MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

[Túlio]

Ano passado avisei alguns amigos sobre as ações do Banco do Brasil (BBAS3). Estavam a 13,50 e hoje estão cotadas a 31,00.
Depois avisei outros sobre a Helbor (HBOR3) quando ela estava a 1,63, em novembro. Ela chegou a cair pra 1.38, mas hoje está cotada a 3,40.
Essas já subiram demais, acredito, então se alguém colocou dinheiro na BBAS3 como comentei ano passado aqui no fórum penso que é hora de avaliar uma possível realização.

Agora venho aqui falar da JHSF Participações (JHSF3). O papel está cotado a 2,62. É uma empresa relativamente sólida, do ramo da construção e que tende a seguir as demais empresas do ramo que valorizaram muito desde o começo do ano. O aumento está relacionado à queda brusca na Selic que o governo Temer vem adotando.

Não estou dizendo pra ninguém entrar de cabeça naquilo que não sabe. O mercado de ações todo mundo sabe como é (pode dar lucro ou prejuízo) e eu não ganharei nem um centavo pelo lucro alheio, então não faz sentido que me cobrem se o resultado não for o esperado.

Só estou dizendo pra prestarem atenção na empresa por desencargo de consciência. Ano passado vi outras subirem e acabei não dizendo nada a ninguém aqui do fórum. Se vocês conhecem alguém de confiança que entenda do mercado de ações e tenham dinheiro e vontade de investir (um dinheiro que não vai fazer falta caso percam), fica a dica. É apenas isso, uma dica pra prestarem atenção no papel.

Se a moderação achar prudente apagar este comentário, pode fazê-lo. Não ficarei chateado nem nada. Lidar com dinheiro é assunto sério.

Pelo contrário, é tema muito interessante e és membro já antigo do DB, não iremos desprezar colaboração tão valiosa, que inclusive pode suscitar debates muito legais. Eu mesmo não entendo josta nenhuma do Mercado de Ações e gostaria, pois mais de uma vez já entrou uma grana legal e deixei na poupança ou comprei aquelas drogas de planos de capitalização (a loteria dos bancos, onde se passa anos "investindo" para ao final receber menos do que se gastou) por não saber nada sobre investimentos.

[Algus]

Ano passado avisei alguns amigos sobre as ações do Banco do Brasil (BBAS3). Estavam a 13,50 e hoje estão cotadas a 31,00.
Depois avisei outros sobre a Helbor (HBOR3) quando ela estava a 1,63, em novembro. Ela chegou a cair pra 1.38, mas hoje está cotada a 3,40.
Essas já subiram demais, acredito, então se alguém colocou dinheiro na BBAS3 como comentei ano passado aqui no fórum penso que é hora de avaliar uma possível realização.

Agora venho aqui falar da JHSF Participações (JHSF3). O papel está cotado a 2,62. É uma empresa relativamente sólida, do ramo da construção e que tende a seguir as demais empresas do ramo que valorizaram muito desde o começo do ano. O aumento está relacionado à queda brusca na Selic que o governo Temer vem adotando.

Não estou dizendo pra ninguém entrar de cabeça naquilo que não sabe. O mercado de ações todo mundo sabe como é (pode dar lucro ou prejuízo) e eu não ganharei nem um centavo pelo lucro alheio, então não faz sentido que me cobrem se o resultado não for o esperado.

Só estou dizendo pra prestarem atenção na empresa por desencargo de consciência. Ano passado vi outras subirem e acabei não dizendo nada a ninguém aqui do fórum. Se vocês conhecem alguém de confiança que entenda do mercado de ações e tenham dinheiro e vontade de investir (um dinheiro que não vai fazer falta caso percam), fica a dica. É apenas isso, uma dica pra prestarem atenção no papel.

Se a moderação achar prudente apagar este comentário, pode fazê-lo. Não ficarei chateado nem nada. Lidar com dinheiro é assunto sério.

