Fórum Defesa Brasil

Túlio escreveu: Sáb Ago 14, 2021 12:18 pm

FIGHTERCOM escreveu: Sáb Ago 14, 2021 11:53 am
Pessoal, desculpa esticar o off-topic.

Sobre os Guarani, tem um ponto que nunca entendi direito. Se puderem ajudar a elucidar a minha dúvida, ficarei grato. Pois bem, sabendo que o cálculo da quantidade de unidades estava errado e agora o EB vai ter que pagar multa pela redução do número total, por que não optaram por manter o número original (~2000) e lá na frente dava baixa nas primeiras 500 unidades (vendendo ou doando)? No final, o EB ficaria com as 1500 unidades mais novas, passaria para frente as 500 mais velhas e não teria pagar multa para IVECO.

Abraços,

Wesley

Na verdade nem é OT, cupincha, pois seria o mesmíssimo caso do KC-390: comprar já pensando em vender os mais antigos é NO GO, e tem uma pá de lei pra impedir isso ou, se feito, sacanear quem fez; cada exercício fiscal aloca determinadas verbas para determinados fins; se não há para KC (ou Guarani), então não é destinada (ou é contingenciada para quando tiver) e nenhum é comprado, simples assim.

Lembrar ainda que encomendas são previstas com anos de antecedência, logo, o fabricante já encomendou insumos aos seus fornecedores e também vai ter que pagar multas a eles, e estes aos seus e por aí vai. Ergo, NO GO.

Túlio escreveu: Sáb Ago 14, 2021 12:18 pmNa verdade nem é OT, cupincha, pois seria o mesmíssimo caso do KC-390: comprar já pensando em vender os mais antigos é NO GO

Túlio escreveu: Sáb Ago 14, 2021 12:18 pme tem uma pá de lei pra impedir isso ou, se feito, sacanear quem fez

Túlio escreveu: Sáb Ago 14, 2021 12:18 pm cada exercício fiscal aloca determinadas verbas para determinados fins; se não há para KC (ou Guarani), então não é destinada (ou é contingenciada para quando tiver) e nenhum é comprado, simples assim.

FIGHTERCOM escreveu: Dom Ago 15, 2021 11:08 am
@Túlio , desculpa fatiar sua mensagem, mas confesso que sou bem ignorante quanto ao assunto em questão, mas tenho interesse em aprender (Graças à Deus ). Então, tenho as seguintes dúvidas:

Por parte de quem? GF, EB ou IVECO?

Vale igual para o caso, mas aqui é KC: a FAB (usuário do avião como o EB do Bld) pede ao GF (chefe) a verba que precisa para comprar X aviões; se ele consegue que o congre$$o aprove o Orçamento daquele Ano Fiscal com a dita verba dentro dele, quem recebe a verba compra pra usar, não pra deixar guardado e depois vender a preço vil (porque mesmo zerinho o avião deprecia com a idade). A EMBRAER (produtor como a Iveco) faz apenas a parte dela, se recebe então produz e entrega, não tem nada com isso se vão usar ou deixar juntando pó para depois vender a preço de saldão. Claro, existem Cláusulas de Usuário Final em muitas peças e componentes (p ex, se resolvem vender KC ou Gripen pra Argentina o UK pode botar areia porque os sistemas de combustível são da Cobham e aí dá uma treta dos infernos; no caso do Guarani imagines o que diria (e faria) a Itália se tentassem vender direto, sei lá, pro talibã)...

FIGHTERCOM escreveu: Dom Ago 15, 2021 11:08 am Disso eu não sabia! Qual seria?

FIGHTERCOM escreveu: Dom Ago 15, 2021 11:08 am
Pegando o exemplo dos EUA (nem sei se é possível), que compra mais do que precisa, estoca e depois de passado algum tempo, "repassa" para os seus aliados. Não temos como fazer o mesmo? O problema seria amparo legal?

Abraços,

Wesley

Túlio escreveu: Dom Ago 15, 2021 11:46 am

FIGHTERCOM escreveu: Dom Ago 15, 2021 11:08 am
@Túlio , desculpa fatiar sua mensagem, mas confesso que sou bem ignorante quanto ao assunto em questão, mas tenho interesse em aprender (Graças à Deus ). Então, tenho as seguintes dúvidas:

Por parte de quem? GF, EB ou IVECO?

