FX
Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação
Bem vou tentar, lá vai:
O R-27ER, enquanto apenas semiativo, também supera a performance do R-77 bàsico(ou a performance básica) em termos cinéticos. O R-77 tem um motor simples de queima rápida, o que resultou em performance desapontadora, levando a força aérea russa a se interessar no desenvolvimento do K-77M ao invés de fornecer o R-77 básico em quaisquer números. O K-77M("k" é usado p/ mísseis em desenvolvimento e "R" para mísseis em uso ou prontos) é um desenvolvimento do R-77 com um motor maior de sequência de queima feita para incrementar o alcance.
O já pronto mas não fornecido ainda, R-27EA, variante ativa do AA-10, poderá aumentar a capacidade do Su-30, onde um cliente de exportação poderá ter esse derivado(R-27AE).
Em termos de combate um-contra-um, a segunda geração da família Flanker representa uma considerável ameaça para aeronaves não stealth
(ou baixa visibilidade), a não ser que elas tenham capacidade de engajamento com mísseis BVR extendidos(longo alcançe). Essa ameaça, por exemplo, levou a Inglaterra a optar por um míssil foguete/ram-jet para equipar o eurofighter.
Bom, é mais ou menos isso!
O R-27ER, enquanto apenas semiativo, também supera a performance do R-77 bàsico(ou a performance básica) em termos cinéticos. O R-77 tem um motor simples de queima rápida, o que resultou em performance desapontadora, levando a força aérea russa a se interessar no desenvolvimento do K-77M ao invés de fornecer o R-77 básico em quaisquer números. O K-77M("k" é usado p/ mísseis em desenvolvimento e "R" para mísseis em uso ou prontos) é um desenvolvimento do R-77 com um motor maior de sequência de queima feita para incrementar o alcance.
O já pronto mas não fornecido ainda, R-27EA, variante ativa do AA-10, poderá aumentar a capacidade do Su-30, onde um cliente de exportação poderá ter esse derivado(R-27AE).
Em termos de combate um-contra-um, a segunda geração da família Flanker representa uma considerável ameaça para aeronaves não stealth
(ou baixa visibilidade), a não ser que elas tenham capacidade de engajamento com mísseis BVR extendidos(longo alcançe). Essa ameaça, por exemplo, levou a Inglaterra a optar por um míssil foguete/ram-jet para equipar o eurofighter.
Bom, é mais ou menos isso!
- FinkenHeinle
- Sênior
- Mensagens: 11930
- Registrado em: Qua Jan 28, 2004 4:07 am
- Localização: Criciúma/SC
- Agradeceu: 6 vezes
- Agradeceram: 19 vezes
- Contato:
Carlos Mathias escreveu:Bem vou tentar, lá vai:
O R-27ER, enquanto apenas semiativo, também supera a performance do R-77 bàsico(ou a performance básica) em termos cinéticos. O R-77 tem um motor simples de queima rápida, o que resultou em performance desapontadora, levando a força aérea russa a se interessar no desenvolvimento do K-77M ao invés de fornecer o R-77 básico em quaisquer números. O K-77M("k" é usado p/ mísseis em desenvolvimento e "R" para mísseis em uso ou prontos) é um desenvolvimento do R-77 com um motor maior de sequência de queima feita para incrementar o alcance.
O já pronto mas não fornecido ainda, R-27EA, variante ativa do AA-10, poderá aumentar a capacidade do Su-30, onde um cliente de exportação poderá ter esse derivado(R-27AE).
Em termos de combate um-contra-um, a segunda geração da família Flanker representa uma considerável ameaça para aeronaves não stealth
(ou baixa visibilidade), a não ser que elas tenham capacidade de engajamento com mísseis BVR extendidos(longo alcançe). Essa ameaça, por exemplo, levou a Inglaterra a optar por um míssil foguete/ram-jet para equipar o eurofighter.
Bom, é mais ou menos isso!
Ora, é claro que em temo cinéticos o R-27 vai superar o R-77. Mas, em termos de sistemas, ele é muito superior. Já com relação ao R-27EA, eu sabia que ele tinha fracassado. Mas, na época, não usava os sistemas do R-77. Mas, andei me informando que o R-27 foi equipado com o moderno radar ativo do R-77.
Além disso, o R-77M será equipado com um radar ainda mais moderno, e não apenas com um motor maior e mais eficiente...
