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cassiosemasas
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19696 Mensagem por cassiosemasas » Qui Ago 25, 2016 9:19 am

quác, quác, quác!!!!

"Exemplo anticorrupção", pato da Fiesp não faria sentido agora, diz Skaf


Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo 25/08/201606h00



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"Temos que dar um pouquinho mais de tempo, mas sem dúvida o caminho tem que ser de corte de gastos e de despesas" quac quac quac....



Candidato derrotado do PMDB ao governo de São Paulo em 2014, e do PSB, em 2010, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, 61, fez barulho, nos últimos meses, com a campanha que associava um pato gigante ao volume de impostos pagos pelo contribuinte brasileiro.

Batizada de "Não vou pagar o pato", a iniciativa teve seu ápice este ano, depois de a entidade se posicionar a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), no final de 2015. Dominados pelo verde-amarelo dos manifestantes, os protestos –não apenas em São Paulo, mas em Brasília–passaram a contar também com a figura de imensos patos infláveis que se tornavam agora parte também da chamada "luta contra a corrupção". quac quac quac...

Nesta entrevista ao UOL, Skaf acusa a presidente agora afastada de "perda do controle do país", critica os gastos públicos e a falta de soluções que permitissem a retomada da confiança na economia nacional e conclui: a campanha do pato, durante a gestão de Michel Temer (PMDB), não "teria sentido algum" –mesmo que o presidente em exercício tenha adotado medidas que vão na contramão do corte de gastos defendido pela Fiesp, como um reajuste de 41% a servidores do Judiciário.

Para Skaf, esse é o momento de se conceder um "voto de confiança" ao peemedebista. "Nessa transição de governo, e sem aumento de impostos, não teria sentido algum o pato, mas ele está de prontidão", afirma o presidente da Fiesp, que, durante cerca de uma hora de conversa, atrelou a expressão "gastança" aos governos petistas ao menos quatro vezes.

Leia, abaixo, a entrevista concedida por Skaf, na sede da federação, sobre três eixos temáticos principais.

IMPEACHMENT
UOL - Que tipo de relação o senhor vislumbra entre a presidente afastada Dilma Rousseff e o empresariado, caso o impeachment não passe no Senado?
Paulo Skaf - Eu não considero essa hipótese, essa possibilidade, até porque o Senado já manifestou isso na votação do parecer da comissão do impeachment, com 59 votos. O Senado praticamente já deu o sinal, e com folga, e não creio que haverá qualquer mudança dessa tendência –e é bom que não haja mesmo, porque, pelo bem do Brasil, qualquer retrocesso seria gravíssimo.

UOL - O senhor se recusou a subir no palanque da então candidata à reeleição Dilma Rousseff, em 2014, mesmo o PMDB sendo o vice na chapa à época. Avalia que o partido errou ao endossar apoio ao PT em uma cabeça de chapa?
Skaf - Isso [o apoio ao PT] foi uma decisão do partido, por meio de uma convenção. Respeitando a democracia, não se pode considerar um erro respeitar a decisão de uma convenção. No meu caso, em São Paulo, seria uma opção minha [não apoiar Dilma], até porque, o PT tinha um candidato a governador [Alexandre Padilha, terceiro colocado na disputa]. Por essa razão, me sentia muito à vontade com meu compromisso com o PMDB.


UOL - Em que momento a Fiesp percebeu que era momento de apoiar o impeachment?
Skaf - Foi no final do ano passado. Fizemos muitas consultas às nossas bases, com pesquisas, no sentido de estar a par de como as coisas estavam caminhando. E em uma dessas consultas, às empresas de São Paulo, buscamos saber a opinião delas em relação ao processo de impeachment, sempre respeitando a ordem legal. Nem se falava do julgamento, mas do processo. Na nossa opinião, o processo de impeachment não seria golpe, mas um caminho legal para aquele momento. Uma dessas pesquisas sinalizou que mais de 90% das empresas estava a favor do processo de impeachment, e mais que 90% delas dizia que a Fiesp não deveria se omitir; deveria ter uma posição. Baseado nessa pesquisa, feita nos últimos meses do ano passado, eu aproveitei a última reunião da diretoria e do conselho de representantes das nossas entidades, então a maior reunião do ano, em dezembro, e nela apresentei a pesquisa que tinha sido feita. Consultei o conselho de representantes, que é o fórum mais alto da Fiesp, e as diretorias da Fiesp e da Ciesp, sobre qual seria a nossa posição –por unanimidade, foi a de apoio ao processo de impeachment.

Depois, durante os primeiros meses deste ano, por muitas vezes víamos que seria uma verdadeira prática e exercício de cidadania participar dos movimentos de rua [pró-impeachment] que tiveram na Paulista. Eu diria que foi com muito orgulho que grande parte desses movimentos sediou [a causa] bem em frente ao nosso prédio – e tivemos ali a participação da Fiesp, da Ciesp, de setores produtivos, e toda a sociedade, acima de tudo, como cidadãos brasileiros, nesse movimento que estimulava o encaminhamento legal do processo de impeachment e contrapondo aqueles que diziam que havia o encaminhamento de um golpe.

