de vista, nem que seja pra conhecer um pouco mais de História...
Pensamento
DEFESA@NET 24 Fevereiro 2009
Exclusivo Defesa@Net
A Venezuela, nações indígenas em nossa Fronteira,
a crise financeira e as ambições estrangeiras
Coronel Ex R1 Gelio Fregapani
A opinião abaixo vai na contramão do que se publica em nosso país e mesmo no hemisfério ocidental; portanto, se o leitor quiser apenas reforçar convicções já estabelecidas, não perca seu tempo. Entretanto, estando disposto a analisar novos dados ou mesmo a ouvir outros pensamentos, certamente encontrará motivo para reflexão.
Deixo claro que meu único interesse é o bem do nosso Brasil. O fato de ter estado num observatório privilegiado me deu acesso a dados desconhecidos pelo nosso povo e jamais publicados. Estes dados muitas vezes contrariam ao que se pensa.
O que se pensa no País:
A Venezuela representa um perigo para nós, pois está se armando fortemente e é chefiada por um desequilibrado que nutre pretensões hegemônicas e poderá invadir o Brasil sem que tenhamos força para nos opor.
A realidade:
A Venezuela está gravemente ameaçada e precisa urgentemente do apoio ou ao menos da neutralidade do Brasil. Como não lhe é possível, nas circunstâncias atuais, defender-se eficazmente da provável guerra contra a Colômbia apoiada pelos EUA e Guiana, cuida de tornar difícil a ocupação de seu território distribuindo armas á população.
A Venezuela não nos ameaça; ao contrário, por precisar de nós nos corteja de todas as formas e é nossa primeira linha de defesa contra as pretensões dos anglo-saxões em tornar independentes as nossas "nações" indígenas para utilizar seus recursos minerais.
Um pouco de geopolítica
Separando as bacias dos rios Amazonas e Orenoco eleva-se um maciço distinto do escudo brasileiro, que em remotas eras encostou-se a este, onde hoje é a localidade de Óbidos. Esse maciço, apelidado de "Guianense" é de extraordinária potencialidade mineral, reconhecida por todos que o estudaram, contendo em assombrosas quantidades ouro e diamantes, nióbio e tântalo, estanho e alumínio, para citar só alguns. Já foi chamado de Eldorado e de Mundo Perdido.
Em ambos os lados do Maciço formaram-se grandes áreas aluvionais com condições de conter petróleo. Este tem sido encontrado em grande quantidade ao norte, entre o maciço e os Andes, e começa a ser achado também no sul, entre o maciço e o Escudo Brasileiro
Apenas o desconhecimento aliado as grandes florestas e inóspitas savanas que o rodeiam mantiveram-no, por algum tempo, a margem das ambições mais perigosas para os países que compartilhavam da posse.
Um pouco de História
Pelo tratado de Tordesilhas toda a região pertenceu originalmente à Espanha, mas foi intensamente disputada pela Inglaterra e a Holanda no final do século XVI e início do XVII. Em dificuldade de conter seus inimigos no Caribe , durante a União Ibérica o rei Felipe II transferiu o vale do Amazonas da Espanha para Portugal (ele era o rei de ambas as nações). Nós (os luso-brasileiros), que já havíamos vencido os franceses no Maranhão, também vencemos militarmente as forças britânicas e holandesas que se haviam instalado ao longo do Amazonas e afluentes e as expulsamos daquilo que seria a nossa terra. Isto significa que conquistamos a Amazônia aos ingleses, holandeses e franceses. Não aos espanhóis; estes, nossos rivais no Prata, na Amazônia foram nossos parceiros.
No Caribe, os espanhóis não conseguiram manter totalmente suas posses, permanecendo a Holanda e a França com vastas áreas. Em certo momento a Inglaterra e Holanda entraram em conflito e a primeira apoderou-se da parte do território sob domínio holandês, formando a Guiana Inglesa, que no início do século XX nos tomaria a região do Pirara, então produtora de diamantes e hoje também de petróleo.
Os acontecimentos mais recentes
Os ingleses foram os primeiros a descobrir a potencialidade mineral do maciço Guianense (do Amazonas ao Orenoco). Durante décadas sua política não foi apoderar-se das jazidas nem conseguir concessões, mas mantê-las incógnitas para evitar que uma eventual exploração por nós ou outros povos prejudicasse seu domínios sobre essas "comodities". Para isto suas ONGs, - na verdade braços de seu serviço de Inteligência, fomentaram parques ecológicos e reserva indígenas para nos manter afastados. Quando nos aproximávamos - por exemplo das jazidas do Pitinga - chegou a recorrer ao assassinato e a provocar o massacre da expedição. Posteriormente na "Nova República", tornou-se mais fácil conseguir que governos corruptos se encarregassem de retirar garimpeiros e impedir a nossa mineração.
O cenário das mudanças
A enormidade das jazidas e a utilização de minérios raros no resto do Globo reacenderam as ambições dos tempos antigos; a exploração das jazidas do Pitinga pela brasileira Paranapanema quebrou o cartel do Estanho e assustou o do Ouro. Ambos injetaram recursos nas ONGs ambientalistas e indigenistas. Era o início da "guerra". Agora valia tudo.
Com o tempo tornou-se evidente que a crise financeira acabaria por estourar; que a quantidade dólar, impresso e criado eletronicamente teria que perder o valor, pois não haveria no mundo bens equivalentes àquele dinheiro.
Tornou-se óbvio; as grandes somas em dólares da China, India, Japão e Arábias teriam que perder o valor. Os Estados Unidos, que haviam exportado suas fábricas teriam que voltar a produzir em seu território, pois não mais adiantaria pintar papel e trocá-lo por produtos de uso comum. (buy american). Os Estados Unidos entenderam que necessitariam de matérias primas. Auto-suficientes em alimentos, não o são em petróleo nem em minérios estratégicos. Caso não mais seja aceito seu dinheiro e necessitem para viver, procurarão tomar. De mãos dadas com a Inglaterra e Holanda e outros de seus aliados que estiverem sofrendo também com a crise. Não os censuremos demasiadamente; qualquer povo em circunstâncias idênticas tenderia a agir como supomos que agirão.
O que podemos esperar do futuro?
Não sabemos, mas sabemos o que não podemos esperar: Paz e segurança.
O Mundo estará conturbado. As nações que necessitarem de matérias primas e não puderem comprar (por causa do calote) tentarão tomar. Por não ter para quem vender, a produção cairá e o número de empregos também. Haverá fome e convulsões sociais. Será grande a disputa por comida e pelas matérias primas que escassearem. Os tigres asiáticos e outros que vivem de exportar produtos industrializados para ao Estados Unidos tendem e implodir em meio de guerras, revoluções e genocídios. Os detentores de petróleo, minerais estratégicos e produtores de víveres sofrerão pressões de toda espécie, incluindo a tomada dos bens a "manu militari"
Claro, é melhor tomar sem luta. Isto explica a guerra de Quarta Geração (a conquista sem guerra), que caminhava bem sucedida até a resistência na Raposa- Serra do Sol, e a declaração do general Heleno, que despertaram o País para o perigo.
Recordando os passos da Guerra de Quarta geração (a conquista sem luta)
1- identificação das jazidas
2- criação de parques ecológicos ou missões religiosas sobre as jazidas
3- atrair índios para as missões e pagar falsos laudos antropológicos
4- demarcar as terras indígenas e conseguir a homologação
5- colocar na constituição que tratados e convenções internacionais assinados pelo Brasil e homologados pelo Congresso serão incorporados a Constituição, sendo superiores às leis comuns
6- conseguir que fosse assinado pelo Itamarati a Convenção dos Direitos dos Povos Indígenas, que na prática lhes concede soberania
(ISTO TUDO JÁ FOI FEITO!)
