
A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Proponho que ela e o Lula vão até lá para negociar. Seria muito bom assistir um vídeo das cabeças rolando. Mas não ia fazer muita diferença no caso deles. 

Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
- mmatuso
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Não seria uma boa idéia, se não o Lula iria criar um sindicato dentro da ISIL ai complicaria para a gestão da ISIL que teria que enfrentar várias greves.
- rodrigo
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Esse discurso podre e idiota funciona aqui no Brasil, onde morre mais gente que na Síria, Iraque e Palestina juntos, e a política oficial é dialogar com traficantes, assaltantes de banco, ladrões de carga. E a cada confronto em que a PM mata bandidos, a turma dos direitos humanos grita: ASSASSINOS, deviam ter dialogado...
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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- Wingate
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Não duvido que até doem guilhotinas aos carrascos da ISIL para tornar as execuções mais politicamente corretas e humanasmmatuso escreveu:Não seria uma boa idéia, se não o Lula iria criar um sindicato dentro da ISIL ai complicaria para a gestão da ISIL que teria que enfrentar várias greves.
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Wingate
- Clermont
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Pois eu acho que Dilma Roussef, neste ponto, está completamente correta. Conforme postei no tópico "Mundo Árabe em Ebulição".
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
O mundo inteiro está errado, só o gigante diplomático está certo. Até os islamicos apoiam o ataque. Como se diz na giria, tá com pena, leva pra casa.Clermont escreveu:Pois eu acho que Dilma Roussef, neste ponto, está completamente correta. Conforme postei no tópico "Mundo Árabe em Ebulição".
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- Viktor Reznov
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Clermont escreveu:Pois eu acho que Dilma Roussef, neste ponto, está completamente correta. Conforme postei no tópico "Mundo Árabe em Ebulição".

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- FCarvalho
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Prefiro não comentar...
26 de setembro de 2014
Brasil não está isolado contra ataques à milícia, diz chanceler
De Nova York
ClippingO chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, disse que o Brasil não está “isolado” em sua posição contrária aos ataques liderados pelos EUA contra a milícia Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
“A visão do Brasil é que o uso da força ou deve ser em legítima defesa ou autorizado pelo Conselho de Seguranca da ONU”, disse Figueiredo a jornalistas em Nova York.
“Isso está na Carta da ONU, não é uma coisa em que estamos isolados.”
No discurso de abertura da Assembleia-Geral, a presidente Dilma Rousseff disse “lamentar enormemente” os bombardeios americanos, defendeu “o diálogo e a diplomacia” e questionou a eficácia dos ataques contra o EI.
Figueiredo negou que Dilma sugeriu negociar com os extremistas. “Quando se fala em diálogo, é resolver o problema com diálogo político na comunidade internacional, e não usar a força como solução inicial.”
Nesta sexta (26), ele se reúne com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry.
Questionado se transmitirá o desconforto do governo brasileiro com os ataques, o chanceler disse que vai “levar essa posição para onde tiver que levar”.
“Essa posição sempre foi a nossa, e ela não se contrapõe à da comunidade internacional. Toda a comunidade internacional pensa assim”.
Figueiredo disse que não falará “necessariamente” sobre uma possível visita de Estado da presidente aos EUA.
Em 2013, a visita de Estado a Washington, prevista para outubro, foi cancelada por Dilma após a revelação de que o governo americano espionou a presidente, seus assessores e a Petrobras.
A relação entre os países ficou estremecida desde então, e a reaproximação começou com a visita do vice-presidente Joe Biden ao Brasil em junho, para a Copa do Mundo.
“Eu não falo sobre isso (visita de Estado), é um tema entre os presidentes. A minha agenda com o Kerry é diferente. É uma agenda de ONU, de questões normais do relacionamento bilateral”, disse.
