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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 08, 2012 10:27 pm
por JT8D
henriquejr escreveu:
JT8D escreveu:Alguém poderia me dizer porque o custo de operação de um SSN é tão mais elevado que de um SSK? Obviamente o gasto do SSN com combustível é bem menor.

[]´s,

JT
Tudo que envolve energia nuclear é caro pelo simples fato de que uma falha em qualquer item pode ocasionar uma verdadeira tragédia humana e ambiental. Tudo que é relacionado a este uso tem que seguir padrões altamente rigorosos, tem que ser produzido com materiais da melhor qualidade e toda mão de obra envolvida deve ser da mais capacitada possível, e isso tudo tem um custo, que é muito alto!
Ok, isto está claro para mim. Mas aí estamos falando de custo de projeto e fabricação. O que eu tenho dúvidas é em relação ao custo de operação, pois enquanto uma carga de combustível nuclear dura vários anos, o SSK durante esses mesmos anos vai consumir um volume imenso de diesel.

[]´s,

JT

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 08, 2012 10:28 pm
por JT8D
Lord Nauta escreveu:
henriquejr escreveu: Tudo que envolve energia nuclear é caro pelo simples fato de que uma falha em qualquer item pode ocasionar uma verdadeira tragédia humana e ambiental. Tudo que é relacionado a este uso tem que seguir padrões altamente rigorosos, tem que ser produzido com materiais da melhor qualidade e toda mão de obra envolvida deve ser da mais capacitada possível, e isso tudo tem um custo, que é muito alto!

O SNA por exemplo necessita de duas tripulações.


Sds


Lord Nauta
Mas isto não é justamente porque ele passa mais tempo em operação?

[]´s,

JT

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 10:10 am
por LeandroGCard
Lord Nauta escreveu:Prezado Colega Leandro G. Card

Quanto aos dois submarinos adicionais a atual etapa do PROSUB foi exatamente o que mencionei ao citar sobre alterações no projeto realizadas pelos engenheiros da MB. Quanto ao deslocamento os Scorpené-BR já contam com cerca de 2.800 ton e são adequados a estratégia prevista para os seus empregos. Acredito que os dois navios adicionais possam ter algum ganho em deslocamento de forma a poder armazenar mais combustível/baterias.
Quanto ao futuro mais distante em relação a classe IKL ele não esta tão distante assim, em 2025 vão estar em operação apenas o Tapajó e o Tikuna. Considerando este fato e que acredito ser prioritário ampliar o escopo da atual fase do PROSUB.

Sds


Lord Nauta
O que questiono é exatamente a possibilidade de se ampliar ainda mais o tamanho do Scorpène-BR para armazenar mais combustível, baterias e sensores sem prejudicar o desempenho global do navio.

Quando se fala em aumentar o volume de uma determinada classe de submarinos o que se está falando é em acrescentar seções, tornando-o mais longo. Isso já foi feito no Scorpène-BR. Mas se a idéia for aumentar o diâmetro do casco aí já se está falando em criar uma outra classe, pois para cada diâmetro a estutura ideal otimizada (número de cavernas, espaçamento, espessuras de chapa, etc...) é diferente. O problema é que quando se sai acrescentando cada vez mais seções e mantendo o diâmetro fixo a proporção entre peso estrutural e volume vai piorando, e o volume extra ganho com a alteração não pode ser aproveitado para a colocação de nada que tenha peso (como baterias por exemplo), sob pena de prejudicar a flutuabilidade do navio quando emerso. Além disso uma relação comprimento/boca muito elevada em sub's aumenta o seu arrasto hidrodinâmico e reduz o desempenho em imersão.

Por isso não acredito ser viável desenvolver um novo modelo do Scorpène-BR com mais capacidade de baterias e combustível como você mencionou mantendo o mesmo desempenho do projeto original, não existem milagres em engenharia, daí eu achar que uma outra classe com maior diâmetro de casco deveria ser desenvolvida. Talvez até mesmo aproveitando o mesmo projeto das seções do SNB, como sugerido pelo henriquejr, dependendo de como será o projeto deste.