7- conseguir a homologação da Convenção no Congresso
(AGORA DESPERTAMOS. NÃO FOI NEM SERÁ FEITO)
Após esta fase, teríamos a declaração de independência, a contratação de mercenários (Blackwaters) para a defesa e o apoio militar americano se necessário, mas seria esperado que o Brasil, tendo perdido as condições jurídicas, reagisse muito fracamente
A resistência na Raposa e a declaração do gen. Heleno desmancharam a esperança americana de conquista sem luta; mas se quisermos evitá-la ou vencer, temos que nos preparar.
Cenário hipotético no futuro (pós declaração do gen. Heleno)
Sabemos que a principal carência norte-americana é o petróleo. Assistimos o que acontece no Iraque. Qualquer analista enxerga claramente que as jazidas mais fáceis de tomar são as do golfo de Maracaíbo, ainda da Venezuela, mas de certa forma reclamadas pela Colômbia. É evidente a demonização da Venezuela por parte da imprensa americana e de quem foi na onda, numa preparação, entre nós, idêntica àquela que conduziu o nosso País a entrar na guerra contra a Alemanha.
Pelo evoluir dos acontecimentos, pode acontecer uma guerra entre a Venezuela e a Colômbia, esta última apoiada pelos Estados Unidos desde que garanta o fornecimento do petróleo. Tudo indica que uma coalizão EUA - Colômbia venceria a guerra em 15 dias e naturalmente o Chavez seria derrubado (talvez enforcado, como o Sadam).
Conquistada a região do golfo de Maracaíbo, a Colômbia tangenciaria a área ianomâmi venezuelana, contígua a área ianomâmi no Brasil. Lembremo-nos que a área ianomâmi em nosso território já é independente de fato; com hino, bandeira, presidente, congresso, limites e leis próprias. Na área venezuelana isto não existe, pois lá o Chávez impede.
Derrubado o Chávez, nada mais impedirá a união das duas áreas, que reivindicará a independência, um novo Curdistão sul-americano, só que este com o apoio estadunidense, que assim teria garantido o suprimento de minérios estratégicos.
Certamente, neste cenário, ainda teremos outros problemas; haverá convulsões sociais com o desemprego causado pela diminuição das importações, e isto enfraquecerá nossa resistência ao estrangeiro. A exclusividade das jazidas do pré-sal já está sendo contestada além das 200 milhas, e as próprias plataformas podem ser tomadas.
Neste cenário pessimista, que gostaríamos nunca aconteça, não é inteligente nos opormos ao dirigente venezuelano por sua oposição aos Estados Unidos.
Geopoliticamente, interessa ao Brasil que ele prejudique os planos anglo-americanos de dominação, e que, na pior hipótese, atraia para si as atenções. Ao contrario do veiculado, ele tem apoiado a campanha para evitar a entrega da Raposa às ONGs; até ameaçando cortar a luz que vem da Venezuela (pois a ONG CIR impede a construção de hidrelétricas) , caso a área seja entregue às ONGs estrangeiras.
Pouco nos interessa que ele queira se perpetuar no governo ou se fala em socialismo bolivariano; seus patrícios que decidam. Tentemos decidir certo com os nossos dirigentes, tarefa nada fácil.
Isto tudo não me torna partidário do Chavez nem de ninguém. Pensemos apenas na nossa Pátria! Entre os cenários remotos, mas não impossíveis, existe o de um conflito entre nós e a Venezuela seja criado pela personalidade megalômana do Chavez ou pela cegueira de nossa política exterior, em apoiar a Guiana (leia-se EUA) em seu contencioso territorial.
A diferença de potencial evidencia a falta de lógica deste cenário, e dois fatores afastam a probabilidade de um conflito assim:
1- países mais fracos não provocam guerras, defendem-se caso atacados ou pressionados ao extremo.
2- O nosso País não tem a menor intenção de atacar ou pressionar para obter alguma vantagem nem a Venezuela nem a qualquer outra nação.
Poderia ser dito: a diferença de potencial deles para os EUA não é ainda maior? Eles não cogitam de guerra, mesmo tendo contra si mais a Colômbia e a Guiana? Sim, mas apenas de defender seu território e suas riquezas naturais. Nem Chávez nem ninguém na Venezuela nem em qualquer país do mundo seria louco em pensar atacar os Estados Unidos.
- E o Japão, poderia ser perguntado. Já não o fez uma vez?
Certo. Extremamente pressionado. Estudando história a fundo talvez cheguemos a conclusão que não teve outra alternativa a não ser a rendição sem luta.
Conclusão
A evolução da crise econômico-financeira tende a conduzir a uma abruta queda do valor do dólar, ou mesmo sua substituição por outra moeda visando a perda de valor das reservas em dólares dos países que, por fabricarem mais barato ou por dominarem a produção de petróleo, acumularam mais moeda americana do que bens existentes nos EUA.
Além da perda das reservas acumuladas, esta espécie de "calote" desmancharia a economia dos países que vivem de exportar para os EUA trará reflexos em todo o mundo, que poderão desembocar em guerras, convulsões sociais cuja amplitude e alcance não podem ser inteiramente avaliadas.
Uma das conseqüências previsíveis é a interrupção das importações dos Estados Unidos, que voltaria a fabricar em seu território o que hoje compra dos povos com mão de obra barata. Entretanto, petróleo e minérios estratégicos necessitarão trazer de fora. Não os podendo comprar, procurarão tomar. É uma questão de sobrevivência.
Ressalta aos olhos de quem estudar o assunto, o interesse norte-americano pelo petróleo venezuelano e pelos minerais das serras que separam o Brasil daquele país.
A maneira mais fácil de conseguir o petróleo é através de uma guerra entre a Colômbia e a Venezuela. A maneira mais fácil de conseguir os minerais estratégicos é tornar independentes certas terras indígenas do Brasil e controlar os seus governos. Evidenciam-se as manobras para conseguir ambos os intentos.
A Venezuela reage a seu modo. O nosso Brasil ensaia a reação.
A História parece se repetir; Novamente estamos do mesmo lado dos (descendentes dos) espanhóis contra as ambições dos anglo-saxões agora representados pelos EUA, Reino Unido e seus aliados, principalmente a Holanda. Tal como no século XVII a Inglaterra ajudou a desfazer a União Ibérica, agora tenta afastar o Brasil da Venezuela. Assim ficaria mais fácil a tomada por partes.
Uma vez derrubado o sustentáculo da reação venezuelana, o Chávez, as pressões para a independência das reservas indígenas tenderiam a aumentar de muito. Apesar de suas "loucuras" do Chavez, a Venezuela é a primeira linha de defesa da nossa integridade territorial. Não hostilizá-la é questão de bom senso
Pensamento
DEFESA@NET 24 Fevereiro 2009
Exclusivo Defesa@Net
A Venezuela, nações indígenas em nossa Fronteira,
a crise financeira e as ambições estrangeiras
Coronel Ex R1 Gelio Fregapani
A opinião abaixo vai na contramão do que se publica em nosso país e mesmo no hemisfério ocidental; portanto, se o leitor quiser apenas reforçar convicções já estabelecidas, não perca seu tempo. Entretanto, estando disposto a analisar novos dados ou mesmo a ouvir outros pensamentos, certamente encontrará motivo para reflexão.
Deixo claro que meu único interesse é o bem do nosso Brasil. O fato de ter estado num observatório privilegiado me deu acesso a dados desconhecidos pelo nosso povo e jamais publicados. Estes dados muitas vezes contrariam ao que se pensa.
O que se pensa no País:
A Venezuela representa um perigo para nós, pois está se armando fortemente e é chefiada por um desequilibrado que nutre pretensões hegemônicas e poderá invadir o Brasil sem que tenhamos força para nos opor.