Figueiredo se reuniu com o chanceler russo, Sergei Lavrov, com os Brics e com o G4 (Alemanha, Japão, Índia e Brasil), este ultimo para discutir a ampliação do Conselho de Segurança da ONU. (Isabel Fleck E Giuliana Vallone)
FONTE: Folha de São Paulo
http://www.forte.jor.br/2014/09/26/bras ... chanceler/

26 de setembro de 2014
Brasil não está isolado contra ataques à milícia, diz chanceler
De Nova York
ClippingO chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, disse que o Brasil não está “isolado” em sua posição contrária aos ataques liderados pelos EUA contra a milícia Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
“A visão do Brasil é que o uso da força ou deve ser em legítima defesa ou autorizado pelo Conselho de Seguranca da ONU”, disse Figueiredo a jornalistas em Nova York.
“Isso está na Carta da ONU, não é uma coisa em que estamos isolados.”
No discurso de abertura da Assembleia-Geral, a presidente Dilma Rousseff disse “lamentar enormemente” os bombardeios americanos, defendeu “o diálogo e a diplomacia” e questionou a eficácia dos ataques contra o EI.
Figueiredo negou que Dilma sugeriu negociar com os extremistas. “Quando se fala em diálogo, é resolver o problema com diálogo político na comunidade internacional, e não usar a força como solução inicial.”
Nesta sexta (26), ele se reúne com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry.
Questionado se transmitirá o desconforto do governo brasileiro com os ataques, o chanceler disse que vai “levar essa posição para onde tiver que levar”.
“Essa posição sempre foi a nossa, e ela não se contrapõe à da comunidade internacional. Toda a comunidade internacional pensa assim”.
Figueiredo disse que não falará “necessariamente” sobre uma possível visita de Estado da presidente aos EUA.
Em 2013, a visita de Estado a Washington, prevista para outubro, foi cancelada por Dilma após a revelação de que o governo americano espionou a presidente, seus assessores e a Petrobras.
A relação entre os países ficou estremecida desde então, e a reaproximação começou com a visita do vice-presidente Joe Biden ao Brasil em junho, para a Copa do Mundo.
“Eu não falo sobre isso (visita de Estado), é um tema entre os presidentes. A minha agenda com o Kerry é diferente. É uma agenda de ONU, de questões normais do relacionamento bilateral”, disse.
Figueiredo se reuniu com o chanceler russo, Sergei Lavrov, com os Brics e com o G4 (Alemanha, Japão, Índia e Brasil), este ultimo para discutir a ampliação do Conselho de Segurança da ONU. (Isabel Fleck E Giuliana Vallone)
FONTE: Folha de São Paulo
http://www.forte.jor.br/2014/09/26/bras ... chanceler/
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- J.Ricardo
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
É como diz o ditado: "a fome não espera" o mesmo vale para as vítimas do EI, eles também tem pressa... por fim o Iraque pediu para ajudarem, se a Dona Dilma não concorda, que apresente uma saída então, ficar sentado criticando os outros é muito cômodo...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- mmatuso
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
ótima forma de pedir uma vaga no conselho de segurança da ONU. ![[063]](./images/smilies/063.gif)
![[063]](./images/smilies/063.gif)
- FCarvalho
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
O Conselho de Segurança da ONU é uma total falácia. O que um órgão criado a luz da GM II, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo, pode de fato fazer para mudar o atual cenário mundial e resolver, ou ao menos, indicar soluções críveis, para os problemas?
Se você não tem carta na mão, não blefe, e não jogue. Simplesmente passe a vez.
abs
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- J.Ricardo
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Passar a vez? Blefe? Que blefe, o da Dilma querendo subir no banquinho para ser vista?
Os EUA bem ou mal, esta dialogando com países do OM, Europa, mantendo várias reuniões com representantes da ONU, inclusive tinha uma reunião com nosso Ministro das RE, mas por problemas em sua agenda tivemos que cancelar a reunião... pra ver a importância que o Brasil esta dando para esse caso. Então concordo com você, se é para o Brasil ficar blefando na ONU é melhor passar vez!