[centralizar]"Em momento algum fizemos algo pensando em partido político ou mesmo na pessoa do vice-presidente –qualquer que fosse o vice, ou de qualquer partido que ele fosse, nossa posição seria exatamente a mesma, porque entendíamos que a presidente Dilma havia perdido o controle do país: da economia, da política, e estava dando um prejuízo muito grande à sociedade brasileira. Havia a necessidade de uma mudança no cenário político para possibilitar uma mudança na economia, que estava em queda livre.
quac quac quac...
"
[/centralizar]

UOL - Quais os argumentos concretos do empresariado para a defesa do impeachment?
Skaf - Acho que quando se discute um cenário político do país, não se fala mais de uma posição do empresariado. Todos nós participamos, acima de tudo, como cidadãos brasileiros. No momento em que você vê seu país com a economia despencando, o desemprego chegando a 12 milhões de pessoas com carteira assinada, com empresas, indústrias e comércios fechando –tivemos o fechamento de quase 100 mil lojas, no Brasil, em um ano, e isso é quase o número de lojas que existem nos shopping centers do país--, e uma situação caótica na política, na economia, no emprego, na sobrevivência das empresas, e tudo isso causado principalmente por uma perda de confiança e um descontrole total vindo de uma crise política, havia necessidade de mudanças.

UOL - O julgamento de Dilma no Senado é político?
Skaf - Não, acredito que o julgamento do processo de impeachment é técnico e político. Não é só político, tanto que o parecer da comissão foi assim [pelo impeachment] na Câmara, e, no Senado, o parecer do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), foi aprovado por 59 senadores, mais do que o necessário. E ainda tem o embasamento do TCU [Tribunal de Contas da União] para a questão técnica. Eu diria que esse é um processo com base técnica, sem dúvida, mas que não se pode dizer que, no processo de impeachment, não haja o lado político também.

UOL - Para o senhor, ela cometeu algum crime?
Skaf - Não cabe a mim julgar –esse julgamento cabe ao Congresso. Não sou deputado, nem senador; respeito as instituições. Então, cabe às instituições julgarem.

UOL - No curso da campanha pró-impeachment, a Fiesp foi apontada por grupos contrários à saída de Dilma como como uma importante financiadora de apoio aos movimentos de rua –especialmente apoio logístico, com cessão de espaço e alimentação. Considera adequado esse tipo de iniciativa?
Skaf - Apoiamos no sentido de dar apoio, até participando; pessoalmente estive na Paulista. Mas apoio financeiro não houve nenhum. O que ocorreu, apenas, até se comentou, mas acho coisa algo tão insignificante e que não merecia espaço, é que, me parece, teve um grupo de jovens que em algum momento resolveu acampar na Paulista, com uma vigília, até o final do processo de impeachment. E no primeiro dia, logo que chegaram, estavam há 24 horas sem alimentos, e tal. Permitimos o uso de banheiro e também foi fornecida uma refeição para meia dúzia deles, não mais. Falar que isso foi apoio logístico e financeiro é um exagero tremendo. O uso de banheiros [do prédio da federação] permitimos, e eu diria que algum transeunte que tenha necessidade de uso de banheiro e que passe por aqui, a Fiesp não vai impedir que os use também. Esses foram os apoios, assim como cedemos para a imprensa o nosso mezanino para que os jornalistas pudessem se instalar e fazer imagens [dos protestos]. São esses apoios que ocorreram, mais que naturais, e que, se tivesse que fazer, faria tudo do mesmo jeito, e sempre que for necessário faremos também.

13 ANOS DE GOVERNOS DO PT
UOL - Lula deixou o governo com uma aprovação alta, e Dilma foi afastada temporariamente do governo com uma desaprovação também alta. Para o empresariado, que fatores explicam essa diferença?
Skaf - Não sei. Nesse momento, estou muito mais preocupado em olhar para a frente e encontrar caminhos para a retomada de crescimento do que fazer grandes análises em relação ao passado. O que tem que se levar em conta é que a economia mundial tem várias fases. Na fase Lula foi uma, na da Dilma foi outra. E algo comum para se analisar nos últimos dez anos: o gasto do governo federal foi 5,8% acima da inflação, e essa gastança fez com que a dívida pública chegasse a R$ 4 trilhões. Com isso, temos que conviver com juros altíssimos, e, no momento em que as coisas pioram na economia global, temos que conviver com uma crise particular nossa, independente da global, somada a um alto endividamento e à ineficiência do governo. Nunca se pode falar que não tenha havido coisas boas, mas o que vale é o balanço final: não adianta nada você fazer coisas boas, se fizer coisas ou conduzir certas situações que levam depois a um desastre. Aí as coisas boas se perderam nas ruins.

