Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Mai 09, 2011 5:02 am
Caças de quem cara-pálida? Está falando dos poderosos, invencíveis, espetaculares F-5M? Tão tá então.
Ai é covardia Leandro...
Mas se formos olhar as nossas atuais baterias de AAe, o F-5M está até de muito bom tamanho!
Agora falando sério, as ações aéreas precisam ser tratadas como um assunto à parte, pois se a defesa AAe já for desde o princípio contar com a proteção de caças vai acabar é não havendo defesa AAe. Mas na hora do vamos ver a FAB jamais terá condições de garantir superioridade aérea contra um inimigo que tenha realmente coragem de vir nos ameaçar, e a defesa AAe muito provavelmente terá que se virar sozinha.
Depende de que tipo de defesa estamos falando.
A defesa aérea é um sistema conjunto, e na verdade os caças não fariam a defesa delas (elas teriam que se defender sozinhas) e sim estariam atuando em conjunto contra um invasor, cada um com sua area de atuação definida.
Confiar toda a defesa em sistemas de AAe não é viavel, assim como tambem não é deixar tudo a cargo da aviação. Um sistema complementa o outro.
E eu acho sinceramente que um inimigo que venha a nos ameaçar colocando os F-5M e os M-2000 no chão não vai estar muito preocupado com meia duzia de sistemas de cano da decada de 90 espalhados a contagotas pelo pais.
Verdade, mas dado o altíssimo custo tanto dos pilotos e das aeronaves atuais, em geral se toma muito cuidado com esta tarefa. Antigamente se admitiam algumas perdas em missões de ataque aéreo, mas hoje a tendência é buscar sempre perda zero, e aí os esforços em identificar as posições de arttilharia AAe inimigas sobem para o topo da escala de prioridades, junto com a interferência nos sistemas de rastreio e guiagem.
São prioridades, mas não quer dizer que sejam faceis de cumprir.
E isso que estou dizendo, eles passaram o conflito todo da Servia buscando baterias e não acharam todas, e isso em um pais daquele tamanho.
Outro ponto é que não seria necessário identificar todas as posições da AAe hostil. Se duas posições adjacentes são detectadas, pode-se inferir com razoável grau de certeza de que não há nenhum no meio, e o caminho de entrada já pode ser definido. As posições mais distantes estariam longe demais para interferir.
Como você mesmo colocou não se pode contar com a sorte neste tipo de missão.
A tripulação dos bombardeiros não precisa fazer nada, os dados são enviados para ela por outras fontes (como satélites, aviões especializados, aviões e UAV´s com pod´s de rastreio/observação e até comandos no solo) via link de dados, e aparecem marcados no mapa do display MFD dos aviões atacantes. Cada vez mais e mais forças aéreas estão adotando o conceito NCW, se até o Brasil já o utiliza extensivamente imagine o restante do mundo.
Exato, assim como o sistema operacional da sua maquina veio para simplificar e nunca vai te deixar na mão...
Mas deixando a pilha de lado, não estou me referino ao sistema de distribuição de dados, e sim da fonte de alimentação deles.
Satelites, UAV, aeronaves, todos operando em conjunto e partilhando dados em uma mesma rede em tempo real?
Que eu saiba só os USA, e quem eles querem, conseguem operar assim.
Isso seria o idela, mas inantingivel por algumas decadas.
E ai, como fariamos para operar contra as defesas inimigas sem esse aparato todo?
Se os atacantes puderem voltar e tentar de novo livremente até acertarem, a missão não estará cumprida, muito pelo contrário, a AAe estará fazendo só figuração. Contar apenas com a sorte não é uma atitude correta em um combate.
Da mesma maneira que so a aviação fosse lá a ficasse lançando bomba a esmo por causa da AAe estaria fazendo figuração.