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
- Guilherme
- Sênior
- Mensagens: 3156
- Registrado em: Qua Set 03, 2003 5:06 pm
- Localização: Florianópolis - Santa Catarina
- Agradeceu: 66 vezes
- Agradeceram: 59 vezes
Revista Isto É:
Mais uma matéria paga pela EmFraer. Ou má-fé da Isto É mesmo.
Gato por Lebre
O avião caça anglo-sueco JAS-39 Gripen é um dos candidatos a substituir os atuais caças supersônicos Mirage-III adquiridos pelo governo brasileiro no final da década de 60. Concorre com o americano F-16, da Lockheed Martin, com o russo Sukhoi Su-35 e com o Mirage 2000BR, da brasileira Embraer e de sua sócia francesa Dassault Aviation. Na quarta-feira 28 a Gripen publicou um anúncio em jornais brasileiros no qual afirma ser "a melhor escolha" para a Força Aérea Brasileira. Diz que vai transferir a tecnologia supersônica para o Brasil, proposta que "tem o total apoio dos governos sueco e britânico".
Não cita, porém, o apoio do governo americano, o que torna a transferência de tecnologia algo duvidoso. De 33% a 50% dos componentes do avião são feitos nos EUA, país avesso a transferência tecnológica, ainda mais quando o assunto são equipamentos militares. Apenas de 25% a 33% dos componentes do Gripen são produzidos na Suécia. Porcentagem igual é produzida em "outros países europeus", conforme anúncio publicado pela Gripen em setembro de 2002. Ou seja: quem comprar o Gripen corre o risco de comprar gato por lebre - ou melhor, corre o risco de comprar, na melhor das hipóteses, 66% da lebre.
Mais uma matéria paga pela EmFraer. Ou má-fé da Isto É mesmo.
-
- Júnior
- Mensagens: 122
- Registrado em: Ter Abr 06, 2004 12:28 pm
PORRA GUILHERME FUI SEQUINHO PARA POSTAR ESSA NOTICIA NO FORUM E QUANDO ABRO O TÓPICO LA JA ESTA ELA AH AH AH AH AH
VOU POSTAR MESMO ASSIM.
Gripen é gato por lebre
O avião caça anglo-sueco JAS-39 Gripen é um dos candidatos a substituir os atuais caças supersônicos Mirage-III adquiridos pelo governo brasileiro no final da década de 60. Concorre com o americano F-16, da Lockheed Martin, com o russo Sukhoi Su-35 e com o Mirage 2000BR, da brasileira Embraer e de sua sócia francesa Dassault Aviation. Na quarta-feira 28 a Gripen publicou um anúncio em jornais brasileiros no qual afirma ser "a melhor escolha" para a Força Aérea Brasileira. Diz que vai transferir a tecnologia supersônica para o Brasil, proposta que "tem o total apoio dos governos sueco e britânico".
Não cita, porém, o apoio do governo americano, o que torna a transferência de tecnologia algo duvidoso. De 33% a 50% dos componentes do avião são feitos nos EUA, país avesso a transferência tecnológica, ainda mais quando o assunto são equipamentos militares. Apenas de 25% a 33% dos componentes do Gripen são produzidos na Suécia. Porcentagem igual é produzida em "outros países europeus", conforme anúncio publicado pela Gripen em setembro de 2002. Ou seja: quem comprar o Gripen corre o risco de comprar gato por lebre - ou melhor, corre o risco de comprar, na melhor das hipóteses, 66% da lebre.
VOU POSTAR MESMO ASSIM.
Gripen é gato por lebre
O avião caça anglo-sueco JAS-39 Gripen é um dos candidatos a substituir os atuais caças supersônicos Mirage-III adquiridos pelo governo brasileiro no final da década de 60. Concorre com o americano F-16, da Lockheed Martin, com o russo Sukhoi Su-35 e com o Mirage 2000BR, da brasileira Embraer e de sua sócia francesa Dassault Aviation. Na quarta-feira 28 a Gripen publicou um anúncio em jornais brasileiros no qual afirma ser "a melhor escolha" para a Força Aérea Brasileira. Diz que vai transferir a tecnologia supersônica para o Brasil, proposta que "tem o total apoio dos governos sueco e britânico".
Não cita, porém, o apoio do governo americano, o que torna a transferência de tecnologia algo duvidoso. De 33% a 50% dos componentes do avião são feitos nos EUA, país avesso a transferência tecnológica, ainda mais quando o assunto são equipamentos militares. Apenas de 25% a 33% dos componentes do Gripen são produzidos na Suécia. Porcentagem igual é produzida em "outros países europeus", conforme anúncio publicado pela Gripen em setembro de 2002. Ou seja: quem comprar o Gripen corre o risco de comprar gato por lebre - ou melhor, corre o risco de comprar, na melhor das hipóteses, 66% da lebre.