UOL - Lula e a Fiesp eram figuras relativamente próximas no governo do então presidente –a ponto de analistas políticos mencionarem, à época, que o petista o considerava uma espécie de "plano B", em São Paulo, na eleição de 2014– caso Alexandre Padilha não avançasse ao segundo turno. Como é a relação sua hoje com o ex-presidente?
Skaf - Nunca soube que era plano B de nada. Nossa candidatura era totalmente independente do PT e do ex-presidente Lula; eu nunca tive uma conversa com ele em relação a isso. Desconhecia esse plano B. Em relação ao período em que Lula foi presidente, ele inúmeras vezes recebeu chefes Estado aqui na Fiesp, e em todas as vezes ele nos deu a honra de estar presentes aqui. Todas as vezes que Lula veio para cá, como presidente da República, foi muito bem recebido, e sempre com uma agenda muito positiva, focando o crescimento país, o desenvolvimento, a geração de emprego... Nossa agenda sempre foi dentro disso.

UOL - E como é sua relação com Lula atualmente?
Skaf - Eu nunca mais falei com ele. Desde que ele deixou o governo, não lembro... Se eu falar que em seis anos não nos encontramos... mas não lembro, pode ser que tenha tido algum encontro.

UOL - Qual seu sentimento hoje em relação ao ex-presidente?
Skaf - Primeiro, não houve contato entre nós depois que ele deixou o governo. Aliás, houve uma fase da CPMF em 2007 em que creio que ele não tenha gostado muito da posição que tomamos –contrária à recriação do imposto; muitas vezes ele criticou, e tal. Nossa relação era exclusivamente institucional, de um presidente da República com o presidente da Fiesp. Eu não gostaria muito de ficar olhando pelo retrovisor.

UOL - No que se diferenciava a relação da Fiesp e de outros setores do empresariado com Lula e com Dilma?
Skaf - Não tinha diferença, a diferença eram o Lula e a Dilma em relação às pessoas, ao setor empresarial e à Fiesp. O problema não era da Fiesp em relação a presidente, mas de presidente em relação à Fiesp. O Lula tinha um jeito de ser, e a Dilma, outro. Lula esteve inúmeras vezes aqui, e, quando esteve, até recebeu chefes de Estado. A Dilma, diferente do Lula, é outro estilo, mais distante, menos diálogo, e isso com a Fiesp e com todo mundo. Isso é sabido. A Dilma é mais retraída. Mas a diferença não está daqui para lá, e sim de lá para cá.

GOVERNO TEMER
UOL - Após três meses, o que o senhor consegue ver no governo Temer que é diferente do governo Dilma?
Skaf - A confiança foi restabelecida em relação à economia. A economia vive de confiança, e, quando não se tem isso, não se tem também investimentos. E sem investimentos, não há crescimento, geração de emprego, aumento de consumo, enfim. O que se pode notar agora, apesar do período curto, foi isso –e constamos isso também por meio de pesquisa que fizemos para saber se houve recuperação da economia. Há muitos problemas? Há. As coisas estão boas? Ainda não. As coisas melhoraram, as empresas estão bem? Não, mas a situação está muito melhor do que estava. Ou seja, se compararmos o cenário de 90 dias atrás com o de hoje, é melhor, e na nossa visão, daqui a 90 dias, ele será melhor que o de hoje. Vamos ter muitas dificuldades, mas o que importa é que há um sentimento melhor a cada dia que passa.

UOL - O que esperar, aliás, desses dois anos e quatro meses de governo Temer, uma vez consolidado o impeachment?
Skaf - Em primeiro lugar, é necessário que esta confiança que está sendo recuperada se traduza na retomada de investimentos, e eu creio que isso vai acontecer. Acho que a partir do mês de setembro, quando o processo de impeachment definitivamente estiver resolvido pelo Senado, haverá uma retomada de investimentos muito forte –tanto daqui quanto de fora. Esses investimentos vão começar a mexer a roda da economia, que estava em queda livre, parou de cair e tem uma tendência de recuperação. Com confiança, vêm investimentos; com investimentos, vêm empregos, crescimento, e com crescimento, temos aumento na arrecadação.

O que esperamos do governo é que ele faça a sua lição de casa em apertar os cintos, reduzir gastos, combater desperdícios, de forma permanente combata a corrupção, estimule e passe a confiança necessária para que os investimentos aconteçam. É importante que haja redução da taxa de juros --nesse momento eu não concordo em ter aumentado a taxa, e ela aumentou, porque, quando se mantém a taxa Selic onde está mantida, a 14,5%, com uma inflação menor, temos um aumento de taxa de juros. Ano passado, com uma inflação de 11%, era uma situação; [com inflação de] 7%, agora, a mesma Selic, temos um aumento significativo na taxa de juros. Isso está errado, os juros precisam baixar.