É um jogo de gato e rato, e a mais de 10nm eu desconheço um sistema que possa me garantir um ECP razoavel, sem contar que depois eu ainda vou ter que ir lá fazer o reconhecimento do ataque...
Pois é, na verdade o alcance muito provavelmente será ainda menor, o que só piora a situação da AAe com mísseis de menor alcance.
Provavelmente.
Mas você já parou para pensar que talvez um dia, um inimigo um pouco mais inteligente mentisse sobre o alcance do armamento dele para menos?
Que naquelas operações combinadas ele operasse degradado de proposito?
Como você falou, não da para contar com a sorte, se meus dados indicam que o alcance e 12km, eu manteria mais de 15km pelo menos...
Porque mesmo que eu tenha o MESMO armamento que ele, não da para garantir que o desempenho vai ser igual.
A mobilidade não pode ser sacrificada nunca, sob pena dos lançadores AAe virarem alvos fáceis. Mas quem disse que os sistemas de médio/longo alcance tem que ter menos mobilidade? Os sistemas podem não ser capazes de disparar em movimento (o que não é importante na defesa de pontos fixos), mas são todos altamente móveis.
Foi o que eu disse: sacrificada, e não extinta.
Eles serão menos moveis que os sistemas menores.
Como já mencionei, se o inimigo puder continuar tentando até cumprir sua missão, seja esta qual for, então a missão da defesa AAe falhou. Os sérvios até mostraram o caminho em alguns campos, mas sua incapacidade de efetivamente engajar os aviões da OTAN decidiu a guerra contra eles.
Olha Leandro, eu tenho minhas duvidas se ela falhou mesmo.
Eles conseguiram evitar que a OTAN utilizasse livremente todo o seu espaço aéreo durante toda a campanha (Supremacia Aérea), impossibilitaram a utilização de aeronaves de asas rotativas e de transporte no conflito e com isso praticamente mataram a possibilidade do envio de infantaria para apoiar a campanha.
E estamos falando da Servia x OTAN, e não da China ou Russia.
Foi justamente na Sérvia que a importância de identificar as baterias AAe ficou mais evidente. E o Tor é um veículo bem característico, não é tão fácil de esconder. Como também já mencionei, não é necessário identificar todos os lançadores, apenas os do caminho que se planeja utilizar.
Mas para acha-los teriamos que varre áreas imensas com reconhecimento visual e eletronico, e mesmo assim nada garante que após plotá-los, se conseguissimos, eles estariam no mesmo local quando do ataque.
Esse é o ponto que coloquei, a tarefa não é nada simples.
Para você ter noção identificar as baterias de AAe do EB em exercicios já é dificilimo, mesmo operando em ambientes menos complexos como nos Pampas.
Os mísseis AR são importantes, não disse o contrário, mas não são nada do outro mundo, já se conhecem formas de evitá-los ou atraí-los para alvos errados com decoys. Não se pode considerar que a sua simples presença no TO decreta o final da defesa AAe, eles são apenas mais um fator a considerar.
Olha, já conhecemos formas de produzir turbinas, assentos ejetaveis, processadores, satelites e ate a caixinha de leite UHT; mas veja no mundo quantos países EFETIVAMENTE produzem esses produtos?
Produzir um decoy para um MAR seria facil se ele não tivesse proteção contra ele, e mesmo assim se o decoy estiver ligado a sua estação teria que estar desligada, que é o objetivo da missão.
A introdução de uma artefato assim no conflito muda completamente o equilibrio da utilização do poderio aéreo, sendo um fator tão transformador como um AEW.
Com relação aos embargos do EUA, não precisa ser nenhum sistema altamente estratégico para eles fazerem isso, eles sempre tentam embargar tudo, do MAA-1 ao ST.
O ST eles simplesmente proibiram a venda para quem eles não confiam, já o MAR foi desenvolvido EXATAMENTE após um recusa deles de vender armamento semelhante "para que o equilibrio regional não fosse afetado" (palavras deles).