- Plinio Jr
- Sênior
- Mensagens: 5278
- Registrado em: Qui Fev 20, 2003 10:08 pm
- Localização: São Paulo - SP
- Agradeceram: 1 vez
Se vcs repararam, a Isto é criticou todos os aviões envolvidos no processo, exceto o Sucatão 2000Br, porque está na cara que eles são bancados pelo consórcio Embraer/Dassault.
O mais engraçado é que eles fizeram algo semellhante qdo surgiu o boato que o Su-35 seria o vencedor e agora fazem o mesmo com o Gripen, dentro dos boatos favoráveis de que o mesmo seria o escolhido..
Ridículo...
Acho que chegou a hora da Embraer se tocar que perdeu esta e se preparar para as próximas apresentando algo decente...
Abraços
O mais engraçado é que eles fizeram algo semellhante qdo surgiu o boato que o Su-35 seria o vencedor e agora fazem o mesmo com o Gripen, dentro dos boatos favoráveis de que o mesmo seria o escolhido..
Ridículo...

Acho que chegou a hora da Embraer se tocar que perdeu esta e se preparar para as próximas apresentando algo decente...

Abraços
- Guilherme
- Sênior
- Mensagens: 3156
- Registrado em: Qua Set 03, 2003 5:06 pm
- Localização: Florianópolis - Santa Catarina
- Agradeceu: 66 vezes
- Agradeceram: 59 vezes
Gostaria de fazer umas perguntas aos colegas do fórum que conheçam bem o Programa F-X.
O que o Programa F-X exige na parte de transferência tecnológica? Não tenho certeza, mas acho que o mínimo exigido é suporte para um centro de manutenção no Brasil, códigos-fonte dos sistemas da aeronave e suporte para integração de armamentos. Corrijam-me se esqueci algo, ou se citei algo a mais.
Então, eu vejo essas matérias da Isto É, puxando a sardinha para o Mirage 2000. Será que a Dassault vai transferir mais tecnologia do que a Saab ? E essas tecnologias que a matéria da Isto É diz serem norte-americanas, será que a Dassault transferiria as mesmas tecnologias ao Brasil?
O que o Programa F-X exige na parte de transferência tecnológica? Não tenho certeza, mas acho que o mínimo exigido é suporte para um centro de manutenção no Brasil, códigos-fonte dos sistemas da aeronave e suporte para integração de armamentos. Corrijam-me se esqueci algo, ou se citei algo a mais.
Então, eu vejo essas matérias da Isto É, puxando a sardinha para o Mirage 2000. Será que a Dassault vai transferir mais tecnologia do que a Saab ? E essas tecnologias que a matéria da Isto É diz serem norte-americanas, será que a Dassault transferiria as mesmas tecnologias ao Brasil?
- Slip Junior
- Sênior
- Mensagens: 3291
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 6:00 pm
- Agradeceram: 1 vez
Guilherme escreveu:Revista Isto É:Gato por Lebre
O avião caça anglo-sueco JAS-39 Gripen é um dos candidatos a substituir os atuais caças supersônicos Mirage-III adquiridos pelo governo brasileiro no final da década de 60. Concorre com o americano F-16, da Lockheed Martin, com o russo Sukhoi Su-35 e com o Mirage 2000BR, da brasileira Embraer e de sua sócia francesa Dassault Aviation. Na quarta-feira 28 a Gripen publicou um anúncio em jornais brasileiros no qual afirma ser "a melhor escolha" para a Força Aérea Brasileira. Diz que vai transferir a tecnologia supersônica para o Brasil, proposta que "tem o total apoio dos governos sueco e britânico".
Não cita, porém, o apoio do governo americano, o que torna a transferência de tecnologia algo duvidoso. De 33% a 50% dos componentes do avião são feitos nos EUA, país avesso a transferência tecnológica, ainda mais quando o assunto são equipamentos militares. Apenas de 25% a 33% dos componentes do Gripen são produzidos na Suécia. Porcentagem igual é produzida em "outros países europeus", conforme anúncio publicado pela Gripen em setembro de 2002. Ou seja: quem comprar o Gripen corre o risco de comprar gato por lebre - ou melhor, corre o risco de comprar, na melhor das hipóteses, 66% da lebre.