UOL - Como isso vai ser cobrado?
Skaf - Isso já tem sido cobrado. Semana passada estive em Brasília com o presidente e disse a ele da necessidade da redução de juros. Com a queda da inflação, os juros reais aumentaram, então a taxa Selic, sem qualquer prejuízo, só com vantagens ao país, à sociedade, ao emprego, ao governo, a todo mundo, já poderia ter um ciclo de baixas iniciado. Isso daria uma grande economia para o governo e seria uma sinalização que daria confiança. E é muito importante também a questão cambial, não há nada mais grave para tirar a competitividade do país do que ter uma moeda sobrevalorizada. Com a subida do dólar, houve uma retomada de atenção com as exportações, uma recuperação da competitividade das exportações em relação ao mercado interno. No momento em que se começa a ter uma queda do dólar fora de certos parâmetros, ou níveis mínimos, comprometem-se as exportações e a concorrência com os importados do mercado interno. Então se compromete o crescimento industrial. Um país como o Brasil não tem crescimento se a indústria não crescer.

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"Nessa transição de governo, e sem aumento de impostos, não teria sentido algum o pato [da campanha contra aumento de impostos]", diz Skaf quac quac quac...


UOL - Que ênfase a Fiesp vai dar à campanha de redução de impostos ("Não vou pagar o pato") no governo de um presidente que é do mesmo partido que Paulo Skaf? E, por falar nisso, onde está o pato?
Skaf - O tempo passa muito rápido. No final de 2014, entrei com um processo contra o aumento do IPTU em São Paulo –e a bancada do PMDB havia votado a favor. Depois entramos com a campanha para reduzir a conta de luz e energia, e o ministro de Minas e Energia era do PMDB [Edson Lobão]. Melhor que um milhão de palavras é um gesto, e já dei inúmeros gestos e demonstrei claramente que as coisas não têm ligação. Questões partidárias não entram na Fiesp. Não é porque o presidente da federação tem uma filiação partidária ou foi candidato a governador e poderá, futuramente, ser um candidato, que a Fiesp não terá como prioridade aquilo que seja melhor para o país.

Em relação ao pato: hoje, se ele estivesse por aí, estaria sem sentido. A campanha contra o aumento de impostos ocorreu com sucesso, porque o imposto não aumentou. A CPMF, que parecia que seria aprovada no governo Dilma, micou. A campanha do pato foi um sucesso absoluto –1,2 milhão de pessoas assinaram, presencialmente e online. O objetivo foi cumprido: os impostos não aumentaram, a CPMF foi enterrada em duas, três grandes tentativas.

[centralizar]"E a imagem do pato é simpática; no momento do impeachment, de forma muito natural, o pato estava presente pelo combate ao aumento de imposto –mas começaram a vê-lo também como símbolo da indignação popular, contra corrupção, contra coisas erradas, desemprego, juros altos."[/centralizar]quac quac quac....
Nessa transição de governo, e sem aumento de impostos, não teria sentido algum o pato. Ele está de prontidão; no momento em quem houver qualquer ameaça de aumento de impostos, ele sai voando. Ele não desapareceu, apenas não teria sentido. Enquanto não houver essa ameaça, ele está quietinho, se recuperando, porque trabalhou muito durante um ano e meio.

UOL - O senhor manifestou em mais de uma oportunidade a necessidade de o governo federal revisar a carga tributária e fazer cortes. Alguns setores do funcionalismo receberam índices de reajuste superiores a 40% no atual governo, e só metade dos ministérios que tinham promessa de corte foram efetivamente limados. Como o senhor analisa isso?
Skaf - Me perdoe, mas a informação é que foram contratos assinados pelo governo passado e cumpridos para que não houvesse rompimento nesse governo. O presidente disse que herdou contratos assinados pelo governo passado assumindo compromissos com essas categorias todas. Então temos que entender. O que eu quero é torcer pelo Brasil agora, para que tudo dê certo. Não adianta potencializarmos problemas que às vezes não são bem existentes. Houve aumento de gastos, é verdade, o ideal seria não ter tido, mas quais foram as circunstâncias? Pelo que o presidente justificou à sociedade, ele herdou contratos assinados com compromisso de todos esses aumentos. Ele tinha dois caminhos: ou rompia, ou aceitava. E além do rompimento de contratos não estar dentro dos princípios dele, isso poderia soar como uma provocação ao funcionalismo em geral e poderia criar um momento delicado.

