Dessa eu não sabia, em que ano foi isso???Luiz Bastos escreveu:Meu camarada.Juseara escreveu: A crítica do pessoal do próprio EB é bastante realista. Primeiro que não somos um país tão industrializados assim. Acreditar que num conflito as coisas apareceram é temerário. Segundo, nosso parque industrial também não é tão agil assim, mesmo que tivéssemos uma elevada capacidade instalada. Essa estória de esforço de guerra não é bem assim. Milhares de fábricas muito menos.
Na guerra do Paraguai levamos mais de, praticamente, 3 anos para retomar as ofensivas. E olhe que éramos três contra um.
O exemplo mais recente, de acordo com as declarações na entrevista, vem de militares argentinos sobre o ocorrido no conflito das Malvinas. O problema era exatamente esse: Tempo de produção.
Parece que a discussão envolve apenas a fabricação de munição para fuzis, canhões, morteiros, etc
Estas munições se fazem com pólvora, que se faz até em casa, metal que existe em abundancia no país e tornos mecânicos para dar as características formas as balas e estojos, ou seja, nada muito difícil, e não existe nem a necessidade de uma mesma fabrica fazer todo o conjunto, podendo atuar de forma independente e no final o contratante eleger uma para transformar os conjuntos no produto final.
Dizer que a nossa industria não é tao grande assim me causa especia pois a industria que se necessita para tal esforço se encontra em qualquer esquina do Brasil, sem contar SP que indubitavelmente é uma locomotiva na produção industrial. Se o amigo disser que não dispomos de industria para construir radares de aeronaves de caça em quantidades eu concordo, mas bala qualquer traficante do Rio recarrega suas balas na própria comunidade com armeiros da região. Recentemente foi encontrada uma fabrica de metralhadoras em SP numa comunidade que dava até inveja às Uzi israelenses. No Rio (PU) foi desmontada uma tornearia devido a mesma atender ao trafico fazendo munições e peças para o armamento da facção da hora.
Gostaria também de lembrar ao amigo que a Guerra do Paraguai começou mesmo depois da retomada de Uruguaiana, pois antes disso o EB estava na Argentina ajudando a expulsar os Paraguas de lá. A participação Uruguaia foi mais simbólica e a argentina, depois da retirada de Mitre também. Até o soldo dos aliados era pago pelo império. Na verdade o bicho começou a pegar depois que Caxias assumiu o comando da guerra e os resultados não demoraram a aparecer.
Um dado que talvez pouca gente saiba, que me foi contado por um militar, foi que naquele episodio do Evo Imorales e da Petrobras, enquanto o Itamaraty negociava com o Índio, a cadeia de comando das 3 forças entrou em alerta máximo de prontidão e esperavam apenas a ordem do Lula com tudo pronto para cruzar a fronteira e retomar as refinarias. Outro fato também interessante foi quando os americanas e ingleses iriam invadir o norte do Brasil pela Guiana, para declararem a reserva ianomami uma nação independente do país, desde a descoberta das tropas na fronteira até o inicio do treinamento de uma operação com munição real ha 20 km da fronteira com o referido país, não se passaram 3 dias, portanto, embora muitos não acreditem, a coisa não está tao ruim assim. Nossos militares sabem o que fazem e sabem como fazer. A nós civis resta apenas aguardar e confiar. Fui
Nova Aquisição EB II
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Re: Nova Aquisição EB II
Brava Gente, Brasileira!!!
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Re: Nova Aquisição EB II
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EXTRATO DE CONTRATO Nº 73/2012 - UASG 160069
Nº Processo: 25296294201274.
PREGÃO SISPP Nº 20/2012 Contratante: COMANDO DO EXERCITO
-CNPJ Contratado: 06020318000110. Contratado : MAN LATIN
AMERICA INDUSTRIA E -COMERCIO DE VEICULOS LTDA.
Objeto: Aquisição de viatura de transporte não especializada.Fundamento Legal: Parágrafo único do art 61 da lei 8666/93. Vigência:
14/08/2012 a 12/12/2012. Valor Total: R$47.223.000,00. Fonte:
300000000 - 2012NE800441. Data de Assinatura: 14/08/2012.
(SICON - 20/08/2012) 160069-00001-2012NE800038
EXTRATO DE CONTRATO Nº 77/2012 - UASG 160069
Nº Processo: 25296289201261.
PREGÃO SISPP Nº 15/2012 Contratante: COMANDO DO EXERCITO
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AMERICA INDUSTRIA E -COMERCIO DE VEICULOS LTDA.
Objeto: Aquisição de viatura de transporte não especializado.
Fundamento Legal: Parágrafo único do art 61 da lei 8666/93. Vigência:
14/08/2012 a 27/11/2012. Valor Total: R$32.179.994,79. Fonte:
300000000 - 2012NE800458 Fonte: 300000000 - 2012NE800460
Fonte: 300000000 - 2012NE800462. Data de Assinatura:
14/08/2012.
(SICON - 20/08/2012) 160069-00001-2012NE800038
EXTRATO DE CONTRATO Nº 80/2012 - UASG 160069
Nº Processo: 25296288201217.