Acho que o prazo de mais dois ou três anos para colocá-los em operação valeria bem mais à pena do que insistir em uma classe que é pequena demais para nossas condições geográficas, ou criar uma "acochambração" de eficiência duvidosa em cima de um casco que foi otimizado pensando em deslocamentos bem menores.


Leandro G. Card

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 11:46 am
por Lord Nauta
LeandroGCard escreveu:
Lord Nauta escreveu:Prezado Colega Leandro G. Card

Quanto aos dois submarinos adicionais a atual etapa do PROSUB foi exatamente o que mencionei ao citar sobre alterações no projeto realizadas pelos engenheiros da MB. Quanto ao deslocamento os Scorpené-BR já contam com cerca de 2.800 ton e são adequados a estratégia prevista para os seus empregos. Acredito que os dois navios adicionais possam ter algum ganho em deslocamento de forma a poder armazenar mais combustível/baterias.
Quanto ao futuro mais distante em relação a classe IKL ele não esta tão distante assim, em 2025 vão estar em operação apenas o Tapajó e o Tikuna. Considerando este fato e que acredito ser prioritário ampliar o escopo da atual fase do PROSUB.

Sds


Lord Nauta
O que questiono é exatamente a possibilidade de se ampliar ainda mais o tamanho do Scorpène-BR para armazenar mais combustível, baterias e sensores sem prejudicar o desempenho global do navio.

Quando se fala em aumentar o volume de uma determinada classe de submarinos o que se está falando é em acrescentar seções, tornando-o mais longo. Isso já foi feito no Scorpène-BR. Mas se a idéia for aumentar o diâmetro do casco aí já se está falando em criar uma outra classe, pois para cada diâmetro a estutura ideal otimizada (número de cavernas, espaçamento, espessuras de chapa, etc...) é diferente. O problema é que quando se sai acrescentando cada vez mais seções e mantendo o diâmetro fixo a proporção entre peso estrutural e volume vai piorando, e o volume extra ganho com a alteração não pode ser aproveitado para a colocação de nada que tenha peso (como baterias por exemplo), sob pena de prejudicar a flutuabilidade do navio quando emerso. Além disso uma relação comprimento/boca muito elevada em sub's aumenta o seu arrasto hidrodinâmico e reduz o desempenho em imersão.

Por isso não acredito ser viável desenvolver um novo modelo do Scorpène-BR com mais capacidade de baterias e combustível como você mencionou mantendo o mesmo desempenho do projeto original, não existem milagres em engenharia, daí eu achar que uma outra classe com maior diâmetro de casco deveria ser desenvolvida. Talvez até mesmo aproveitando o mesmo projeto das seções do SNB, como sugerido pelo henriquejr, dependendo de como será o projeto deste.

Acho que o prazo de mais dois ou três anos para colocá-los em operação valeria bem mais à pena do que insistir em uma classe que é pequena demais para nossas condições geográficas, ou criar uma "acochambração" de eficiência duvidosa em cima de um casco que foi otimizado pensando em deslocamentos bem menores.


Leandro G. Card


Considerando os aspectos técnicos mencionados o Scorpené BR chegou ao seu limite de desenvolvimento. Neste caso a melhor alternativa seria aproveitar a atual fase do PROSUB para
construir dois classe Humaitá adicionais. Em outra etapa, caso haja recursos, poderia então se pensar em uma outra classe. A sugestão destes navios adicionais esta vinculada a baixa até 2025 de três classe Tupi. Acredito que desenvolvimento e construção de uma nova classe não se encaixaria no atual escopo do PROSUB. Entretanto unidades adicionais são perfeitamente factíveis desde que haja recursos.


Sds


Lord Nauta

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 12:16 pm
por Luís Henrique
Mas a idéia é usar os S-BR para defesa próxima a costa brasileira.
Quem será utilizado mais distante serão os 6 submarinos nucleares.

Se a idéia não é esta e precisamos de submarinos com MUITO mais autonomia, não seria então pertinente em vez de 6 nucleares e 15 convencionais, fazermos o contrário.
Ou seja, apenas 6 convencionais e 15 nucleares.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 12:22 pm
por saullo
Se conseguirmos ter lá pra 2030, 4 submarinos nucleares e 6 submarinos convencionas, todos devidamente operacionais, em face do que vejo no trato dado à defesa nacional, já vou ficar muito satisfeito.