Pelo contrário, é tema muito interessante e és membro já antigo do DB, não iremos desprezar colaboração tão valiosa, que inclusive pode suscitar debates muito legais. Eu mesmo não entendo josta nenhuma do Mercado de Ações e gostaria, pois mais de uma vez já entrou uma grana legal e deixei na poupança ou comprei aquelas drogas de planos de capitalização (a loteria dos bancos, onde se passa anos "investindo" para ao final receber menos do que se gastou) por não saber nada sobre investimentos.

Tem muita coisa neste novo governo que eu tenho criticado. A impressão que dá é que o mais pobre está pagando 100% da conta da crise. Não vi uma única medida que fizesse os mais ricos contribuírem também para o fim dela, pelo contrário.
Só que a gente tem que ser pragmático, o que não dá é pra gente ficar lamentando e esperando estes dois anos passarem.

O governo Temer tem acenado uma redução drástica na Selic, a nossa taxa básica de juros. Se a Selic cai, a tendência é que as taxas de juros para financiamentos caiam também.
Em outras palavras, com a Selic caindo os setores que trabalham com empréstimos e financiamentos tendem a ser beneficiados. E o setor imobiliário é um dos que mais precisam dos financiamentos. Quase ninguém compra imóvel a vista.

A Rossi subiu 250% desde o início do ano, a PDG 179%, a Helbor 127%, a própria JHSF já subiu 85%, todas do setor imobiliário.

O setor imobiliário cresceu muito até a crise do subprime. Só pra ter uma noção, as ações da Helbor chegaram a valer R$8,00 antes do estouro da bolha americana. Elas foram profundamente afetadas porque a crise americana envolvia o setor imobiliário e quando ensaiaram recuperação caíram novamente com a nossa recessão.

Só que quando a gente pensa em investir em ações não basta analisar o mercado, é fundamental também conhecer os fundamentos da empresa. A Rossi e a PDG subiram mais, mas elas possuem péssimos fundamentos (muito endividadas, adm ruim etc), então a tendência é que as outras do setor imobiliário acompanhem ou - mais provável - estas sofram alguma correção.

Também tem o terceiro fator, que é a análise grafista. Os investidores avaliam as ultimas cotações da empresa para verificarem se estão em um canal de alta ou de baixa (tendência).

As corretoras oferecem cursos (online e presencial) para aqueles que sabem pouco sobre o assunto. Sinceramente, este é o meu caso. Tenho pouca experiência como investidor e ainda estou aprendendo a fazer análise grafista.

A nossa bolsa tem um outro agravante, que é o vazamento de informações. Lá fora esse assunto é tratado com seriedade, mas aqui não. Então é relativamente comum uma empresa disparar ou despencar repentinamente e os investidores só descobrirem o real motivo disso semanas ou meses depois.

Apesar de tudo isso ela oferece grandes oportunidades. Eu tenho colocado apenas trocados nela. Pra quem tiver interesse em aprender antes de arriscar pôr dinheiro eu recomendo o https://uolinvest.economia.uol.com.br/
Neste site você faz de conta que tem dinheiro e investe nas principais ações do mercado brasileiro. Ele simula com a cotação real, então é uma ferramenta de aprendizado muito boa.

[Bourne]

Análise grafista? Isso é a maior picaretagem que inventaram na terra brasiliis e nas finanças em geral. isto é, a análise grafista está para análise quantitativa assim como astrologia para astronomia.

O suporte de investidores e corretoras é modelagem estatística e modelo matemático. Eles incorporam informações nos modelos e obtém algum resultado. A partir disso subsidia a decisão de quem vai dizer o sim ou não.