PREGÃO SISPP Nº 14/2012 Contratante: COMANDO DO EXERCITO
-CNPJ Contratado: 06020318000110. Contratado : MAN LATIN
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14/08/2012 a 12/12/2012. Valor Total: R$13.833.376,00. Fonte:
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14/08/2012 a 12/12/2012. Valor Total: R$47.223.000,00. Fonte:
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14/08/2012 a 12/12/2012. Valor Total: R$13.833.376,00. Fonte:
300000000 - 2012NE800483. Data de Assinatura: 14/08/2012.
"I would rather have a German division in front of me than a French
one behind me."
General George S. Patton.
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Re: Nova Aquisição EB II
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 573, DE 27 DE JUNHO DE 2012.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_A ... pv/573.htm
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Re: Nova Aquisição EB II
O EB esta se tornando um grande formador de mao de obra profissional para as transportadoras do Brasil afora .
Nao so motoristas de caminhao como maquinario em geral .
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Re: Nova Aquisição EB II
Temos que colaborar com o desenvolvimento do país.talharim escreveu:O EB esta se tornando um grande formador de mao de obra profissional para as transportadoras do Brasil afora .
Nao so motoristas de caminhao como maquinario em geral .

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Re: Nova Aquisição EB II
0159 Cam 5 Ton 4x4 MAN; R$ 297.000,00 a unidadeEXTRATO DE CONTRATO Nº 73/2012 - UASG 160069
Nº Processo: 25296294201274.
PREGÃO SISPP Nº 20/2012 Contratante: COMANDO DO EXERCITO
-CNPJ Contratado: 06020318000110. Contratado : MAN LATIN
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Objeto: Aquisição de viatura de transporte não especializada.Fundamento Legal: Parágrafo único do art 61 da lei 8666/93. Vigência:
14/08/2012 a 12/12/2012. Valor Total: R$47.223.000,00. Fonte:
300000000 - 2012NE800441. Data de Assinatura: 14/08/2012.
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0189 Cam 4x2 MAN tipo comercial 7 Ton; R$ 172.264,52 a U.EXTRATO DE CONTRATO Nº 77/2012 - UASG 160069
Nº Processo: 25296289201261.
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Fundamento Legal: Parágrafo único do art 61 da lei 8666/93. Vigência:
14/08/2012 a 27/11/2012. Valor Total: R$32.179.994,79. Fonte:
300000000 - 2012NE800458 Fonte: 300000000 - 2012NE800460
Fonte: 300000000 - 2012NE800462. Data de Assinatura:
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(SICON - 20/08/2012) 160069-00001-2012NE800038
050 Cam CisAgua/12.000Lts 6x4 MAN; R$ 276.667,52 a U.EXTRATO DE CONTRATO Nº 80/2012 - UASG 160069
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14/08/2012 a 12/12/2012. Valor Total: R$13.833.376,00. Fonte:
300000000 - 2012NE800483. Data de Assinatura: 14/08/2012.
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Re: Nova Aquisição EB II
Eita, tudo pelo social.
Editado pela última vez por binfa em Ter Ago 21, 2012 4:59 pm, em um total de 1 vez.
att, binfa
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Re: Nova Aquisição EB II
Jauro, o EB já não tinha comprado estes caminhões de 7t e CisÁgua de outra empresa? Comprou mais agora?
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Re: Nova Aquisição EB II
Para o Projeto de Abastecimento da Op PIPA a previsão de compra era de 110 caminhões cisterna.FCarvalho escreveu:Jauro, o EB já não tinha comprado estes caminhões de 7t e CisÁgua de outra empresa? Comprou mais agora?
abs.
50 foram comprados da MAN e 60 F Cargo.
Para caminhões de 07 Ton a previsão era de 300 e foram comprados assim:
-189 MAN;
-111 MB.
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Re: Nova Aquisição EB II
Ok, obrigado. Mais uma questão. Se os números acima era todos destinados a aquisição dos veículos especificamente para atuar nesta cita operação, porque a divisão em dois processos diferentes? Não seria mais lógico tentar conseguir preços mais em conta através de um número maior de bens a serem comprados, do que divididos da forma que foram? Não há perdas nesta conta?jauro escreveu:Para o Projeto de Abastecimento da Op PIPA a previsão de compra era de 110 caminhões cisterna.FCarvalho escreveu:Jauro, o EB já não tinha comprado estes caminhões de 7t e CisÁgua de outra empresa? Comprou mais agora?
abs.
50 foram comprados da MAN e 60 F Cargo.
Para caminhões de 07 Ton a previsão era de 300 e foram comprados assim:
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Re: Nova Aquisição EB II
O prazo de entrega está incluso na licitação, então acredito que as empresas não tinham todos os veículos para entregarem em uma primeira demanda.FCarvalho escreveu:Ok, obrigado. Mais uma questão. Se os números acima era todos destinados a aquisição dos veículos especificamente para atuar nesta cita operação, porque a divisão em dois processos diferentes? Não seria mais lógico tentar conseguir preços mais em conta através de um número maior de bens a serem comprados, do que divididos da forma que foram? Não há perdas nesta conta?jauro escreveu:Para o Projeto de Abastecimento da Op PIPA a previsão de compra era de 110 caminhões cisterna.
