Diplomacia Bolivariana
Moderador: Conselho de Moderação
Edu Lopes escreveu:É o demagogo, o retrogrado
Cite fatos do governo chavez que prove que ele tem a postura demagoga. O que ele coloca é aproposta de passar a mão dos verdadeiros produtores de riqueza o dominio de tal, não vejo demagogia nenhuma.
Esse é o grande erro do populismo, não se governa para o pobre. Se governa em função do pobre, o que é muito diferente. Se governa para quem gera emprego, gera riquezas para o país.
Os ''pobres'' os trabalhadores são quem gera riquezas ao pais, e não meia duzia que dominam o trabalho deles e toma para si seus frutos.
Mais uma vez, vou querer ouvir a opinião dos colegas venezuelanos. Nem você nem eu podemos falar que eles estão satisfeitos.
E com relação a Cuba ter eliminado o analfabetismo, lembre-se que o país é uma ilha e com pequena população, não dá pra comparar com um país com as dimensões do nosso. Se até nos EUA existe analfabeto, não seria o Brasil que conseguiria acabar com esse problema de maneira fácil. Compare os índices cubanos com os da Dinamarca, com a Noruega, com a Suécia, com a Suíça que são países pequenos. Escandinavo é covardia? Então compare com outra ilha, a Inglaterra. Ou compare com a China, a Coréia do Norte, a Rússia quando era URSS.
Cuba era um pais pobre, que amarga anos e anos de embargo economico que apenas gera mais pobreza, não fosse o embargo e cuba hoje seria um grande parque industrial, uma mini potencia com status de primeiro mundo, é fantastico que uma ilha com tanta pobreza tenha eliminado o analfabetismo, assim como a venezuela eliminou, assim como a bolivia esta prestes a eliminar, os governos socialistas (apesar de ter um grande receio a chamar a Venezuela e Bolivia de socialista) governam visando o povo, e não a concentração de renda e arrocho salarial como no brasil, o socialismo cubano fez em menos de 50 anos o que as potencias capitalistas não fizeram em mais de 500, veja o desenvolvimento social de cuba e compare com qualquer pais de terceiro mundo, ou ate com os de pimeiro que a diferença é pouca.
Hoje quantas crianças dormiram na rua? Quantas delas são cubanas?
Amigão, o Lula se gaba de ter acabado com a inflação, de ter gerado MILHÕES de empregos com carteira assinada, se gaba dizendo que o biodiesel é a solução para o aquecimento global como se fosse um projeto dele, se gaba de ter criado o mundo, de ter colorido as asas das borboletas. Esqueceu do “nuncaantesnahiostóriadestepaís”? É lógico que ele tá se gabando do biodiesel, só não vê quem não quer.
Ele promove aqui e no exterior um produto brasileiro, a função de um presidente.
Quanto a não incomodar as elites, cara, a única elite que ele não incomoda são os banqueiros (e, reconheço, isso não é coisa que ele inventou) porque o comercio tá abrindo o bico e o que mais se vê é porta fechando. Ele sempre criticou a política de juros altos do FH e quando entrou a manteve. Sempre criticou a CPMF e agora tá brigando para prorrogá-la. É a pessoa mais contraditória que já vi na vida. Ou falsa, sei lá.
O lula mantem em primeiro plano o interesse das elites, isso é inegavel, e o reflexo são as criticas que recebe do exterior, e da midia brasileira.
Eu continuo não entendendo como uma pessoa alfabetizada e com livre acesso a informação pode defender um sistema de governo como o comunista. Só pode ser masoquismo. Você tem esse direito, mas por mim, e já disse isso antes aqui, o comunismo se juntaria ao nazismo e ao apartheid na África do Sul na latrina da História.
Se formos comparar os estragos feito pelo capitalismo no Brasil e no mundo voce vera que foram infinitamete maior que de qualquer outro sistema, a dominação das elites e o banho de sangue na formaçõ deste sistema são provas disso, guerras e guerras explodem por motivos capitalistas, por motivos imperialistas, as guerras no iraque e afeganistão são prova disso, os mortos aos que se opõe ao sistema capitalista extrapolam os limites, as ditaduras na america latina exemplificam isto, politicas como manter uma massa de desempregados em prol do bem dos indicadores economicos levam milhares a morrer por falta de comida por todo o mundo,é so voce abrir os olhos que vera qual sistema realmente é assasino, não gosto de usar os mesmos metodos que voces, mas tenho uma lista aqui de mortos do sistema capitalista, não posto por não gostar de comparar n ° de mortos, isso é macabro, ao gosto de voces mas a mim isso não agrada.
