Re: Aviação do Exército
Enviado: Ter Set 09, 2008 8:08 pm
Chegam os EC-725s e saem os Panteras !?
Outra coisa,esses helis maiores precisam de GPU ?
Abraços.
Outra coisa,esses helis maiores precisam de GPU ?
Abraços.
Devem estar usados até o osso!Ogun K-9 escreveu:uma pergunta de quem entende muito pouco do assunto?recebi pelo did e vi no tópico la na forças aéreas sobre a aquisição de mais alguns black hawks para nossas forças armadas.Eis a duvida, os EUA estão retirando de serviço seus Pave Low(que não devem ser poucos),o que serão feitos com estes Helis?não existe uma possibilidade de aquisição de uma certa quantia meio que a preço de banana como foi com os m60?ou não é uma coisa viável financeiramente devido a seus 40 anos de uso?
Anonymous escreveu:A Criação da AvEx em nada influenciou ou influnciará o uso de helicópteros na FAB, já que o emprego dessas aeronaves por parte da AvEx ( Assalto aeromóvel e ataque aeromóvel) é totalmente diferente do uso da FAB. Exemplo disso é aquisição do Uh-60 pela FAB para operar na BACG.talharim escreveu:Uma tendência seria uma significativa diminuição de helis operados pela FAB,com esta ficando apenas com tarefas específicas como C-SAR de seus pilotos e nada mais..........
Na realidade o EB estuda a redução da Frota por motivos logísticos. Existem várias aeronaves aguardando inspeção do tipo “C”(fora de operação) que não foram ainda realizada por falta de recursos de pessoal e suprimento.talharim escreveu:Em contraposição o EB tede a aumentar ainda mais a sua frota de asas rotativas,aumentando o número de esquadrões ficando completamente independente do apoio aéreo da FAB.
E eu tenho certeza que nunca se cogitou a compra desse tipo de aeronave. Sirvo na AvEx desde 1989, ou seja desde o inicio das atividades em Taubaté. Se vc reparar bem as FA operam helicópteros de emprego geral tbm em missões de ataque.talharim escreveu:Eu acho que o EB ainda não desistiu $$$ completamente de adquirir helis de ataque para seu inventário.
As únicas aeronaves avaliadas em 1994 para aquisição foram o UH-1P, MI-17 e KA-25 e foram todos recusados.talharim escreveu:Em 1994 o EB chegou a cogitar a aquisição de helis AH-64D Apache dos EUA,não vindo a se concretizar por razões óbvias de falta de verbas....
Na realidade os HM-2 foi adquirido por imposição dos EUA ao nos dar a missão de paz MOMEP.talharim escreveu:Apesar da crônica falta de verbas,o EB vem conseguindo adquirir helis novos nos últimos anos aumentando significativamente a sua capacidade operacional.
O HM-3 foi imposição política do governo da França sobre o Itamaraty. Nos dois episódios a Avex já estava com sua capacidade logística esgotada e tendo graves problemas para manter suas aeronaves voando.
Com certeza o 10 unidades UH-60 por BAVEX seria uma opção muito boa e devidamente armado tbm cumpria missões de ataque. Outra opção seria o MI-17, mas infelizmente com França mandando e desmandando aqui fica difícil.talharim escreveu:Quantos helis seriam ideais para o EB e de tipos?
1 BAVEX por Comando Militar de Área estaria de bom tamanhotalharim escreveu:Quantos esquadões seriam ideais e qual seria a localização desses esquadrões para uma cobertura ideal do nosso território?
Acredito que não. As aeronaves de emprego geral cumprem bem as missões de ataque previstas para AvExtalharim escreveu:O EB necessita de um heli de ataque dedicado?
Não, mas quando houver condições logísticas de mantê-los funcionando, seria interessante possuirmos aeronaves de carga para apoio logístico.talharim escreveu:O EB necessita de aviões de asa fixa do tipo SU-22 ou A-10?
