Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Qua Jan 05, 2011 11:05 am
FX-2: a batalha dos caças em perspectiva
Afirmar ou criticar a compra de 36 caças por ser realizar por razões políticas é desconhecer o que fala, recentemente, o Emirados Árabes Unidos, que abandonou o Gripen pelo F18 declarando que a compra de caças é "um ato político". Mas para alguns no Brasil certos interesses políticos são mascarados como "análise técnica".
A situação fica ainda menos "técnica" quando vemos declações dos concorrentes do tipo que "Rafale é Ferrari e Gripen é Volvo"(Dassault), "estamos confiantes"(Saab), etc. Há tudo menos "caráter técnico". Trata-se de três empresas privadas tentando lucrar e com seus governos tentando influenciar a favor de suas empresas. Mas vejamos a situação mais objetivamente possível.
CONCORRENTES
O melhor em aporte tecnológico seria o F18 por ser um avião muito testado e consolidado por uma longa expertize da Boeing, mas é um avião que está saindo de linha frente ao F22 e F35, e obviamente, é completamente fechado a transferência de tecnologia. A última "promessa" era de uma possível até 80% de transferência tecnológica, o que ainda passaria pelo congresso amaricano dominado por republicanos xenófobos anti-esquerdistas. Como foi revalado pelo Wikielaks, é o preferido da FAB, e não o Gripen - mas é o mais fechado de todos.
Aí temos o Rafale, é também um avião bem testado, com a vantagem de não estar saindo de linha, e tem completa credibilidade em seu compromisso de transferência completa de tecnologia. Mas é disparadamente o mais caro. Claro que a transferência completa de tecnologia poderia ser entendida como parte do preço, o que dessa forma o tornaria até o mais barato, caso o Gripen NG também não oferecesse o mesmo com a mesma credibilidade, mas o problema de se comprar menos unidades com o mesmo preço também pesa na decisão. Apesar do preço, é a proposta, sem a menor dúvida, a mais consistente, a mais palpável entre todas.
Por fim temos o Gripen NG, ele é o mais barato, com completa transferência de tecnologia e com todos os ítens de última geração. Suas desvantagens é ser monoturbo e não ir além de um mero protótipo. Sua versão atual tem pouca autonomia de combustível já que é um avião para países de pequenas dimensões, o que a versão NG promete superar, mas tem a qualidade de ser uma avião capaz de pousar até em estradas e pistas curtas, projetado assim para o fácil abastecimento. Ser um projeto significa que os custos reais são meras estimativas. Isto é, Gripen NG é uma aposta, não uma proposta de fato.
ANÁLISE
Assim, se considerarmos apenas o aspecto unicamente da defesa, o mais interessante é o caríssimo Rafale, pois nos oferecia aviões atualizados, biturbo, com completa transferência de tecnologia, seria a opção mais "sensata", o melhor custo-benefício sob o menor risco possível.
A opção americana é a menos interessantes pelas razões de ser a mais fechada tecnologicamente, sem independência tecnológica o preço real é muito maior, pois nos torna dependente de novas compras ao invés da produção nacional, além da autonomia tecnológicas nos possibilitar a nos tornarmos exportadores para nossos vizinhos. É por essa razão que a relação custo-benefício é a pior em termo de benefícios menores.
O que torna Gripen NG uma proposta tentadora é a certeza de que a tecnologia desde a fase inicial está completamente nas mãos no Brasil, pela simples razão que entraremos ainda na fase de projeto. Possibilitará que nossa expertize possa ser testada e no final possamos criar um valor agregado superior. Isto é, Gripen NG não é a melhor opção em termos de "defesa", mas em termos de "desafio". Se nosso objetivo é a expertize tecnológica, essa seria talvez o mais caro em razão de seus custos imprevisíveis, mas no final da jornada teríamos um lucro incalculável em capital humano.
Eu como creio no grande potencial do Brasil, como Darcy Ribeiro, creio no Brasil como uma civilização dos trópicos que representará um paradigma novo de humanidade, escolheria sem pestanejar o desafio. Mas se apenas queremos caças com autonomia tecnológica sem riscos ou imprevistos, então o Rafale é imbatível.
