Fórum Defesa Brasil

dalton romao escreveu:o fuzil é o básico alex. se não tem dinheiro nem pra isso que outros projetos mais importantes vão andar?

O problema do fuzil no EB vai muito além de dinheiro. Pode até ser que seja um dos fatores, mas com certeza não é o único, e tenho minhas dúvidas se realmente é o principal deles.

São questões de ordem burocrática, estratégica, organizacional, a própria capacidade de decisão no EB (influenciada pelos outros fatores) e por fim... a deficiência financeira.




abraços]

jauro escreveu:O corte no orçamento, podou qualquer possibilidade do projeto IA2 ir à frente. Em 2012 quem sabe.
O serviço de recuperação e transformação do fuzil 7,62mm M964 em parafal 7,62mmMD1 só não parou totalmente porque haviam contratos assinados em 2010 com verbas alocadas.

Arrêgo !!!
Do jeito que vai indo, daqui a pouco vão ter que usar o Tacape M1A1.

Brasileiro escreveu:

dalton romao escreveu:o fuzil é o básico alex. se não tem dinheiro nem pra isso que outros projetos mais importantes vão andar?

Vejam só. Vamos para 6oo pgs de discussão e o EB não consegue definir um simples novo fuzil para sua tropa.

Isso mais e melhor do que qualquer tese de doutorado ou Phd, ou qualquer pesquisa na área já feita.

Talvez só o número de paginas dos docs oficiais gerados por essa embromação sejam maiores.

Realmente, tem alguma coisa muito errada neste país. E não somo nós.

abs.

FCarvalho escreveu:

Brasileiro escreveu:

Vejam só. Vamos para 6oo pgs de discussão e o EB não consegue definir um simples novo fuzil para sua tropa.

Isso mais e melhor do que qualquer tese de doutorado ou Phd, ou qualquer pesquisa na área já feita.

Talvez só o número de paginas dos docs oficiais gerados por essa embromação sejam maiores.

Realmente, tem alguma coisa muito errada neste país. E não somo nós.

abs.

Aí que está o problema.

O EB não quer um "simples fuzil", ele quer uma arma que faça de tudo o que o velho FAL faz, que seja barato de adquirir, que de robusta dure 'para sempre', e que seja necessariamente fabricada pela Imbel.

Daí a troca que se quer fazer, nestas condições que se impõem, inviabiliza a quebra de paradigma. Troca-se uma arma velha por uma nova e termina por aí, a tropa continua funcionando da mesma maneira. Aí é que está: O EB não quer mecher na tropa, na constituição, organização ou filosofia de ação dela. Fazendo isso, a troca de fuzil torna-se uma ação isolada e imperceptível já que o desdobramento desta mudança fica impedido de se propagar aos outros setores, já que teria um custo financeiro em si e algumas outras coisas teriam de ser começadas praticamente do zero.

Daí eu diria que o EB teve grana para desenvolver um SABER M-60 e comprá-lo (este ano são 9 radares), entrou na onda do Astros-2020 e da VBTP-MR, que vem de vento em popa. Todos programas multi bilionários que estão indo para frente. Faltou grana para o básico.

Não faltou grana para o fuzil, o fato é que o EB não apresentou nenhuma proposta, nem mesmo o EB sabe ao certo o que quer como sua nova arma, nem sabem direito se trocarão o calibre ou se será apenas parte da tropa que mudará de calibre, ninguém tem certeza de nada. Por isto não há como gastar um centavo sequer se não se sabe precisamente como se irá gastar.

Pode ser que o EB não queira mesmo trocar de fuzil, o que pode ser verdade, dado o que foi dito até agora.


abraços]

Isto já parece umpaís que eu não vou referir que teve dinheiro para comprar Leopard II A-6, U-209 P, EH-101 (tudo programas milionários) e depois os militares andam de G-3 e Galil...

FCarvalho escreveu:Vejam só. Vamos para 6oo pgs de discussão e o EB não consegue definir um simples novo fuzil para sua tropa.

O Exército estuda a troca de fuzil e munição há bem mais tempo do que "600 páginas do Fórum DB". Ele faz isto desde, no mínimo, os finais de 1970, começos de 1980, quando surgiram os protótipos do LAPA, e dos primitivos MD da IMBEL.

Deviam chamar quem teve coragem, em 1963, de trocar o mauser pelo FAL. Nem que seja em cerimônia espírita. Mas ainda prevalecem correntes fortes, como a decisão de se fabricar um fuzil novo ao invés de fabricar um estrangeiro sob licença, e que se esperarmos o suficiente, já adotaremos o calibre do futuro, seja ele qual for.

rodrigo escreveu:Deviam chamar quem teve coragem, em 1963, de trocar o mauser pelo FAL.