UOL - Mas o senhor concorda com esse tipo de medida? Mais de 40% a servidores do Judiciário, por exemplo?
Skaf - Se ele recebeu contratos assinados, eu não defendo quebra de contratos também, não. Mas ele deve saber –está na Presidência da República, então creio que ele deva saber--: a responsabilidade é dele. Você tem que dar um voto de confiança, entende? Se você chega, alguém assume a presidência da República nas circunstâncias em que ele assumiu, o país como um trem descarrilado, sem dar chance e um tempo para que esse trem entre no trilho? Não vamos estar ajudando o Brasil. Temos que dar um pouquinho mais de tempo, mas sem dúvida o caminho tem que ser de corte de gastos e de despesas, e em hipótese alguma, aumento de impostos.

UOL - As críticas ao governo interino passam também pelas propostas de revisão de interesses trabalhistas –o que afetaria, por exemplo, trabalhadores da própria indústria. Qual a receita para se agradarem empresários e empregados em um ajuste fiscal, na sua avaliação?

[centralizar]"Não é momento para discutir interesse de industriais, trabalhadores, pontualmente. O momento é o de se ter uma agenda que interesse ao Brasil."[/centralizar] quac?!


Por exemplo: quando se fala da necessidade de reduzir gastos e desperdícios, certamente no governo federal deve ter muito gasto que pode ser reduzido, e muito desperdício. O governo tem participações em empresas que não têm nada a ver, que não precisaria ter, ele tem que se desfazer delas. Qualquer dona de casa, quando precisa, aperta o cinto e reduz suas despesas, qualquer empresa faz isso. Imagine só o governo federal, que deve ter tudo multiplicado por mil em relação a descontrole, desperdício, trabalho feito várias vezes. Precisa é de gestão, governança com eficiência. Além disso, é possível ter aumento de despesa com crescimento, porque há um grande volume de passivos fiscais com um projeto, um plano de recuperação desses passivos. Há R$ 600 bilhões de dívida --não na ativa, mas na fase administrativa, fora os R$ 1,5 trilhão de dívida ativa. Há muito recurso que o governo tem que buscar sem aumentar impostos. E há necessidade também de se encararem as reformas necessárias para o país. E qualquer reforma que se faça não se deve tirar direitos de quem já os tem.

Existe a PEC [Proposta de Emenda Constitucional] do Teto, por exemplo, que é fundamental porque limita os gastos públicos com base na inflação do ano anterior. Se essa PEC tivesse sido aprovada há dez anos, a dívida pública que hoje é de quase R$ 4 trilhões estaria em R$ 700 bilhões, seis vezes menor.

UOL - O governo Temer conseguirá aprovar reformas tão polêmicas em um tempo muito menor? O PT não conseguiu em 13 anos, nem o PSDB em oito.
Skaf - Em primeiro lugar, o PT e os governos do PT não combinam com uma PEC do Teto, porque mostraram que [o governo petista] foi uma gastança. E também não sei se tinham disposição para discutir reformas estruturais, porque não houve nenhuma. Você tem que ter uma disposição política de pensar no país, não na questão partidária. O que temos na mesa hoje não é partidário. Para quem interessa a PEC do Teto? Para o Brasil. A quem interessa uma reforma da Previdência? Ao Brasil. Então essa é uma agenda Brasil, não uma agenda peemedebista.

UOL - E o senhor acha que ele vai ter tempo para fazer uma reforma da Previdência?
Skaf - Há um provérbio que diz que "a necessidade é mãe das invenções". Tudo tem um esgotamento. Tem um ponto em que o caldo transborda –transbordou, não há mais escolha. A reforma da Previdência e a PEC de Teto passaram do ponto máximo até. Não há alternativa. Se essas coisas não acontecerem, isso compromete o futuro da nação, o emprego, tudo.

UOL - O senhor estipula um prazo para o governo Temer conseguir aprovar medidas como teto para gastos públicos e reforma da Previdência? Até quando os empresários pretendem esperar?
Skaf - Creio que esse seja um momento de construção. Então, em vez de marcar prazos, todos temos que nos esforçar para essa construção. De um lado, com essa recuperação da confiança, é estimularmos o crescimento, porque com investimentos a roda da economia começa a movimentar e tem-se geração de emprego. Temos sempre, como sempre tivemos, a liberdade e a independência de cobrarmos dos governos o que entendemos que seja o melhor para o Brasil. Então, mais que fixar prazos, é arregaçar as mangas e trabalhar –como no sentido de cobrar mudanças em relação a câmbio, crédito e juros.

UOL - O ministro da Fazenda não descartou, em mais de uma oportunidade, que o ajuste venha acompanhado de aumento de impostos que ajudem a melhorar a arrecadação do governo. Como a Fiesp vai reagir caso isso aconteça, tendo em vista a campanha recente da entidade?
Skaf - Fortemente. Ele não foi taxativo, mas nós fomos, por várias vezes, contra o aumento de impostos. Fomos super taxativos, não é a primeira vez. A Fiesp é radical contra o aumento de impostos –primeiro porque a carga de impostos no Brasil é bastante elevada e os serviços públicos são muito ruins; além disso, esse excesso de impostos leva a uma gastança com descontrole. Há uma má gestão, há desperdícios. A melhor forma para fazer com que o governo se enquadre e busque eficiência é que ele reduza gastos e combata corrupção. É apertar o cinto, ter limite nos impostos.

