Marino escreveu:kirk escreveu:Marino, outra coisa :
Qual a relação entre o END e a diminuição do peso dos custos ?
Colocar a responsabilidade da "forte" redução do peso de custo no END, não faz sentido para mim ... o objetivo é claramente beneficiar uma das propostas eliminando um dos seus principais obstáculos ...
Se em ToT os suécos foram melhor avaliados do que os franceses, não foi a alteração do peso da ToT que alterou o resultado, concorda?
Sds
kirk
Caro Kirk, como escrevi no outro post, afirmar que houve alteração no peso dos custos somente lendo o relatório final de todo processo.
Mas lhe digo que a END prevê a capacitação da indústria nacional como ponto principal, cláusula pétrea, e que a ToT e offsets são instrumentos para esta capacitação.
O Brasil não está procurando um produto baratinho, mas um que efetivamente permita o salto tecnológico para diversas indústrias, e não somente a aeronáutica. Assim, o FX e outros programas passam a ser considerados INVESTIMENTO e não GASTOS.
Aproveitando o último parágrafo de seu post, quando há uma alteração de pesos a mesma afeta a todos os concorrentes igualmente. Se o ítem mais importante de acordo com a END, o que vai gerar mais pontos e diferenciar um produto, é a ToT, este ítem é o fundamental do processo.
Veja que ele saiu de 9 pontos em 100 para um valor substantivo, já postado pelo Pepê.
Se a ToT dos suecos estivesse a frente dos outros, esta vantagem aumentaria e faria com que o avião nórdico se destacasse mais ainda, tornando qualquer sofisma irrelevante.
Foi o que aconteceu?
Isto não faz pensar um pouco?
Vou aproveitar e fazer outro comentário, que responderá dúvidas de outros companheiros.
No início do processo eu propus aqui no DB um "estudo" para fazermos, em que os foristas escolheriam os aviões a serem propostos, os ítens a serem avaliados, daríamos pesos aos mesmos, haveriam as discussões técnicas sobre estes ítens e no final faríamos as contas. O Orestes se propôs a fazer a parte matemática e começamos a discutir os ítens a serem avaliados.
Não sei se vc já estava no DB, mas outros se lembrarão. Infelizmente desistiram rápido demais.
Este é o processo, com imensas simplificações, chamado "Estudo de Estado-Maior" (EEM), que é base para um processo como o conduzido pela COPAC (evidente que estou simplificando). A END é um documento de ESTADO, não um manual de EEM, não cabe nele colocar coisas assim.
Quem conduz o estudo, no caso a FAB, é quem define parâmetros, pesos, ítens a serem estudados, etc. Quem melhor que ela para fazer isso, não é o que todos dizem?
Mas aqui, e em outros fóruns, se esquecem que os estudos começaram em 1995 com o lançamento dos Requisitos Operacionais Preliminares do FX pela FAB, muito antes da END.
Isto é fundamental, precisa ser compreendido e aceito por todos nós que nos interessamos pelo tema a fim de agirmos com honestidade intelectual. Aqui se explica os 9 pontos em 100.
Veja que todo processo é interno ao órgão que o executa, a FAB.
Isto passou e foi questionado mais tarde. A própria FAB estipulou novos pesos, condizentes com a publicação que norteia todas as FA hoje, refez o trabalho e o apresentou ao MD.
De novo, não foi o NJ, não foram os Oficiais do MD, mas a FAB que alterou seu trabalho.
Por isso o relatório vem assinado pelo Brig. Saito, ou não viria. Alguém aqui duvida disso?
Espero ter ajudado.
Lembrando mais uma vez o vital:
- o trabalho foi feito todo pela FAB;
- a FAB define todos os parâmetros do mesmo;
- a FAB alterou seus parâmetros de maneira interna, independente, após ver que o estudo original não se enquadrava com a END;
- não estamos comprando o mais barato;
- o fundamental é a capacitação da indústria nacional, por meios de ToT e offsets. Quem não entender isso pode se suicidar.