Tipo isso
http://www.mysmu.edu/faculty/yujun/MSFE_FEc/PartI.PDF

Ai vai muitas horas no papel e lápis, R, Maple, Mathlab e outros. Coisa que quase ninguém entendem. Por isso, quem faz esses modelos são aqueles consultores que fatoram R$ 40-50 mil por mês e mais os bônus. Outros professores da USP, FGV-SP, Puc-Rio fazem as tais consultorias e ganham suas 20-30 mil mês. Esses não usam gráfico, mas sim teoria estatística e matemática da pesada, mais teoria de finanças. Não tem achismo. Os contratantes grandes bancos, corretoras, fundos, estrangeiros e gente da pesada que o nome não deve ser dito. E, bem frisado, dão informação para quem diz sim ou não tomar uma decisão.

Senhores, cuidado. O que falei acima é para tubarão. Lembre que vocês são apenas peixinhos e, se querem acompanhar os tubarões, saibam que podem ser comidos. O que podem fazer é analisar informações e buscar alguma lógica. Tenho um amigo que se mete nessas coisas e dá aula disso, mas sabe que é um peixinho. Esse cara foi um dos que mais falava mal do Eike Batista desde tempos que conheci ele lá em 2008/2009. Sempre dizia ser uma fria.

Nas corretoras tem um monte de picaretagem. Por exemplo, a Empirius que picaretagem total e completa. Se eles soubessem essa mágica, nunca fariam publicidade dela. Já tinha transformado 30 reais em um milhão sozinhos.

http://sl.empiricus.com.br/vo27-milhao/

Ou, mais modesto, transformar 1,5 mil em 150 mil

http://sl.empiricus.com.br/eo04-7passos/

Outro ponto, façam o pé-de-meia e invistam no tesouro direto. Emprestar para o governo ainda é o melhor negócio nesse país. E podem jogar uuma pequena parte em ações.

[Algus]

Só pra explicar melhor essa questão da análise grafista:

A cotação das ações varia o tempo todo. Essa variação pode ser registrada ao longo do tempo na forma de um gráfico, mais ou menos como o modelo abaixo:



As linhas azul e vermelha são visualizadas (imaginadas) analisando o gráfico. A linha vermelha representa o suporte e a azul a resistência, assim - em teoria - poderia se enxergar a tendência da cotação. Quem faz análise grafista observa se o suporte e a resistência estão sendo respeitados. Se a cotação do papel ficar abaixo da linha vermelha, isso poderia significar uma tendência de queda e se em algum momento passar a azul significaria tendência de alta do papel.

Só que se você analisar isso friamente perceberá que não existe ciência nenhuma nesta análise. O fato da cotação ter seguido aquela trajetória não deveria ter nada a ver com o futuro da ação.
Mas por mais absurdo que possa parecer ela faz sentido muitas vezes. Isso ocorre porque um grande número de investidores realmente acredita na análise grafista. Então se os investidores acreditam que o papel sobe quando a linha de resistência é vencida então eles começam a comprar a ação e quando isso acontece ela acaba realmente subindo. Mas de científico isso não tem absolutamente nada.

Normalmente o que trabalha com análise grafista opera no curto prazo enquanto o que faz a análise fundamentalista (dos fundamentos da empresa e do mercado onde ela está inserido) trabalha no longo prazo.

Na última vez que eu mexi naquele UOL invest eu perguntei aos 10 primeiros colocados o que eles fizeram para obter tanto lucro. Um deles me respondeu da seguinte maneira:

"Eu já trabalhei pra Gerdau, a cotação estava em torno de R$1,00 quando comprei o papel porque o minério de ferro havia despencado de preço. Só que eu conheço os fundamentos da empresa, eu sei que esta queda foi muito além do que deveria, o papel está descontado e mais cedo ou mais tarde ele vai corrigir".

Ele não estava nem cogitando se o preço do minério de ferro se manteria naquele valor baixo. Ele simplesmente sabia que o papel tinha caído muito, mesmo considerando a queda de preço do minério, e sabia que a empresa conseguiria dar conta do recado mesmo naquela situação. Isso foi no começo do ano passado, todas as que trabalham com minério tiveram uma grande queda. A Vale do Rio Doce chegou a 6,80, salvo engano. Hoje deve estar na casa dos R$30,00.

