knigh7 escreveu:FCarvalho escreveu:Não entendo até hoje o porque do EB, diz-se, não gostar do Pantsyr. É o melhor sistema na sua categoria reconhecidamente em todo o mundo. Para acompanhar a mecanização das forças verde-oliva não conheço outro melhor que ele. E pode ser montado em vários veículos, com as devidas adaptações.
abs.
Há alguns anos atrás a ALIDE acabou divulgando uma palestra da ROSOBORONEXPORT para oficias do EB. Portanto seria bastante difícil a empresa mentir.
Não consta interação com os sistemas do SISDABRA. Apenas que o IFF pode ser ocidental.
Os sistemas russos são projetados com padrões diferentes dos ocidentais. É bastante difícil a integração.
É como ocorre com os Mi35M da FAB: nada que serve para eles serve nos outros. Nada dos outros serve para ele, exceto o rádio R&S.
Bem, aqui temos um problema de conjuntura.
No caso dos sistemas AAe que temos, Iglas e RBS-70 também não possuem comunalidade com o SISDABRA. E nem precisam. São sistemas táticos para auto-defesa de tropas em campo, não sistemas de defesa estratégicos. Para isso deveríamos estar falando em sistemas da categoria do S-350 para cima.
Aliás, pelo que conheço deste sistema, ele poderia ser adaptado por aqui mesmo em relação a radares e C2 - já temos hoje capacidade para isso - além da parte logística e veicular. Os mísseis propriamente ditos e seus lançadores seriam russos. Ou caso fosse solicitado, poderia-se mesmo pensar em adaptar os atuais lançadores do Astros para os mesmos, ou algo homólogo. É só questão de dinheiro, vontade e capacidade.
Não me consta que tenhamos algum destes itens.
Em todo caso, há de se ver também que os sistemas russos hoje em dia, a depender claro de quais sejam, já estão sendo oferecidos com integração, em maior ou menor grau, com sistemas ocidentais. Basta querer e pagar. Infelizmente no Brasil a mentalidade militar ainda está muito arraigada em visões que considero atrasadas e/ou dependentes. Isto de que tudo aqui tem de ser obrigatória e necessariamente no padrão OTAN/STANAG é um absurdo. O fato de estarmos no lado ocidental do mundo não nos torna mais próximos ou mesmo mais importantes ou sequer interessantes para o mercado mundial de armas, seus produtores e menos ainda de seus países.
Neste sentido sempre defendi que a nossa logística tivesse um padrão tupinquim, adaptado e flexível as diversas possibilidades do uso de sistemas de qualquer origem.
Mas como não pensamos assim, vamos, como de fato estamos, sempre negando a nós mesmos alternativas de sistemas bélicos de igual qualidade ou mesmo superior a seus homólogos ocidentais porque simplesmente eles não tem um selo de "main in do nosso lado "certo" do mundo".
Se formos nos pautar nisso, jamais teremos por aqui Mi-28NM, Pantsyr, Mi-17, Mi-38 e nem qualquer outra coisa vinda da Russia ou China só porque "o parafuso roda para o lado errado."
Honestamente, a FAB está operando os Mi-35 já há alguns anos e ao que me consta, "mesmo sendo russo"

todo mundo no 2o/8o Gav não tem do que reclamar deles. Ao contrário, aquele esquadrão é só elogios para seus helos.
Afinal, temos que ter um padrão atenda antes de tudo nossos interesses, e não os de outrem.
Não vejo qualquer problema em operar sistemas ocidentais juntamente a russos ou chineses e seja lá mais de quem for. Cabendo na nossa logística, bom para nós. E se alguém lá fora não gostar, paciência.
Aliás, quando precisarmos da nossa lógística militar, tenho sérias dúvidas de que alguém por aqui, ou em qualquer outro lugar vá perguntar, ou se preocupar, de onde estão vindo os recursos para sustentarmos a nossa defesa.
Afinal, para nós o que deve interessar, penso, é que o sistema faça o serviço. De preferência bem feito. Não importa aonde ele foi comprado, ou se foi feito a marretadas, ou com laser industrial. Funciona? Serve para o que eu preciso? Então tá bom pra nós. Depois a gente pensa nisso de etiquetas.
abs.