Novo Fuzil para o EB
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- dalton romao
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Re: Novo Fuzil para o EB
o ideal é que se fosse escolhido um calibre pra todo exército. mas faz sentido o uso do 5.56 pela brigada paraquedista e a de forças especiais, pras outras a versão carabina 7.62 cai bem. carabinas pra leve, selva, montanha, blindada e a versão fuzil pro resto. e aí um FAP IA2 em 5,56 e outro em 7.62.
- Lywis
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Re: Novo Fuzil para o EB
GUERRA, aquela citação do relatório da Brigada Paraquedista sobre o calibre 5,56, onde tu conseguistes?
Abraços!
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- Clermont
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Re: Novo Fuzil para o EB
Eu acho que seria melhor o Exército ter um calibre só. Vantagens e desvantagens acabam se anulando. Por exemplo: na selva, suponho que a logística seja tão importante quanto numa operação paraquedista, então, o calibre 5,56 obterá a vantagem; ao mesmo tempo, aparentemente, ele poderá ser desvantajoso, no quesito penetração de barreiras. Então, o que será o principal fator? O menor ônus logístico na selva, ou a menor capacidade de atravessar um tronco de árvore e matar o inimigo abrigado?dalton romao escreveu:o ideal é que se fosse escolhido um calibre pra todo exército. mas faz sentido o uso do 5.56 pela brigada paraquedista e a de forças especiais, pras outras a versão carabina 7.62 cai bem. carabinas pra leve, selva, montanha, blindada e a versão fuzil pro resto. e aí um FAP IA2 em 5,56 e outro em 7.62.
Além do mais, e quando a Brigada Paraquedista for mandada para lutar dentro da selva? Vai deixar os fuzis 5,56 no depósito e pegar fuzis 7,62? Melhor, penso eu, assumir logo um calibre só, e partir com tudo para o reequipamento das tropas, no menor prazo possível. Realmente, levar uns dez anos para trocar todos os fuzis do Exército parece impensável.
Como civil leigo, sonhador e sem responsabilidades, eu ainda vou ficar suspirando em como teria sido bom se o Exército brasileiro tivesse usado estes anos todos, para tentar desenvolver um calibre proprietário, nem 5,56 mm (com todas as suas deficiências); nem o 7,62 mm (com todas as suas deficiências).
Re: Novo Fuzil para o EB
Ontem eu vi um filme no CINEMAX muito bom chamado maquina de guerra que mostra como e dificil a aquisição de um material de defesa. Desde sua pesquisa ate sua certificação.
E isso no exército americano. Embora abisurdo e uma história real que recomendo a todos assistir pois tenho medo de algo parecido estar acontcendo com o exercito brasileiro no caso do fuzil.
E isso no exército americano. Embora abisurdo e uma história real que recomendo a todos assistir pois tenho medo de algo parecido estar acontcendo com o exercito brasileiro no caso do fuzil.
Re: Novo Fuzil para o EB
Achei a parte d ofilme que falei. E sobre o desenvolvimento d obrethilei mais serve para o nosso caso tambem.
- dalton romao
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Re: Novo Fuzil para o EB
clermont, foi o que disse, um calibre é melhor. se a brigada paraquedista acha o 5.56, pelas razões que já lemos, superior, que se adote o mesmo. eu particularmente, mesmo sabendo que damos pouquíssimos tiros por ano, ainda sou favoráve ao 7.62. podem me chamar de saudosista.
- dalton romao
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- Lywis
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Re: Novo Fuzil para o EB
Guerra, onde conseguisse esse artigo?Guerra escreveu:Aqui a conclusão do primeiro estudo sobre o 5,56 na bda pqdt.
CONCLUSÃO
Esta seção primária tem como finalidade sintetizar os resultados obtidos ao longo da
pesquisa, que, inicialmente, apresentou como objetivo geral a possibilidade de se verificar a
otimização do desempenho operacional das tropas pára-quedistas por meio da utilização do
calibre 5,56 mm.
Acredita-se que o objetivo, por meio dos resultados obtidos, foi plenamente atingido,
principalmente por meio da análise à bibliografia apresentada, da entrevista realizada a um
oficial médico legista da Polícia Militar, conforme Apêndice B, da apreciação das respostas
colhidas em um questionário enviado aos oficiais dos Batalhões de Infantaria Pára-quedista,
conforme Apêndice A, e de um teste de tiro realizado para se comparar a eficácia dos calibres
5,56 e 7,62.