Os EUA bem ou mal, esta dialogando com países do OM, Europa, mantendo várias reuniões com representantes da ONU, inclusive tinha uma reunião com nosso Ministro das RE, mas por problemas em sua agenda tivemos que cancelar a reunião... pra ver a importância que o Brasil esta dando para esse caso. Então concordo com você, se é para o Brasil ficar blefando na ONU é melhor passar vez!
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- Bourne
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Não teve blefe nenhum. Nem vontade de aparecer. Simplesmente foi um discurso mal construído, sem pesar as palavras e dizer qual a posição do Brasil com bla-bla tradicional da diplomacia.
Ou isso é dedo de algum comissionado ou apaziguado do governo. Sabem fazer onda e polêmica, mas não tem noção do que é política internacional e para que serve. Pode ver que da pós-Lula não tem política externa. Uma nulidade até com os vizinhos. Pior, os maluquinhos do Samuel Guimarães fazem o que querem e, normalmente, pensando na repercussão interna e levando à incidentes internacionais.
Parecem não ter noção do risco de instabilidade que isis causa na região e vizinhos que tenham muçulmanos. Um movimento radical que não dialoga e se mostra agressivo e expansionista para destruir as estruturas estatais da região é uma bomba. Qualquer país que tenha grupos muçulmanos é passível de ser alvo dos radicias que podem criar uma guerra civil regional ou apelar para terrorismo, treinados e apoiados pelo califado. Além disso, os americanos estão fazendo o trabalho sujo dos russos, chineses, indianos, sírios e todo pessoal do oriente médio. Os russos e iranianos teriam bombardeado os rebeldes sírios e iraquianos se, somente se, não fosse começar uma guerra com sauditas. Não é meu delírio. Observem que ninguém protestou contra os ataques até agora. Os russos e chineses calados, Damasco não se manifesta. Só o Irã que reclama e diz que é problema dos americanos, mas também não critica.
E acompanho os acordos na parte econômica com os latino-americanos. Durante o governo Dilma as iniciativas do lula foram paralisadas. Salvo alguma coisa com Venezuela, argentina e Cuba. Pelas entrevistas do Samuel Guimarães que tem não quer que o acordo UE-Mercosul sai, detesta qualquer acordo de livre comércio e integração com qualquer país desenvolvido, abomina a aliança do pacifico por serem "traidores". Talvez, aí indica algum dos motivos. inclusive projetos de construção de um fundo regional para estabilização de curto prazo latino-americano e planos de investimentos de integração de longo prazo estancaram.
O acordo do Brics? Muito mais show para público interno do que realidade. Enquanto os outros brics fazem negócios com todo mundo e tem um plano de inserção e objetivos nacionais a cumprir, seja regional ou mundial.
Ou isso é dedo de algum comissionado ou apaziguado do governo. Sabem fazer onda e polêmica, mas não tem noção do que é política internacional e para que serve. Pode ver que da pós-Lula não tem política externa. Uma nulidade até com os vizinhos. Pior, os maluquinhos do Samuel Guimarães fazem o que querem e, normalmente, pensando na repercussão interna e levando à incidentes internacionais.
Parecem não ter noção do risco de instabilidade que isis causa na região e vizinhos que tenham muçulmanos. Um movimento radical que não dialoga e se mostra agressivo e expansionista para destruir as estruturas estatais da região é uma bomba. Qualquer país que tenha grupos muçulmanos é passível de ser alvo dos radicias que podem criar uma guerra civil regional ou apelar para terrorismo, treinados e apoiados pelo califado. Além disso, os americanos estão fazendo o trabalho sujo dos russos, chineses, indianos, sírios e todo pessoal do oriente médio. Os russos e iranianos teriam bombardeado os rebeldes sírios e iraquianos se, somente se, não fosse começar uma guerra com sauditas. Não é meu delírio. Observem que ninguém protestou contra os ataques até agora. Os russos e chineses calados, Damasco não se manifesta. Só o Irã que reclama e diz que é problema dos americanos, mas também não critica.