Vale igual para o caso, mas aqui é KC: a FAB (usuário do avião como o EB do Bld) pede ao GF (chefe) a verba que precisa para comprar X aviões; se ele consegue que o congre$$o aprove o Orçamento daquele Ano Fiscal com a dita verba dentro dele, quem recebe a verba compra pra usar, não pra deixar guardado e depois vender a preço vil (porque mesmo zerinho o avião deprecia com a idade). A EMBRAER (produtor como a Iveco) faz apenas a parte dela, se recebe então produz e entrega, não tem nada com isso se vão usar ou deixar juntando pó para depois vender a preço de saldão. Claro, existem Cláusulas de Usuário Final em muitas peças e componentes (p ex, se resolvem vender KC ou Gripen pra Argentina o UK pode botar areia porque os sistemas de combustível são da Cobham e aí dá uma treta dos infernos; no caso do Guarani imagines o que diria (e faria) a Itália se tentassem vender direto, sei lá, pro talibã)...

FIGHTERCOM escreveu: Dom Ago 15, 2021 11:08 am Disso eu não sabia! Qual seria?

Tem de monte, não lembro mais os nomes e números (POWS, estou fora do "circo" faz mais de nove anos) mas de gente que se ferrou por não dar bola sim.

FIGHTERCOM escreveu: Dom Ago 15, 2021 11:08 am
Pegando o exemplo dos EUA (nem sei se é possível), que compra mais do que precisa, estoca e depois de passado algum tempo, "repassa" para os seus aliados. Não temos como fazer o mesmo? O problema seria amparo legal?

Abraços,

Wesley

Sim. É a diferença entre quem se auto-atribui responsabilidades pelo mundo todo e quem não tem isso (nós), mas sempre há uma legislação amparando. No nosso caso, quando por medida de economia ou porque comprou coisa melhor uma Força resolve dar baixa em algum equipamento que ainda pode operar por algum tempo, há doações aos vizinhos, como helis e blindados para o Uruguay, Paraguay, etc.

De qualquer modo, é um caso bem diferente: basta ver o caso do C-27, que a USAF empregou por uns anos e era (e é) um excelente avião, mas daí alguém resolveu fazer uns testes (que devia ter feito ANTES) e descobriu a pólvora: um Hércules podia cumprir todas as missões dele mas com um CPFH/ton menor, daí foram mandando todos pro deserto. Morreu o Spartan (os últimos - se não me engano 18 - voaram da fábrica direto pra lá). Imagines isso acontecendo com o -390...

FCarvalho escreveu: Dom Ago 22, 2021 8:05 pm Tenho aqui com os meus botões que esses exercícios Tápio não são apenas simples exercícios de SAR/C-SAR.
A FAB tem investido neles quase que anualmente para trazer os Pave Hawk da USAF para cá. Especificamente em Campo Grande onde está o 2o/10o Gav e seus 4 BH emprestados.
Não é um esforço comum, já que outros exercícios também muito importantes, talvez até mais, como a CRUZEX não encontram o mesmo empenho para a sua realização, pelo que vejo.
Penso que nos bastidores os brigadeiros estão tramando a vinda dos Pave Hawk assim que oportunidade ($$) surgir. Com certeza os norte americanos não fazem qualquer óbice a esta aquisição da FAB. Do contrário eles nem se dariam ao trabalho de trazer os helos aqui. Ou trariam outra coisa.
A ver.

Penso BEM parecido, e a cagada no Afeganistão deve ter ensinado uma ou duas coisas aos caras: assim como lá deixaram a tigrada agarrada no pincel enquanto tiravam a escada e o resultado foi a nulificação do que fizeram a partir de 2001, aqui vemos os chinas com campo livre no norte (VZ) e já se espichando cada vez mais no sul (AR). Quem está no meio e é o único com tamanho, gente e capacidade de fazer frente?

Diria que não ia me espantar nem um pouco se até mais coisa (muito) boa pode ou poderá estar com sinal verde e FMS ou equivalente para equipamentos novos em folha e muito, muito treinamento conjunto. Bastava el señor Fernández colaborar um pouquinho, tipo acabando de fazer o que está fazendo com o povo dele e alugar uma Base Militar (terra, mar e ar) aos chinas, ao mesmo tempo em que recebe equipamento para suas próprias FFAA, após devidamente EXPURGADAS. ☠ ☠

E só sobra UM com potencial para segurar o rojão. Ah nós com Gripen indo na frente dentro de uma redoma eletrônica e assinalando alvos para F-15EX da FAB, PUTZ!!!