MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

[Penguin]

De novo, dados BEM anteriores à tale de "pandemia", caro @Penguin. E gráfico tem pra tudo que é gosto, faltam "apenas" os que interessam, e que são os deste ano, que só serão disponibilizados naturalmente no ano que vem. Do passado os que mostraste valem tanto quanto este:



Dados da UNCTAD

https://unctad.org/en/Pages/statistics.aspx

Já que o assunto agora é Investimento Estrangeiro Direto...

Em 2019, os fluxos mundiais de Investimento Estrangeiro Direto (IED) apresentaram recuperação depois de dois anos seguidos de declínio. As entradas subiram +3%, segundo o mais recente levantamento da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento). Este movimento positivo, contudo, não deve resistir ao quadro de pandemia de Covid-19.

Para 2020, a UNCTAD projeta quedas intensas para as entradas de IED, entre -30% e -40%, passando de US$ 1,54 trilhão registrado em 2019 para um montante entre US$ 920 bilhões e 1,08 trilhão. Este desempenho esperado apenas agrava as projeções anteriores à pandemia, que era de estagnação (-3% em 2020 e +1% em 2021), associada às tensões políticas e comerciais no mundo.

Antes da crise do coronavírus, em 2019, os EUA mantiveram-se em primeiro lugar no ranking de entrada de IED, seguidos pela China, Singapura, Holanda e Irlanda. O Brasil, por sua vez, ficou na 6ª posição, com entrada de IED equivalente a US$ 72 bilhões e, mesmo registrando aumento de +20% em relação a 2018, perdeu uma posição no ranking.

https://www.iedi.org.br/cartas/carta_iedi_n_1020.html


Os dados desse ano, na maioria dos casos, estarão disponíveis a partir do ano que vem. Mas as projeções apontam a tendência.
Fluxo de IED mundial


O Brasil é historicamente um grande receptor mundial de IED. Nesse ano os fluxos de IED no Globo tendem a encolher entre 30-40% ( e dessa forma também afetará o Brasil). Quem acompanha o tema do IED, está monitorando como será o comportamento do IED no Brasil enquanto durar o COVID e se a politica ambiental de fato afetará os investimentos estrangeiros aqui.

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Já os investimentos financeiros (ações e títulos) realizado por estrangeiro (esse é muito mais "móvel")...

Saída de capital estrangeiro do país é a maior da história
Banco Central registra saída líquida de US$ 15,2 bilhões do país de janeiro a agosto deste ano, pior resultado desde 1982, refletindo aumento de incertezas globais e desconfiança de investidores

https://www.correiobraziliense.com.br/e ... toria.html

[Túlio]

ARROZ, a produção de arroz no sul do Brasil, especialmente no RS e SC que são os principais produtores, estava em decadência ou estagnada pelos baixos preços pagos aos produtores. Na região do litoral, perto de Tramandaí, estão grandes produtores de arroz como Santo Antonio da Patrulha, Palmares do Sul e outros. Ali pode-se ver muitas antigas lavouras de arroz com criação de gado ou plantação de soja. Agora, com melhor preço, muitas voltarão a produzir. O Brasil, se tiver mercado firme, pode fácil e rápido dobrar sua produção de arroz..

Cheguei a viver essa época aqui, em Osório e até Tramandaí tinha até quem vivesse de arrendar terra molhada (tipo banhado e circunjacências) para quem quisesse plantar arroz, era dinheiro certo...até que o preço caiu. Mas aqui no Brasil eu não sei, o BR Agribusiness evoluiu pra caramba*, basta ver que a UE acha tudo que é desculpa pra não ter que competir, os caras estão praticamente na Idade da Pedra em relação a nós, aqui a tigrada graúda já sabe o que vai plantar/criar com anos de antecedência e mantém atualização constante dos dados e prognósticos (custos, preços, tendências do Mercado), com geniozinhos fazendo e refazendo Fibonacci & quetales (brabo de essa tchurma mudar tudo por um fator que PARECE episódico); o nosso normal é a exceção deles, logo, produzem menos e mais caro. Enquanto o Brasil tiver Amazônia podem até botar o Lula de novo como PR mas a UE não vai baixar a guarda, basta dar um fogo e é "queime um Brasileiro", "boicote aos destruidores da rainforest" e por aí vai.

E @Penguin, no teu caso nem tem como debater, apenas devires e wishful thinking, vou me ater ao que tenho dito, só vamos saber o que tem do outro lado da ponte depois que a cruzarmos.

Curiosidade sobre os tempos que mencionaste: vários anos atrás comentei aqui no DB sobre uma proposta inusitada, uns Catarinas oferecendo $$$ para quem tivesse arma de caça pra abater MARRECÃO, os FDPs dos bichos, sabendo que era comida fácil, ficavam sobrevoando até começarem a semear, daí desciam e comiam as sementes. Eu já tinha arma pra isso (doze, tive pela maior parte da minha vida adulta) mas não topei, pois não gosto de carne de caça e portanto não preciso matar, mas meu melhor amigo (o Lamas, conheceste) adorava e adora, pegou a 28 dele, se foi e me contou: ganhava por bicho abatido e ainda podia ficar com tudo o que abatesse. Os que sobraram finalmente se ligaram e foram procurar outro restaurante, que o free lunch tinha acabado, pra um comer dez morriam...