E acompanho os acordos na parte econômica com os latino-americanos. Durante o governo Dilma as iniciativas do lula foram paralisadas. Salvo alguma coisa com Venezuela, argentina e Cuba. Pelas entrevistas do Samuel Guimarães que tem não quer que o acordo UE-Mercosul sai, detesta qualquer acordo de livre comércio e integração com qualquer país desenvolvido, abomina a aliança do pacifico por serem "traidores". Talvez, aí indica algum dos motivos. inclusive projetos de construção de um fundo regional para estabilização de curto prazo latino-americano e planos de investimentos de integração de longo prazo estancaram.
O acordo do Brics? Muito mais show para público interno do que realidade. Enquanto os outros brics fazem negócios com todo mundo e tem um plano de inserção e objetivos nacionais a cumprir, seja regional ou mundial.
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
Ou seja, 'nunca antes na história deste país' se viu tamanha imbecilidade e alienação ideológica na seara internacional por parte do Brasil.
Ao invés de comandarmos, somos comandados. Ao invés de indicarmos caminhos, somos indicados. Ao invés de propormos soluções, somos parte do problema. E por aí vai...
Simplesmente é de dar vergonha.
Se alguém nos chamar de república de bananas não será por acaso. E sem razão.
abs
Ao invés de comandarmos, somos comandados. Ao invés de indicarmos caminhos, somos indicados. Ao invés de propormos soluções, somos parte do problema. E por aí vai...
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Bra
27 de Setembro, 2014 - 13:17 ( Brasília )
Geopolítica
IDEOLOGIZAÇÃO DE POLÍTICA EXTERNA ISOLA PAÍS E AFETA ECONOMIA
Jornal O Globo
Opinião - 27 Setembro 2014
Primeiro de uma série de editoriais defende o fim da influência ideológica no Itamaraty e no comércio. Não se tem notícia de uma fase como esta dos 12 anos de hegemonia do PT, em que o Itamaraty tenha estado tão distante das formulações da diplomacia do país.
Leia o discurso da Presidente Dilma na ONU - 24 Setembro 2014 Link
Desde 2003, tornou-se impossível qualquer desalinhamento entre ideologia dos inquilinos do Planalto e a política externa, mesmo para defender interesses nacionais estratégicos. O Itamaraty passou a ser guiado pelas visões terceiro-mundistas e antiamericanistas do partido.
Não se trata de uma mudança de eixo neutra e isolada, porque estas visões fazem parte de um todo, articulam-se com outras políticas, como o protecionismo, que reativou a tendência ao fechamento da economia, uma das razões da perda de competitividade da indústria.
O comércio exterior, em boa medida, passou a refletir as opções ideológicas de Brasília. Atreladas ao Mercosul, no qual a visão autárquica do governo brasileiro foi temperada pelo chavismo venezuelano e anabolizada pelo populismo argentino, as exportações brasileiras, principalmente de manufaturados, tiveram perigosamente ampliada a dependência ao bloco de comércio sul-americano. Em 2013, o peso do Mercosul, como destino das exportações, era maior que o do mercado americano: 12% contra 10%.
Enquanto se sedimentava esta dependência, cresciam as exportações de matérias-primas para a China, de minério de ferro e soja. O resultado foi a mudança de patamar das vendas brasileiras anuais de algo como US$ 100 bilhões para mais de US$ 200 bilhões. E o mercado chinês passou a disputar com a União Europeia qual o principal destino das vendas do Brasil, praticamente empatados em 19% do total das exportações cada um. Não é ruim o crescimento das exportações de matérias-primas.
O problemático tem sido, por condicionamento ideológico, o Brasil se manter ligado a um Mercosul em crise, sem explorar as alternativas de acordos bilaterais que existem. O subproduto deste engessamento é a perda relativa de importância do mercado importador americano, ainda o maior do mundo, alternativa para as exportações de bens manufaturados e semimanufaturados barradas no Mercosul (menos aproximadamente quatro pontos percentuais de 2008 ao ano passado).