Voce não deve entender por que não pensa por si, voce apenas é reflexo da ideologia da elite, a velha historia de que se 'trabalhar consegue', se ser omisso aos problemas da sociedade consegue, se for mais egoita ganha mais, quando voce passar a analisar os dois sistemas vera qual realmente deveria estar na latrina da historia.
- rodrigo
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Cite fatos do governo chavez que prove que ele tem a postura demagoga.
Os ''pobres'' os trabalhadores são quem gera riquezas ao pais, e não meia duzia que dominam o trabalho deles e toma para si seus frutos.
não fosse o embargo e cuba hoje seria um grande parque industrial, uma mini potencia com status de primeiro mundo
o socialismo cubano fez em menos de 50 anos o que as potencias capitalistas não fizeram em mais de 500, veja o desenvolvimento social de cuba e compare com qualquer pais de terceiro mundo, ou ate com os de pimeiro que a diferença é pouca.
Voce não deve entender por que não pensa por si, voce apenas é reflexo da ideologia da elite, a velha historia de que se 'trabalhar consegue', se ser omisso aos problemas da sociedade consegue, se for mais egoita ganha mais, quando voce passar a analisar os dois sistemas vera qual realmente deveria estar na latrina da historia.

"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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- Edu Lopes
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ademir escreveu:Cite fatos do governo chavez que prove que ele tem a postura demagoga.
A postura irresponsável de Rato que Ruge dele é o bastante.
ademir escreveu:Os ''pobres'' os trabalhadores são quem gera riquezas ao pais, e não meia duzia que dominam o trabalho deles e toma para si seus frutos.
Cara, trabalhador sem emprego não gera porra nenhuma e pra ter emprego tem-se que privilegiar as grandes industrias, os grandes comércios, as grandes empresas. Não é com bolsa isso, bolsa aquilo que se promove bem estar social. Isso é só um paliativo demagogo
ademir escreveu:...o socialismo cubano fez em menos de 50 anos o que as potencias capitalistas não fizeram em mais de 500
Porra cara, tu tá de sacanagem comigo.
ademir escreveu:...veja o desenvolvimento social de cuba e compare com qualquer pais de terceiro mundo, ou ate com os de pimeiro que a diferença é pouca.
Que desenvolvimento social, parceiro? Acorda porra! O povo cubano é alijado de tudo. Mas os dirigentes do partidão não, esses tem de tudo. As custas dos escravos estatais.
ademir escreveu:O lula mantem em primeiro plano o interesse das elites, isso é inegavel, e o reflexo são as criticas que recebe do exterior, e da midia brasileira.
Ué, não eram elogios?
ademir escreveu:...não gosto de usar os mesmos metodos que voces, mas tenho uma lista aqui de mortos do sistema capitalista, não posto por não gostar de comparar n ° de mortos, isso é macabro, ao gosto de voces mas a mim isso não agrada.
Garanto que essa lista é bem menor que a dos mortos pelo comunismo. Bem menor. E não deve ter nenhum fuzilado no parédon por discordar do governo ou por tentar sair do país em busca de uma vida melhor e mais digna.
ademir escreveu:Voce não deve entender por que não pensa por si, voce apenas é reflexo da ideologia da elite, a velha historia de que se 'trabalhar consegue', se ser omisso aos problemas da sociedade consegue, se for mais egoita ganha mais, quando voce passar a analisar os dois sistemas vera qual realmente deveria estar na latrina da historia.