A realidade:
A Venezuela está gravemente ameaçada e precisa urgentemente do apoio ou ao menos da neutralidade do Brasil. Como não lhe é possível, nas circunstâncias atuais, defender-se eficazmente da provável guerra contra a Colômbia apoiada pelos EUA e Guiana, cuida de tornar difícil a ocupação de seu território distribuindo armas á população.
A Venezuela não nos ameaça; ao contrário, por precisar de nós nos corteja de todas as formas e é nossa primeira linha de defesa contra as pretensões dos anglo-saxões em tornar independentes as nossas "nações" indígenas para utilizar seus recursos minerais.
Um pouco de geopolítica
Separando as bacias dos rios Amazonas e Orenoco eleva-se um maciço distinto do escudo brasileiro, que em remotas eras encostou-se a este, onde hoje é a localidade de Óbidos. Esse maciço, apelidado de "Guianense" é de extraordinária potencialidade mineral, reconhecida por todos que o estudaram, contendo em assombrosas quantidades ouro e diamantes, nióbio e tântalo, estanho e alumínio, para citar só alguns. Já foi chamado de Eldorado e de Mundo Perdido.
Em ambos os lados do Maciço formaram-se grandes áreas aluvionais com condições de conter petróleo. Este tem sido encontrado em grande quantidade ao norte, entre o maciço e os Andes, e começa a ser achado também no sul, entre o maciço e o Escudo Brasileiro
Apenas o desconhecimento aliado as grandes florestas e inóspitas savanas que o rodeiam mantiveram-no, por algum tempo, a margem das ambições mais perigosas para os países que compartilhavam da posse.
Um pouco de História
Pelo tratado de Tordesilhas toda a região pertenceu originalmente à Espanha, mas foi intensamente disputada pela Inglaterra e a Holanda no final do século XVI e início do XVII. Em dificuldade de conter seus inimigos no Caribe , durante a União Ibérica o rei Felipe II transferiu o vale do Amazonas da Espanha para Portugal (ele era o rei de ambas as nações). Nós (os luso-brasileiros), que já havíamos vencido os franceses no Maranhão, também vencemos militarmente as forças britânicas e holandesas que se haviam instalado ao longo do Amazonas e afluentes e as expulsamos daquilo que seria a nossa terra. Isto significa que conquistamos a Amazônia aos ingleses, holandeses e franceses. Não aos espanhóis; estes, nossos rivais no Prata, na Amazônia foram nossos parceiros.
No Caribe, os espanhóis não conseguiram manter totalmente suas posses, permanecendo a Holanda e a França com vastas áreas. Em certo momento a Inglaterra e Holanda entraram em conflito e a primeira apoderou-se da parte do território sob domínio holandês, formando a Guiana Inglesa, que no início do século XX nos tomaria a região do Pirara, então produtora de diamantes e hoje também de petróleo.
Os acontecimentos mais recentes
Os ingleses foram os primeiros a descobrir a potencialidade mineral do maciço Guianense (do Amazonas ao Orenoco). Durante décadas sua política não foi apoderar-se das jazidas nem conseguir concessões, mas mantê-las incógnitas para evitar que uma eventual exploração por nós ou outros povos prejudicasse seu domínios sobre essas "comodities". Para isto suas ONGs, - na verdade braços de seu serviço de Inteligência, fomentaram parques ecológicos e reserva indígenas para nos manter afastados. Quando nos aproximávamos - por exemplo das jazidas do Pitinga - chegou a recorrer ao assassinato e a provocar o massacre da expedição. Posteriormente na "Nova República", tornou-se mais fácil conseguir que governos corruptos se encarregassem de retirar garimpeiros e impedir a nossa mineração.
O cenário das mudanças
A enormidade das jazidas e a utilização de minérios raros no resto do Globo reacenderam as ambições dos tempos antigos; a exploração das jazidas do Pitinga pela brasileira Paranapanema quebrou o cartel do Estanho e assustou o do Ouro. Ambos injetaram recursos nas ONGs ambientalistas e indigenistas. Era o início da "guerra". Agora valia tudo.
Com o tempo tornou-se evidente que a crise financeira acabaria por estourar; que a quantidade dólar, impresso e criado eletronicamente teria que perder o valor, pois não haveria no mundo bens equivalentes àquele dinheiro.
Tornou-se óbvio; as grandes somas em dólares da China, India, Japão e Arábias teriam que perder o valor. Os Estados Unidos, que haviam exportado suas fábricas teriam que voltar a produzir em seu território, pois não mais adiantaria pintar papel e trocá-lo por produtos de uso comum. (buy american). Os Estados Unidos entenderam que necessitariam de matérias primas. Auto-suficientes em alimentos, não o são em petróleo nem em minérios estratégicos. Caso não mais seja aceito seu dinheiro e necessitem para viver, procurarão tomar. De mãos dadas com a Inglaterra e Holanda e outros de seus aliados que estiverem sofrendo também com a crise. Não os censuremos demasiadamente; qualquer povo em circunstâncias idênticas tenderia a agir como supomos que agirão.
O que podemos esperar do futuro?
Não sabemos, mas sabemos o que não podemos esperar: Paz e segurança.
O Mundo estará conturbado. As nações que necessitarem de matérias primas e não puderem comprar (por causa do calote) tentarão tomar. Por não ter para quem vender, a produção cairá e o número de empregos também. Haverá fome e convulsões sociais. Será grande a disputa por comida e pelas matérias primas que escassearem. Os tigres asiáticos e outros que vivem de exportar produtos industrializados para ao Estados Unidos tendem e implodir em meio de guerras, revoluções e genocídios. Os detentores de petróleo, minerais estratégicos e produtores de víveres sofrerão pressões de toda espécie, incluindo a tomada dos bens a "manu militari"
Claro, é melhor tomar sem luta. Isto explica a guerra de Quarta Geração (a conquista sem guerra), que caminhava bem sucedida até a resistência na Raposa- Serra do Sol, e a declaração do general Heleno, que despertaram o País para o perigo.
Recordando os passos da Guerra de Quarta geração (a conquista sem luta)
1- identificação das jazidas
2- criação de parques ecológicos ou missões religiosas sobre as jazidas
3- atrair índios para as missões e pagar falsos laudos antropológicos
4- demarcar as terras indígenas e conseguir a homologação
5- colocar na constituição que tratados e convenções internacionais assinados pelo Brasil e homologados pelo Congresso serão incorporados a Constituição, sendo superiores às leis comuns
6- conseguir que fosse assinado pelo Itamarati a Convenção dos Direitos dos Povos Indígenas, que na prática lhes concede soberania
(ISTO TUDO JÁ FOI FEITO!)
7- conseguir a homologação da Convenção no Congresso
(AGORA DESPERTAMOS. NÃO FOI NEM SERÁ FEITO)
Após esta fase, teríamos a declaração de independência, a contratação de mercenários (Blackwaters) para a defesa e o apoio militar americano se necessário, mas seria esperado que o Brasil, tendo perdido as condições jurídicas, reagisse muito fracamente
A resistência na Raposa e a declaração do gen. Heleno desmancharam a esperança americana de conquista sem luta; mas se quisermos evitá-la ou vencer, temos que nos preparar.
Cenário hipotético no futuro (pós declaração do gen. Heleno)
Sabemos que a principal carência norte-americana é o petróleo. Assistimos o que acontece no Iraque. Qualquer analista enxerga claramente que as jazidas mais fáceis de tomar são as do golfo de Maracaíbo, ainda da Venezuela, mas de certa forma reclamadas pela Colômbia. É evidente a demonização da Venezuela por parte da imprensa americana e de quem foi na onda, numa preparação, entre nós, idêntica àquela que conduziu o nosso País a entrar na guerra contra a Alemanha.