Hoje a Gerdau voltou a ficar na casa dos R$5,00. Eu percebi que a maneira mais inteligente de investir é a que esse camarada disse. O correto é ignorar a análise grafista e investir somente na empresa que você conhece bem os fundamentos. O retorno pode demorar mais, mas a chance real de perda é bem menor.

[Sterrius]

Bourne, que papel vc ta recomendando no tesouro direito atualmente?

Eu to pegando o papel 2026 que da o retorno dos lucros a cada X meses.
Tb tenho investido um pouco em CDB e Poupança.

Ações quero investir mas tenho total ciência que é quase como apostar na loteria pro meu pequeníssimo conhecimento.

[Bolovo]

Bourne, que papel vc ta recomendando no tesouro direito atualmente?

Eu to pegando o papel 2026 que da o retorno dos lucros a cada X meses.
Tb tenho investido um pouco em CDB e Poupança.

Ações quero investir mas tenho total ciência que é quase como apostar na loteria pro meu pequeníssimo conhecimento.

Eu tbm queria saber melhor.

Tenho uma grana no CDB tbm, mas como eu faço parte da geração que jamais vai aposentar , to pensando no Tesouro Direto.

Mas tem aquele de Selic, o IPCA etc... qual é melhor?

[EduClau]

Também queria saber, eu tenho uns trocos na... poupança. Já viu a marreca.

SDS.

[Bourne]

Qualquer título do tesouro direto vai dar mais que poupança. Por que empresta direto para governo. É investimento de longo prazo.

O título do tesouro mais seguro nesse país doido que é IPCA + taxa de rendimento fixa anual. Quando se pensa no intervalo de cinco a dez anos.

O prefixado é ruim por que a inflação pode estourar e o rendimento sumir. É arriscado apostar que o banco central e governo vão cumprir a promessa.

Tesouro selic indexado Selic também é ruim por que a tendência é a selic despencar nos próximos anos. Então, mais risco se o governo fizer o que promete.

A calculadora já sai tudo descontado (imposto de renda e taxa de administração)

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesou ... alculadora

E podem encher o saco do gerente dos seus bancos. Eles não gostam de vender esse produto, mas são obrigados pelo governo. Ou podem procurar um corretor sério. No site do tesouro tem a lista das instituições habilitadas e quanto cobram (vai de zero % até 0,5%).

Mas, se tiverem um dinheiro sobrando que não fará falta, tem muita ação baixa de empresa boa que vai bombar quando a economia se recuperar. Inclusive estatais. Como vimos ali encima, o pessoal pequeno, grande e estrangeiro está se movimentando. Por exemplo, o amigo que falei ali em cima colocou 2 mil na Petrobrás quando tava no fundo do poço, hoje ele já começa a sorrir. E me contou que está observando outras estatais que potencialmente seriam boa opções para arriscar a sorte. Apesar do grosso dos investimentos financeiros estarem no tesouro direto de longo prazo.

Por isso, anos atrás no DB e outros lugares dizia que quem financiava casa por 30 anos era doido, especialmente por que o preço dos imóveis estava no auge. Hoje em dia, esses imóveis tão uns 50-40% do preço de antes. Quem tá com dinheiro na mão paga a vista no leilão ou no repasse de dívida. Se negociar e mostrar que tem dinheiro, ainda barganha desconto. Pobre coitado de quem aceitou financiar, mas deveria saber dos riscos.

[NovaTO]

Eu diria que Selic seria um alternativa à Poupança, para prazos menores que 2 anos. Se o foco é aposentadoria, Um IPCA+taxa, Prefixado é aposta.

[]'s

[NovaTO]

Aproveitando, estamos no fundo do poço??