Ademir, por não pensar só em mim que ojerizo o comunismo. Quero que todo mundo possa gozar dos benefícios da modernidade. Não posso aceitar um regime que iguala todo mundo porque o ser humano não é assim. Isso não está em nosso DNA. Isso não é nem uma utopia, é insanidade mesmo. O competente não pode ter o mesmo valor do incompetente, o talentoso não pode ser igualado ao medíocre. O que você chama, com desdém, de “velha história do trabalhar consegue” não é ideologia de elite, é a vida. Essa é a regra que deveria mover todos os seres humanos. Tudo o que tenho foi conseguido através do meu trabalho, não ganho bolsa-esmola. Não sou um parasita da nação, não vivo as custa do trabalho alheio. E isso não faz de mim uma pessoa egoísta ou omissa, não sou. E eu sou reflexo do meu trabalho (e sou muito bom no que faço) e da minha formação familiar, não de uma ideologia. Eu penso por mim, cara, não sou maria-vai-com-as-outras e essa é mais uma razão pra não gostar de comunismo.
Ademir, vamos fazer o seguinte, você fica ai com a sua ideologia que eu fico aqui com o meu anticomunismo, pois essa discussão vai acabar fazendo com que eu seja expulso do fórum. Parei contigo.
- Marino
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Do Defesanet:
Venezuela
Informe Otálvora
Ingrid Betancourt sería la candidata presidencial del chavismo colombiano
Venezuela ahora firma acuerdos para producir etanol
Giras paralelas de Chávez y Lula
Edgar C. Otálvora
Alrededor de Ingrid Betancourt, la activista política colombiana secuestrada por las Farc hace cinco años, se estaría cocinando ahora una gran maniobra política.
En medios políticos bogotanos se maneja la tesis de que la inminente liberación de la Betancourt estaría acompañada de su inmediato lanzamiento como candidata a la Presidencia.
Betancourt, en su última alocución desde un campamento guerrillero, censuró la política del presidente Álvaro Uribe de no negociar con la guerrilla. La Betancourt asumiría la bandera de la conciliación nacional en contraposición a Uribe, con lo cual la izquierda colombiana y sectores del liberalismo, buscarían contraponerse a una eventual reforma que permita un tercer mandato de Uribe, asunto polémico pero no imposible y que se debate en los mentideros bogotanos.
Una candidatura de Betancourt le restaría caudal electoral a los posibles candidatos del Polo Democrático, alianza de izquierda democrática que amenaza con convertirse en el principal referente de oposición ante Uribe. La Betancourt podría convertirse en la candidata del chavismo colombiano, según concluye un estudio de escenarios políticos al cual se tuvo acceso.
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“Tratado de Seguridad Energética” es el nombre que el gobierno venezolano ha inventado para una nueva ronda de acuerdos con los países receptores de cooperación energética.
El término, con fuerte contenido geopolítico-militar, fue presentado por Venezuela en la cumbre suramericana realizada en abril pasado en Margarita. Caracas aspiraba que colectivamente los países suramericanos suscribieran un tratado de este tipo, lo cual no prosperó por la manifiesta falta de interés de Brasil.
Los TSE - ahora de carácter bilateral- fueron puestos a rodar por Chávez esta semana tanto en su periplo suramericano como en la reunión de Petrocaribe que se celebró a finales de semana.
El contenido de estos TSE es parte del misterio de la política exterior venezolana. En el caso ecuatoriano, según los medios, el alcance del Tratado sería objeto de próximas reuniones. En Uruguay simplemente se firmó un TSE, que de tratarse efectivamente de un Tratado, aún deberá ser aprobado por el parlamento de ese país.
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De los discursos de Chávez en Buenos Aires, Montevideo, Quito, La Paz y Oruro se desprende que Venezuela les garantizará todos los requerimientos energéticos a los socios que firmen sus TSE. Según fuentes oficiales venezolanas, el TSE con Uruguay incluye: suministro asegurado de petróleo y gas venezolano, estímulo a la producción de etanol (como lo está leyendo, ¡etanol!) y el estímulo para producir energía eólica y solar. El etanol que fuera objeto de una campaña internacional (con gira latinoamericana incluida) por parte de Chávez y de furiosos editoriales de Fidel Castro, ha sido incorporado a los acuerdos que esta semana firmó el gobierno venezolano.
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La gira suramericana de Chávez de esta semana está siendo como la prueba definitiva del distanciamiento entre el venezolano y el gobierno brasileño. Cada vez que se comenta esta materia es preciso aclarar que no se trata de una ruptura personal entre los presidente Lula y Chávez, aún cuando este último tiende a personalizar los usuales conflictos diplomáticos que su activismo internacional provoca con los gobiernos del vecindario.