Taí, uma coisa que eu sempre tive vontade de saber: como foi o processo que levou a escolha do FAL-FN, no lugar dos "Mosquetões"?

Quanto tempo levou?

Como foi organizado?

Como foram feitos os testes?

Quais outros fuzis disputaram a escolha?

Qual a posição da Marinha e da Aeronáutica?

Quais os detalhes financeiros?

Quais os detalhes técnicos de construção própria em Itajubá?

O que a Fabrique Nationale da Bélgica prometeu? O que cumpriu ou deixou de cumprir? Alguma cláusula secreta no acordo comercial?

Quanto tempo levou do primeiro fuzileiro de GC do Regimento-Escola de Infantaria (o REI) do Rio de Janeiro até o último sentinela de depósito logístico em Manaus, para que todo o Exército estivesse dotado de FAL-FN?

Porque o Brasil nunca fabricou metralhadoras MAG, da mesma forma como fabricou os FAL e FAP?

Algum voluntário para tentar responder?

Acho que tocaram num ponto chave: O exército tem algum bom motivo para trocar o fuzíl? Pergunto porque, se não há a intenção de mudar nada na doutrina, na formação, na organização ou na logística, ficando até mesmo o mesmo calibre e pouca ou nenhuma capacidade a mais adquirida para o novo fuzíl(daí a idéia de um IA2 básico, simplismente mais leve que o FAL atual e com trilhos para acessórios que não serão comprados...), para quê se dar ao trabalho? Para que colocar dinheiro em algo que não vai trazer nenhum ganho palpável? Sim, o IA2 7.65 será mais leve, oque vai facilitar a vida do soldado, mas a vantagem começa e termina aí??? Iria o exército gastar um bom dinheiro para ganhar um quilo para o soldado???
Estou realmente desanimado em discutir sobre o fuzil, visto que, ao que parece, é uma discussão sem objetivo... O exército não quer mudar, pelo menos não nesse aspecto, então é melhor direcionar o dinheiro para comprar peças de reposição e melhorar os fuzis existentes...

Allan

ninjanki escreveu:Acho que tocaram num ponto chave: O exército tem algum bom motivo para trocar o fuzíl? Pergunto porque, se não há a intenção de mudar nada na doutrina, na formação, na organização ou na logística, ficando até mesmo o mesmo calibre e pouca ou nenhuma capacidade a mais adquirida para o novo fuzíl(daí a idéia de um IA2 básico, simplismente mais leve que o FAL atual e com trilhos para acessórios que não serão comprados...), para quê se dar ao trabalho? Para que colocar dinheiro em algo que não vai trazer nenhum ganho palpável? Sim, o IA2 7.65 será mais leve, oque vai facilitar a vida do soldado, mas a vantagem começa e termina aí??? Iria o exército gastar um bom dinheiro para ganhar um quilo para o soldado???
Estou realmente desanimado em discutir sobre o fuzil, visto que, ao que parece, é uma discussão sem objetivo... O exército não quer mudar, pelo menos não nesse aspecto, então é melhor direcionar o dinheiro para comprar peças de reposição e melhorar os fuzis existentes...

Allan

Pelas especificações nem mais leve vai ser....De alguma maneira bizarra o polímero da imbel é tão pesado quanto aço...

E o fuzil da Taurus, como anda?

E o fuzil da Taurus, como anda?

Vem sendo um esforço (lobby) enorme para preencher a lacuna deixada pelo MD-97. Nos próximos anos há uma lacuna interessante no mercado, existe a previsão de aquisição de mais equipamento para FNS, PRF e policias estaduais. Existe ainda a possibilidade de criação da polícia de proteção judiciária (para magistrados e MP).

rodrigo escreveu:

E o fuzil da Taurus, como anda?

Vem sendo um esforço (lobby) enorme para preencher a lacuna deixada pelo MD-97. Nos próximos anos há uma lacuna interessante no mercado, existe a previsão de aquisição de mais equipamento para FNS, PRF e policias estaduais. Existe ainda a possibilidade de criação da polícia de proteção judiciária (para magistrados e MP).

Isso poderia ser um 'gatilho' capaz de chamar a atenção do EB?



abraços]

Isso poderia ser um 'gatilho' capaz de chamar a atenção do EB?

Não sei se vai entusiasmar ou acelerar a imbel. Mas se chegar o momento da aquisição, e o EB vai puxar a legislação que obriga a compra do material nacional. No quesito fuzil 5,56, qual a arma nacional?
No intervalo entre 2014 (copa) e 2016 (olimpíadas), o mundo inteiro vai estar de olho no Brasil, inclusive todos os tipos de terroristas. As delegações vão cobrar do país anfitrião o preparo e equipamento de suas equipes policiais. Não dá pra ter, principalmente nas capitais-sede na copa, polícia armada de AGLC e MD-97.

Até hoje não veio nenhum Fuzil?