Afirmar ou criticar a compra de 36 caças por ser realizar por razões políticas é desconhecer o que fala, recentemente, o Emirados Árabes Unidos, que abandonou o Gripen pelo F18 declarando que a compra de caças é "um ato político". Mas para alguns no Brasil certos interesses políticos são mascarados como "análise técnica".
A situação fica ainda menos "técnica" quando vemos declações dos concorrentes do tipo que "Rafale é Ferrari e Gripen é Volvo"(Dassault), "estamos confiantes"(Saab), etc. Há tudo menos "caráter técnico". Trata-se de três empresas privadas tentando lucrar e com seus governos tentando influenciar a favor de suas empresas. Mas vejamos a situação mais objetivamente possível.
CONCORRENTES
O melhor em aporte tecnológico seria o F18 por ser um avião muito testado e consolidado por uma longa expertize da Boeing, mas é um avião que está saindo de linha frente ao F22 e F35, e obviamente, é completamente fechado a transferência de tecnologia. A última "promessa" era de uma possível até 80% de transferência tecnológica, o que ainda passaria pelo congresso amaricano dominado por republicanos xenófobos anti-esquerdistas. Como foi revalado pelo Wikielaks, é o preferido da FAB, e não o Gripen - mas é o mais fechado de todos.
Aí temos o Rafale, é também um avião bem testado, com a vantagem de não estar saindo de linha, e tem completa credibilidade em seu compromisso de transferência completa de tecnologia. Mas é disparadamente o mais caro. Claro que a transferência completa de tecnologia poderia ser entendida como parte do preço, o que dessa forma o tornaria até o mais barato, caso o Gripen NG também não oferecesse o mesmo com a mesma credibilidade, mas o problema de se comprar menos unidades com o mesmo preço também pesa na decisão. Apesar do preço, é a proposta, sem a menor dúvida, a mais consistente, a mais palpável entre todas.
Por fim temos o Gripen NG, ele é o mais barato, com completa transferência de tecnologia e com todos os ítens de última geração. Suas desvantagens é ser monoturbo e não ir além de um mero protótipo. Sua versão atual tem pouca autonomia de combustível já que é um avião para países de pequenas dimensões, o que a versão NG promete superar, mas tem a qualidade de ser uma avião capaz de pousar até em estradas e pistas curtas, projetado assim para o fácil abastecimento. Ser um projeto significa que os custos reais são meras estimativas. Isto é, Gripen NG é uma aposta, não uma proposta de fato.
ANÁLISE
Assim, se considerarmos apenas o aspecto unicamente da defesa, o mais interessante é o caríssimo Rafale, pois nos oferecia aviões atualizados, biturbo, com completa transferência de tecnologia, seria a opção mais "sensata", o melhor custo-benefício sob o menor risco possível.
A opção americana é a menos interessantes pelas razões de ser a mais fechada tecnologicamente, sem independência tecnológica o preço real é muito maior, pois nos torna dependente de novas compras ao invés da produção nacional, além da autonomia tecnológicas nos possibilitar a nos tornarmos exportadores para nossos vizinhos. É por essa razão que a relação custo-benefício é a pior em termo de benefícios menores.
O que torna Gripen NG uma proposta tentadora é a certeza de que a tecnologia desde a fase inicial está completamente nas mãos no Brasil, pela simples razão que entraremos ainda na fase de projeto. Possibilitará que nossa expertize possa ser testada e no final possamos criar um valor agregado superior. Isto é, Gripen NG não é a melhor opção em termos de "defesa", mas em termos de "desafio". Se nosso objetivo é a expertize tecnológica, essa seria talvez o mais caro em razão de seus custos imprevisíveis, mas no final da jornada teríamos um lucro incalculável em capital humano.
Eu como creio no grande potencial do Brasil, como Darcy Ribeiro, creio no Brasil como uma civilização dos trópicos que representará um paradigma novo de humanidade, escolheria sem pestanejar o desafio. Mas se apenas queremos caças com autonomia tecnológica sem riscos ou imprevistos, então o Rafale é imbatível.