Passado o bom tempo para a economia mundial, as exportações brasileiras padecem com a diminuição de ritmo do crescimento chinês — de 10% para 7,5% ao ano. Reduz-se a pressão da China nos mercados, caem — ou sobem menos — as cotações de soja e minério, ajudando a gerar déficits na balança comercial do país, algo há muito tempo não visto. Importações não previstas de petróleo agravaram o quadro.
E o cenário piora porque as exportações aumentaram a dependência para com as matérias-primas (de 28,9% do total em 2003 para 46,7% dez anos depois). A radiografia do comércio exterior chama a atenção do próximo presidente para reformas que precisará fazer na economia e a necessidade de gerenciar problemas técnicos sem partidarismos. Este é o primeiro editorial de uma série sobre problemas que terão de ser enfrentados pelo próximo presidente da República
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... -economia/
Geopolítica
IDEOLOGIZAÇÃO DE POLÍTICA EXTERNA ISOLA PAÍS E AFETA ECONOMIA
Jornal O Globo
Opinião - 27 Setembro 2014
Primeiro de uma série de editoriais defende o fim da influência ideológica no Itamaraty e no comércio. Não se tem notícia de uma fase como esta dos 12 anos de hegemonia do PT, em que o Itamaraty tenha estado tão distante das formulações da diplomacia do país.
Leia o discurso da Presidente Dilma na ONU - 24 Setembro 2014 Link
Desde 2003, tornou-se impossível qualquer desalinhamento entre ideologia dos inquilinos do Planalto e a política externa, mesmo para defender interesses nacionais estratégicos. O Itamaraty passou a ser guiado pelas visões terceiro-mundistas e antiamericanistas do partido.
Não se trata de uma mudança de eixo neutra e isolada, porque estas visões fazem parte de um todo, articulam-se com outras políticas, como o protecionismo, que reativou a tendência ao fechamento da economia, uma das razões da perda de competitividade da indústria.
O comércio exterior, em boa medida, passou a refletir as opções ideológicas de Brasília. Atreladas ao Mercosul, no qual a visão autárquica do governo brasileiro foi temperada pelo chavismo venezuelano e anabolizada pelo populismo argentino, as exportações brasileiras, principalmente de manufaturados, tiveram perigosamente ampliada a dependência ao bloco de comércio sul-americano. Em 2013, o peso do Mercosul, como destino das exportações, era maior que o do mercado americano: 12% contra 10%.
Enquanto se sedimentava esta dependência, cresciam as exportações de matérias-primas para a China, de minério de ferro e soja. O resultado foi a mudança de patamar das vendas brasileiras anuais de algo como US$ 100 bilhões para mais de US$ 200 bilhões. E o mercado chinês passou a disputar com a União Europeia qual o principal destino das vendas do Brasil, praticamente empatados em 19% do total das exportações cada um. Não é ruim o crescimento das exportações de matérias-primas.
O problemático tem sido, por condicionamento ideológico, o Brasil se manter ligado a um Mercosul em crise, sem explorar as alternativas de acordos bilaterais que existem. O subproduto deste engessamento é a perda relativa de importância do mercado importador americano, ainda o maior do mundo, alternativa para as exportações de bens manufaturados e semimanufaturados barradas no Mercosul (menos aproximadamente quatro pontos percentuais de 2008 ao ano passado).
Passado o bom tempo para a economia mundial, as exportações brasileiras padecem com a diminuição de ritmo do crescimento chinês — de 10% para 7,5% ao ano. Reduz-se a pressão da China nos mercados, caem — ou sobem menos — as cotações de soja e minério, ajudando a gerar déficits na balança comercial do país, algo há muito tempo não visto. Importações não previstas de petróleo agravaram o quadro.
E o cenário piora porque as exportações aumentaram a dependência para com as matérias-primas (de 28,9% do total em 2003 para 46,7% dez anos depois). A radiografia do comércio exterior chama a atenção do próximo presidente para reformas que precisará fazer na economia e a necessidade de gerenciar problemas técnicos sem partidarismos. Este é o primeiro editorial de uma série sobre problemas que terão de ser enfrentados pelo próximo presidente da República
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