Pelo evoluir dos acontecimentos, pode acontecer uma guerra entre a Venezuela e a Colômbia, esta última apoiada pelos Estados Unidos desde que garanta o fornecimento do petróleo. Tudo indica que uma coalizão EUA - Colômbia venceria a guerra em 15 dias e naturalmente o Chavez seria derrubado (talvez enforcado, como o Sadam).
Conquistada a região do golfo de Maracaíbo, a Colômbia tangenciaria a área ianomâmi venezuelana, contígua a área ianomâmi no Brasil. Lembremo-nos que a área ianomâmi em nosso território já é independente de fato; com hino, bandeira, presidente, congresso, limites e leis próprias. Na área venezuelana isto não existe, pois lá o Chávez impede.
Derrubado o Chávez, nada mais impedirá a união das duas áreas, que reivindicará a independência, um novo Curdistão sul-americano, só que este com o apoio estadunidense, que assim teria garantido o suprimento de minérios estratégicos.
Certamente, neste cenário, ainda teremos outros problemas; haverá convulsões sociais com o desemprego causado pela diminuição das importações, e isto enfraquecerá nossa resistência ao estrangeiro. A exclusividade das jazidas do pré-sal já está sendo contestada além das 200 milhas, e as próprias plataformas podem ser tomadas.
Neste cenário pessimista, que gostaríamos nunca aconteça, não é inteligente nos opormos ao dirigente venezuelano por sua oposição aos Estados Unidos.
Geopoliticamente, interessa ao Brasil que ele prejudique os planos anglo-americanos de dominação, e que, na pior hipótese, atraia para si as atenções. Ao contrario do veiculado, ele tem apoiado a campanha para evitar a entrega da Raposa às ONGs; até ameaçando cortar a luz que vem da Venezuela (pois a ONG CIR impede a construção de hidrelétricas) , caso a área seja entregue às ONGs estrangeiras.
Pouco nos interessa que ele queira se perpetuar no governo ou se fala em socialismo bolivariano; seus patrícios que decidam. Tentemos decidir certo com os nossos dirigentes, tarefa nada fácil.
Isto tudo não me torna partidário do Chavez nem de ninguém. Pensemos apenas na nossa Pátria! Entre os cenários remotos, mas não impossíveis, existe o de um conflito entre nós e a Venezuela seja criado pela personalidade megalômana do Chavez ou pela cegueira de nossa política exterior, em apoiar a Guiana (leia-se EUA) em seu contencioso territorial.
A diferença de potencial evidencia a falta de lógica deste cenário, e dois fatores afastam a probabilidade de um conflito assim:
1- países mais fracos não provocam guerras, defendem-se caso atacados ou pressionados ao extremo.
2- O nosso País não tem a menor intenção de atacar ou pressionar para obter alguma vantagem nem a Venezuela nem a qualquer outra nação.
Poderia ser dito: a diferença de potencial deles para os EUA não é ainda maior? Eles não cogitam de guerra, mesmo tendo contra si mais a Colômbia e a Guiana? Sim, mas apenas de defender seu território e suas riquezas naturais. Nem Chávez nem ninguém na Venezuela nem em qualquer país do mundo seria louco em pensar atacar os Estados Unidos.
- E o Japão, poderia ser perguntado. Já não o fez uma vez?
Certo. Extremamente pressionado. Estudando história a fundo talvez cheguemos a conclusão que não teve outra alternativa a não ser a rendição sem luta.
Conclusão
A evolução da crise econômico-financeira tende a conduzir a uma abruta queda do valor do dólar, ou mesmo sua substituição por outra moeda visando a perda de valor das reservas em dólares dos países que, por fabricarem mais barato ou por dominarem a produção de petróleo, acumularam mais moeda americana do que bens existentes nos EUA.
Além da perda das reservas acumuladas, esta espécie de "calote" desmancharia a economia dos países que vivem de exportar para os EUA trará reflexos em todo o mundo, que poderão desembocar em guerras, convulsões sociais cuja amplitude e alcance não podem ser inteiramente avaliadas.
Uma das conseqüências previsíveis é a interrupção das importações dos Estados Unidos, que voltaria a fabricar em seu território o que hoje compra dos povos com mão de obra barata. Entretanto, petróleo e minérios estratégicos necessitarão trazer de fora. Não os podendo comprar, procurarão tomar. É uma questão de sobrevivência.
Ressalta aos olhos de quem estudar o assunto, o interesse norte-americano pelo petróleo venezuelano e pelos minerais das serras que separam o Brasil daquele país.
A maneira mais fácil de conseguir o petróleo é através de uma guerra entre a Colômbia e a Venezuela. A maneira mais fácil de conseguir os minerais estratégicos é tornar independentes certas terras indígenas do Brasil e controlar os seus governos. Evidenciam-se as manobras para conseguir ambos os intentos.
A Venezuela reage a seu modo. O nosso Brasil ensaia a reação.
A História parece se repetir; Novamente estamos do mesmo lado dos (descendentes dos) espanhóis contra as ambições dos anglo-saxões agora representados pelos EUA, Reino Unido e seus aliados, principalmente a Holanda. Tal como no século XVII a Inglaterra ajudou a desfazer a União Ibérica, agora tenta afastar o Brasil da Venezuela. Assim ficaria mais fácil a tomada por partes.
Uma vez derrubado o sustentáculo da reação venezuelana, o Chávez, as pressões para a independência das reservas indígenas tenderiam a aumentar de muito. Apesar de suas "loucuras" do Chavez, a Venezuela é a primeira linha de defesa da nossa integridade territorial. Não hostilizá-la é questão de bom senso
"Há homens que lutam um dia e são bons; Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida, e estes são imprescindíveis".
(Bertold Brecht)
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Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
Creio que há muita verdade aí, mas perguntaria ao Cel. Fregapani:
Há uma crise das brabas com os EUA no epicentro. Bueno, guerras custam dinheiro, quem os iria financiar para nos invadir? Com o quê? Já estouraram faz horas sua capacidade de endividamento e seu povo parece exausto de guerras piratas. Ademais, uma kôza seria atacar e ocupar a Amazônia, outra seria extrair seus recursos em um ambiente de guerra assimétrica no qual somos os tales. Um projeto de exploração para ser devidamente implementado, pagar-se e gerar lucros leva anos e anos, na primeira metade desta década isso me pareceria factível, hoje estariam começando a colher os frutos...
Colômbia x Venezuela? A Colômbia é indubitavelmente mais forte por terra (tropas mais numerosas e muito mais experientes) mas muito mais fraca no ar. Se os ianques tivessem pressurosamente atendido às suas aspirações por caças modernos e acrescentado helis de ataque e AAAe poderosa ainda daria para acreditar...
Além disso, não creio que seria politicamente ponto a favor de Obama OUTRA invasão tão parecida com um assalto a mão armada, no melhor estilo do Presidente mais impopular de todos os tempos que eles (os EUA) já tiveram...


Além disso, não creio que seria politicamente ponto a favor de Obama OUTRA invasão tão parecida com um assalto a mão armada, no melhor estilo do Presidente mais impopular de todos os tempos que eles (os EUA) já tiveram...