Vc deve estar brincando...talharim escreveu:O EB necessita do seu próprio esquadrão de UAVs?
fonte: http://www.defesanet.com.br/missao/am/bavex.htmO 4º Batalhão de Aviação do Exército (BAvEx)
O 4º Batalhão de Aviação de Exército está localizado ao lado da Base Aérea de Manaus, numa área de relevo irregular onde foi construído o primeiro hangar suspenso do Brasil. É a única unidade de asas rotativas do Exército Brasileiro na Amazônia, e tem uma área de responsabilidade de quase metade do território nacional. Comandado pelo Coronel Achilles Furlan Neto, possui um efetivo de 300 militares, sendo 35 deles pilotos. Está subordinado diretamente ao Comando Militar da Amazônia (CMA).
O 4º BAvEx está equipado com 11 Helicópteros de Manobra de três modelos diferentes, sendo 4 HM-2 Blackhawk (Sikorski S70A), 3 HM-1 Pantera (Eurocopter AS 365), e 4 HM-3 Cougar (Eurocopter AS 532 UE). O número reduzido de aeronaves contrasta com a quantidade necessária e o número de missões. “As exigências e características operacionais, e as longas distâncias nos deslocamentos, exigem que no mínimo dobremos o número de aeronaves disponíveis”, afirma o chefe de operações do CMA, General-de-Brigada Carlos Alberto Da Cás. “Esperamos em breve instalar outro batalhão de aviação em Belém-PA, a capital da Amazônia Oriental, e no futuro espera-se a criação de uma Brigada de Aviação do Exército na região amazônica”.
A necessidade de helicópteros de ataque tanto equipando o 4º BAvEx como em futuras unidades é um consenso entre os militares. Atualmente este vácuo está sendo suprido pelos Fennec que estão em Taubaté, e que, no caso de um acionamento têm 48 horas para se deslocar e operar em qualquer lugar do Teatro de Operações da Amazônia.
A aeromobilidade na selva amazônica está dividida em duas doutrinas operacionais: A Gama, de combate e resistência; e a Alfa, de combate convencional. Dentro dessas duas doutrinas de emprego da força militar no Teatro de Operações da Amazônia (TOA), poderão ser realizadas uma série de missões específicas que estão dividas em:
Missões de apoio ao combate:
Comando e controle, observação de tiro – necessária em ambiente de selva – SAR, reconhecimento, segurança, incursão, infiltração e exfiltração aeromóveis.
Missões de apoio logístico:
Ressuprimento das bases, destacamentos e pelotões especiais de fronteira, lançamento de pára-quedistas e Forças Especiais, evacuação aeromédica e transporte.
No 4º Batalhão de Aviação do Exército (BaVEx), todas as missões são reais. Por isso o alto-nível de operacionalidade de suas tripulações. Os helicópteros estão equipados com a metralhadora lateral Mag 7.62 e podem estar em operação em qualquer ponto da fronteira brasileira na área de CMA apenas 15 horas após o recebimento da missão.
Como a vastidão da floresta foge a autonomia de qualquer helicóptero disponível hoje no mercado, para cada desdobramento do batalhão, tanques de combustíveis de campanha, chamados plots, são transportados e distribuídos em zona segura para que mesmo durante a ação, as aeronaves possam pousar, reabastecer e retornar ao combate.
A Aviação do Exército é fundamental para qualquer atividade militar na Amazônia, seja na paz e principalmente na guerra. A escassez de recursos, o avançado tempo de uso das aeronaves, somados à exigência a níveis extremos de operação, características da região, e a dificuldade no suprimento de peças, no caso dos Blackhawk, são questões sérias que necessitam de uma maior atenção do Comando do Exército, caso contrário em médio-prazo toda a frota de asas rotativas do Exército ficará parada nos hangares.
Os vôos sobre o oceano verde
requerem cuidados especiais HM-2 Black Hawk em manutenção
no 4º BAvEx
Acompanhe uma entrevista com o Comandante do 4º BAvEx, Cel Achilles Furlan Neto:
Defesanet - Quais as peculiaridades do vôo de helicóptero na Amazônia?
