Carlos Mathias escreveu:Mas será que vocês não imaginam que o EB e as outras forças não façam um planejamento para o país inteiro? Não existe esse planejamento só para a Amazônia, que esqueçe do resto do país. Isso é tão óbvio que qualquer militar medianamente preparado vai lembrar deste pequeno detalhe
É óbvio que os militares têm tudo isso na cabeça. Eu nunca disse que não tinham. Disse apenas que o pessoal aqui do DB esquece. E esquece mesmo. Basta olhar os comentários. São todos restritos a Amazônia, ao combate na selva.
Carlos Mathias escreveu:(...) e nossos generais, almirantes e brigadeiros são sim muito bem preparados.
Eu não só acredito nisso, como nunca disse que não eram. São mesmo altamente preparados. E os soldados muito bem treinados.
Carlos Mathias escreveu:O X aí é que todos esses bens podem na verdade, num futuro de extrema escasses de materiais, tornarem-se na verdade alvo de cobiça desenfreada das economias do Norte.
Bem, eu estava falando de alimentos, não de produtos de mineração (materiais), mas, já que adoram falar de cobiça por minérios, mais uma vez vou repetir: quando foi que o Brasil se recusou a vender minérios para esse ou aquele país? E, outra, se o Brasil têm e eles não têm, é uma pena para eles. Quem tem vende, quem não tem compra. Primeira lei do capitalismo.
Carlos Mathias escreveu:Historicamente, ninguém se preocupou com opiniões e importância de nações quando se invadiu estas para apoderar-se de recursos importantes para o invasor.
Eu nunca descartei a possibilidade de guerra. Eu disse apenas que quanto mais dependente do Brasil o mundo for, mais improvável será a guerra. Mas, saliento, improvável é diferente de impossível. O impossível não existe. Tudo é possível.
E, ainda vale deixar claro, muito claro o seguinte: esses fatores não podem ser relevados na formulação da Política Nacional de Defesa. Uma Política Nacional de Defesa deve jogar com o pior cenário possível: o de guerra sistemática. Deve ser feita para a guerra, não para paz. Isso é óbvio.
Um outro fator que não podemos esquecer é um dos aspectos positivos da globalização: o forte intrincamento das economias. Não se pode nem de longe comparar o mundo de hoje com aquele mundo da primeira metade do século passado. As econômias estão muito mais ligadas umas as outras. Antigamente não. Eram mais isoladas, mais domésticas. Hoje, por exemplo, se os EUA, a China, etc entram em crise, o Brasil e o resto do mundo sente. A globalização, nesse sentido, assume e fortalece o caráter de dependência entre as nações.
Carlos Mathias escreveu:Quem vai a guerra não tá preocupado com conselho de segurança, opinião e ética; quer é garantir prá si algo que é extremamente escasso.
Com o CS da ONU não, mas com retalhações sim. Nunca se esqueça de que os EUA têm a balança comercial menos favorável (mais negativa) do mundo. E, hoje, há muitos investimentos nacionais em outros países por meio das multinacionais - ou seja, mais alvos passíveis de sansões. Mas, afinal, você não quer comparar o Iraque com o Brasil, ou quer?
Amigo, o Iraque é um deserto. Não produz alimentos. Além disso, a produção de petróleo, ao contrário da produção de alimentos, é extremamente localizada nos poços. Já a produção de alimentos em escala requer largas porções, contínuas ou descontínuas, de terra.
Carlos Mathias escreveu:Não importa se podem comprar, pois o vendedor também pode, de uma hora para outra, resolver não vender mais por algum motivo, mesmo que isso redunde em sacrifício para o país.
É, mas quem faz isso quer guerra. Essa não seria uma atitude nada nada inteligente. E se o motivo para tanto fosse ideológico, menos ainda. É por isso que muitos põem a faca no próprio pescoço.
Carlos Mathias escreveu:Assim, tomou-se o Iraque para garantir-se um regime pró EUA e suprimento estável de petróleo para essa economia(fora outros fatores)
É, mas, obviamente o Iraque não é caso de sucesso algum. Acharam que seria uma guerra fácil e rápida, e, até hoje, estão lá, morrendo, matando, subsidiando o anti-americanismo e perdendo bilhões de dólares. Isso só para falar na parte menos ruim da guerra. A parte ruim ruim ruim mesmo o amigo sabe: o Irã (teocracia de lunáticos) buscando uma bomba atômica, a Coréia do Norte idem, o Japão admitindo debater o assunto, a Coréia do Sul também, etc
Carlos Mathias escreveu:(...) invadiu-se a Rússia para garantir o suprimento de alimentos, terra e mão de obra barata/escrava na IIG e etc.
É, mas mesmo assim, a Rússia hoje tem o mesmo tamanho que tinha naquele tempo. (Agora, convenhamos, a Russia não é lá um bom exemplo de coitadinha. Não aprendeu nada com a IIG. Se tivesse aprendido, não teria invadido e anexado tantos países. Todo mundo fala que os EUA são imperialistas e blablablá, mas, não existe país mais expansionista que a Rússia. Mas, por safadeza ideológica, disso ninguém fala.)
Carlos Mathias escreveu:(...) a história se repete quando não se aprende com os exemplos por ela mostrados.
Isso vale para todos os países. Ricos ou pobres.