Você lembra quantos paises operam misseis AR, e quantos são capazes de produzi-lo?
Ai é covardia Leandro...
Mas se formos olhar as nossas atuais baterias de AAe, o F-5M está até de muito bom tamanho!
Agora falando sério, as ações aéreas precisam ser tratadas como um assunto à parte, pois se a defesa AAe já for desde o princípio contar com a proteção de caças vai acabar é não havendo defesa AAe. Mas na hora do vamos ver a FAB jamais terá condições de garantir superioridade aérea contra um inimigo que tenha realmente coragem de vir nos ameaçar, e a defesa AAe muito provavelmente terá que se virar sozinha.
Depende de que tipo de defesa estamos falando.
A defesa aérea é um sistema conjunto, e na verdade os caças não fariam a defesa delas (elas teriam que se defender sozinhas) e sim estariam atuando em conjunto contra um invasor, cada um com sua area de atuação definida.
Confiar toda a defesa em sistemas de AAe não é viavel, assim como tambem não é deixar tudo a cargo da aviação. Um sistema complementa o outro.
E eu acho sinceramente que um inimigo que venha a nos ameaçar colocando os F-5M e os M-2000 no chão não vai estar muito preocupado com meia duzia de sistemas de cano da decada de 90 espalhados a contagotas pelo pais.
Verdade, mas dado o altíssimo custo tanto dos pilotos e das aeronaves atuais, em geral se toma muito cuidado com esta tarefa. Antigamente se admitiam algumas perdas em missões de ataque aéreo, mas hoje a tendência é buscar sempre perda zero, e aí os esforços em identificar as posições de arttilharia AAe inimigas sobem para o topo da escala de prioridades, junto com a interferência nos sistemas de rastreio e guiagem.
São prioridades, mas não quer dizer que sejam faceis de cumprir.
E isso que estou dizendo, eles passaram o conflito todo da Servia buscando baterias e não acharam todas, e isso em um pais daquele tamanho.
Outro ponto é que não seria necessário identificar todas as posições da AAe hostil. Se duas posições adjacentes são detectadas, pode-se inferir com razoável grau de certeza de que não há nenhum no meio, e o caminho de entrada já pode ser definido. As posições mais distantes estariam longe demais para interferir.
Como você mesmo colocou não se pode contar com a sorte neste tipo de missão.
A tripulação dos bombardeiros não precisa fazer nada, os dados são enviados para ela por outras fontes (como satélites, aviões especializados, aviões e UAV´s com pod´s de rastreio/observação e até comandos no solo) via link de dados, e aparecem marcados no mapa do display MFD dos aviões atacantes. Cada vez mais e mais forças aéreas estão adotando o conceito NCW, se até o Brasil já o utiliza extensivamente imagine o restante do mundo.
Exato, assim como o sistema operacional da sua maquina veio para simplificar e nunca vai te deixar na mão...
Mas deixando a pilha de lado, não estou me referino ao sistema de distribuição de dados, e sim da fonte de alimentação deles.
Satelites, UAV, aeronaves, todos operando em conjunto e partilhando dados em uma mesma rede em tempo real?
Que eu saiba só os USA, e quem eles querem, conseguem operar assim.
Isso seria o idela, mas inantingivel por algumas decadas.
E ai, como fariamos para operar contra as defesas inimigas sem esse aparato todo?
Se os atacantes puderem voltar e tentar de novo livremente até acertarem, a missão não estará cumprida, muito pelo contrário, a AAe estará fazendo só figuração. Contar apenas com a sorte não é uma atitude correta em um combate.
Da mesma maneira que so a aviação fosse lá a ficasse lançando bomba a esmo por causa da AAe estaria fazendo figuração.
É um jogo de gato e rato, e a mais de 10nm eu desconheço um sistema que possa me garantir um ECP razoavel, sem contar que depois eu ainda vou ter que ir lá fazer o reconhecimento do ataque...