Mais uma matéria paga pela EmFraer. Ou má-fé da Isto É mesmo.
Mais uma matéria para se somar no rol de besteiras publicadas na imprensa nacional sobre as aeronaves participantes no Programa F-X. Melhor nem comentar...

Abraços
-
- Sênior
- Mensagens: 4297
- Registrado em: Qua Fev 19, 2003 7:14 pm
- Localização: Florianópolis
- Contato:
Mas essa Isto É não muda mesmo cara!
Não é nem por eu defender o Gripen. Como disseram aqui, quando o Su-35 era favorito ela também tratou de malhar ele também. Agora malhar o M2000Br que é bom nada....
Finken, amanhã eu respondo a sua heptátupla(
), que agora eu não tenho tempo. Mas ficou bem legal ela.
Abraço a todos
César
Não é nem por eu defender o Gripen. Como disseram aqui, quando o Su-35 era favorito ela também tratou de malhar ele também. Agora malhar o M2000Br que é bom nada....
Finken, amanhã eu respondo a sua heptátupla(




Abraço a todos
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
Antoine de Saint-Exupéry
Depois desta noticia... será que vamos ter algum dia novos caças para a FAB ?
FORÇAS ARMADAS
Governo deve adiar de novo compra de caças
Militares estudam como evitar crise na defesa aérea; decisão de prorrogar negócio ocorreria pela 3ª vez
IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal deverá adiar a decisão de comprar novos aviões supersônicos de caça para a FAB (Força Aérea Brasileira) pela terceira vez desde o começo do processo de aquisição, um negócio de pelo menos US$ 700 milhões, em 2001. Segundo a Folha apurou, o adiamento está praticamente decidido. Há um conjunto de fatores que o determinam.
O primeiro é político. O governo está sob intenso bombardeio por ter como um dos únicos gastos efetivos neste ano a compra do novo avião presidencial, um Airbus Corporate Jetliner de US$ 56,7 milhões. Isso porque o governo resolveu pagar o avião em três parcelas, com recursos orçamentários. O avião chegará em dezembro já pago, algo raro em contratos desse tipo -que geralmente envolvem financiamentos menos dolorosos ao erário.
A compra dos caças é de natureza diferente, sendo feito um financiamento de longo prazo e cujos primeiros desembolsos só ocorreriam em dois anos. Além disso, os atuais Mirage estão caducando rapidamente, pondo em risco a defesa do espaço aéreo brasileiro -já o presidente, se quisesse, poderia escolher outras formas de se deslocar.
De todo modo, o que interessa politicamente é que, aos olhos da população, fica a impressão de um governo pão-duro, exceto no quesito aviões. O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), já explorou em declarações essa contradição.
Além disso, na própria comunidade militar há resistências porque o gasto viria numa hora em que o Ministério da Defesa tem dificuldades de cuidar de gastos mais simples, como o reajuste da tropa. Um ponto final, mas não menos importante, foi detectado durante uma inconclusiva reunião entre o presidente Lula e ministros no mês passado.
Descobriram o óbvio: qualquer que seja o vencedor da licitação, haverá descontentes. E como as últimas notícias antes de o processo decisório entrar no Palácio do Planalto davam conta de um mau posicionamento da proposta da Embraer, terceira maior exportadora brasileiras (US$ 2 bilhões em 2003), há dúvidas políticas sobre a repercussão de uma derrota da empresa.
A Embraer, que tem 20% de capital europeu (majoritariamente francês), oferece o caça Mirage-2000, da francesa Dassault.
O governo Fernando Henrique Cardoso iria tomar a decisão em dezembro de 2002, mas deixou o veredicto para seu sucessor. Ao assumir, Lula suspendeu o F-X alegando que o combate à fome era prioritário, uma jogada para reavaliar as propostas -que, de fato, foram tornadas mais apetitosas quando reapresentadas, em novembro passado.
O governo criou então uma comissão interministerial com participação do Congresso para debater o aspecto de compensações tecnológicas e comerciais ao país. O relatório, favorável aos candidatos Sukhoi-35 (oferecido pela russa Rosoboronexport e a brasileira Avibras) e Gripen (consórcio anglo-sueco Saab/BAe Systems), chegou ao Planalto no fim de março para decisão em abril -segundo queria a Defesa.