50 foram comprados da MAN e 60 F Cargo.
Para caminhões de 07 Ton a previsão era de 300 e foram comprados assim:
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Re: Nova Aquisição EB II
Ai Brasilpotencia. Confundi alguns fatos mas no grosso é essa a estoria que eu mencionei. Fantastica cara. Fui
http://tarauacanoticias.blogspot.com.br ... ar-de.html
Historia da invasão de Roraima
- depoimento de uma testemunha ocular -
No momento em que tanto se fala da cobiça internacional sobre a Amazônia, da ação de ONGs de todos os tipos agindo livremente na região Norte, de estrangeiros vendendo pedaços da nossa floresta, da encrenca que está sendo a homologação da Raposa/Serra do Sol, de índios contra índios, de índios contra não-índios, das ações ou omissões da Funai, do descontentamento das Forças Armadas com referência os rumos políticos que estão sendo dados para esta quase despovoada mas importantíssima parte das fronteiras da nação, é mais do que preciso falar quem sabe, quem conhece, quem vivencia ou quem tenha alguma informação de importância.
Assim sendo, para ficar registrado e muito bem entendido, vou contar um acontecimento de magna importância, especialmente para Roraima, e do qual sou testemunha ocular da História.
Corria o ano de 1993 – portanto, já fazem 15 anos. Era governo de Itamar Franco e as pressões de alguns setores nacionais e vários internacionais, para a homologação da Raposa/Serra do Sol, eram fortes e estavam no auge. Tinha-se como certíssimo de que Itamar assinaria a homologação.
Nessa época, eu era piloto da empresa BOLSA DE DIAMANTES, que quinzenalmente enviava compradores de pedras preciosas para Uiramutã, Água Fria, Mutum e vizinhanças.
No dia 8 de setembro de 1993, aí pelas 17:00, chegamos em Uiramutã, e encontramos a população numa agitação incomum, literalmente aterrorizada. Dizia-se por toda parte, que Uiramutã ia ser invadida, que havia muitos soldados "americanos", já vindo em direção à localidade.
A comoção das pessoas, a agitação, o sufoco eram tão grandes que me contaminou, e fui imediatamente falar com o sargento PM que comandava o pequeníssimo destacamento de apenas quatro militares, para saber se ele tinha conhecimento dos boatos que circulavam, e respondeu-me que sabia do falatório. Contou-me então que o piloto DONÉ (apelido de Dionízio Coelho de Araújo), tinha passado por Uiramutã com seu avião Cessna PT-BMR, vindo da cachoeira de ORINDUIKE, no lado brasileiro, (que os brasileiros erradamente chamam de Orinduque), contando para várias pessoas, que havia um acampamento enorme, com muitos soldados na esplanada no lado da Guiana, na margem do rio Maú, nossa fronteira com aquele país.
Aventei a necessidade de que o sargento, autoridade policial local, fosse ver o que havia de fato e falei com o dono da empresa, que aceitou, relutante e receioso, emprestar o avião para o sargento. Como, entretanto, o sol já declinava no horizonte, combinamos o vôo para a manhã seguinte.
Muito cedo, o piloto Doné e seus passageiros, que tinha ido pernoitar na maloca do SOCÓ, pousaram em Uiramutã. Eu o conheci nessa ocasião, e pude ouvir dele um relato. Resumindo bastante, contou que na Guiana havia um grande acampamento militar e que um avião de tropas estava trazendo mais soldados para ali.
Estávamos na porta da Delegacia, quando chegou uma Toyota do Exército, com um capitão, um sargento e praças.,vindos do BV 8. Ele ia escolher e demarcar um local para a construção do quartel de destacamento militar ali naquela quase deserta fronteira com a Guiana. BV 8 é antigo marco de fronteira do Brasil com a Venezuela, onde há um destacamento do Exército, na cidade de Pacaraima. Muito interessado e intrigado com o fato, resolveu ir conosco nesse vôo.
O capitão trazia uma boa máquina fotográfica e emprestei a minha para o sargento. O vôo foi curto, apenas seis minutos. Demos tanta sorte, que encontramos um avião para transporte de tropas, despejando uma nova leva de soldados, no lado guianense. Voando prá lá e prá cá, só no lado brasileiro, os militares fotografavam tudo, e o capitão calculou pelo número de barracas, uns 600 homens, até aquele momento.
Fiz diversas idas e vindas e, numa delas vi o transporte de tropas decolando e virando para a esquerda. Exclamei para o capitão: eles vem pra cima de nós! Como é que você sabe? Perguntou. Viraram para a esquerda, que é o lado do Brasil e, não da Guiana, respondi. Girei imediatamente a proa para Uiramutã e, ao nivelar o avião, o capitão me disse muito sério: estamos na linha de tiro deles! Foi então que olhando para a direita, vi à curta distância e, na porta lateral do transporte, um soldado branco, com um fuzil na mão.