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Chávez y Lula se están rehuyendo desde hace meses. Lula no asistió a la inauguración de la Copa América. Chávez no asistió a los Juegos Panamericanos de Río de Janeiro. La anunciadísima cita bilateral tras los ataques de Chávez al Senado brasileño no se ha concretado. El Canciller brasileño, Celso Amorin, pasó agachado ante los ataques que le propinara Chávez y, desde lejos, con declaraciones de mutua comprensión, se ha buscado cerrar las heridas. Lula está haciendo lobby entre los parlamentarios de su país para que apurar la votación del ingreso de Venezuela al Mercosur, pero no le está resultando fácil. Ya Chávez volvió a referirse a Amorin como “amigo”, y Amorin no ha perdido oportunidad para hablar de la importancia de Venezuela en el Mercosur.
En tanto, Lula emprendió una inusual gira latinoamericana que para muchos observadores internacionales, es la forma brasileña de demostrar que han asumido el reto de compensar la presencia de Chávez a nivel continental.
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La visita de Lula a México y varios países centroamericanos y caribeños ha llamado la atención, porque los mandatarios brasileños son poco dados a mirar más allá de su periferia suramericana, salvo cuando se trata de las grandes potencias o Sudáfrica. La estrategia brasileña de presentarse como el vocero latinoamericano en diversos foros internacionales con los países desarrollados, obliga a Lula a aumentar su relacionamiento con los países de la región. Ya dos meses atrás esta situación representó un encontronazo entre Chávez y Lula, cuando el venezolano mandó a protestar por la presencia de Brasil (en nombre de Latinoamérica) en un grupo cúpula en la Organización Mundial de Comercio.
Chávez viajó para reforzar su presencia suramericana, con base en su agenda energética, que incluye desde promesas poco sólidas de suministro de gas hasta ofrecimiento de inversiones para la construcción de infraestructura.
Dado que su periplo coincidió con la visita de Lula a Centroamérica, no resultó patente el hecho de que esta vez Chávez no realizó una de las hasta hace poco usuales visitas relámpago a Brasilia.
Parece que son cosa del pasado aquellos días cuando Chávez avisaba a Lula con sólo horas de anticipación que, aprovechando que estaba de paso, lo visitaría en Brasilia para hablar, y Lula amablemente lo recibía entre rabietas del canciller brasileño.
Hoy pareciera que la Cancillería brasileña ha retomado su papel operativo en las relaciones latinoamericanas, haciendo prevalecer las rutinas diplomáticas ante la táctica de la efusividad con la cual opera Chávez.
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Información hecha pública por fuentes israelíes dan cuenta de las negociaciones entre Irán (el socio estratégico de Chávez) y Rusia para la compra de una enorme dotación de aviones de combate Sukhoi-30.
Irán estaría por recibir en los próximos años una flota de hasta 250 aviones Su-30 similares a los adquiridos por Venezuela, además de 20 aviones tanque para reaprovisionamiento en vuelo.
Pilotos iraníes ya estarían siendo entrenados para el vuelo de los Su-30, en lo que se entiende como la inminencia de la llegada de los primeros aviones a Irán.
Una compra por esta cantidad de aviones caza rompería el equilibrio militar regional, afectando directamente a Israel, país que ha sido declarado enemigo por el régimen gobernante en Irán.
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La producción rusa de Su-30 está sorprendiendo a expertos en el tema, dada la velocidad con la cual están atendiendo los pedidos. De los 24 Su-30 adquiridos por Chávez el año pasado, por lo menos 10 ya estarían en Venezuela.
Edu Lopes escreveu:Ademir, vamos fazer o seguinte, você fica ai com a sua ideologia que eu fico aqui com o meu anticomunismo, pois essa discussão vai acabar fazendo com que eu seja expulso do fórum. Parei contigo.
É... a discussão ja estava indo para um caminho totalmente diferente da proposta do topico, é melhor parar por aqui antes que alguem seje suspenso por besteira


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Do globo:
O jogo do Mercosul com Chávez
MIRIAM GOMES SARAIVA
Desde 2005 que as relações da Argentina com a Venezuela entraram em um novo patamar. Se até então havia ensaios de aproximação e recuos, a partir de outubro deste ano a opção venezuelana se impôs de forma clara. Mas essa aliança começa a mostrar problemas, e a candidata Cristina Kirchner passa a dar alguns sinais de querer se "desmarcar" desta parceria.
