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São Paulo está paralisada pelo medo, diz jornal

dominical britânico The Observer traz na edição desta semana uma extensa reportagem sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC), em que afirma que São Paulo está "à beira da guerra civil" e "paralisada pelo medo".

Ao longo de oito páginas do suplemento Observer Magazine, o repórter Tom Phillips apresenta números da violência na capital paulista e chega a repetir a comparação da situação da cidade com a de áreas em guerra.

"É uma conclusão drástica e problemática, porém, é fruto de inúmeras comparações numéricas com zonas de guerra declarada", afirma a reportagem.

"No Iraque, 117 soldados britânicos foram mortos desde que o país foi invadido em 2003, enquanto 23 foram mortos desde o início de agosto no Afeganistão. Em São Paulo, no auge da violência de maio, pelo menos 492 pessoas morreram por ferimentos de armas de fogo em pouco mais de uma semana."

A família de uma vítima e policiais dão à reportagem as cores "da cidade paralisada pelo medo", enquanto entrevistas com o presidente da organização Nova Ordem, Ivan Raymondi Barbosa, e com o promotor público Márcio Christino falam sobre o PCC.

Marketing do PCC

Barbosa é apresentado pelo Observer como "o homem acusado de estar à frente da campanha de marketing" do PCC, e segundo o jornal, "pelo menos declaradamente, a Nova Ordem e o PCC lutam contra os abusos dos direitos humanos dos presos".

Na entrevista do dominical, entretanto, o promotor Christino é citado dizendo que nas mais de 30 mil horas de conversas de integrantes do PCC gravadas por grampos telefônicos, "não há um minuto, nem mesmo 30 segundos, de qualquer conversa sobre as condições nas prisões".

"Eles falam sobre quatro coisas: cocaína, quanto entrou e quanto saiu; morte, dinheiro e sexo", disse Christino ao dominical britânico.

O jornal fala ainda do impulso que a violência do PCC deu ao mercado de segurança particular, afirmando que "a indústria multimilionária de defesa viveu um boom desde o início do ano".

De acordo com os organizadores de um evento sobre o assunto entrevistados pelo Observer, a cidade vai gastar mais de US$ 1 bilhão (mais de R$ 2,1 bi) para se proteger.

O repórter conclui o seu texto com uma pergunta do presidente da Nova Ordem.

"O que será que o PCC vai fazer agora? Não sei. Tenho medo de uma guerra civil", disse Barbosa, segundo o jornal britânico.

O Texto no mínimo deturpa os fatos que realmente ocorrem em SP...

Vejam este trecho:

"No Iraque, 117 soldados britânicos foram mortos desde que o país foi invadido em 2003, enquanto 23 foram mortos desde o início de agosto no Afeganistão. Em São Paulo, no auge da violência de maio, pelo menos 492 pessoas morreram por ferimentos de armas de fogo em pouco mais de uma semana."

Quantos cidadãos Iraquianos e Afegãos foram mortos desde o início da guerra?

Garanto que o número deve ser no mínimo umas 5 vezes maior do que o número de soldados mortos!

Enquanto isso o jornal agrupa todos os homicídios ( Usuários de drogas, crimes passionais, traficantes, policiais, brigas de bar, etc... ) Em um único número!

"O que será que o PCC vai fazer agora? Não sei. Tenho medo de uma guerra civil", disse Barbosa, segundo o jornal britânico.

Meu Deus que desparate!

Tenho verdadeiro nojo dessa escória dessas ONG's !

O Cara falar em guerra civíl! Quem ta aqui no Brasil sabe que é um desparate, mas e quem acompanha fora do país? Com certeza tem uma péssima imagem de São Paulo ( A maior cidade do país) e consequentemente do resto do país!


Abraços!

Infelizmente Sniper, tens toda a razão. Para um Europeu comum, o Brasil é sinónimo de Samba, mulatas, biquinis e violência nas grandes cidades.

Sniper escreveu:São Paulo está paralisada pelo medo, diz jornal

dominical britânico The Observer traz na edição desta semana uma extensa reportagem sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC), em que afirma que São Paulo está "à beira da guerra civil" e "paralisada pelo medo".

Ao longo de oito páginas do suplemento Observer Magazine, o repórter Tom Phillips apresenta números da violência na capital paulista e chega a repetir a comparação da situação da cidade com a de áreas em guerra.

"É uma conclusão drástica e problemática, porém, é fruto de inúmeras comparações numéricas com zonas de guerra declarada", afirma a reportagem.

"No Iraque, 117 soldados britânicos foram mortos desde que o país foi invadido em 2003, enquanto 23 foram mortos desde o início de agosto no Afeganistão. Em São Paulo, no auge da violência de maio, pelo menos 492 pessoas morreram por ferimentos de armas de fogo em pouco mais de uma semana."

A família de uma vítima e policiais dão à reportagem as cores "da cidade paralisada pelo medo", enquanto entrevistas com o presidente da organização Nova Ordem, Ivan Raymondi Barbosa, e com o promotor público Márcio Christino falam sobre o PCC.

Marketing do PCC

Barbosa é apresentado pelo Observer como "o homem acusado de estar à frente da campanha de marketing" do PCC, e segundo o jornal, "pelo menos declaradamente, a Nova Ordem e o PCC lutam contra os abusos dos direitos humanos dos presos".

