cabeça de martelo escreveu:Vocês no Brasil não têm que se preocupar com essas coisas, apenas de fugir dos arrastões quando vão à praia, etc. Já nós por cá... de umas ogivas em cima não nos escapavam. Também não era preciso muitas para mandar uma boa parte da população ao ar.
Meus posts sobre possíveis cenários apocalípticos tendem a ser zombeteiros mas por UMA vez vou
tentar 
falar sério:
Bueno, sempre que penso nesses lances de
survivalism a ideia abraçada pelos caras (que gastam uma nota preta nisso) me parece
BEM idiota: o que fará um indivíduo (ou um pequeno grupo) no pós-apocalipse? Emergir do abrigo é suicídio (além de IDIOTICE, afinal, vai/vão sair para quê? A água vai estar contaminada, as plantas e animais, não vai ter o que coletar), o ar também vai estar contaminado e máscaras contra isso, bueno, seus filtros precisam ser repostos e não há estoque que dure para sempre. Aliás, quando acabar ou estourar o prazo de validade dos alimentos e medicamentos estocados, como fica? Sobre medicamentos, mesmo tendo um médico no grupo, pouco vai poder fazer sem as facilidades de um hospital, tipo raio X, ressonância, banco de sangue & todos aqueles quetales que reduziram bastante a necessidade do "bom Doutor", aquele que ia de casa em casa,
nos antigamentes (notar que a taxa de mortalidade era enorme). Eu não vou gastar um tusta nisso nem recomendo. Comprem com o $$$ que iam usar para isso um montão DE PINGA e assistam ao fim do mundo na maior farra, é o que eu faria.
Mas disse que ia tentar falar sério, tá bão: sempre que penso em uma alternativa válida ao apocalipse nuclear me vem à memória o primeiro filme do Resident Evil. Sim, A Colméia (The Hive)! Enormes instalações bem abaixo da superfície (falha do filme: fizeram numa planície. Eu faria debaixo de uma montanha bem grande de granito ou outra pedra dura como o inferno) com todas as facilidades necessárias (hospital, áreas de produção agropecuária, escolas - tem que perpetuar o conhecimento, tipo "e quando o último cirurgião cardiovascular, odontólogo, veterinário, químico, engenheiro, etc, morrer de véio?", pequenas indústrias & quetales), incluindo alojamentos para as famílias que fossem pagar por isso e as não-pagantes, que teriam que trabalhar (sério, alguém imagina o Bill Gates de enxada na mão?) para sustentar a todos e mantê-los saudáveis. Ficaria tão fundo que teria no entorno (acima, abaixo, aos lados) vários cursos d'água subterrâneos - ao menos UM não estaria contaminado e mesmo que todos estivessem, as instalações escolheriam o menos contaminado e "limpariam" a água para consumo - e muitas cavernas (de onde o ar seria bombeado e filtrado contra poeira radioativa) e por aí vai.
Como A Colméia, seria enorme e com muitos andares para caber tudo e todos (e com espaço para abrigar mais, já que a população tende a crescer, as pessoas não vão parar de fazer filho só porque o mundo acabou

). Custaria trocentos bilhões mas quem quer sobreviver a isso junto com sua prole e afetos e tem dinheiro aos montes faria sem piscar. A josta é que, na incerteza de que o holocausto nuclear realmente vá ocorrer, quem vai investir nisso? Décadas atrás, nos tempos da Guerra Fria, li que o governo da China investia em verdadeiras (e imensas, capacidade para milhões de ocupantes) cidades subterrâneas, para onde mandariam os altos funcionários do regime e montes de trabalhadores de todas as ocupações, incluindo Policiais e Soldados. Não sei se chegaram a fazer ou em que ponto estão atualmente mas lembrando disso foi que me inspirei para descrever Germânia em "A Fênix Negra", uma cidade totalmente autossuficiente em um planalto no meio de uma área inóspita da Amazônia (quem jogaria uma nuke no meio do mato?)...