A ascensão de Néstor Kirchner trouxe um novo panorama para a política externa argentina, e a Venezuela passou a ocupar um novo lugar no arco de suas alianças. A ascensão de Lula e Kirchner abriu espaços para a construção de uma parceria mais sólida no campo político entre Brasil e Argentina, mas seria uma aliança ainda a se construir e difícil por se tratar de uma relação assimétrica onde as partes não tinham nem têm claro o peso que cada uma delas pode ocupar.
O governo de Lula assumiu uma política incisiva de construção de uma liderança na região, e essa política proativa entrou em choque com percepções nacionalistas no interior da Argentina que a identificaram como imposição de uma liderança individual do Brasil. Frente a isto, setores da diplomacia argentina buscaram colocar o país como um parceiro alternativo ao Brasil, adotando um perfil próprio na região e desafiando os esforços brasileiros de construção de uma liderança regional autônoma.
Neste contexto, o esforço de Chávez de construir uma aliança regional diferente - a aliança bolivariana - foi visto por setores da diplomacia argentina que temem a ascensão brasileira como uma oportunidade especial de reformular o equilíbrio no interior do Mercosul e da América do Sul em geral. O governo de Hugo Chávez mostrou uma disposição de assumir um papel de paymaster que a diplomacia brasileira vinha evitando.
A Cúpula das Américas (outubro/2005) foi o início das relações "estratégicas" entre os dois países. De certa forma, as cartas estavam já dadas, e a entrada da Venezuela no Mercosul, de uma forma particular - onde os direitos políticos antecedem a adequação econômica -, foi acelerada a partir desse momento.
No interior do governo argentino existem diferentes visões do papel da Argentina na América do Sul e diferentes interpretações sobre o papel que o Brasil deve jogar no arco de suas relações exteriores, mas, em termos mais gerais, coincidem propondo um comportamento da Argentina como um Estado barganhador na esfera regional. Nos círculos próximos ao presidente Kirchner, uma "aliança estratégica" com a Venezuela apareceu como um mecanismo equilibrador da liderança brasileira, que aumentaria o poder de barganha da Argentina. A política externa de Kirchner se orienta para conseguir insumos para o desenvolvimento do país, sem cálculos de mais longo prazo. Internamente, Kirchner adotou uma estratégia neodesenvolvimentista, buscando recompor o parque industrial nacional que se refletiu nas percepções do Mercosul.
A aproximação da Argentina com a Venezuela, por um lado, traz algumas vantagens. Mantém as iniciativas de compra de títulos da dívida da Argentina por parte do governo venezuelano; abre a perspectiva de uma integração energética tão premente para a região; e levanta a possibilidade de se estruturar o banco de investimentos para a América do Sul, criando expectativas de avanços econômicos. Mas, por outro lado, cria também problemas e coloca custos para a diplomacia argentina.
Internamente, para corrente mais progressista dentro do governo, que defende o reforço de um Mercosul mais social e político, defende a idéia de se construir uma aliança mais permanente no interior do bloco e identifica a verborragia de Chávez, seu antiimperialismo e enfrentamentos com Brasil como uma dimensão equivocada de um projeto de integração latino-americana. Os desafios de Chávez a certos princípios tradicionais dos regimes democráticos (embora ele tenha sido eleito através do voto) causa mal-estar em parceiros intrabloco (ver o caso do Senado brasileiro) e extrabloco.
Setores empresariais argentinos começam a demonstrar temor que essa aliança afaste do país investidores mais tradicionais. A primeira cúpula entre Brasil e União Européia chamou a atenção. Como motivo para este encontro pode-se apontar o papel ativo que o Brasil vem adotando em temas internacionais, com particular destaque à Rodada de Doha. Mas a este motivo se somou o problema de Chávez na dimensão política do bloco. A UE não quer dialogar com o Mercosul (com Chávez) enquanto a situação na Venezuela segue como está. O diálogo político UE-Mercosul está então temporariamente travado. Reunir-se com a diplomacia brasileira pode servir à UE como fórum de discussão da OMC, mas serve também para discutir o Mercosul e como lidar com o governo Chávez. Desta vez, a Argentina ficou de fora.