UOL - Como seria esse "reagir fortemente"? Retornar com a campanha do pato é um exemplo?
Skaf - Da forma como for necessário. A campanha do pato não precisa ser reativada: ela existiu e atingiu seu objetivo, os impostos não foram aumentados, foi um sucesso, e o pato está quieto. Mas, no momento em que for necessário, o pato vai para a rua de novo, não tem a menor dúvida, qualquer que seja o governo. Aumento de impostos a Fiesp não aceita.

UOL - Segundo o Ministério do Trabalho, a Fiesp recebeu ano passado do governo federal R$ 15,6 milhões de Contribuição Sindical Patronal. A entidade se recusou, recentemente, à "Folha de S.Paulo", a dizer quanto gastou na campanha "Não pague o pato". Quem pagou pela campanha, e quanto ela efetivamente gastou?
Skaf - As campanhas da Fiesp são da Fiesp –são pagas pela federação. Em relação ao orçamento, a Fiesp é uma entidade que tem conselho fiscal, diretoria, auditoria externa, as contas são aprovadas por seus conselhos de representantes. Quanto à gestão da Fiesp, não cabe ela ser discutida publicamente. É como como se chegar a uma instituição, um clube, uma empresa de comunicação, por exemplo, e querer interferir na gestão cujos responsáveis estão lá e respondem por aquilo que decidem e fazem. As contas da Fiesp são aprovadas sempre por unanimidade e sempre com superávits.

UOL - O senhor não vai dizer então quanto custou a campanha?
Skaf - Nem sei o valor. A mídia espontânea do pato foi o maior retorno do mundo de qualquer campanha, deu capa até de jornais europeus. Ela foi uma decisão interna da entidade. Não me lembro de cabeça quanto foi gasto, mas foi tudo dentro do orçamento aprovado, com seriedade.
quac quac quac quac...

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Sobre custos da campanha "Não pague o pato", Skaf declinou de citar valores: "Não cabe a gestão da Fiesp ser discutida publicamente"
quac quac quac quac quac quac........





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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19697 Mensagem por cassiosemasas » Qui Ago 25, 2016 9:58 am



#VaiTerGolpe

Clóvis Rossi.
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Dilma Rousseff participa do ato ''Encontro em Defesa dos Direitos e Contra o Golpe'', em São Paulo


Lembra-se do "não vai ter golpe", o grito com o qual se esgoelavam os adeptos do governo Dilma Rousseff? Ao que tudo indica, vai ter, sim.

O grito era um compreensível apelo à mobilização dos seus seguidores, mas, ao mesmo tempo, evidenciava uma desconexão da realidade.

Até eu, que não me orgulho da minha sapiência, escrevia, em março, bem antes do primeiro momento do impeachment na Câmara, que "o que os argentinos adoram chamar de "poderes fácticos" abandonaram Dilma Rousseff (ou nunca a adotaram)".

A queda final era, portanto, apenas uma questão de tempo.

Ficar gritando "golpe" não mudou nada. Até porque era uma narrativa frouxa. Como disse, faz pouco, o prefeito Fernando Haddad, um petista insuspeito de ser um traidor, "golpe é uma palavra um pouco dura, que lembra a ditadura militar. O uso da palavra golpe lembra armas e tanques na rua".

Lembra outros ingredientes inexistentes no "golpe" jabuticaba que se está dando no Brasil: não há um só preso político, não houve nem uma única e miserável linha censurada em qualquer tipo de mídia, inclusive na mídia chapa branca, ninguém teve que partir para o exílio, ninguém perdeu o emprego no governo federal, exceto os ocupantes do primeiro escalão.

Aliás, um deles, Gilberto Kassab, conseguiu a proeza inédita no planeta de ser ministro com os "golpeados" e ministro com os "golpistas" -demonstração de quão jabuticaba está sendo o "golpe" à brasileira.

Deu-se até o fato de que uma das mais estridentes adeptas dos "golpeados" ganhou uma coluna na página nobre de um jornal tido como "golpista". Acho até bom que seja assim, mas que é jabuticaba, que só dá no Brasil, lá isso é.

Houve acadêmicos que incitaram as massas a tomarem as ruas para depor o novo governo. Pena que as massas faltaram ao encontro com a História, ocupadas demais que estão em sobreviver penosamente na terra arrasada legada pelos "golpeados".

Só faltou sugerir a ocupação do Palácio de Inverno de Campos de Jordão, como se fosse o de São Petersburgo, para reencenar a Gloriosa Revolução de Outubro. Aliás, faz tempo que São Petersburgo voltou a se chamar São Petersburgo, em vez de Leningrado, evidência no detalhe de que revoluções caíram de moda.