[Túlio]

Eu diria que Selic seria um alternativa à Poupança, para prazos menores que 2 anos. Se o foco é aposentadoria, Um IPCA+taxa, Prefixado é aposta.

[]'s

Eu diria que, para quem tem intenção de se aposentar daqui a uns 20/25 anos (no mínimo) e sempre sobra uma grana no fim do mês, a idéia do Bourne não é das piores, deixar o dinheiro na mão do governo central (só não sei no que daria em caso de MORATÓRIA), os rendimentos são baixos (pouco mais do que a poupança) mas consistentes, pelo que vi no Site do Tesouro Direto. Alternativamente, talvez fosse interessante apostar em Países onde a inflação é bem maior do que aqui, como a Argentina que, recém saída de uma moratória (e já viu como é ruim, não vai querer cair em outra) e com baixo rate nas agências de classificação de risco, deve pagar dividendos bem melhores (só não sei se vendem a pessoas físicas; se não o fazem, deveriam).

Aliás, se formos olhar o que é proposto pelos dois principais debatedores, eu diria que um propõe um perfil mais ousado, de gente que topa assumir riscos; o outro é bastante conservador, só jogando na (provavelmente) certa.

Uma dúvida: se o índio compra ações de uma determinada companhia a determinado preço, as ações levam um tombo daqueles, isso quer dizer que ele perdeu tudo ou pode esperar até que tempos melhores cheguem e suba tudo de novo, até chegar a um nível "buy and trade" (mesmo que passe anos para o "buy" chegar ao "trade") sem ficar no prejuízo? Porque já enjoei de assistir filme onde o cara investe quase tudo que tem em ações, elas caem e ele sai berrando "perdi tudo, tô arruinado". Isso acontece?

[Juniorbombeiro]

Bourne, que papel vc ta recomendando no tesouro direito atualmente?

Eu to pegando o papel 2026 que da o retorno dos lucros a cada X meses.
Tb tenho investido um pouco em CDB e Poupança.

Ações quero investir mas tenho total ciência que é quase como apostar na loteria pro meu pequeníssimo conhecimento.

Eu tbm queria saber melhor.

Tenho uma grana no CDB tbm, mas como eu faço parte da geração que jamais vai aposentar , to pensando no Tesouro Direto.

Mas tem aquele de Selic, o IPCA etc... qual é melhor?

Eu botei bastante grana em LCA do BB, na época que estava bombando. Hoje às primeiras já estão vencendo, vou ter que ver alguma coisa, pois o rendimento do LCA para novas aplicações caiu bastante.

[Algus]

Eu diria que Selic seria um alternativa à Poupança, para prazos menores que 2 anos. Se o foco é aposentadoria, Um IPCA+taxa, Prefixado é aposta.

[]'s

Eu diria que, para quem tem intenção de se aposentar daqui a uns 20/25 anos (no mínimo) e sempre sobra uma grana no fim do mês, a idéia do Bourne não é das piores, deixar o dinheiro na mão do governo central (só não sei no que daria em caso de MORATÓRIA), os rendimentos são baixos (pouco mais do que a poupança) mas consistentes, pelo que vi no Site do Tesouro Direto. Alternativamente, talvez fosse interessante apostar em Países onde a inflação é bem maior do que aqui, como a Argentina que, recém saída de uma moratória (e já viu como é ruim, não vai querer cair em outra) e com baixo rate nas agências de classificação de risco, deve pagar dividendos bem melhores (só não sei se vendem a pessoas físicas; se não o fazem, deveriam).

Aliás, se formos olhar o que é proposto pelos dois principais debatedores, eu diria que um propõe um perfil mais ousado, de gente que topa assumir riscos; o outro é bastante conservador, só jogando na (provavelmente) certa.