Acerca das operações aeroterrestres, pode-se concluir que a força pára-quedista tem o
apoio logístico como uma de suas maiores deficiências, refletindo diretamente na quantidade
de munição conduzida pelos combatentes. Dois fatores contribuem para esta limitação: a
primeira é a possibilidade que a força pára-quedista possui de atuar isolada distante do fluxo
de suprimento, o que dificulta sobremaneira o ressuprimento. O segundo fator é a grande
dependência da tropa pára-quedista às aeronaves, pois elas estão intimamente ligadas às
condições meteorológicas e à superioridade aérea, fatores estes, muitos incertos durante o
decorrer da operação aeroterrestre. Por isso, a força pára-quedista deve estar apta a suportar
setenta e duas horas sem ressuprimento. No entanto, a Brigada Pára-quedista é empregada
para conquistar pontos importantes onde o inimigo pode atuar a qualquer momento e em
qualquer direção. Sendo assim, para que não se perca a operacionalidade e se possa conquistar
e manter uma cabeça-de-ponte aérea de forma rápida, é necessário que o soldado conduza
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uma quantidade maior de munição, quando comparada a uma tropa convencional, porém o
grande peso a ser transportado, por ocasião deste acréscimo, dificulta a mobilidade, sendo
necessário a utilização de um calibre mais leve e que proporcione a mesma eficácia que do
7,62.
No tocante a munição, foram analisados, entre os calibres 5,56 mm e 7,62 mm, três
fatores importantes para a tropa pára-quedista, sendo eles o peso, os efeitos e o poder de
parada. No que se refere ao peso, concluiu-se que o cartucho 5,56 possui metade da massa do
7,62, sendo assim um combatente poderia conduzir o dobro de munição, fator extremamente
relevante para a Brigada Pára-quedista, que atua isolada na maioria das missões e que possui
inúmeras restrições quanto seu apoio logístico, como visto anteriormente. No segundo
critério, balística de efeito, foi observado que os calibres apresentam características diferentes,
o 7,62 mm apesar de possuir energia cinética maior e cavitação temporária também maior, sua
trajetória uniforme, no interior do corpo humano, faz com que possua uma cavitação
permanente menor e com isso uma letalidade menor, já o 5,56 mm, devido sua instabilidade
no interior do corpo e sua rotação longitudinal, tende a produzir ferimentos com grau de
letalidade maior. No último critério, poder de parada, concluiu-se que tanto o 7,62 mm quanto
o 5,56 mm apresentam uma eficiência muito boa, com resultados, nas situações em que foram
observados, próximos dos 100%, podendo afirmar que, proporcionalmente, são equivalentes
neste critério.
Com relação ao desempenho operacional da tropa pára-quedista, percebeu-se que
diante dos resultados obtidos por meio das pesquisas de opinião, enviadas aos oficiais dos
Batalhões de Infantaria Pára-quedista, o calibre 5,56 mm tende a aumentar a autoconfiança da
tropa e no que tange a eficácia, os calibres apresentam resultados proporcionalmente iguais,
não vindo a influenciar a variável. Sendo assim, concluiu-se que a utilização do calibre 5,56
mm aumenta a operacionalidade da tropa pára-quedista.
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Portanto, ao final da pesquisa, percebe-se que todos os objetivos propostos foram
alcançados e conclui-se que o calibre 5,56 mm otimiza o desempenho da tropa pára-quedista,
sendo uma solução moderna e acertada para o Exército Brasileiro.
O presente estudo servirá de pressuposto teórico para o melhoramento da eficiência
das tropas pára-quedistas, no sentido da utilização de uma munição tão eficaz quanto o 7,62 e
mais leve, possibilitando o transporte de uma quantidade maior, amenizando, assim, o
problema referente à necessidade de um possível ressuprimento, caso a tropa oponente atue
sobre a cabeça-de-ponte aérea.
Espera-se que esta pesquisa sirva para suscitar novos e produtivos debates em relação
ao tema estudo, contribuindo para o crescimento e modernização do Exército.
Abraços.
- Túlio
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Re: Novo Fuzil para o EB
De minha parte, se o GUERRA, que vivencia a tropa, me diz que 5,56 não afeta em nada o GC, por mim tudo tri, então. Agora só falta comprar os lança-granadas e FMs...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Novo Fuzil para o EB
Esse trecho é interessantíssimo.7,62 mm apesar de possuir energia cinética maior e cavitação temporária também maior, sua
trajetória uniforme, no interior do corpo humano, faz com que possua uma cavitação
permanente menor e com isso uma letalidade menor, já o 5,56 mm, devido sua instabilidade
no interior do corpo e sua rotação longitudinal, tende a produzir ferimentos com grau de
letalidade maior.
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Re: Novo Fuzil para o EB
jumentodonordeste escreveu:Esse trecho é interessantíssimo.7,62 mm apesar de possuir energia cinética maior e cavitação temporária também maior, sua
trajetória uniforme, no interior do corpo humano, faz com que possua uma cavitação
permanente menor e com isso uma letalidade menor, já o 5,56 mm, devido sua instabilidade
no interior do corpo e sua rotação longitudinal, tende a produzir ferimentos com grau de
letalidade maior.