Confesso que foi um grande susto! O coração parecia-me bater duas e falhar uma. Quem conhece a região, sabe que ali naquela parte, o Maú é um rio muito sinuoso. Enfiei o avião fazendo zig-zag nesses meandros, esperando conseguir chegar em Uiramutã. Se atiraram, não ficamos sabendo, mas após o pouso, havia muita gente na pista, que fica juntinho das casas. Agitadas, contaram que aquele avião tinha girado duas vezes sobre nós e a cidade, tomando rumo de Lethen, na Guiana, onde há uma pista asfaltada, defronte de Bomfim, cidade brasileira na fronteira.
Com esse fato, angustiou-se mais ainda a população, na certeza de que a invasão era iminente. O capitão determinou ao sargento e a mim, que fizessemos imediatamente um relatório minucioso, para ser envido ao comando da PM, em Boa Vista e partiu acelerado de volta ao pelotão de fronteira no BV 8.
Na delegacia, o sargento retirou o filme da minha máquina fotográfica, para enviar ao seu comando e eu datilografei um completo relatório que ele colocou em código e transmitiu via rádio para Boa Vista. Naquela época, o chefe da S2 da PM ( Seção de Inteligência), era o major Bornéo.
Uns quatro dias depois que cheguei desse giro das compras de diamantes, tocou a campainha da minha casa, um major do Exército. Apresentou-se e pediu-me para ler um papel, que não era outro, senão aquele mesmo que eu datilografara em Uiramutã , e do qual o comando da PM enviara cópia para o comando do Exército em Boa Vista. Após ler e confirmar que era aquilo mesmo, pediu-me para assinar, o que fiz. Compreendi que tinha sido testemunha de algo grande, maior do que eu poderia imaginar, e pedi então ao major, para dizer o que estava acontecendo, uma vez que parte daquilo eu já sabia. Concordou em contar, desde que eu entendesse bem que aquilo era absolutamente confidencial e informação de segurança nacional. Concordei.
Disse o major, que a embaixada brasileira em Georgetown tinha informado ao Itamarati, que dois vasos de guerra, um inglês e outro, americano, haviam fundeado longe do porto, e que grandes helicópteros de transporte de tropas, estavam voando continuamente para o continente, sem que tivesse sido possível determinar o local para onde iam e o motivo.
Caboclos guianenses (índios aculturados) tinham contado para caboclos brasileiros em Bomfim, cidade de Roraima na fronteira, terem os americanos montado uma base militar logo atrás da grande serra Cuano-Cuano, que por ser muito alta e próxima, vê-se perfeitamente da cidade. O Exército brasileiro agiu com presteza, e infiltrou dois majores através da fronteira, e do alto daquela serra, durante dois dias, filmaram e fotografaram tudo. Agora, com os fatos ocorridos em Orinduike, próximo de Uiramutã, nossa fronteira Norte, fechava-se o entendimento do que estava acontecendo.
E o que estava acontecendo? As pressões internacionais para a demarcação da Raposa / Serra do Sol apertavam, na certeza de que o Presidente Itamar Franco assinaria o decreto. Em seguida, a ONU, atendendo aos "insistentes pedidos dos povos indígenas de Roraima", determinaria a criação de um enclave indígena sob a sua tutela, e aí nasceria a primeira nação indígena do mundo. Aquelas tropas americanas e as inglesas, eram para garantir militarmente a tomada de posse da área e a "nova nação".
Até a capital já estava escolhida: seria a maloca da Raposa, estrategicamente localizada na margem da rodovia que corta toda a região de Este para Oeste, e divide geográfica e perfeitamente a região das serras daquela dos lavrados roraimenses – que são os campos naturais e cerrados.
Itamar Franco – suponho – deve ter sido alertado para o tamanho da encrenca militar que viria, e o fato é que, nunca assinou a demarcação.
Nessa mesma ocasião (para relembrar: era começo de setembro de 1993), estava em final de preparativos, o exercício periódico e conjunto das Forças Armadas nacionais, na cidade de Ourinhos, margem do rio Paranapanema, próxima de Sta. Cruz do Rio Pardo e Assis, em São Paulo, e Cambará e Jacarezinho, no Paraná.
Com as alarmantes notícias vindas de Roraima, o Alto Comando das Forças Armadas mudou o planejamento, que passou a chamar-se "OPERAÇÃO SURUMU" e, como já estava tudo engrenado, enviou as tropas para Roraima. Foi assim que à partir da madrugada de 27 de setembro de 1993, dois aviões da VARIG, durante vários dias, Búfalos, Hércules e Bandeirantes despejaram tropas em Roraima. Não cabendo todas as aeronaves militares dentro da Base Aérea, o pátio civil do aeroporto ficou coalhado de aviões militares. Chegaram também os caças e muitos Tucano. Veio artilharia anti-aérea, localizada nas cercanias de Surumu, e foi inclusive expedido um aviso para todos os piloto civis, sobre áreas nas quais estava proibido o sobrevôo, sob risco de abate.
Tendo como Chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA), o general de Exército José Sampaio Maia – ex-comandante do CIGS em Manaus, e como árbitro da Operação Surumu, o general de Brigada Luíz Alberto Fragoso Peret Antunes (general Peret), os rios Maú, Uailã e Urariquera enxamearam de "voadeiras" cheias de soldados. Aviões de caça fizeram dezenas de vôos razantes nas fronteiras do Norte. O Exército também participou com a sua aviação de helicópteros, que contou com 350 homens do 1º, 2º e 3º esquadrões, trazendo 15 Pantera (HM-1) e 4 Esquilos, que fizeram um total de 750 horas de vôo. Vieram também cerca de 150 páraquedistas militares e gente treinada em guerra na selva. A Marinha e a Força Aérea contribuíram com um número não declarado de homens, navios e aeronaves.