Por hora, acho também que não teremos os 9 juntos, ou seja, 5 Tipo 209 e 4 Scorpéne, operando juntos, pois também creio que o último dos Scorpéne já entrará em serviço sustituindo o Tupi, que é de 1989.

E em seguida tem mais dois Tipo 209 que devem sair de cena, e voltamos a ter 6 SSD.

Abraços

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 1:45 pm
por LeandroGCard
Luís Henrique escreveu:Mas a idéia é usar os S-BR para defesa próxima a costa brasileira.
Quem será utilizado mais distante serão os 6 submarinos nucleares.

Se a idéia não é esta e precisamos de submarinos com MUITO mais autonomia, não seria então pertinente em vez de 6 nucleares e 15 convencionais, fazermos o contrário.
Ou seja, apenas 6 convencionais e 15 nucleares.
A questão não é só a autonomia máxima total, que é medida sempre considerando navegação de cruzeiro, mas também o tempo de patrulha e principalmente a autonomia submerso em velocidade razoável (até 10-12 nós, menos do que isso torna muito difícil alcançar um alvo que não venha diretamente contra o sub, e mais do que isso torna o sub muito ruidoso), que é a condição em que o sub tenta se aproximar do inimigo para ataque e se afasta depois do ataque realizado. Nestas condições a autonomia cai muito, pois o arrasto do casco é proporcional ao quadrado da velocidade e aí os aprox. 1200 km a 5 nós do Scorpène-BR viram meros 300 Km. Esta seria a autonomia do sub em situação típica de combate e isso obrigaria o sub a iniciar suas ações de ataque a 150 Km ou menos do alvo, o que o deixaria vulnerável principalmente à cobertura aérea por helis.

Por conta disso é que sempre se comenta na ampliação das baterias dos submarinos, e a MB pediu um incremento razoável neste ítem à DCNS na compra dos seus Scorpène. Só que existe um limite para esta ampliação dado um diâmetro de casco, e se os franceses não foram estúpidos e projetaram o Scorpéne original próximo das dimensões ótimas então o Scorpène-Br já deve estar bem perto do limite do que se pode ampliar de forma razoável. Um sub maior precisaria de um casco com maior diâmetro.

Não vejo nenhum problema grave em se fazer isso, não é por outra razão que estamos pagando uma fortuna para formar equipes de engenharia capacitadas em projeto de submarinos modernos na França. Se fosse apenas para produzir o modelo original do SNB e Scorpénes não precisaríamos formar engenheiros especializados, bastaria comprar o projeto pronto do casco e a consultoria para instalação do reator. A experiência de projeto e construção de um novo sub convencional maior que o Scorpéne seria inclusive muito útil na ampliação da experiência desta equipe de engenharia, o que ajudaria no desenvolvimento da classe de submarinos nucleares que deve vir a ser construída logo após as primeiras unidades do SNB. E se for possível usar a mesma seção de casco, estes SSK´s maiores poderiam ter sua construção iniciada antes mesmo de 2020 e servir como excelente plataformas de testes para o casco do próprio SNB.

E além disso, um novo projeto convencional permitiria ao Brasil oferecer a venda de sub´s militares no mercado internacional, o que seria extremamente interessante para manter a própria viabilidade desta indústria no Brasil, coisa que será impossível apenas com Scorpénes e extremamente difícil com submarinos nucleares.


Leandro G. Card

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 2:00 pm
por LeandroGCard
Lord Nauta escreveu:Acredito que desenvolvimento e construção de uma nova classe não se encaixaria no atual escopo do PROSUB. Entretanto unidades adicionais são perfeitamente factíveis desde que haja recursos.


Sds


Lord Nauta
Estou plenamente consciente de que o desenvolvimento de uma nova classe de SSk´s maiores que o Scorpène-BR não se enquadra no escopo do PROSUB, mas nem é esta a minha sugestão.