Na entrevista do dominical, entretanto, o promotor Christino é citado dizendo que nas mais de 30 mil horas de conversas de integrantes do PCC gravadas por grampos telefônicos, "não há um minuto, nem mesmo 30 segundos, de qualquer conversa sobre as condições nas prisões".

"Eles falam sobre quatro coisas: cocaína, quanto entrou e quanto saiu; morte, dinheiro e sexo", disse Christino ao dominical britânico.

O jornal fala ainda do impulso que a violência do PCC deu ao mercado de segurança particular, afirmando que "a indústria multimilionária de defesa viveu um boom desde o início do ano".

De acordo com os organizadores de um evento sobre o assunto entrevistados pelo Observer, a cidade vai gastar mais de US$ 1 bilhão (mais de R$ 2,1 bi) para se proteger.

O repórter conclui o seu texto com uma pergunta do presidente da Nova Ordem.

"O que será que o PCC vai fazer agora? Não sei. Tenho medo de uma guerra civil", disse Barbosa, segundo o jornal britânico.

No mundo de hoje, cada um escreve o que quer. As estatísticas são feitas não baseadas em formalisnos científicos, mas geralmente para vender uma idéia.
Pelo raciocínio do reporter, então vamos fazer o seguinte.
Divide o número de mortos ingleses no Iraque (117) pelo número de soldados enviados pra lá (40000).
Divide a população de SP (15000000) pelo número de mortos (440) e vejam quanto dá.
Ou melhor, divide o número de policiais, bombeiros e guardas municipais em São Paulo pelo número de mortos das forças policiais e veja quanto dá.
A matéria tem mais preconceito do que bom censo.
Não vivemos no paraíso, longe disso, mas pra chegar a uma guerra civil, faltam alguns homens bomba, carros bomba, atentados em mesquitas, mercados, como no Iraque.
Porque o reporter não considerou os 50, 60, 70, 100 mortos civis no Iraque todos os dias.

Para mim essa reportagem é fruto mais de ignorância do que de más intenções. O repórter já investiga com um conceito previamente formado e escreve aquilo que todo mundo no seu país quer ou espera ver. É o famoso preconceito.

cabeça de martelo escreveu:Infelizmente Sniper, tens toda a razão. Para um Europeu comum, o Brasil é sinónimo de Samba, mulatas, biquinis e violência nas grandes cidades.

Infelizmente amigo...

E o pior é costatar que a classe política e os orgãos incumbidos das relações internacionais do Brasil não fazem nada para melhorar essa imagem! Muito pelo contrário, incentivam essa imagem Por exemplo criando até mesmo cartilhas para as "profissionais do sexo"...

Abraços!

cabeça de martelo escreveu:Infelizmente Sniper, tens toda a razão. Para um Europeu comum, o Brasil é sinónimo de Samba, mulatas, biquinis e violência nas grandes cidades.

O pior é que estão certos...

Eu acho que o jornalista esta corretissimo, ao menos se comparado a realidade dele.
Comparando com a realidade europeia (ao menos a ocidental) estamos em verdadeira guerra civil.
A alguns anos atrás conheci uma garota alemã que veio para o Brasil e passou 1 ano em intercambio, quando ela começou a a ler os jornais em português ela ficou horrorizada como nós banalizavamos os crimes graves como homicidios. Eu moro em Vitoria no ES e aqui dificilmente passamos uma semana sem saber de um caso de sequestro, assassinato, homicidio e qualquer uma dessas combinações. Num certo dia ela veio me perguntar porque que agiamos tão normalmente como se fosse algo corriqueiro, e não encontrei outra resposta senão dizer que aquilo era algo realmente corriqueiro e que desde que eu me lembro por gente, aquilo era natural.
Então eu acho que não deviamos ficar revoltados com o cara por dizer que estamos em uma situação de guerra civil, temos é que ficar revoltado com os nossos governante por não fazer nada a respeito, não por tentar fazer com que o pessoal lá fora passe a considerar isso algo comum, mas de fazer com que acabe essa nossa "guerra civil".

Sniper escreveu:São Paulo está paralisada pelo medo, diz jornal

Isto não é Sensasionalismo, é a mais pura e crsitalina verdade...

Os ingleses sempre tiverem esse hábito de olhar para os paaíses do sul com uma mistura de crítica e paternalismo, de quem se acha superior.

Com Portugal passa-se o mesmo.

Moram cá milhares de ingleses reformados, e há todos os anos turistas em quantidades industriais.

Mas quando há 4 anos morreram 2 turistas intoxicadas por gás numa casa alugada, caiu o Carmo e a Trindade na imprensa inglesa, levando a pensar que em Portugal toda a gente morre com gás nas casas de banho.

FinkenHeinle escreveu:

Sniper escreveu:São Paulo está paralisada pelo medo, diz jornal

Isto não é Sensasionalismo, é a mais pura e crsitalina verdade...

Eu estava me referindo ao texto como um todo Finken, e não a uma frase isolada...

O Amigo acha que São Paulo está a beira de uma guerra civíl ?

Abraços!

Rui Elias Maltez escreveu: caiu o Carmo e a Trindade na imprensa inglesa

Di-diabos, POWS!!!

TENS que me explicar o quê significa essa expressão, Maltez véio...

Dei muita risada...