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Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
Penso que a Venezuela não tentaria uma invasão ao Brasil, sabe que os EUA não tem interesse em invadi-los, sobram duas opções uma guerra com a Colômbia com as questões citadas pelo Túlio ou uma invasão a Guiana ou Trindade (não entendo como essa ilhota não faz parte da Venezuela), é mais provável uma guerra contra a Guiana, pois contra a Colômbia perderiam o principal fornecedor de alimentos.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
Essa reportagem me fez enxergar Hugo Chavez com outros olhos, não que eu tenha me abraçado a sua causa socialista bolivariana, que considero ridicula, mas fez reforçar algo que sempre achei, que de burro ele não tem nada, apesar da sua personalidade
Mas levando em consideração o cenário descrito no artigo, vejo quanta dor de cabeça que nossos estrategistas devem estar passando, principamente por falta de recursos para uma intervenção efetiva nos piores cenarios. Não acredito que nosso governo seja estupido demais para se entregar (ou melhor, se entregar tanto) aos interresses de quem quer seja, porem acredito, infelizmente, que o governo, o estado e a opinião publica vai aprender isso tarde demais - quando o pior acontecer é que vão começar a trabalahr.
Enfim, seja qual for o cenário, o Brasil deve mostrar sua força na AL ( não necessariamente força militar ) e defender primeiramente nossos interesses e não praticar politicas de dominação como dos EUA.
Mas levando em consideração o cenário descrito no artigo, vejo quanta dor de cabeça que nossos estrategistas devem estar passando, principamente por falta de recursos para uma intervenção efetiva nos piores cenarios. Não acredito que nosso governo seja estupido demais para se entregar (ou melhor, se entregar tanto) aos interresses de quem quer seja, porem acredito, infelizmente, que o governo, o estado e a opinião publica vai aprender isso tarde demais - quando o pior acontecer é que vão começar a trabalahr.
Enfim, seja qual for o cenário, o Brasil deve mostrar sua força na AL ( não necessariamente força militar ) e defender primeiramente nossos interesses e não praticar politicas de dominação como dos EUA.
Paz entre Nós, Guerra aos senhores!
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Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
O artigome chamou a atenção o seguinte paragrafo.
"Lembremo-nos que a área ianomâmi em nosso território já é independente de fato; com hino, bandeira, presidente, congresso, limites e leis próprias. Na área venezuelana isto não existe, pois lá o Chávez impede."
Alguem poderia confirmar a veracidade destes fatos.
O que o EB e o Governo federal dizem
"Lembremo-nos que a área ianomâmi em nosso território já é independente de fato; com hino, bandeira, presidente, congresso, limites e leis próprias. Na área venezuelana isto não existe, pois lá o Chávez impede."
Alguem poderia confirmar a veracidade destes fatos.


O que o EB e o Governo federal dizem

Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
O artigo abaixo foi publicado em 1999. Mas, lendo-o, vê-se que muito do conteúdo permanece bastante atual, até de vanguarda para alguns.
A República Ianomâmi
Ruy de Paula Couto
Revista do Clube Militar
Novembro/1999
A respeito dos chamados Ianomâmis, convém iniciarmos lembrando a inexistência de tribo com tal denominação em território brasileiro, pelo menos até o ato de nosso Governo Federal que assim denominou os remanescentes de diversas tribos locais, perfazendo um total de cerca de seis mil indivíduos.
Essa foi a conclusão de indianistas e estudiosos da área amazônica, como o saudoso Cel Carlos Alberto Menna Barreto, que exerceu vários comandos na fronteira e, posteriormente, foi Secretário de Segurança do Estado de Roraima. Havendo passado cerca de dez anos pesquisando os assuntos daquela região, percorreu inteiramente a área dita Ianomâmi, onde apenas encontrou grupos esparsos de índios, com línguas, costumes e até tipos físicos diferentes, mas nenhuma, entre as dezoito tribos relacionadas, com a denominação “Ianomâmi”.
Após minuciosas pesquisas, escreveu o livro “A Farsa Ianomâmi”, publicado pela Biblioteca do Exército, afirma que “a tribo Ianomâmi não passa de história de ficção ou de uma farsa”, parecendo que esses grupos esparsos, por “interesses inconfessáveis estão sendo relacionados sob o mesmo rótulo de Ianomâmi” e naturalmente instruídos posteriormente, para que confirmem essa denominação.
Apesar disso, o Presidente da República da época, recebendo pressão dos E.U.A., conforme foi noticiado, determinou a demarcação do imenso território de 94000 km2 e, para cúmulo, deu a denominação de “nação”, como se fosse possível haver outra nação dentro da Nação Brasileira.
Esse ato, que afronta a soberania nacional, atendeu aos interessados na internacionalização da Amazônia, que agora podem clamar pela libertação do “povo dominado e espoliado” pelo BRASIL.
Já existem fatos concretos que demonstram claramente que tudo foi obra de bem montada manobra internacional visando ao futuro desmembramento da nossa Amazônia. A revista “A Defesa Nacional”, em seu número do 2o trimestre de 1996, publica interessante artigo de autoria de Gilberto Paim sob o título “Sobre a República Socialista Ianomâmi”, no qual comenta:
“Há algum tempo, encontram-se em discussão específicos da situação de algumas populações indígenas na região Norte. Examina-se, em particular, a questão das vastas extensões oficialmente definidas como terras indígenas, em favor de grupamentos ianomâmis, nas reservas para eles deferidas no Amazonas e em Roraima".
Podemos considerar ridículo o chamado “Governo da República Socialista Ianomâmi”, formado no exterior, que tem como presidente um cidadão americano, Mr. Charles Dunbar, nascido em Conneticut e “naturalizado” ianomâmi. O vice-presidente é alemão, e os ministros pertencem a várias nacionalidades. Faz parte do governo um índio, Akatoa, supostamente de origem ianomâmi. Para completar o ridículo, a República Socialista Ianomâmi tem um “parlamento” composto de 18 membros. Não obstante seus aspectos risíveis, o Brasil não pode ficar indiferente a iniciativas como a dessa República que tem um governo no exílio.
Para completar a farsa, esse governo até emite passaporte. O Governador Neudo Ribeiro Campos, de Roraima, em outubro de 1996, durante o III Encontro Nacional de estudos Estratégicos, realizado no Rio de Janeiro, mostrou um passaporte expedido pela “Nação Ianomâmi”, demonstrando claramente que pretendem fazer com que o governo dessa “nação” se apresente como um fato real, com vida própria.
Podemos afirmar que nada tem de ridículo a criação desse “governo exilado”, pois tudo demonstra que está dentro de manobra internacional, muito bem planejada e em plena execução, visando a conseguir, ou pelo menos, a tentar apossar-se dos 94.000 km2, em território brasileiro, ao qual somam-se outros 83.000 km2 na Venezuela, totalizando 177.000 km2, pois, conforme preconizam os “verdes”, deve ser mantida a unidade territorial indígena, e tudo seria facilitado pela inexistência de linha divisória perfeitamente demarcada na região.
Todos os atos demarcatórios parecem haver sido comandados do exterior, contando com o apoio de entreguistas, que tudo facilitam para que sejam feitas essas exageradas delimitações de áreas, onde supostamente viveriam indígenas, através de simples portarias do Ministério da Justiça, sem que tivessem sido ouvidos os órgãos responsáveis, como o Congresso e o Conselho de Defesa Nacional.
A qualquer momento, pode ser desencadeada uma campanha, bem orquestrada, pela independência dessa “pobre nação, subjugada e explorada” , como alegarão, pela Nação Brasileira, e isso terá pleno apoio da ONU e do Grupo dos Sete.
Que espera nosso Governo para eliminar essa manobra, anulando a denominação de “nação”, conferida a essa descomunal reserva?
Atualmente o narcotráfico está permitindo uma grande ingerência externa na situação interna da Colômbia, não estando descartada a intervenção militar, como foi proposto pelos E.U.A., por parte de um grupo de países, “vizinhos ou simplesmente relacionados política e economicamente” (!?). A situação de uma força militar dessa natureza na fronteira do BRASIL acarretará problemas muito sérios, pois, em tal caso, esbarrarão com as FARC que procurarem refúgio no lado de cá? A nossa guarnição militar na região terá condições para garantir a inviolabilidade do território nacional?