O atual PROSUB deve ser apenas o MARCO INICIAL da formação de uma força submarina respeitável por parte do Brasil, e não a ação única e exclusiva para a formação desta força. O novo projeto que mencionei se encaixaria nas ações a serem tomadas APÓS O PROSUB TER SIDO COMPLETADO, por isso o prazo de início em 2020, quando as equipes de projeto deverão ter sido liberadas dos trabalhos do SNB há algum tempo (pois ele deverá estar em plena construção) e todos os Scorpène-BR já deverão ter sido entregues, liberando a infra-estrutura do estaleiro de itaguaí para a construção de novos projetos.

Mas acho que se os recursos forem utilizados na aquisição de mais Scorpènes-BR ainda no escopo do PROSUB este importante desenvolvimento posterior pode vir a ser postergado, ou até ameaçado de não se realizar se o governo de então achar que 6 sub´s convencionais e 1 ou 2 nucleares já são o suficiente. E aí poderíamos voltar a situação da classe IKL, que após completada levou tanto tempo para se iniciar um novo projeto que isso se trornou impossível sem uma nova e extremamente dispendiosa etapa de aquisição de tecnologia no exterior. É este ciclo pernicioso que me preocupo que se repita mais uma vez.


Leandro G. Card

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 7:22 pm
por Lord Nauta
saullo escreveu:Se conseguirmos ter lá pra 2030, 4 submarinos nucleares e 6 submarinos convencionas, todos devidamente operacionais, em face do que vejo no trato dado à defesa nacional, já vou ficar muito satisfeito.

Por hora, acho também que não teremos os 9 juntos, ou seja, 5 Tipo 209 e 4 Scorpéne, operando juntos, pois também creio que o último dos Scorpéne já entrará em serviço sustituindo o Tupi, que é de 1989.

E em seguida tem mais dois Tipo 209 que devem sair de cena, e voltamos a ter 6 SSD.

Abraços

A relação não e bem esta. Quando o Humaitá estiver plenamente operacional o Tupi não vai mais estar em serviço. Eu, tenho as datas e até 2025 três classe Tupi serão desarmados. Vai haver durante algum tempo a operação simultânea de 2 IKL e 4 Scorpené, não por muito tempo. Vai ser preciso durante a vigência da atual etapa do PROSUB já encomendar mais uma serie de submarinos. Caso isto não ocorra por volta de 2030 vai haver somente os 4 classe Humaitá, o Tikuna e o SNA.


Sds



Lord Nauta

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 7:25 pm
por Lord Nauta
LeandroGCard escreveu:
Lord Nauta escreveu:Acredito que desenvolvimento e construção de uma nova classe não se encaixaria no atual escopo do PROSUB. Entretanto unidades adicionais são perfeitamente factíveis desde que haja recursos.


Sds


Lord Nauta
Estou plenamente consciente de que o desenvolvimento de uma nova classe de SSk´s maiores que o Scorpène-BR não se enquadra no escopo do PROSUB, mas nem é esta a minha sugestão.

O atual PROSUB deve ser apenas o MARCO INICIAL da formação de uma força submarina respeitável por parte do Brasil, e não a ação única e exclusiva para a formação desta força. O novo projeto que mencionei se encaixaria nas ações a serem tomadas APÓS O PROSUB TER SIDO COMPLETADO, por isso o prazo de início em 2020, quando as equipes de projeto deverão ter sido liberadas dos trabalhos do SNB há algum tempo (pois ele deverá estar em plena construção) e todos os Scorpène-BR já deverão ter sido entregues, liberando a infra-estrutura do estaleiro de itaguaí para a construção de novos projetos.

Mas acho que se os recursos forem utilizados na aquisição de mais Scorpènes-BR ainda no escopo do PROSUB este importante desenvolvimento posterior pode vir a ser postergado, ou até ameaçado de não se realizar se o governo de então achar que 6 sub´s convencionais e 1 ou 2 nucleares já são o suficiente. E aí poderíamos voltar a situação da classe IKL, que após completada levou tanto tempo para se iniciar um novo projeto que isso se trornou impossível sem uma nova e extremamente dispendiosa etapa de aquisição de tecnologia no exterior. É este ciclo pernicioso que me preocupo que se repita mais uma vez.


Leandro G. Card

Concordo. Entretanto prefiro ter um pássaro na mão do que dois voando. Vamos aguardar e ver o que acontece. Eu, acho que la na frente as coisas não vão caminhar assim tão bem.