Dessa maneira, não tendo Itamar Franco assinado o decreto de demarcação da Raposa / Serra do Sol e, vindo essas forças militares para demonstrar que a entrada de soldados americanos e ingleses em Roraima, não seria feita sem grande baixas, "melou" e arrefeceu a intenção internacional de apossar-se desta parte da Amazônia, mas não desistiram.
Decepcionando muito, embora sendo outro o contexto político internacional, Lula fez a homologação dessa área indígena, contestada documentalmente no Supremo Tribunal e, ainda tentou à revelia de uma decisão judicial, retirar "na marra", os fazendeiros e rizicultores ("arrozeiros") dessa área, que como muita gente sabe – inclusive os contrários – tem dentro dela propriedades regularmente documentadas com mais de 100 anos de escritura pública e registro, no tempo em que Roraima nem existia, e as terras eram do Amazonas. Agora, entretanto, os interesses difusos e estranhos de muitas ONGs, dizem na internet, que esses proprietários são "invasores", quando até o antigo órgão anterior ao INCRA, demarcou e titulou áreas nessa região, e que a FUNAI, chamada a manifestar-se, disse por escrito, que não tinha interesse nas terras e que nelas, até aquela ocasião, não havia índios.
As ONGs continuam a fazer pressão, e convém não descuidar, porque nada indica que vão desistir de conseguir essas terras "para os índios", e de graça, levarem além de 1 milhão e 700 mil hectares – quase o tamanho de Sergipe – tudo o mais que elas tem: ouro, imensas jazidas de diamantes, coríndon, safira de azul intenso, turmalina preta, topázio, rutilo, nióbio, urânio, manganês, calcáreo, petróleo, afora a vastidão das terras planas, propícias à lavoura, área quase do mesmo tamanho onde Mato Grosso planta soja que fez a sua riqueza.
Isso, é o que já sabemos, porque uma parte disso foi divulgada numa pesquisa da CPRM – Cia. de Pesquisa de Recursos Minerais, em agosto de 1988 (iniciada em 1983), chamada de Projeto Maú, que qualifica essa parte da Raposa/Serra do Sol, como uma das mais ricas em diamantes no Brasil, sendo o mais extenso depósito aluvional de Roraima, muito superior ao Quinô, Suapi, Cotingo, Uailã e Cabo Sobral. Essa pesquisa foi inicialmente conduzida pelo geólogo João Orestes Schneider Santos e, posteriormente, pelo também geólogo, Raimundo de Jesus Gato D´Antona, que foi até o final do projeto, constatando a possibilidade da existência de até mais de 3 milhões de quilates de diamantes e 600 Kg de ouro. Basta conferir a cotação do ouro e diamantes, para saber o que valem aquelas barrancas do rio Mau, só num pequeno trecho.
A "desgraça" de Roraima é ser conhecida internacionalmente na geologia, como a maior Província Mineral já descoberta no planeta. Nada menos que isso!
E o que ainda não sabemos? Essa pesquisa, feita em pouco mais de 100 quilômetros de barranca do rio, cubou e atestou a imensa riqueza diamantífera da área. Entretanto, o Estado de Roraima ainda tem coríndon, manganês, calcáreo e urânio, afora mais de 2 milhões e 100 mil hectares de terras planas agricultáveis, melhores que aquelas onde plantam soja no Mato Grosso.
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http://tarauacanoticias.blogspot.com.br ... ar-de.html
Historia da invasão de Roraima
- depoimento de uma testemunha ocular -
No momento em que tanto se fala da cobiça internacional sobre a Amazônia, da ação de ONGs de todos os tipos agindo livremente na região Norte, de estrangeiros vendendo pedaços da nossa floresta, da encrenca que está sendo a homologação da Raposa/Serra do Sol, de índios contra índios, de índios contra não-índios, das ações ou omissões da Funai, do descontentamento das Forças Armadas com referência os rumos políticos que estão sendo dados para esta quase despovoada mas importantíssima parte das fronteiras da nação, é mais do que preciso falar quem sabe, quem conhece, quem vivencia ou quem tenha alguma informação de importância.
Assim sendo, para ficar registrado e muito bem entendido, vou contar um acontecimento de magna importância, especialmente para Roraima, e do qual sou testemunha ocular da História.
Corria o ano de 1993 – portanto, já fazem 15 anos. Era governo de Itamar Franco e as pressões de alguns setores nacionais e vários internacionais, para a homologação da Raposa/Serra do Sol, eram fortes e estavam no auge. Tinha-se como certíssimo de que Itamar assinaria a homologação.
Nessa época, eu era piloto da empresa BOLSA DE DIAMANTES, que quinzenalmente enviava compradores de pedras preciosas para Uiramutã, Água Fria, Mutum e vizinhanças.