Uma ação dessas demonstraria a facilidade com que poderão ser feitas outras, inclusive para apoiar a “independência” da “República Socialista Ianomâmi”.
A República Ianomâmi
Ruy de Paula Couto
Revista do Clube Militar
Novembro/1999
A respeito dos chamados Ianomâmis, convém iniciarmos lembrando a inexistência de tribo com tal denominação em território brasileiro, pelo menos até o ato de nosso Governo Federal que assim denominou os remanescentes de diversas tribos locais, perfazendo um total de cerca de seis mil indivíduos.
Essa foi a conclusão de indianistas e estudiosos da área amazônica, como o saudoso Cel Carlos Alberto Menna Barreto, que exerceu vários comandos na fronteira e, posteriormente, foi Secretário de Segurança do Estado de Roraima. Havendo passado cerca de dez anos pesquisando os assuntos daquela região, percorreu inteiramente a área dita Ianomâmi, onde apenas encontrou grupos esparsos de índios, com línguas, costumes e até tipos físicos diferentes, mas nenhuma, entre as dezoito tribos relacionadas, com a denominação “Ianomâmi”.
Após minuciosas pesquisas, escreveu o livro “A Farsa Ianomâmi”, publicado pela Biblioteca do Exército, afirma que “a tribo Ianomâmi não passa de história de ficção ou de uma farsa”, parecendo que esses grupos esparsos, por “interesses inconfessáveis estão sendo relacionados sob o mesmo rótulo de Ianomâmi” e naturalmente instruídos posteriormente, para que confirmem essa denominação.
Apesar disso, o Presidente da República da época, recebendo pressão dos E.U.A., conforme foi noticiado, determinou a demarcação do imenso território de 94000 km2 e, para cúmulo, deu a denominação de “nação”, como se fosse possível haver outra nação dentro da Nação Brasileira.
Esse ato, que afronta a soberania nacional, atendeu aos interessados na internacionalização da Amazônia, que agora podem clamar pela libertação do “povo dominado e espoliado” pelo BRASIL.
Já existem fatos concretos que demonstram claramente que tudo foi obra de bem montada manobra internacional visando ao futuro desmembramento da nossa Amazônia. A revista “A Defesa Nacional”, em seu número do 2o trimestre de 1996, publica interessante artigo de autoria de Gilberto Paim sob o título “Sobre a República Socialista Ianomâmi”, no qual comenta:
“Há algum tempo, encontram-se em discussão específicos da situação de algumas populações indígenas na região Norte. Examina-se, em particular, a questão das vastas extensões oficialmente definidas como terras indígenas, em favor de grupamentos ianomâmis, nas reservas para eles deferidas no Amazonas e em Roraima".
Podemos considerar ridículo o chamado “Governo da República Socialista Ianomâmi”, formado no exterior, que tem como presidente um cidadão americano, Mr. Charles Dunbar, nascido em Conneticut e “naturalizado” ianomâmi. O vice-presidente é alemão, e os ministros pertencem a várias nacionalidades. Faz parte do governo um índio, Akatoa, supostamente de origem ianomâmi. Para completar o ridículo, a República Socialista Ianomâmi tem um “parlamento” composto de 18 membros. Não obstante seus aspectos risíveis, o Brasil não pode ficar indiferente a iniciativas como a dessa República que tem um governo no exílio.
Para completar a farsa, esse governo até emite passaporte. O Governador Neudo Ribeiro Campos, de Roraima, em outubro de 1996, durante o III Encontro Nacional de estudos Estratégicos, realizado no Rio de Janeiro, mostrou um passaporte expedido pela “Nação Ianomâmi”, demonstrando claramente que pretendem fazer com que o governo dessa “nação” se apresente como um fato real, com vida própria.
Podemos afirmar que nada tem de ridículo a criação desse “governo exilado”, pois tudo demonstra que está dentro de manobra internacional, muito bem planejada e em plena execução, visando a conseguir, ou pelo menos, a tentar apossar-se dos 94.000 km2, em território brasileiro, ao qual somam-se outros 83.000 km2 na Venezuela, totalizando 177.000 km2, pois, conforme preconizam os “verdes”, deve ser mantida a unidade territorial indígena, e tudo seria facilitado pela inexistência de linha divisória perfeitamente demarcada na região.
Todos os atos demarcatórios parecem haver sido comandados do exterior, contando com o apoio de entreguistas, que tudo facilitam para que sejam feitas essas exageradas delimitações de áreas, onde supostamente viveriam indígenas, através de simples portarias do Ministério da Justiça, sem que tivessem sido ouvidos os órgãos responsáveis, como o Congresso e o Conselho de Defesa Nacional.
A qualquer momento, pode ser desencadeada uma campanha, bem orquestrada, pela independência dessa “pobre nação, subjugada e explorada” , como alegarão, pela Nação Brasileira, e isso terá pleno apoio da ONU e do Grupo dos Sete.
Que espera nosso Governo para eliminar essa manobra, anulando a denominação de “nação”, conferida a essa descomunal reserva?
Atualmente o narcotráfico está permitindo uma grande ingerência externa na situação interna da Colômbia, não estando descartada a intervenção militar, como foi proposto pelos E.U.A., por parte de um grupo de países, “vizinhos ou simplesmente relacionados política e economicamente” (!?). A situação de uma força militar dessa natureza na fronteira do BRASIL acarretará problemas muito sérios, pois, em tal caso, esbarrarão com as FARC que procurarem refúgio no lado de cá? A nossa guarnição militar na região terá condições para garantir a inviolabilidade do território nacional?
Uma ação dessas demonstraria a facilidade com que poderão ser feitas outras, inclusive para apoiar a “independência” da “República Socialista Ianomâmi”.
"Há homens que lutam um dia e são bons; Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida, e estes são imprescindíveis".
(Bertold Brecht)
(Bertold Brecht)
Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
Penso que a Venezuela ao invés de nos cortejar, ao contrário, nos faz é recuar na região, hoje o Brasil seguramente sofre uma total perda de sua influência na região, Bolivia, Equador, Paraguai estão já totalmente na esfera de influência Venezuelana, e isso já é uma perda, temos a Colombia que não esta seguramente nem ai para a influência brasileira, sobram as guianas e suriname, como a Venezuela sofre uma degradação economica cada vez maior, é provavel que tal como um Gafanhoto, Chavez faça a unica coisa que sabe fazer bem, tomar o que é dos outros.
O coronel ignora totalmente o fato de hoje nesse instante termos tribos indigênas em constante contato com o lado venezuelano da fronteira, ignora o fato relativamente recente de problemas militares em nossas fronteiras, do qual posso dizer abertamente os casos relacionados a visita de NJ e DR na Amazoina bem como pouso de Helicopteros militares Venezuelanos bem dentro de nosso território; tais fatos podem ser tomados como pura coincidência, mas como ensina a doutrina militar, uma coincidência é uma coincidência, uma série de coincidências pode ser qualquer coisa, menos coinciência.
Devemos lembrar também os ataques diretos a nossos interesses em Bolivia, Paraguai e Equador e mesmo a rede bolivariana que vem sendo tecida internamente dentro de nosso pais.
Radical? talvez, mas como o texto do próprio Cel., também não é preciso concordar por inteiro se o que vc quer é ter convicção de idéias já formadas.
Abraços.
