Senhores, algumas considerações:

Há uma guerra de fato, uma narcoguerrilha dada a práticas terroristas se encontra em estado de beligerância com um Governo Democrático, legitimamente constituído e reconhecido/acreditado internacionalmente.

Essa narcoguerrilha estabeleceu uma base, ainda que temporária, em território de País vizinho, sem que este tomasse a mínima providência com relação a isso, QUE TAMBÉM É UM DESRESPEITO À SUA SOBERANIA.

A Nação beligerante descobriu a localização exata dos narcos, mandou uma FE para lá e, numa operação 'cirúrgica', os eliminou. Foi um ato de DEFESA, estava destruindo um importante foco de narcoguerrilha que tanto mal causa em seu território.

Inicialmente, a reação do país onde tales fatos tiveram origem foi branda, talvez envergonhada em ser flagrada servindo de abrigo a agressores de uma Nação vizinha e Democrática, em tempos de Guerra ao Terrorismo.

Entra então em cena um populista com aspirações ditatoriais de uma terceira Nação, sequioso dos holofotes da mídia e, em um discurso incendiário, determina em rede aberta de TV que sejam mandadas FFAA à fronteira com a Nação agora denominada AGRESSORA, e insta o Presidente da Nação supostamente agredida a fazer o mesmo.

Aparecem supostas provas de envolvimento político e financeiro tanto do populista quanto do Presidente da Nação, agora tida como AGREDIDA, com os narcos.

Embaixadas são fechadas, embaixadores expulsos/chamados de volta a seus Países, temos aí um cenário de pré-guerra. É crível tal desenlace?

Eu mesmo respondo: MUITO, MAS MUITO DIFICILMENTE. Nenhum deles conta apenas consigo próprio para manter um conflito, mas apenas UM pode ser logisticamente apoiado de modo abundante e ininterrupto, além de, se necessário, poder contar com suficiente apoio aéreo para manter no chão ou mesmo destruir os famigerados Flankers e Hinds do populista, sua ÚNICA vantagem estratégica. E a Nação citada como a única apta a ser suprida adequadamente é bem aquela que NÃO deseja o conflito...

Há, no entanto, que se tecer considerações sobre a situação interna das três Nações envolvidas: dois dos três Presidentes enfrentam sérios problemas de queda de popularidade e têm projetos de governo de longo prazo. O terceiro também parece ter tale projeto, mas goza de ampla popularidade. Assim, talvez, por um lado, fosse conveniente aos dois 'impopulares' manter o clima de beligerância e mesmo iniciar um conflito de pequenas proporções, tipo choques de fronteira, com o fito de unir novamente o Povo em torno de si, malversando o Nacionalismo e o Patriotismo intrínsecos às populações Latinas e fazendo-as esquecer ou relevar, ainda que momentaneamente, suas mazelas. O problema aí é que se sabe como essas kôzaz começam, mas NUNCA como TERMINAM, os populistas amigos de narcos podem achar que será seguido o roteiro normal, uns choques de fronteira, a ONU intervém e põe panos quentes, mandando alguns 'blue-helmets' e todo mundo sai de cabeça erguida, mas algo pode dar errado e a Colômbia, ciente do apoio de que claramente dispõe, resolver VENCER...

Um prognóstico: caso haja mesmo a tale guerra, veremos a Colômbia emergir REALMENTE como a mini-Israel Sul-Americana, pois será amplamente suprida e, em poucos anos após a indubitável vitória sobre seus agressores INTERNOS E EXTERNOS, terá as mais poderosas FFAA do continente, a menos que o populismo pseudo-socialista seja extirpado de vez, o que não parece provável: pode-se tirar um ou dois populistas da cadeira Presidencial, mas essa praga está se alastrando pela AS, e nada indica que vá parar.

E o Brasil com isso? Até agora, aparenta estar desperdiçando uma chance de ouro de exercer uma liderança natural da qual parece se envergonhar. Uma pena quando o PRAGMATISMO cede lugar à IDEOLOGICE...