No dia 8 de setembro de 1993, aí pelas 17:00, chegamos em Uiramutã, e encontramos a população numa agitação incomum, literalmente aterrorizada. Dizia-se por toda parte, que Uiramutã ia ser invadida, que havia muitos soldados "americanos", já vindo em direção à localidade.
A comoção das pessoas, a agitação, o sufoco eram tão grandes que me contaminou, e fui imediatamente falar com o sargento PM que comandava o pequeníssimo destacamento de apenas quatro militares, para saber se ele tinha conhecimento dos boatos que circulavam, e respondeu-me que sabia do falatório. Contou-me então que o piloto DONÉ (apelido de Dionízio Coelho de Araújo), tinha passado por Uiramutã com seu avião Cessna PT-BMR, vindo da cachoeira de ORINDUIKE, no lado brasileiro, (que os brasileiros erradamente chamam de Orinduque), contando para várias pessoas, que havia um acampamento enorme, com muitos soldados na esplanada no lado da Guiana, na margem do rio Maú, nossa fronteira com aquele país.
Aventei a necessidade de que o sargento, autoridade policial local, fosse ver o que havia de fato e falei com o dono da empresa, que aceitou, relutante e receioso, emprestar o avião para o sargento. Como, entretanto, o sol já declinava no horizonte, combinamos o vôo para a manhã seguinte.
Muito cedo, o piloto Doné e seus passageiros, que tinha ido pernoitar na maloca do SOCÓ, pousaram em Uiramutã. Eu o conheci nessa ocasião, e pude ouvir dele um relato. Resumindo bastante, contou que na Guiana havia um grande acampamento militar e que um avião de tropas estava trazendo mais soldados para ali.
Estávamos na porta da Delegacia, quando chegou uma Toyota do Exército, com um capitão, um sargento e praças.,vindos do BV 8. Ele ia escolher e demarcar um local para a construção do quartel de destacamento militar ali naquela quase deserta fronteira com a Guiana. BV 8 é antigo marco de fronteira do Brasil com a Venezuela, onde há um destacamento do Exército, na cidade de Pacaraima. Muito interessado e intrigado com o fato, resolveu ir conosco nesse vôo.
O capitão trazia uma boa máquina fotográfica e emprestei a minha para o sargento. O vôo foi curto, apenas seis minutos. Demos tanta sorte, que encontramos um avião para transporte de tropas, despejando uma nova leva de soldados, no lado guianense. Voando prá lá e prá cá, só no lado brasileiro, os militares fotografavam tudo, e o capitão calculou pelo número de barracas, uns 600 homens, até aquele momento.
Fiz diversas idas e vindas e, numa delas vi o transporte de tropas decolando e virando para a esquerda. Exclamei para o capitão: eles vem pra cima de nós! Como é que você sabe? Perguntou. Viraram para a esquerda, que é o lado do Brasil e, não da Guiana, respondi. Girei imediatamente a proa para Uiramutã e, ao nivelar o avião, o capitão me disse muito sério: estamos na linha de tiro deles! Foi então que olhando para a direita, vi à curta distância e, na porta lateral do transporte, um soldado branco, com um fuzil na mão.
Confesso que foi um grande susto! O coração parecia-me bater duas e falhar uma. Quem conhece a região, sabe que ali naquela parte, o Maú é um rio muito sinuoso. Enfiei o avião fazendo zig-zag nesses meandros, esperando conseguir chegar em Uiramutã. Se atiraram, não ficamos sabendo, mas após o pouso, havia muita gente na pista, que fica juntinho das casas. Agitadas, contaram que aquele avião tinha girado duas vezes sobre nós e a cidade, tomando rumo de Lethen, na Guiana, onde há uma pista asfaltada, defronte de Bomfim, cidade brasileira na fronteira.
Com esse fato, angustiou-se mais ainda a população, na certeza de que a invasão era iminente. O capitão determinou ao sargento e a mim, que fizessemos imediatamente um relatório minucioso, para ser envido ao comando da PM, em Boa Vista e partiu acelerado de volta ao pelotão de fronteira no BV 8.
Na delegacia, o sargento retirou o filme da minha máquina fotográfica, para enviar ao seu comando e eu datilografei um completo relatório que ele colocou em código e transmitiu via rádio para Boa Vista. Naquela época, o chefe da S2 da PM ( Seção de Inteligência), era o major Bornéo.
Uns quatro dias depois que cheguei desse giro das compras de diamantes, tocou a campainha da minha casa, um major do Exército. Apresentou-se e pediu-me para ler um papel, que não era outro, senão aquele mesmo que eu datilografara em Uiramutã , e do qual o comando da PM enviara cópia para o comando do Exército em Boa Vista. Após ler e confirmar que era aquilo mesmo, pediu-me para assinar, o que fiz. Compreendi que tinha sido testemunha de algo grande, maior do que eu poderia imaginar, e pedi então ao major, para dizer o que estava acontecendo, uma vez que parte daquilo eu já sabia. Concordou em contar, desde que eu entendesse bem que aquilo era absolutamente confidencial e informação de segurança nacional. Concordei.