Uma dúvida: se o índio compra ações de uma determinada companhia a determinado preço, as ações levam um tombo daqueles, isso quer dizer que ele perdeu tudo ou pode esperar até que tempos melhores cheguem e suba tudo de novo, até chegar a um nível "buy and trade" (mesmo que passe anos para o "buy" chegar ao "trade") sem ficar no prejuízo? Porque já enjoei de assistir filme onde o cara investe quase tudo que tem em ações, elas caem e ele sai berrando "perdi tudo, tô arruinado". Isso acontece?

Pode ter os dois casos. A empresa pode atingir um nível de endividamento do qual jamais se recuperará, podendo entrar em processo de recuperação judicial ou até falir, aí neste caso o cidadão perde tudo ou quase tudo que foi investido.
Pode acontecer da empresa não necessariamente falir e nem mesmo chegar perto disso e ainda assim o investidor perder dinheiro com ela. Se ele comprar papéis da empresa quando eles estiverem valendo muito mais do que deveriam (euforia), depois de um tempo os papeis caem e podem nunca mais chegar àquele valor de quando ele comprou.

Mas tem também o outro caso. Digamos que você comprou ações da Petrobrás cotadas a R$15,00 e que por algum motivo a cotação caiu para R$10,00. Se for uma situação conjuntural é comum que os investidores - em vez de venderem - comprarem ainda mais papéis, fazendo o preço médio cair. Ex: você gastou R$10.000,00 em ações quando elas valiam R$15,00, depois gastou mais R$10.000 quando elas passaram a valer R$10,00. Significa que o preço médio de investimento em cada ação está em R$12,50.
Se mais pra frente o papel for pra R$18,00 significa que houve valorização de 44% (em cima dos 12,50, que era o preço médio do que você investiu). Neste caso não houve perda porque você só vendeu quando a ação se valorizou.

Lembrando que além da valorização e desvalorização do papel temos também outros fatores:

- O governo cobra imposto de renda no equivalente a 15% do lucro que você teve. Se você tinha R$100.000 em uma empresa e decidiu vender quando elas valorizaram 10% significa que o governo pegará 15% destes R$10.000,00 do seu lucro, ou seja, R$1500,00. Não é cobrado imposto enquanto você estiver com o papel (somente quando você vende e o imposto é cobrado somente em cima do seu lucro, se você teve prejuízo o governo não cobrará nada).

- As empresas costumam distribuir dividendos ou juros sobre capital próprio anualmente. Se o que a empresa oferece são dividendos então não há cobrança de imposto (porque a empresa já pagou o imposto de renda), se for juros sobre capital próprio então é necessário calcular os 15% em cima deste valor. O percentual de JCP/Dividendos pode variar de acordo com cada empresa. Normalmente as empresas do setor de energia elétrica são as que mais distribuem dividendos. As empresas precisam distribuir 25% do lucro líquido na forma de dividendos ou JCP, mas se a empresa não obteve lucro naquele ano ela não distribuirá nenhum dividendo.
A Comgas distribuiu dividendos da ordem de 25% do valor da ação em 2016, o que significa que se a empresa mantiver esta média o investidor receberá o mesmo valor investido em apenas 4 anos (e ainda continuará com o papel). Mas dois anos atrás a Comgas distribuiu apenas 5,9%, o que significa que esta distribuição elevada não é uma constante na política da empresa.

[NovaTO]

Eu diria que Selic seria um alternativa à Poupança, para prazos menores que 2 anos. Se o foco é aposentadoria, Um IPCA+taxa, Prefixado é aposta.

[]'s

Eu diria que, para quem tem intenção de se aposentar daqui a uns 20/25 anos (no mínimo) e sempre sobra uma grana no fim do mês, a idéia do Bourne não é das piores, deixar o dinheiro na mão do governo central (só não sei no que daria em caso de MORATÓRIA), os rendimentos são baixos (pouco mais do que a poupança) mas consistentes, pelo que vi no Site do Tesouro Direto. Alternativamente, talvez fosse interessante apostar em Países onde a inflação é bem maior do que aqui, como a Argentina que, recém saída de uma moratória (e já viu como é ruim, não vai querer cair em outra) e com baixo rate nas agências de classificação de risco, deve pagar dividendos bem melhores (só não sei se vendem a pessoas físicas; se não o fazem, deveriam).

