Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jun 06, 2025 2:47 pm
Daqui 10 só vai sobrar Gripen e ST, ou compram logo algum avião de 2ª mão, ou vai ser a total falência da FAB.
A ideia reinante no FX-1 e FX-2 até outro dia era de possuir apenas um único caça, vislumbrando, primeiro, a questão de custos, logísticos e operacionais, e depois questões tecnológica, industriais, etc. Mas, como a própria FAB não consegue manter seus planejamentos com um mínimo de longevidade, para não dizer, senso de permanência, é preciso lembrar também que a cada troca de governo, também são trocadas as decisões e planos até então com ares de estratégicos e de longo prazo. Esta falta de comprometimento entre o que se diz, e o que se faz, é patente nas três forças a cada ciclo político no país. Não tem planejamento que suporte esse tipo de comportamento acéfalo e desmedido dos militares.Túlio escreveu: Qui Jun 05, 2025 2:37 pmFCarvalho escreveu: Qui Jun 05, 2025 11:06 am Só para fazer constar.
(...) desde a introdução dos Mirage III, é notável que a FAB tem falhado sucessivamente em emprestar à sua aviação de caça o papel de destaque e relevância que possui. É quase como se fosse um assunto de segunda categoria na prática, ante o que se apõe no papel. (...)Este ponto sozinho mereceu o "joinha": é de fato nos anos 70/80 que uma certa "doutrina" do TAB, até então praticamente inexistente para a Aviação de Caça, se faz evidente para todos, sendo os supersônicos capazes de operar dia e noite (Mirage III), ou seja, o filé, destacados para a defesa de bostília, enquanto os também supersônicos mas só diurnos (F-5E) que se virassem pelo resto do "país", inicialmente com apoio dos subsônicos AT-26 e depois dos AMX.
Vale até hoje, ou para onde está indo cada novo Gripen que chega? Coisas assim até me permitem duvidar de jatos substituindo o ST como treinador/LIFT, mas não o F-5 e AMX: algo como o FA-50 block 20, sendo supersônico e com alguma capacidade BVR poderia - sem prejudicar a aludida "doutrina" - tomar o lugar de "caça tático" de um, enquanto o subsônico M-346FA ficaria com as funções de "ataque estratégico" do outro.
Eu sei que parece birutagem falar isso de operar três aviões de combate sem praticamente nada em comum, mas vejamos a História:
A/C dos anos 70 - Mirage III, F-5E e Xavante;
A/C dos anos 90 - Mirage III, F-5E e AMX;
A/C de meados dos anos 2000 - Mirage 2000, F-5M e AMX (depois A-1M com grande redução da frota);
Hoje - Gripen, F-5M e o pouco que sobrou dos A-1M.
Eu sei que é sodas mas não aposto um centavo contra manterem a tale de "doutrina", três aeronaves sem praticamente nada em comum, nem mesmo a origem (de França, EUA e Itália passa a Suécia, Coreia do Sul e Itália), cumprindo mais ou menos as mesmas funções; e a PROMESSA era uma só (Gripen E/F) substituir o "tradicional" trio.
Penso que um segundo lote de qualquer coisa está praticamente descartado se o governo de plantão atual permanecer onde está. E não falo isso por acreditar que outro governo diferente deste queira ou irá resolver o problema de pronto, ao contrário, no quesito defesa nacional, a politicagem tupiniquim sempre teve exatamente a mesma opinião e visão do papel das ffaa's desde sempre. E nunca teve nada a ver com a defesa nacional, ao contrário.J.Ricardo escreveu: Sex Jun 06, 2025 2:47 pm Daqui 10 só vai sobrar Gripen e ST, ou compram logo algum avião de 2ª mão, ou vai ser a total falência da FAB.
Algo usado deve sair tarde tbm nessa altura do campeonato! Os Argentinos vai receber F-16 até 2028 !J.Ricardo escreveu: Sex Jun 06, 2025 2:47 pm Daqui 10 só vai sobrar Gripen e ST, ou compram logo algum avião de 2ª mão, ou vai ser a total falência da FAB.
Particulamente sempre tive dúvidas quanto ao número proposto inicialmente no FX-2: 120 caças. Dado o nosso histórico de aquisições, era elevada a probabilidade de não chegarmos nem a metade disso (infelizmente a história está se repetindo), tanto pelo custo de aquisição quanto de operação.J.Ricardo escreveu: Sáb Jun 07, 2025 8:33 am é uma questão difícil de se resolver, já que nos EUA não sei se tem células que prestem essa altura do campeonato, da Europa o que tinha foi pra Ucrânia, a Argentina foi a última que conseguiu alguma coisa na "xepa", não sei se a Suécia tbm vai querer se desfazer dos seus Gripens C para vender a Brasil, nossos institutos militares tinham que fazer um convênio com a FGV, ou com a FIA, para melhorar a gestão de suas forças.
Isso foi mudado com os A-29 , foram racionalizados as 99 sendo estocadas e dividindo entre os esquadrões e revezando , algo que não foi feito com os Xavantes , sendo obrigatório comprar os Impalas da África do Sul !J.Ricardo escreveu: Sáb Jun 07, 2025 8:33 am é uma questão difícil de se resolver, já que nos EUA não sei se tem células que prestem essa altura do campeonato, da Europa o que tinha foi pra Ucrânia, a Argentina foi a última que conseguiu alguma coisa na "xepa", não sei se a Suécia tbm vai querer se desfazer dos seus Gripens C para vender a Brasil, nossos institutos militares tinham que fazer um convênio com a FGV, ou com a FIA, para melhorar a gestão de suas forças.
FCarvalho escreveu: Sáb Jun 07, 2025 1:06 pm
Já disse e repito, novos Gripen E\F chegam rapidinho se a FAB fizer o óbvio, que é dar baixa geral em todos os AMX e F-5. E motivos para isso não nos faltam, sejam técnicos, operacionais ou humanos. Só não faz se não quiser.
As coisas tem que ser feitas do jeito certo, na hora certa. Estamos em ano pré eleitoral, e em 2026 começa o pega pra capar entre a turba de Brasília. Eles que se matem entre si. E por mim, quanto mais, melhor.Túlio escreveu: Sáb Jun 07, 2025 3:00 pmFCarvalho escreveu: Sáb Jun 07, 2025 1:06 pm Já disse e repito, novos Gripen E\F chegam rapidinho se a FAB fizer o óbvio, que é dar baixa geral em todos os AMX e F-5. E motivos para isso não nos faltam, sejam técnicos, operacionais ou humanos. Só não faz se não quiser.Fizeram algo assim com os Mirage III, visando apressar o FX (queriam então 12 Gripen C/D); conseguiram Mirage 2000 da versão mais antiga, já praticamente tão obsoleta quanto os caças que substituiu, e claro que ODIARAM, tanto que lhes deram baixa meia dúzia de anos depois e... tiveram que se virar só com F-5M mesmo, até em Anápolis, e sem nenhuma unidade adicional, ou seja, os esquadrões existentes ainda por cima perderam aeronaves e pilotos.
Se alguém lá ainda lembra disso, não irá subestimar o desprezo dos paisanos pela serventia dos fardados...