Então vamos lá.
eu leio sim CM, mas o futuro não é escrito de fatos passados...
Se você quer dar com os burros ná'gua, a receita é desprezar as lições do passado, exatamente como NÃO fazem as grandes potências.
o que eu quis dizer é que para os EUA, é extremamente obter parceria estratégica com o maior país da AL, e não vejo-os fazendo o mesmo que fizeram com o Chile, mesmo porque, defenderia a compra dos F-15SE com integração de indústria nacional na fabricação de armamentos, etc... não é necessário chamar-me de ignorante por isso... o que o Brasil mais precisa hoje é o que eu disse: pessoas que amem o Brasil mais do que odeiam os EUA...
Primeiramente e antes de tudo, queira me desculpar se lhe passei a idéia de achar que você é ignorante, não foi essa a intenção.
É que é mais do que normal as pessoas passarem por cima dos tópicos sobre os assuntos de que falei, que são "chatos" demorados.
Bom, isso posto...
Luiz, os EUA não precisam de ninguém, para nada.
As encomendas das FAs deles suprem com folga a massa crítica necessária par manter seus principais programas militares, e sobra dinheiro, mesmo com os cortes que surgem no horizonte americano.
Não precisam de nós estrategicamente, não necessariamente. Eles já possuem os pés aqui na América do Sul, através de bases colombianas, paraguaias, laços carnais com o Chile, e etc, etc, etc.
Seria bom ? Sim, seria, mas eles jamais vão confrontar a política externa deles em favor de uma aliança com um país que para eles ainda não alcançou o status de um Inglaterra, que mesmo assim está tendo problemas com o F-35.
As ofertas no FX são prova de que nada mudou na visão deles em relação à nós, e eles não querem em absoluto um concorrente, querem um subordinado. E estão certíssimos, pois cada um defende o seu interesse da maneira que achar melhor, e nisso eles são mestres, temos que tirar o chapéu.
Eu, e acredito outros do fórum, não odiamos os EUA, muitíssimo ao contrário. Tenha isso em ente ao escrever/debater comigo.
Creio que deveríamos, isso sim, copiar a política de defesa deles, sempre e absolutamente sempre privilegiando os produtos nacionais em detrimento dos fabricados fora, mesmo que estes sejam melhores, vide o caso do KCs.
Por outro lado, após ler e estudar sobre defesa por uns trinta anos, eu aprendi alguma coisa sobre a maneira deles agirem, aliás, como age qualquer potência hegemônica e absoluta numa região esquecida pelo mundo, como a América do Sul.
Mas eu não posso aceitar que sejamos eternamente sujeitos aos ditames dos interesses DELES. Esse é o preço que se paga por ter F-15 e outros equipamentos TOP.
Sob essas condições, eu jamais gostaria que o Brasil fosse um Japão, uma Coréia do Sul, uma Arábia Sudita...
Cara, eles defendem os interesses deles e a nós cabe-nos defender os nossos, e se para isso temos que fazer coisas que não os grade, paciência.
Se temos que procurar nossa defesa (em termos os mais abrangentes) em outro parceiro, que seja, já que eles ainda não precisam de nós a ponto de alterar uma política que é lei lá.
Veja você que eles estiveram e estão participando de todas as concorrências que querem aqui, o caminho é aberto e chances mil foram dadas à Boeing por exemplo, mas é o jeito do escorpião, entende?
O Brasil nunca vai virar as costas aos EUA e vice versa, mas estamos começando a tomar as rédeas do nosso futuro como potência regional e quiçá mundial, em nossas próprias mãos.
Não é possível imaginar que os EUA queiram concorrência no seu quintal, eles não são bobos, não mesmo. Tudo o que lhes for possível fazer para que isso não aconteça, será feito.
Mais uma vez, eles estão certíssimos, afinal, defendem os interesses DELES, e a nós cabe-nos defender os NOSSOS.
E sem nada de ódio e etc, só que eles são irredutíveis, só isso.
Abraços!