Houve também acadêmicos que juraram que os "golpistas" promoverão o maior retrocesso social da história. Pode até vir a ser verdade, mas um mínimo de honestidade intelectual obrigaria a dizer que os "golpeados" provocaram a segunda maior queda da renda per capita em 116 anos, no período 2014-2016.

Se isso não é retrocesso social, não sei o que seria.

Para reforçar o caráter "jabuticabalesco" do "golpe", deu-se que um de seus ourives, um certo Eduardo Cunha, em vez de ser carregado nos ombros, caminha inexoravelmente para o cadafalso -o que, de resto, é uma boa notícia.

Da mesma forma, parte da elite empresarial, geralmente força-motriz em golpes, em vez de sair da cadeia nela continua, como praticantes de criminosa promiscuidade com "golpistas" e "golpeados". É o Brasil.





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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19698 Mensagem por Valdemort » Qui Ago 25, 2016 10:10 am

Algus escreveu:
Valdemort escreveu: Tudo isso que vc citou poderia ser resolvido por legislação trabalhista.
Por isso acho que o mais importante são as regras e não se é estatal ou privada.
Concordo. E já tem legislação para isso, mas pelo visto ninguém faz uso, já que sai mais barato comprar cadeira que pagar advogado e indenização.
De qualquer maneira eu evito estabelecimentos do tipo.

No Brasil realmente tudo da-se um jeitinho ...
"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19699 Mensagem por Valdemort » Qui Ago 25, 2016 10:11 am

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19700 Mensagem por Valdemort » Qui Ago 25, 2016 10:14 am



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A revista Veja se pronunciou contra as atitudes muito suspeitas do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que decidiu suspender a delação de Léo Pinheiro, supostamente por que teria ocorrido um vazamento à Veja. O detalhe é que Janot não apresentou as provas de que Pinheiro teria feito o vazamento. Na verdade, qualquer um poderia ter feito o vazamento, incluindo o próprio Janot. Logo, sem a comprovação de que Pinheiro fez o vazamento, não haveria sentido em cancelar uma delação, prejudicando o delator.

A revista Veja disse que Janot tentou enganar a opinião pública: “Dizer que o anexo não ‘ingressou’ no Ministério Público é o truque para negar a existência do anexo sobre Dias Toffoli. Ele existe, sim, e seus termos estão – ou estavam, até agora – sob negociação“.

Aqui Janot já estaria refutado, especialmente por ter dito que não existia o anexo sobre Dias Toffoli, mas a revista diz o contrário: “Os repórteres de VEJA viram e leram o anexo. E apuraram que os termos do anexo estavam em discussão na proposta de delação de Léo Pinheiro. Por isso, VEJA mantém tudo o que foi publicado na edição que está nas bancas”.

Até o momento Janot não apresentou as provas de que Pinheiro fez o vazamento.
"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19701 Mensagem por Valdemort » Qui Ago 25, 2016 10:16 am

General faz o mais brilhante comentário sobre a fala do ministro Gilmar Mendes

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Ministro Gilmar Mendes, correndo, não sei por que, em defesa do petista Dias Toffoli:

“Quando você tem uma concentração de poderes você tende a isso, a que um dado segmento, que detém esse poder, cometa abusos.”

Eu devolvo o comentário com a pergunta:

"E quando se tem uma concentração nunca vista de ilícitos, roubos, ladrões e comparsas nos três poderes da república, quem comete abusos?"

Gen Paulo Chagas
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19702 Mensagem por Valdemort » Qui Ago 25, 2016 10:20 am

Dilma "subestimada"

Brasil 25.08.16 07:09
O Globo, em editorial, resumiu o desastre criminal de Dilma Rousseff:

"Afastada a presidente, o governo interino de Michel Temer fez aparecer números reais na contabilidade pública. Para 2014, último ano do primeiro mandato, foi contabilizado — depois de a presidente ser reeleita — um déficit de 0,6% do PIB, claramente subestimado. Por emergirem os gastos reais, o déficit primário deste ano foi projetado em R$ 170 bilhões (algo na faixa dos 2% do PIB). E a conta continuará no vermelho no ano que vem (déficit de R$ 139 bilhões). Os crimes de responsabilidade são avantajados. Se não, o país estaria crescendo e com inflação baixa."

"Subestimado" é um eufemismo para "mentiroso" e "irresponsável".
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19703 Mensagem por cassiosemasas » Qui Ago 25, 2016 10:36 am

Valdemort escreveu:Dilma "subestimada"

Brasil 25.08.16 07:09
O Globo, em editorial, resumiu o desastre criminal de Dilma Rousseff:

"Afastada a presidente, o governo interino de Michel Temer fez aparecer números reais na contabilidade pública. Para 2014, último ano do primeiro mandato, foi contabilizado — depois de a presidente ser reeleita — um déficit de 0,6% do PIB, claramente subestimado. Por emergirem os gastos reais, o déficit primário deste ano foi projetado em R$ 170 bilhões (algo na faixa dos 2% do PIB). E a conta continuará no vermelho no ano que vem (déficit de R$ 139 bilhões). Os crimes de responsabilidade são avantajados. Se não, o país estaria crescendo e com inflação baixa."