* - Segundo um cupincha meu lá da Borrússia (região agropecuarista que fica parte em Osório e parte em SAP), só os ianques conseguem competir conosco e ainda assim com alguma desvantagem, porque o clima de lá é muito pior do que o daqui, especialmente por um fator que a tigrada do Agribusiness DETESTA: a imprevisibilidade. Mas fazendas tipo a do Beau Bennet são exceções, os caras trabalham parecido conosco.

[EduClau]

Desempenho econômico entre os países da AL e Espanha desde 1960:



sds.

[J.Ricardo]

Incrível que mesmo sendo praticamente um narcopaís, o México fica bem próximo da Espanha em PIB.
Acho que se o valor do narcotráfico fosse computado, estariam junto ao Brasil, mas também temos que levar em conta o quanto o país perde devido a sua guerra interna...

A decadência da Venezuela também é algo gritante.

[Penguin]

Incrível que mesmo sendo praticamente um narcopaís, o México fica bem próximo da Espanha em PIB.
Acho que se o valor do narcotráfico fosse computado, estariam junto ao Brasil, mas também temos que levar em conta o quanto o país perde devido a sua guerra interna...

A decadência da Venezuela também é algo gritante.

O pais com as maiores reservas de petróleo do Mundo....

[Penguin]

[Rurst]

PMI Atividade Econômica - Setembro 2020

Brasil continua tendo a recuperação econômica mais forte, rebotando em V.

[JavaLindo66]

O que está acontecendo no México? Esperaria algo similar aos EUA, ou pelo menos ao da Colombia.

[Matheus]

Meu receio é de que ocorra o que ocorreu pós crise 2009. Injetaram crédito, a economia cresceu (quem não lembra do Cristo Redentor decolando na Times?) e após entramos em recessão com inflação.
E olha que agora a injeção de dinheiro foi muito maior...

[Rurst]

Meu receio é de que ocorra o que ocorreu pós crise 2009. Injetaram crédito, a economia cresceu (quem não lembra do Cristo Redentor decolando na Times?) e após entramos em recessão com inflação.
E olha que agora a injeção de dinheiro foi muito maior...

https://www.bloomberg.com/graphics/glob ... onomics-vp

[delmar]

O que está acontecendo no México? Esperaria algo similar aos EUA, ou pelo menos ao da Colombia.

A economia mexicana está muito ligada aos Estados Unidos, através da ALCA. Vai demorar um tempo ainda até os EUA voltarem ao normal e começar a importar no mesmo ritmo anterior. Muitas indústrias do México são o que chamam por lá de "maquiladoras", ou seja recebem material americano, montam o produto e devolvem.
A indústria no Brasil é muito voltada para o mercado interno. Quando ele volta a comprar a indústria recupera-se. Também as nossas exportações baseadas no agro=negócio pouco sofreu com a pandemia. Com peste ou sem peste as pessoas precisam comer. Acredito que o Brasil vai recuperar-se mais rápido que muitos países.

[Penguin]

A importância do setor terciário para a economia

http://www.mdic.gov.br/index.php/comerc ... -acoes-scs

[Penguin]

O que está acontecendo no México? Esperaria algo similar aos EUA, ou pelo menos ao da Colombia.

A economia mexicana está muito ligada aos Estados Unidos, através da ALCA. Vai demorar um tempo ainda até os EUA voltarem ao normal e começar a importar no mesmo ritmo anterior. Muitas indústrias do México são o que chamam por lá de "maquiladoras", ou seja recebem material americano, montam o produto e devolvem.
A indústria no Brasil é muito voltada para o mercado interno. Quando ele volta a comprar a indústria recupera-se. Também as nossas exportações baseadas no agro=negócio pouco sofreu com a pandemia. Com peste ou sem peste as pessoas precisam comer. Acredito que o Brasil vai recuperar-se mais rápido que muitos países.

Graças a China de quem o Brasil e o agronegócios estão cada vez mais dependentes.

Ver coluna PART.2020: http://www.mdic.gov.br/balanca/mes/2020/BCE020A.xlsx

[Marcelo Ponciano]

Meu receio é de que ocorra o que ocorreu pós crise 2009. Injetaram crédito, a economia cresceu (quem não lembra do Cristo Redentor decolando na Times?) e após entramos em recessão com inflação.
E olha que agora a injeção de dinheiro foi muito maior...

O crescimento da crise de 2009 de fato foi devido a crédito indiscriminado e insustentável. No primeiro ano da crise o Brasil foi o único país do mundo que cresceu. O PIB da China foi maior em termos absolutos, mas sofreu queda em comparação aos anos anteriores, o do Brasil foi menor que o da China, mas foi um crescimento de uns 8 pontos percentuais ou mais em relação ao período anterior.

Por causa dessa política de fazer o bolo crescer com fermento químico que temos aí até hoje os 60 milhões no SPC que o Ciro tanto falava em 2018.

Ja a atividade econômica do Brasil que o gráfico indica não é devido ao crédito, mas sim de injeção direta de dinheiro na economia pelo auxílio emergencial. Se esse dinheiro tivesse que ser devolvido aí sim teríamos o mesmo problema da política de crédito anterior. Mas o auxílio não precisa ser devolvido, então não penso que o problema seja aí.

Por sua vez já não tem mais como aquecer a economia cortando a taxa básica de juros, porque o COPOM já cortou tudo que era possível.

O problema hoje é um só: fazer com que os grandes empresários tirem dinheiro dos seus gordos cofres e invistam no país, gerando emprego e renda.

É um problema porque empresário nenhum quer fazer isso enquanto o país vive infinitas tempestades políticas.

[Rurst]