Sds

Lord Nauta

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 7:26 pm
por Lord Nauta
LeandroGCard escreveu:
Lord Nauta escreveu:Acredito que desenvolvimento e construção de uma nova classe não se encaixaria no atual escopo do PROSUB. Entretanto unidades adicionais são perfeitamente factíveis desde que haja recursos.


Sds


Lord Nauta
Estou plenamente consciente de que o desenvolvimento de uma nova classe de SSk´s maiores que o Scorpène-BR não se enquadra no escopo do PROSUB, mas nem é esta a minha sugestão.

O atual PROSUB deve ser apenas o MARCO INICIAL da formação de uma força submarina respeitável por parte do Brasil, e não a ação única e exclusiva para a formação desta força. O novo projeto que mencionei se encaixaria nas ações a serem tomadas APÓS O PROSUB TER SIDO COMPLETADO, por isso o prazo de início em 2020, quando as equipes de projeto deverão ter sido liberadas dos trabalhos do SNB há algum tempo (pois ele deverá estar em plena construção) e todos os Scorpène-BR já deverão ter sido entregues, liberando a infra-estrutura do estaleiro de itaguaí para a construção de novos projetos.

Mas acho que se os recursos forem utilizados na aquisição de mais Scorpènes-BR ainda no escopo do PROSUB este importante desenvolvimento posterior pode vir a ser postergado, ou até ameaçado de não se realizar se o governo de então achar que 6 sub´s convencionais e 1 ou 2 nucleares já são o suficiente. E aí poderíamos voltar a situação da classe IKL, que após completada levou tanto tempo para se iniciar um novo projeto que isso se trornou impossível sem uma nova e extremamente dispendiosa etapa de aquisição de tecnologia no exterior. É este ciclo pernicioso que me preocupo que se repita mais uma vez.


Leandro G. Card

Concordo. Entretanto prefiro ter um pássaro na mão do que dois voando. Vamos aguardar e ver o que acontece. Eu, acho que la na frente as coisas não vão caminhar assim tão bem.

Sds

Lord Nauta

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 7:41 pm
por WalterGaudério
LeandroGCard escreveu:
Luís Henrique escreveu:Mas a idéia é usar os S-BR para defesa próxima a costa brasileira.
Quem será utilizado mais distante serão os 6 submarinos nucleares.

Se a idéia não é esta e precisamos de submarinos com MUITO mais autonomia, não seria então pertinente em vez de 6 nucleares e 15 convencionais, fazermos o contrário.
Ou seja, apenas 6 convencionais e 15 nucleares.
A questão não é só a autonomia máxima total, que é medida sempre considerando navegação de cruzeiro, mas também o tempo de patrulha e principalmente a autonomia submerso em velocidade razoável (até 10-12 nós, menos do que isso torna muito difícil alcançar um alvo que não venha diretamente contra o sub, e mais do que isso torna o sub muito ruidoso), que é a condição em que o sub tenta se aproximar do inimigo para ataque e se afasta depois do ataque realizado. Nestas condições a autonomia cai muito, pois o arrasto do casco é proporcional ao quadrado da velocidade e aí os aprox. 1200 km a 5 nós do Scorpène-BR viram meros 300 Km. Esta seria a autonomia do sub em situação típica de combate e isso obrigaria o sub a iniciar suas ações de ataque a 150 Km ou menos do alvo, o que o deixaria vulnerável principalmente à cobertura aérea por helis.

Por conta disso é que sempre se comenta na ampliação das baterias dos submarinos, e a MB pediu um incremento razoável neste ítem à DCNS na compra dos seus Scorpène. Só que existe um limite para esta ampliação dado um diâmetro de casco, e se os franceses não foram estúpidos e projetaram o Scorpéne original próximo das dimensões ótimas então o Scorpène-Br já deve estar bem perto do limite do que se pode ampliar de forma razoável. Um sub maior precisaria de um casco com maior diâmetro.