Agora, tudo pode voltar à estaca zero, o que deverá trazer à tona planos alternativos. O menos provável é a discutível e cara (US$ 1,2 milhão por unidade) revitalização dos atuais Mirage por três anos, o que apenas adiaria o problema. Outra idéia que vai ressurgir é a de compra de aviões usados.
Analista.


FORÇAS ARMADAS
Governo deve adiar de novo compra de caças
Militares estudam como evitar crise na defesa aérea; decisão de prorrogar negócio ocorreria pela 3ª vez
IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal deverá adiar a decisão de comprar novos aviões supersônicos de caça para a FAB (Força Aérea Brasileira) pela terceira vez desde o começo do processo de aquisição, um negócio de pelo menos US$ 700 milhões, em 2001. Segundo a Folha apurou, o adiamento está praticamente decidido. Há um conjunto de fatores que o determinam.
O primeiro é político. O governo está sob intenso bombardeio por ter como um dos únicos gastos efetivos neste ano a compra do novo avião presidencial, um Airbus Corporate Jetliner de US$ 56,7 milhões. Isso porque o governo resolveu pagar o avião em três parcelas, com recursos orçamentários. O avião chegará em dezembro já pago, algo raro em contratos desse tipo -que geralmente envolvem financiamentos menos dolorosos ao erário.
A compra dos caças é de natureza diferente, sendo feito um financiamento de longo prazo e cujos primeiros desembolsos só ocorreriam em dois anos. Além disso, os atuais Mirage estão caducando rapidamente, pondo em risco a defesa do espaço aéreo brasileiro -já o presidente, se quisesse, poderia escolher outras formas de se deslocar.
De todo modo, o que interessa politicamente é que, aos olhos da população, fica a impressão de um governo pão-duro, exceto no quesito aviões. O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), já explorou em declarações essa contradição.
Além disso, na própria comunidade militar há resistências porque o gasto viria numa hora em que o Ministério da Defesa tem dificuldades de cuidar de gastos mais simples, como o reajuste da tropa. Um ponto final, mas não menos importante, foi detectado durante uma inconclusiva reunião entre o presidente Lula e ministros no mês passado.
Descobriram o óbvio: qualquer que seja o vencedor da licitação, haverá descontentes. E como as últimas notícias antes de o processo decisório entrar no Palácio do Planalto davam conta de um mau posicionamento da proposta da Embraer, terceira maior exportadora brasileiras (US$ 2 bilhões em 2003), há dúvidas políticas sobre a repercussão de uma derrota da empresa.
A Embraer, que tem 20% de capital europeu (majoritariamente francês), oferece o caça Mirage-2000, da francesa Dassault.
O governo Fernando Henrique Cardoso iria tomar a decisão em dezembro de 2002, mas deixou o veredicto para seu sucessor. Ao assumir, Lula suspendeu o F-X alegando que o combate à fome era prioritário, uma jogada para reavaliar as propostas -que, de fato, foram tornadas mais apetitosas quando reapresentadas, em novembro passado.
O governo criou então uma comissão interministerial com participação do Congresso para debater o aspecto de compensações tecnológicas e comerciais ao país. O relatório, favorável aos candidatos Sukhoi-35 (oferecido pela russa Rosoboronexport e a brasileira Avibras) e Gripen (consórcio anglo-sueco Saab/BAe Systems), chegou ao Planalto no fim de março para decisão em abril -segundo queria a Defesa.
Agora, tudo pode voltar à estaca zero, o que deverá trazer à tona planos alternativos. O menos provável é a discutível e cara (US$ 1,2 milhão por unidade) revitalização dos atuais Mirage por três anos, o que apenas adiaria o problema. Outra idéia que vai ressurgir é a de compra de aviões usados.
Analista.
- Vinicius Pimenta
- Site Admin
- Mensagens: 12007
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
- Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 131 vezes
- Contato:
- Guilherme
- Sênior
- Mensagens: 3156
- Registrado em: Qua Set 03, 2003 5:06 pm
- Localização: Florianópolis - Santa Catarina
- Agradeceu: 66 vezes
- Agradeceram: 59 vezes
E tem gente que diz que vão recomeçar a licitação pra FAB receber propostas de aeronaves mais modernas, como Super Hornet, Rafale e Typhoon.
A FAB, com esse orçamento de merda, operando uma aeronave no nível do Rafale ou do Typhoon? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Só se vender os F-5 pra poder operar essas novas aeronaves!
A FAB, com esse orçamento de merda, operando uma aeronave no nível do Rafale ou do Typhoon? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Só se vender os F-5 pra poder operar essas novas aeronaves!