Pois é, na verdade o alcance muito provavelmente será ainda menor, o que só piora a situação da AAe com mísseis de menor alcance.
Provavelmente.
Mas você já parou para pensar que talvez um dia, um inimigo um pouco mais inteligente mentisse sobre o alcance do armamento dele para menos?
Que naquelas operações combinadas ele operasse degradado de proposito?
Como você falou, não da para contar com a sorte, se meus dados indicam que o alcance e 12km, eu manteria mais de 15km pelo menos...
Porque mesmo que eu tenha o MESMO armamento que ele, não da para garantir que o desempenho vai ser igual.
A mobilidade não pode ser sacrificada nunca, sob pena dos lançadores AAe virarem alvos fáceis. Mas quem disse que os sistemas de médio/longo alcance tem que ter menos mobilidade? Os sistemas podem não ser capazes de disparar em movimento (o que não é importante na defesa de pontos fixos), mas são todos altamente móveis.
Foi o que eu disse: sacrificada, e não extinta.
Eles serão menos moveis que os sistemas menores.
Como já mencionei, se o inimigo puder continuar tentando até cumprir sua missão, seja esta qual for, então a missão da defesa AAe falhou. Os sérvios até mostraram o caminho em alguns campos, mas sua incapacidade de efetivamente engajar os aviões da OTAN decidiu a guerra contra eles.
Olha Leandro, eu tenho minhas duvidas se ela falhou mesmo.
Eles conseguiram evitar que a OTAN utilizasse livremente todo o seu espaço aéreo durante toda a campanha (Supremacia Aérea), impossibilitaram a utilização de aeronaves de asas rotativas e de transporte no conflito e com isso praticamente mataram a possibilidade do envio de infantaria para apoiar a campanha.
E estamos falando da Servia x OTAN, e não da China ou Russia.
Foi justamente na Sérvia que a importância de identificar as baterias AAe ficou mais evidente. E o Tor é um veículo bem característico, não é tão fácil de esconder. Como também já mencionei, não é necessário identificar todos os lançadores, apenas os do caminho que se planeja utilizar.
Mas para acha-los teriamos que varre áreas imensas com reconhecimento visual e eletronico, e mesmo assim nada garante que após plotá-los, se conseguissimos, eles estariam no mesmo local quando do ataque.
Esse é o ponto que coloquei, a tarefa não é nada simples.
Para você ter noção identificar as baterias de AAe do EB em exercicios já é dificilimo, mesmo operando em ambientes menos complexos como nos Pampas.
Os mísseis AR são importantes, não disse o contrário, mas não são nada do outro mundo, já se conhecem formas de evitá-los ou atraí-los para alvos errados com decoys. Não se pode considerar que a sua simples presença no TO decreta o final da defesa AAe, eles são apenas mais um fator a considerar.
Olha, já conhecemos formas de produzir turbinas, assentos ejetaveis, processadores, satelites e ate a caixinha de leite UHT; mas veja no mundo quantos países EFETIVAMENTE produzem esses produtos?
Produzir um decoy para um MAR seria facil se ele não tivesse proteção contra ele, e mesmo assim se o decoy estiver ligado a sua estação teria que estar desligada, que é o objetivo da missão.
A introdução de uma artefato assim no conflito muda completamente o equilibrio da utilização do poderio aéreo, sendo um fator tão transformador como um AEW.
Com relação aos embargos do EUA, não precisa ser nenhum sistema altamente estratégico para eles fazerem isso, eles sempre tentam embargar tudo, do MAA-1 ao ST.
O ST eles simplesmente proibiram a venda para quem eles não confiam, já o MAR foi desenvolvido EXATAMENTE após um recusa deles de vender armamento semelhante "para que o equilibrio regional não fosse afetado" (palavras deles).
Você lembra quantos paises operam misseis AR, e quantos são capazes de produzi-lo?