Disse o major, que a embaixada brasileira em Georgetown tinha informado ao Itamarati, que dois vasos de guerra, um inglês e outro, americano, haviam fundeado longe do porto, e que grandes helicópteros de transporte de tropas, estavam voando continuamente para o continente, sem que tivesse sido possível determinar o local para onde iam e o motivo.
Caboclos guianenses (índios aculturados) tinham contado para caboclos brasileiros em Bomfim, cidade de Roraima na fronteira, terem os americanos montado uma base militar logo atrás da grande serra Cuano-Cuano, que por ser muito alta e próxima, vê-se perfeitamente da cidade. O Exército brasileiro agiu com presteza, e infiltrou dois majores através da fronteira, e do alto daquela serra, durante dois dias, filmaram e fotografaram tudo. Agora, com os fatos ocorridos em Orinduike, próximo de Uiramutã, nossa fronteira Norte, fechava-se o entendimento do que estava acontecendo.
E o que estava acontecendo? As pressões internacionais para a demarcação da Raposa / Serra do Sol apertavam, na certeza de que o Presidente Itamar Franco assinaria o decreto. Em seguida, a ONU, atendendo aos "insistentes pedidos dos povos indígenas de Roraima", determinaria a criação de um enclave indígena sob a sua tutela, e aí nasceria a primeira nação indígena do mundo. Aquelas tropas americanas e as inglesas, eram para garantir militarmente a tomada de posse da área e a "nova nação".
Até a capital já estava escolhida: seria a maloca da Raposa, estrategicamente localizada na margem da rodovia que corta toda a região de Este para Oeste, e divide geográfica e perfeitamente a região das serras daquela dos lavrados roraimenses – que são os campos naturais e cerrados.
Itamar Franco – suponho – deve ter sido alertado para o tamanho da encrenca militar que viria, e o fato é que, nunca assinou a demarcação.
Nessa mesma ocasião (para relembrar: era começo de setembro de 1993), estava em final de preparativos, o exercício periódico e conjunto das Forças Armadas nacionais, na cidade de Ourinhos, margem do rio Paranapanema, próxima de Sta. Cruz do Rio Pardo e Assis, em São Paulo, e Cambará e Jacarezinho, no Paraná.
Com as alarmantes notícias vindas de Roraima, o Alto Comando das Forças Armadas mudou o planejamento, que passou a chamar-se "OPERAÇÃO SURUMU" e, como já estava tudo engrenado, enviou as tropas para Roraima. Foi assim que à partir da madrugada de 27 de setembro de 1993, dois aviões da VARIG, durante vários dias, Búfalos, Hércules e Bandeirantes despejaram tropas em Roraima. Não cabendo todas as aeronaves militares dentro da Base Aérea, o pátio civil do aeroporto ficou coalhado de aviões militares. Chegaram também os caças e muitos Tucano. Veio artilharia anti-aérea, localizada nas cercanias de Surumu, e foi inclusive expedido um aviso para todos os piloto civis, sobre áreas nas quais estava proibido o sobrevôo, sob risco de abate.
Tendo como Chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA), o general de Exército José Sampaio Maia – ex-comandante do CIGS em Manaus, e como árbitro da Operação Surumu, o general de Brigada Luíz Alberto Fragoso Peret Antunes (general Peret), os rios Maú, Uailã e Urariquera enxamearam de "voadeiras" cheias de soldados. Aviões de caça fizeram dezenas de vôos razantes nas fronteiras do Norte. O Exército também participou com a sua aviação de helicópteros, que contou com 350 homens do 1º, 2º e 3º esquadrões, trazendo 15 Pantera (HM-1) e 4 Esquilos, que fizeram um total de 750 horas de vôo. Vieram também cerca de 150 páraquedistas militares e gente treinada em guerra na selva. A Marinha e a Força Aérea contribuíram com um número não declarado de homens, navios e aeronaves.
Dessa maneira, não tendo Itamar Franco assinado o decreto de demarcação da Raposa / Serra do Sol e, vindo essas forças militares para demonstrar que a entrada de soldados americanos e ingleses em Roraima, não seria feita sem grande baixas, "melou" e arrefeceu a intenção internacional de apossar-se desta parte da Amazônia, mas não desistiram.
Decepcionando muito, embora sendo outro o contexto político internacional, Lula fez a homologação dessa área indígena, contestada documentalmente no Supremo Tribunal e, ainda tentou à revelia de uma decisão judicial, retirar "na marra", os fazendeiros e rizicultores ("arrozeiros") dessa área, que como muita gente sabe – inclusive os contrários – tem dentro dela propriedades regularmente documentadas com mais de 100 anos de escritura pública e registro, no tempo em que Roraima nem existia, e as terras eram do Amazonas. Agora, entretanto, os interesses difusos e estranhos de muitas ONGs, dizem na internet, que esses proprietários são "invasores", quando até o antigo órgão anterior ao INCRA, demarcou e titulou áreas nessa região, e que a FUNAI, chamada a manifestar-se, disse por escrito, que não tinha interesse nas terras e que nelas, até aquela ocasião, não havia índios.