Não vejo nenhum problema grave em se fazer isso, não é por outra razão que estamos pagando uma fortuna para formar equipes de engenharia capacitadas em projeto de submarinos modernos na França. Se fosse apenas para produzir o modelo original do SNB e Scorpénes não precisaríamos formar engenheiros especializados, bastaria comprar o projeto pronto do casco e a consultoria para instalação do reator. A experiência de projeto e construção de um novo sub convencional maior que o Scorpéne seria inclusive muito útil na ampliação da experiência desta equipe de engenharia, o que ajudaria no desenvolvimento da classe de submarinos nucleares que deve vir a ser construída logo após as primeiras unidades do SNB. E se for possível usar a mesma seção de casco, estes SSK´s maiores poderiam ter sua construção iniciada antes mesmo de 2020 e servir como excelente plataformas de testes para o casco do próprio SNB.

E além disso, um novo projeto convencional permitiria ao Brasil oferecer a venda de sub´s militares no mercado internacional, o que seria extremamente interessante para manter a própria viabilidade desta indústria no Brasil, coisa que será impossível apenas com Scorpénes e extremamente difícil com submarinos nucleares.


Leandro G. Card
Leandro, sei que vc deve saber, mas nunca é demais lembrar. Uma coisa é velocidade de trânsito até a área de patrulha designada, outra coisa é velocidade de interceptação. Esta última, ao contrário do que se pensa comumente, não é a maxima velocidade do submarino. Mas a velocidade taticamente mais adequada, que SEMPRE será inferior a máxima velocidade do sub. No caso do SSK.

Isso posto, temos que considerar que o emprego do sub convencional(SSK) é de "posição" e não de emprego de "movimento", posto que para isso existe o nuclear. A "posição" a que me refiro é justamente a área de patrulha designada, claro, a zona de passagem do adversário/alvo de interesse.

Ou seja, o sub SSK, não "irá atrás" dos alvos, mas ficará posicionado aguardando sua passagem pelo ponto taticamente mais conveniente de ataque, dentro da sua área de patrulha muito limitada.

Limitada por:

_Qte. de energia armazenada nas baterias para;
Corrida final de interceptação/lançamento de Tps/Mísseis AN
Corrida de Evasão pós ataque.( que incluem, claro, no pior cenário, a evasão/diversão de Tps ASW inimigos, e a própria evasão de subs inimigos)

_Atualização de ordens de ataque(o sub pode estar no limite de alcance de comunicações seguras)/RoEs(rules of Engagement)
_Presença de outros SSKs amigos(as áreas de caça são pré-definidas rigidamente para evitar fraticídio)
_Conveniência de rearmamento/reabastecimento/manutenção.(todos os equipamentos à bordo tem um determinado ciclo operativo que demanda revisões periódicas de 30/60/90/120 dias-é necessário portanto, que exista sobressalentes à bordo para sustentar um ataque prolongado)

Existem mais coisas certamente.

Mas para combate em oceano aberto, não é preciso ter vivência marinheira, para se chegar a conclusão que se trata de terefa delineada para submarinos com propulsão nuclear, com uma infra-estrutura de comando adequada. Sistemas de satélites com transmissão em radio-cifra segura em frequência ELF/VLF(obrigatoriamente), um sistema de inteligência naval operante( este mais útil para o correto posicionamento dos SSKs, e disponibilidade de meios de reabastecimento de provisões adequado.

Tem muito mais a ser dito à respeito. Vou procurar o mecânico da brasília motors que faliu, e ainda hj volto.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jul 09, 2012 11:39 pm
por Luís Henrique
Por isto que eu digo, como o Brasil não possui estreitos ou coisas do tipo, deveríamos ampliar a frota de submarinos nucleares.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Ter Jul 10, 2012 10:27 am
por pampa_01
Se realmente chegarmos no que está programado, já estará bom demais.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Ter Jul 10, 2012 4:55 pm
por Knight
Luís Henrique escreveu:Por isto que eu digo, como o Brasil não possui estreitos ou coisas do tipo, deveríamos ampliar a frota de submarinos nucleares.
Oi Luís.

Em parte é verdade e sem discordar da sua proposta, mas este lago aí em frente é nosso.

Então coisas que para os outros é apenas água, para quem é de casa conhece as correntes marinhas, variações de profundidade e temperatura, variações magnéticas e até os bichos que vão de um lado para outro.

Fazer "tocaia" neste lago aí é coisa pra quem é de casa.

Abs.

Knight-MSoares