O coronel ignora totalmente o fato de hoje nesse instante termos tribos indigênas em constante contato com o lado venezuelano da fronteira, ignora o fato relativamente recente de problemas militares em nossas fronteiras, do qual posso dizer abertamente os casos relacionados a visita de NJ e DR na Amazoina bem como pouso de Helicopteros militares Venezuelanos bem dentro de nosso território; tais fatos podem ser tomados como pura coincidência, mas como ensina a doutrina militar, uma coincidência é uma coincidência, uma série de coincidências pode ser qualquer coisa, menos coinciência.
Devemos lembrar também os ataques diretos a nossos interesses em Bolivia, Paraguai e Equador e mesmo a rede bolivariana que vem sendo tecida internamente dentro de nosso pais.
Radical? talvez, mas como o texto do próprio Cel., também não é preciso concordar por inteiro se o que vc quer é ter convicção de idéias já formadas.
Abraços.
Vamo la moderação, continuamos confiando na sua imparcialidade.
- rafafoz
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Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
"A Venezuela, nações indígenas em nossa Fronteira,
a crise financeira e as ambições estrangeiras"
Caramba, eu já tinha esquecido sobre certos assuntos, por causa do Chavez e suas ideologias malucas.
Mais como relembrar é viver, me fez repensar novamente de que lado ficar, os EUA mudaram ou demonstram mudar seu comportamento perante nós, mais tudo o que foi citado demonstra que isso pode ser superficial já que os EUA só defendem seus próprios interesses e não os dos outros.
Se o FX levar por esse lado, então já era pro Super Hornet.
a crise financeira e as ambições estrangeiras"
Caramba, eu já tinha esquecido sobre certos assuntos, por causa do Chavez e suas ideologias malucas.
Mais como relembrar é viver, me fez repensar novamente de que lado ficar, os EUA mudaram ou demonstram mudar seu comportamento perante nós, mais tudo o que foi citado demonstra que isso pode ser superficial já que os EUA só defendem seus próprios interesses e não os dos outros.
Se o FX levar por esse lado, então já era pro Super Hornet.

“melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff)
Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
Mas caro Rafa, nos também, devemos (pelo menos deveriamos) levar em conta os nossos interesses, os EUA não estão errados em defender os seus interesses.
Vamo la moderação, continuamos confiando na sua imparcialidade.
- rafafoz
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Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
Ai que ta o problema quais seriam nossos interesses principais?
Quais colocar em xeque, e colocá-los como prioridades, ai que rola a dúvida.
Quais colocar em xeque, e colocá-los como prioridades, ai que rola a dúvida.
“melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff)
Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
O nosso principal interesse hoje com relação aos EUA, é aumentar a nossa relação comérical para abocanhar parte dos quase 2TRI de dolares de importação ao ano da economia deles, poderiamos fazer isso vendendo produtos que hoje são fabricados na China, esse sim, nosso competidor.
O segundo caso, é que precisamos de investimento internacional para poder compensar o fracasso produtivo do petróleo Venezuelano, essa semana inclusive saiu uma reportagem não sei onde, dando os numeros de mais de 170 Bi de doletas até 2010/2011 para que a petrobras possa colocar alguns campos de pré-sal já em ativa, só este ano seriam 8 BI.
Evidente que por esse outro aspécto a Venezuela tb já percebe a concorrência futura; ou alguém aqui acredita mesmo que a Bolivia fez o que fez sem ter nenhuma outra empresa interessada em ocupar o espaço da petrobras?
O segundo caso, é que precisamos de investimento internacional para poder compensar o fracasso produtivo do petróleo Venezuelano, essa semana inclusive saiu uma reportagem não sei onde, dando os numeros de mais de 170 Bi de doletas até 2010/2011 para que a petrobras possa colocar alguns campos de pré-sal já em ativa, só este ano seriam 8 BI.
Evidente que por esse outro aspécto a Venezuela tb já percebe a concorrência futura; ou alguém aqui acredita mesmo que a Bolivia fez o que fez sem ter nenhuma outra empresa interessada em ocupar o espaço da petrobras?
Vamo la moderação, continuamos confiando na sua imparcialidade.
- bruno mt
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Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
lTúlio escreveu:Creio que há muita verdade aí, mas perguntaria ao Cel. Fregapani:
vou colocar o que eu descordo em azul, ok?
Há uma crise das brabas com os EUA no epicentro. Bueno, guerras custam dinheiro, quem os iria financiar para nos invadir? Com o quê? Já estouraram faz horas sua capacidade de endividamento e seu povo parece exausto de guerras piratas. Ademais, uma kôza seria atacar e ocupar a Amazônia, outra seria extrair seus recursos em um ambiente de guerra assimétrica no qual somos os tales. Um projeto de exploração para ser devidamente implementado, pagar-se e gerar lucros leva anos e anos, na primeira metade desta década isso me pareceria factível, hoje estariam começando a colher os frutos...
ai que tá, no mundo, todos, não apenas eles, estariam falidos, ou seja, embora neste cenário eles tenham perdido muito, quem "deu o calote" foram eles portanto os outros estariam bem pior do que eles. e depois, a capacidade militar deles é inigualavel hoje no mundo, ele pode perder 3 vezes o que está previsto na pior previsão que eles ainda tem condição de nos dar uma coça daquelas.
e tem também o seguinte, hoje no mundo os EUA são tirados como santos,defensores dos mais fracos, defensores dos direitos humanos, defensores do mundo livre e tudo mais.mas todos sabem que quando o calo aperta eles não ligam pra isso não, se for preciso dizimar o Brasil com nukes pode ter certeza que é isso que eles irão fazer, se for preciso destruir toda aquela área de floresta e transforma-la num imenso deserto pra valer a superioridade deles é isso que eles irão fazer com toda certeza.
Colômbia x Venezuela? A Colômbia é indubitavelmente mais forte por terra (tropas mais numerosas e muito mais experientes) mas muito mais fraca no ar. Se os ianques tivessem pressurosamente atendido às suas aspirações por caças modernos e acrescentado helis de ataque e AAAe poderosa ainda daria para acreditar...
Tenho uma opinião divergente sobre isso mas prefiro não comentar agora e esperar você me traduzir esse tal de "pressurosamente" por eu já procurei no Aurélio on-line e em dicionário comum e num deu muito certo essa minha busca.![]()
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Além disso, não creio que seria politicamente ponto a favor de Obama OUTRA invasão tão parecida com um assalto a mão armada, no melhor estilo do Presidente mais impopular de todos os tempos que eles (os EUA) já tiveram...lógico que não é bom, guerra nunca é bom, mas é esplícavel, principalmente ao povo americano que é acostumado a isso.
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Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
Ei, vamos por partes: derrotar militarmente, ou seja, no campo de batalha? Claro, facílimo para eles, sem dúvida. Agora, para EXPLORAR precisa OCUPAR e MANTER, preciso lembrar-te que no Iraque, com os Curdos no apoio e precisando apenas ocupar meia dúzia de cidades a kôza NÃO deu certo? Agora imagines ocupar um País do tamanho do Brasil, com miles de cidades pululando de gente doidinha para matar um invasor...bruno mt escreveu:
ai que tá, no mundo, todos, não apenas eles, estariam falidos, ou seja, embora neste cenário eles tenham perdido muito, quem "deu o calote" foram eles portanto os outros estariam bem pior do que eles. e depois, a capacidade militar deles é inigualavel hoje no mundo, ele pode perder 3 vezes o que está previsto na pior previsão que eles ainda tem condição de nos dar uma coça daquelas.

Não imagino QUEM, fora do DB (bruno mt escreveu: e tem também o seguinte, hoje no mundo os EUA são tirados como santos,defensores dos mais fracos, defensores dos direitos humanos, defensores do mundo livre e tudo mais.mas todos sabem que quando o calo aperta eles não ligam pra isso não, se for preciso dizimar o Brasil com nukes pode ter certeza que é isso que eles irão fazer, se for preciso destruir toda aquela área de floresta e transforma-la num imenso deserto pra valer a superioridade deles é isso que eles irão fazer com toda certeza.