O bolovo vai ter um orgasmo....
de volta a Campo Grande - MS.
- knigh7
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Re: Novo Fuzil para o EB
Para substituir o FAP, penso num modelo do tipo M27. Tem capacidade entre 700 a 900 TPM, com velocidade inicial de 2.900 pés/segundo, com o mesmo alcance efetivo de um M249, porém mais prático:Túlio escreveu:Tá, mas e sobre este post aqui, Guerra?
Túlio escreveu:Não, um FUZIL-METRALHADOR dedicado (ou seja, não uma cópia reforçada do IA-2 mas uma arma desenhada para a função, com cano removível, toda a estrutura e peças mais robustas e carregador de uns 100 cartuchos - aproveitando o baixo peso da munição) em 5,56 por GC. Atualmente o FAP dispara pouco, então os Sds usam seus potentes FAL para fogo de cobertura. Com 5,56 não vai funcionar. Ademais, lança-granadas seriam interessantes no GC, tanto os que vão sob o Fz quanto o GL-6. O Guerra poderia ir mais longe...
Editado pela última vez por knigh7 em Sáb Dez 03, 2011 11:19 pm, em um total de 1 vez.
- knigh7
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Re: Novo Fuzil para o EB
CONCLUSÃO
Esta seção primária tem como finalidade sintetizar os resultados obtidos ao longo da
pesquisa, que, inicialmente, apresentou como objetivo geral a possibilidade de se verificar a
otimização do desempenho operacional das tropas pára-quedistas por meio da utilização do
calibre 5,56 mm.
Acredita-se que o objetivo, por meio dos resultados obtidos, foi plenamente atingido,
principalmente por meio da análise à bibliografia apresentada, da entrevista realizada a um
oficial médico legista da Polícia Militar, conforme Apêndice B, da apreciação das respostas
colhidas em um questionário enviado aos oficiais dos Batalhões de Infantaria Pára-quedista,
conforme Apêndice A, e de um teste de tiro realizado para se comparar a eficácia dos calibres
5,56 e 7,62.
Olha se esse médico legista for do Rio, como deve ter sido, o EB foi muito bem assessorado...
- Luís Henrique
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Re: Novo Fuzil para o EB
Mas tem outro porém.Gerson Victorio escreveu:jumentodonordeste escreveu: Esse trecho é interessantíssimo.
O bolovo vai ter um orgasmo....
No campo militar, normalmente as pessoas utilizam COLETES.
Teríamos que analisar se existe diferença significativa com o uso de proteção.
Outra coisa, eu já li que o 5,56 é bom porque não mata. E um soldado ferido ocupa 2 ou 3 para ajuda-lo. O que paralisa o avanço inimigo.
Já o 7,62 mata e os outros militares continuam o avanço.
Tb não sei se essa informação procede, mas já li sobre isso.
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
Simplesmente um GRANDE caça.
- Clermont
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Re: Novo Fuzil para o EB
Isso é mito criado por civis para ser consumido por outros civis, como defesa do cartucho 5,56 mm contra as críticas, depois que ele já estava em utilização.Luís Henrique escreveu:Outra coisa, eu já li que o 5,56 é bom porque não mata. E um soldado ferido ocupa 2 ou 3 para ajuda-lo. O que paralisa o avanço inimigo.
Já o 7,62 mata e os outros militares continuam o avanço.
Tb não sei se essa informação procede, mas já li sobre isso.
Primeiro porque os tais feridos muito provavelmente acabariam caindo prisioneiros, e o lado que os feriu é que teria que arcar com o ônus logístico de cuidar deles.
Segundo porque arruinaria o moral - como às vezes parece acontecer segundo relatos de várias guerras - se o lado armado com armas 5,56 mm sentisse que seus soldados continuam a ser mortos ou feridos por inimigos que, baleados com cartuchos 5,56 mm ainda continuam a oferecer resistência muito tempo depois de atingidos.
Aliás, foi por causa disso que criaram o cartucho .45 ACP, depois que a munição de revólver anterior dos americanos falhou em deter inimigos tribais nas Filipinas.
Sobre a eficiência - ou deficiência - do cartucho 5,56 mm, ainda é preciso saber que tipo de munição se trata. As munições originais tinham uma tendência maior de efeturarem o tal "tombamento" no interior do corpo, de que fala o relatório dos paraquedistas. E também precisavam ser disparadas de armas com canos de 20 pol para cima. Consta que as munições 5,56 mm posteriores, principalmente quando disparadas dessas novas carabinas com canos de 14,5 pol carecem de tal efeito, portanto sendo inerentemente mais fracas no quesito abate imediato do inimigo atingido. Na Somália, consta que os guerrilheiros magricelas eram atingidos e só ficavam com um furo no corpo, que podia matá-los de hemorragia, mas não antes que tivessem descarregado seus RPGs e AKMs nos Rangers invasores.