As ONGs continuam a fazer pressão, e convém não descuidar, porque nada indica que vão desistir de conseguir essas terras "para os índios", e de graça, levarem além de 1 milhão e 700 mil hectares – quase o tamanho de Sergipe – tudo o mais que elas tem: ouro, imensas jazidas de diamantes, coríndon, safira de azul intenso, turmalina preta, topázio, rutilo, nióbio, urânio, manganês, calcáreo, petróleo, afora a vastidão das terras planas, propícias à lavoura, área quase do mesmo tamanho onde Mato Grosso planta soja que fez a sua riqueza.
Isso, é o que já sabemos, porque uma parte disso foi divulgada numa pesquisa da CPRM – Cia. de Pesquisa de Recursos Minerais, em agosto de 1988 (iniciada em 1983), chamada de Projeto Maú, que qualifica essa parte da Raposa/Serra do Sol, como uma das mais ricas em diamantes no Brasil, sendo o mais extenso depósito aluvional de Roraima, muito superior ao Quinô, Suapi, Cotingo, Uailã e Cabo Sobral. Essa pesquisa foi inicialmente conduzida pelo geólogo João Orestes Schneider Santos e, posteriormente, pelo também geólogo, Raimundo de Jesus Gato D´Antona, que foi até o final do projeto, constatando a possibilidade da existência de até mais de 3 milhões de quilates de diamantes e 600 Kg de ouro. Basta conferir a cotação do ouro e diamantes, para saber o que valem aquelas barrancas do rio Mau, só num pequeno trecho.
A "desgraça" de Roraima é ser conhecida internacionalmente na geologia, como a maior Província Mineral já descoberta no planeta. Nada menos que isso!
E o que ainda não sabemos? Essa pesquisa, feita em pouco mais de 100 quilômetros de barranca do rio, cubou e atestou a imensa riqueza diamantífera da área. Entretanto, o Estado de Roraima ainda tem coríndon, manganês, calcáreo e urânio, afora mais de 2 milhões e 100 mil hectares de terras planas agricultáveis, melhores que aquelas onde plantam soja no Mato Grosso.
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Re: Nova Aquisição EB II
Que tipo de avião era o transporte ?Fiz diversas idas e vindas e, numa delas vi o transporte de tropas decolando e virando para a esquerda. Exclamei para o capitão: eles vem pra cima de nós! Como é que você sabe? Perguntou. Viraram para a esquerda, que é o lado do Brasil e, não da Guiana, respondi. Girei imediatamente a proa para Uiramutã e, ao nivelar o avião, o capitão me disse muito sério: estamos na linha de tiro deles! Foi então que olhando para a direita, vi à curta distância e, na porta lateral do transporte, um soldado branco, com um fuzil na mão.
E o fato de ter visto um soldado branco, é razão para determinar a nacionalidade dele?
Todas estas histórias são para pegar com pinças, porque já todos sabemos do gigantesco número de informações que foram produzidas sobre supostas tentativas de invasão.
Durante anos, os brasileiros ficaram convencidos de que havia manuais escolares americanos que não consideravam a amazónia como parte do Brasil:
http://www.wukne.com/2012/06/amazonas-n ... leiro.html
Esta história não pode ser dissossiada da pressão das grandes multinacionais brasileiras e grupos economicos brasileiros que estão interessados na exploração intensiva da amazónia, sem querer saber das pessoas que vivem lá.
Estes poderes brasileiros, facilmente poderiam criar invasões e americanos nas fronteiras, para defender os interesses que consideram legítimos.
o que sabemos é que na maioria dos casos a Amazonia é uma terra sem lei, em que está em vigor a lei do mais forte e do mais rico. Há os que matam e há os que morrem e as autoridades brasileiras pouco ou nada fazem.
A Amazónia continua a ser como o nordeste na década de 20, 30 e 40, antes das ligações por estrada com o sul e o sudeste: Uma terra de jagunços e de coronéis.
Os mesmos coroneis que se suspeitassem que alguém lhes retiraria poderes, também não hesitavam em inventar uma invasão da Bahia pelos americanos.
Por tudo isto é preciso ter muito cuidado com este tipo de afirmações. Nem o governo do Brasil as suporta, nem nenhum governo de outro país as poderia apoiar.
Com tantas fugas de informação do tipo Wikileaks, onde estão as operações encobertas para invadir a Amazonia ?
Eu não estou a afirmar que não havia tropas nesse lugar na fronteira entre a Venezuela, Brasil e Guiana, nem que as operações descritas não ocorreram.
Apenas me permito duvidar das extrapolações que são feitas.
Cumprimentos
- Reginaldo Bacchi
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Re: Nova Aquisição EB II
Os brasileiros que forjaram este documento deveriam ter um pouco mais de cuidado na redação em inglês.
Poderiam ter consultado um estadunidense ou britanico para rever o que escreveram.
A redação é positivamente ridicula, com diversos falsos cognatos.
Por mais incrivel que pareça, ainda tem gente que acredita que este lixo é usado nas escolas estadunidenses.
Bacchi
Poderiam ter consultado um estadunidense ou britanico para rever o que escreveram.
A redação é positivamente ridicula, com diversos falsos cognatos.
Por mais incrivel que pareça, ainda tem gente que acredita que este lixo é usado nas escolas estadunidenses.
Bacchi