Com esse problema na agenda externa, a candidata ao governo argentino, Cristina Kirchner, busca se afastar da figura de Chávez. Não enfrentá-lo nem desprestigiá-lo, já que ele vem mostrando apoio aberto à sua candidatura, e viajou recentemente à Argentina para a assinatura de acordos de cooperação energética e financeira. Mas busca marcar sua independência e se afastar de suas declarações antiamericanas, dos estragos causados pela entrada ilegal de funcionário venezuelano com mala de dinheiro não-declarado em Buenos Aires, e esvaziar o caráter político da visita de Chávez ao país. Eleitoralmente, esse comportamento deve lhe trazer frutos. Mas, uma vez eleita, sua agenda externa em relação à Venezuela ainda é uma incógnita.
MIRIAM GOMES SARAIVA é professora de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
- Marino
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Ainda bem que o Brasil saiu dessa furada.
Chávez criará Banco do Sul sem participação do Brasil
Brasília rejeita o uso de reservas internacionais, como prevê o projeto chavista
Argentina, Bolívia e Equador lançarão com Venezuela a instituição em novembro; Chávez fez anúncio em meio a discurso das reformas
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, deixou claro que não esperará mais o Brasil para a criação do Banco do Sul. Ontem, ele anunciou que a instituição será criada em novembro tendo como sócios Argentina, Bolívia e Equador, seus principais aliados na região.
"Já acordamos com o presidente [argentino, Néstor] Kirchner, com o presidente [boliviano, Evo] Morales e o presidente [equatoriano, Rafael] Correa em não esperar mais. Em novembro, lançaremos o Banco do Sul em Caracas, onde terá sua sede principal, como um banco para os países do sul", disse Chávez na madrugada de ontem, ao final do discurso em que apresentou a reforma constitucional.
"Nós nos convertemos em um país que financia outros países. Isso é válido e poderia ser o primeiro passo de nossa proposta do Banco do Sul", afirmou Chávez, após mencionar o recente anúncio da compra de US$ 1 bilhão em bônus da dívida argentina.
Os comentários do presidente ocorreram quando ele defendia o fim da autonomia do Banco Central venezuelano, um dos pontos de sua reforma constitucional. Se aprovada -é necessário que seja aprovada pela Assembléia e em referendo-, Chávez passará a administrar diretamente as reservas internacionais do país.
Pela proposta de Chávez, o Banco do Sul será financiado por uma parte das reservas internacionais dos países-membros. No início do mês, ele afirmou que a contribuição venezuelana será metade de suas reservas, hoje de US$ 27 bilhões.
As reservas internacionais venezuelanas já são na prática controladas por Chávez, que as usa como fonte dos fundos criados por ele para financiar seus projetos. As constantes retiradas fizeram com que as reservas caíssem 26% em 2007.
Segundo disse à Folha um alto funcionário boliviano envolvido nas negociações, a fundação do Banco do Sul pelos quatro países em novembro não significa que o Brasil e outros países que participaram de reuniões do projeto (Paraguai, Uruguai e Chile) não possam aderir no futuro.
O Brasil tem repetido, porém, que se recusa a entrar em um projeto pronto. O país defende que o desenho do banco seja elaborado por todos e que a nova entidade não seja usada como instrumento político -o contrário da proposta chavista.
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Carlos Mathias escreveu:Chávez tá fazendo a cama e os bobos vão deitar nela. Vamos é nos distanciar desse pessoal, deixa que eles mesmos vão se afundar sozinhos.
UE, EUA e alguns países mais sérios da A do S, o resto o Chávez faz um favor se levar.
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¨Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão ¨- Eça de Queiroz
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Carlos Mathias escreveu:Chávez tá fazendo a cama e os bobos vão deitar nela. Vamos é nos distanciar desse pessoal, deixa que eles mesmos vão se afundar sozinhos.
UE, EUA e alguns países mais sérios da A do S, o resto o Chávez faz um favor se levar.
Pois é Carlos, minha grande dúvida é o que os argentinos vão escolher...,
Eles bem sabem o que é um governo populista, em 1982 eles descobriram da pior forma.
Rogo a Deus para que o próximo presidente não cometa vacilos só para ficar popular.
Vamos ver como a Argentina se sai de mais uma crise mundial que se avizinha.
sds
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