Cel Furlan: As condições meteorológicas são extremas e suas mudanças são repentinas. Como as distâncias aqui são muito grandes e os vôos têm longa duração, o piloto que decola com uma condição meteorológica favorável pode encontrar no meio do caminho uma mudança radical no tempo. Aqui não é como o sul ou o sudeste do país, onde podemos pousar sempre que as condições de tempo ficam ruins. Essa facilidade que o helicóptero tem não pode ser desfrutada na selva e, quando uma clareira é achada, a tripulação não tem como avisar a unidade que fez um pouso em segurança, o que deixa todos apreensivos e preocupados.
Defesanet – Como acontece o acionamento para uma missão?
Cel Furlan: Normalmente recebo a missão por telefone. Quando o assunto é sigiloso, sou convocado ao Comando Militar da Amazônia, onde recebo todas as informações sobre a missão a ser cumprida. Passo elas ao meu oficial de operações, que com sua equipe vai planejá-la. Como somos acionados constantemente, o nosso briefing é menor. Basta informar o piloto qual a missão e as ameaças envolvidas, e ele vai cumprir. No caso de uma missão em qualquer da fronteiras da região norte, após acionado, e com condições meteorológicas normais, estaremos no local, prontos para entrar em ação em até 15 horas.
Defesanet – Existe a necessidade de equipar o Batalhão com um helicóptero de ataque?
Cel Furlan: Todo exército no mundo deve ter helicópteros de ataque. Eles têm um poder dissuasório muito grande. Mas eu preciso de uma aeronave que se proponha a fazer o que preciso dela aqui na Amazônia, que além de fortemente armada, possua grande autonomia.
Defesanet – Existe a necessidade de aumentar o número de aeronaves do Batalhão?
Cel Furlan: Sem dúvida! No mínimo o dobro. Falo em ter disponíveis pelo menos 25 aeronaves. Nesta semana estamos realizando 4 missões ao mesmo tempo. Se por problemas nas aeronaves, dificuldade logística ou no fornecimento de peças, eu tenha que tirar um único aparelho de operação, numa frota diminuta como a que tenho, isto terá um reflexo muito grande. Mesmo assim, temos um ponto de honra no Batalhão de jamais deixar de cumprir uma missão. Sabemos que o CMA conta somente conosco e se não pudermos apoiá-lo, ninguém
poderá.
Isso é um limitador. A operação na Amazônia é diferente do que se faz em qualquer outro lugar do mundo.knigh7 escreveu:O 4º Batalhão de Aviação do Exército (BAvEx)
Defesanet – Existe a necessidade de equipar o Batalhão com um helicóptero de ataque?
Cel Furlan: Todo exército no mundo deve ter helicópteros de ataque. Eles têm um poder dissuasório muito grande. Mas eu preciso de uma aeronave que se proponha a fazer o que preciso dela aqui na Amazônia, que além de fortemente armada, possua grande autonomia.
Piffer,Piffer escreveu:Isso é um limitador. A operação na Amazônia é diferente do que se faz em qualquer outro lugar do mundo.knigh7 escreveu:
Podemos dizer grosseiramente que o EB emprega estrategicamente um vetor tático. Os helicópteros de ataque atuam debaixo da asa de uma divisão, em missões de 20, 30 km de profundidade. Com exceção do Mangusta, poucos helicópteros tem uma autonomia maior que 2h30.
Muitas vezes fica a idéia de que um helicóptero vai decolar de Manaus, matar um monte de gente na fronteira e voltar antes do toque de ordem. Isso é irreal. Helicópteros de ataque não são autônomos como os de emprego geral. Sempre tem que ir outra aeronave junto para levar o mecânico, ferramentas, munição, manuais, bagagem, pessoal de terra, etc. Ele terá que sair com um ou dois dias de antecedência com seu escudeiro (Pantera, BH, Cougar), montar um PRA em um PEF, por exemplo, montar a configuração do armamento e, aí sim, cumprir sua missão.
Abraços,