Pressurosamente: a toda pressa.bruno mt escreveu: Tenho uma opinião divergente sobre isso mas prefiro não comentar agora e esperar você me traduzir esse tal de "pressurosamente" por eu já procurei no Aurélio on-line e em dicionário comum e num deu muito certo essa minha busca.![]()
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bruno mt escreveu: lógico que não é bom, guerra nunca é bom, mas é explicável, principalmente ao povo americano que é acostumado a isso.
Não sei se está AINDA tão acostumado assim, me chegou ao conhecimento que o US Army estava tendo dificuldades em recrutar, nem com America's Army estava dando...

Além disso, desconheço quem queira voluntariamente bater o recorde de impopularidade do Bush...
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Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
mas são casos diferentes, se eles quiserem colocar o serviço obrigatório nada os impede, e tem mais, uma coisa é essa guerra ae, outra é uma guerra pela sobrevivência tecnológica do país.E eu conheço, qualquer pessoa que ame seu país faria isso, eu por exemplo e tenho certeza que você tambem.Túlio escreveu:agora vou responder em verde pois não estou conseguindo "quotar" apenas você:bruno mt escreveu:
ai que tá, no mundo, todos, não apenas eles, estariam falidos, ou seja, embora neste cenário eles tenham perdido muito, quem "deu o calote" foram eles portanto os outros estariam bem pior do que eles. e depois, a capacidade militar deles é inigualavel hoje no mundo, ele pode perder 3 vezes o que está previsto na pior previsão que eles ainda tem condição de nos dar uma coça daquelas.
Ei, vamos por partes: derrotar militarmente, ou seja, no campo de batalha? Claro, facílimo para eles, sem dúvida. Agora, para EXPLORAR precisa OCUPAR e MANTER, preciso lembrar-te que no Iraque, com os Curdos no apoio e precisando apenas ocupar meia dúzia de cidades a kôza NÃO deu certo? Agora imagines ocupar um País do tamanho do Brasil, com miles de cidades pululando de gente doidinha para matar um invasor...![]()
e quem falou em ocupar cidade? estou falando em ocupar mato, esqueceu o que as ONG's fizeram com essas áreas? é tanto mato que nem estrada de terra tem. agora , ocupar aquela área pra eles não deve ser muito difícil, e colocar uma coisa (muro? sei-lá) para impedir a entrada dos brazucas muito menos afinal nós estamos falando de um tempo que que isso valerá mais que tudo, e num é tão grande assim:
Não imagino QUEM, fora do DB (bruno mt escreveu: e tem também o seguinte, hoje no mundo os EUA são tirados como santos,defensores dos mais fracos, defensores dos direitos humanos, defensores do mundo livre e tudo mais.mas todos sabem que quando o calo aperta eles não ligam pra isso não, se for preciso dizimar o Brasil com nukes pode ter certeza que é isso que eles irão fazer, se for preciso destruir toda aquela área de floresta e transforma-la num imenso deserto pra valer a superioridade deles é isso que eles irão fazer com toda certeza.), no mundo ainda tire ianque pra santo e defensor do que quer que seja. O fato é que, antes de arrasar tudo por aqui, primeiro eles precisam arrasar a sua própria Democracia, sei lá, implantar uma ditadura militar ou algo assim...porque? a única constituição que não permite o uso é a Brasileira.
Pressurosamente: a toda pressa.bruno mt escreveu: Tenho uma opinião divergente sobre isso mas prefiro não comentar agora e esperar você me traduzir esse tal de "pressurosamente" por eu já procurei no Aurélio on-line e em dicionário comum e num deu muito certo essa minha busca.![]()
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bom, as tecnologias já estão avançando e tenho certeza que os Yanques tem muita tecnologia escondida pois ninguém pensou nisto antes, mas mesmo assim, o custo de manter um apoio aéreo dos bons por este motivo é insignificante, ainda mais quando não a morte de pessoas(VANT). Quanto a AAA, é simples, dá quantas o ex. da Colômbia precisar.
bruno mt escreveu: lógico que não é bom, guerra nunca é bom, mas é explicável, principalmente ao povo americano que é acostumado a isso.
Não sei se está AINDA tão acostumado assim, me chegou ao conhecimento que o US Army estava tendo dificuldades em recrutar, nem com America's Army estava dando...![]()
Além disso, desconheço quem queira voluntariamente bater o recorde de impopularidade do Bush...
Re: Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?
O que mais me chamou a atenção no texto escrito pelo Cel. é o reforço das idéias já amplamente divulgadas pelo Gen. Augusto Heleno e vários outros grandes pensadores militares da história brasileira recente acerca do trabalho de longo prazo que já vem sendo desenvolvido na região, na grande mídia nacional e internacional e nos centros mundiais de decisão político-militar.
No fundo, as nações hegemônicas do Norte não querem, e vão fazer tudo pra que não seja necessário nenhuma custosa, desgastante e imprevisível ação militar de ocupação. Mas se for necessário, terão fortes motivos pra justificá-la: desmatamento, extinção de espécies animais e vegetais, necessidade de pesquisas de substâncias farmacológicas com fins humanitários, contestação de marcos de fronteira com a Guiana, necessidade de preservação da grande massa biológica florestal que impedirá o mitológico aquecimento global, genocídio de índios, facilitação ao tráfico de entorpecentes, e quantos outros se fizer preciso.
Se o Brasil fosse governado por homens sérios, as palavras desse Cel. doeriam muito a cabeça das autoridades. O Cel. certamente seria chamado a prestar maiores esclarecimentos na Comissão de Defesa no Congresso, ganharia espaço para expôr suas idéias em programas de entrevista, a Folha e a Veja (que balizam a classe média) publicariam reportagens amplas sobre o assunto.
Mas não vemos isso. Nem creio que veremos. Continuaremos expostos à tríade Futebol, Música e Novela. Com poucas variações. Caberá aos homens de bem, com forte sentimento patriótico, respeitar e questionar essas declarações. Sejam reais ou apenas hipotéticas, para aqueles que conhecem a História dos conflitos humanos, tais dados têm que ser muito respeitados.
No fundo, as nações hegemônicas do Norte não querem, e vão fazer tudo pra que não seja necessário nenhuma custosa, desgastante e imprevisível ação militar de ocupação. Mas se for necessário, terão fortes motivos pra justificá-la: desmatamento, extinção de espécies animais e vegetais, necessidade de pesquisas de substâncias farmacológicas com fins humanitários, contestação de marcos de fronteira com a Guiana, necessidade de preservação da grande massa biológica florestal que impedirá o mitológico aquecimento global, genocídio de índios, facilitação ao tráfico de entorpecentes, e quantos outros se fizer preciso.
Se o Brasil fosse governado por homens sérios, as palavras desse Cel. doeriam muito a cabeça das autoridades. O Cel. certamente seria chamado a prestar maiores esclarecimentos na Comissão de Defesa no Congresso, ganharia espaço para expôr suas idéias em programas de entrevista, a Folha e a Veja (que balizam a classe média) publicariam reportagens amplas sobre o assunto.
Mas não vemos isso. Nem creio que veremos. Continuaremos expostos à tríade Futebol, Música e Novela. Com poucas variações. Caberá aos homens de bem, com forte sentimento patriótico, respeitar e questionar essas declarações. Sejam reais ou apenas hipotéticas, para aqueles que conhecem a História dos conflitos humanos, tais dados têm que ser muito respeitados.
"Há homens que lutam um dia e são bons; Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida, e estes são imprescindíveis".
(Bertold Brecht)
(Bertold Brecht)