Aliás, se formos olhar o que é proposto pelos dois principais debatedores, eu diria que um propõe um perfil mais ousado, de gente que topa assumir riscos; o outro é bastante conservador, só jogando na (provavelmente) certa.

Uma dúvida: se o índio compra ações de uma determinada companhia a determinado preço, as ações levam um tombo daqueles, isso quer dizer que ele perdeu tudo ou pode esperar até que tempos melhores cheguem e suba tudo de novo, até chegar a um nível "buy and trade" (mesmo que passe anos para o "buy" chegar ao "trade") sem ficar no prejuízo? Porque já enjoei de assistir filme onde o cara investe quase tudo que tem em ações, elas caem e ele sai berrando "perdi tudo, tô arruinado". Isso acontece?

Antigamente as pessoas (principalmente nos EUA) compravam ações para aposentadoria. Mas muita gente "sifu" com a ENRON. Aqui quem virou sócio do Eike dançou também.
Então mesmo para Buy and Hold, é bom revisar de tempos em tempos se vale a pena continuar com a posição.

Eu já "quebrei" de certa forma com a Petro, comprei em 2008, um pouco antes do anúncio da descoberta da área de exploração TUPI. Acho que hoje, estava valendo algo em torno de R$80. Hoje está valendo R$15,61 desdobrado. Mas não aaguentei segurar a posição e mandei bala, realizei as perdas. Na verdade não quebrei, mas perdi um bom capital. Aliás não só eu mas muitos que usaram o FGTS para comprar Petro na época. No caso da Petro está voltando, mas Deus sabe lá quando vai retornar aos mesmos níveis de preço.

Agora no caso de "perder tudo" acontece muito sim. Segundo as estatísticas, de cada 10 que investem na bolsa, 9 perdem. Por vários motivos, desde "casar" com a Ação(na expectativa que volte a subir, mas onde está a OGX hj?) ou mesmo aqueles que alavacam várias vezes suas operações com Opções, ou Contratos Futuros de Dólar por exemplo.

Para quem quer DIVERSIFICAR patrimônio vale a pena, o quanto, depende de quanto está disposto a assumir de risco.
E para quem especula, usar o Controle de Risco é essencial. Se der #erda, saber que aquilo que perdeu não vai afetar sua saúde. Física e Financeira.

[]'s

edit: fiz pesquisa e a OGX valia 2200 em 2010. Hoje vale 4,05(deve ter havido vários agrupamentos no caminho)............

[Bourne]

Senhor Túlio, os rendimentos do tesouro direto não são baixos.

A poupança nos últimos três anos:

Ano Retorno Absoluto (%) Retorno Real (%)
2014 7,16 0,71
2015 8,07 -2,34
2016* 8,33 2,41

O retorno real chegou a ser negativo em 2015 e esta em 2,41% em 2016.

Já os títulos do tesouro direto IPCA + rendimento fixo. Isso quer quer dizer que é a inflação oficial (4,5% a.a. como se estivesse na meta do BC) mais o rendimento fixo que está na casa de 5,5% a.a.

Quer dizer que o rendimento anual bruto (ou absoluto) é 10% a.a. Enquanto a liquida que desconta imposto de renda, taxa de administração (se houver), custódia e tal fica em 8,1%.

Na simulação do tesouro direto tem que colocar a taxa de inflação. O 4,5% é o padrão por que é a meta do BC.

Agora pensa em uns R$ 25 mil que é o valor de um carro ou uma indenização trabalhista. Isso vai dar uma diferença gigantesca depois de uns 5 anos. Acredito que coisa de 7 a 8 mil reais.