"Subestimado" é um eufemismo para "mentiroso" e "irresponsável".
Informação distorcida....
...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19704 Mensagem por Grep » Qui Ago 25, 2016 10:50 am

Valdemort escreveu:Imagem
Você não cansa de postar esse tipo de lixo ?

Vai pro Facebook cara.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19705 Mensagem por cassiosemasas » Qui Ago 25, 2016 11:03 am

O produção? o produção? que isso produção!

Sérgio Moro autoriza devolução de passaporte para Claudia Cruz
Decisão contraria o MPF, que alertou para risco de fuga da investigada.
Cláudia Cruz é mulher do deputado Eduardo Cunha e é ré na Lava Jato.


Adriana Justi e Fernando Castro
Do G1 PR e da RPC


25/08/2016 10h35 - Atualizado em 25/08/2016 10h46

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Claudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, durante cerimônia no congresso em novembro de 2015 (Foto: Evaristo Sá/AFP/Arquivo)


O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitou o pedido da defesa da mulher do deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cláudia Cruz, para que fosse devolvido passaporte dela que estava com a Justiça.
A decisão do juiz contraria uma petição do Ministério Público Federal (MPF), que alertou sobre a possibilidade de risco de fuga da investigada, que é ré na Operação Lava Jato.
"Existe real possibilidade de Cláudia Cordeiro Cruz e/ou seus familiares manterem outras contas bancárias no exterior, havendo risco concreto de eventual fuga e utilização de ativos secretos ainda não bloqueados caso o passaporte seja devolvido", disseram os procuradores do MPF.
De acordo com as investigações, Cláudia Cruz foi favorecida, por meio de contas na Suíça, de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido. Ela responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

No despacho, publicado no sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná, nesta quarta-feira (24), Moro observou que a entrega do passaporte à Justiça foi iniciativa da própria defesa de Cláudia Cruz, mas determinou que possíveis viagens realizadas por ela sejam previamente informadas oficialmente.
"Defiro o pedido de dispensa, sob a condição de que a intimação para os atos processuais vindouros seja realizada na pessoa de seus advogados. Ausência de oposição será interpretada como concordância tácita", disse o juiz.
O deputado Eduardo Cunha afirmou, em outras ocasiões, que as contas de Cláudia no exterior estavam "dentro das normas da legislação brasileira", que foram declaradas às autoridades e que não foram abastecidas por recursos ilícitos.
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do MPF da Operação Lava Jato, chegou a dizer que "dinheiro público foi convertido em sapatos de luxo e roupas de grife".




Fonte.
...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19706 Mensagem por mmatuso » Qui Ago 25, 2016 11:24 am

Valdemort escreveu:Dilma "subestimada"

Brasil 25.08.16 07:09
O Globo, em editorial, resumiu o desastre criminal de Dilma Rousseff:

"Afastada a presidente, o governo interino de Michel Temer fez aparecer números reais na contabilidade pública. Para 2014, último ano do primeiro mandato, foi contabilizado — depois de a presidente ser reeleita — um déficit de 0,6% do PIB, claramente subestimado. Por emergirem os gastos reais, o déficit primário deste ano foi projetado em R$ 170 bilhões (algo na faixa dos 2% do PIB). E a conta continuará no vermelho no ano que vem (déficit de R$ 139 bilhões). Os crimes de responsabilidade são avantajados. Se não, o país estaria crescendo e com inflação baixa."

"Subestimado" é um eufemismo para "mentiroso" e "irresponsável".
Esse deficit só faz parte da bola de neve da divida publica que a dona Dilma detonou jogando o país na lama.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19707 Mensagem por joao fernando » Qui Ago 25, 2016 11:25 am

Grep escreveu:
Valdemort escreveu:Imagem
Você não cansa de postar esse tipo de lixo ?

Vai pro Facebook cara.
Isso ai não é uma refinaria nem aqui nem em Passadena
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19708 Mensagem por Grep » Qui Ago 25, 2016 11:29 am

cassiosemasas escreveu:O produção? o produção? que isso produção!

Sérgio Moro autoriza devolução de passaporte para Claudia Cruz
Decisão contraria o MPF, que alertou para risco de fuga da investigada.
Cláudia Cruz é mulher do deputado Eduardo Cunha e é ré na Lava Jato.


Adriana Justi e Fernando Castro
Do G1 PR e da RPC


25/08/2016 10h35 - Atualizado em 25/08/2016 10h46

Imagem
Claudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, durante cerimônia no congresso em novembro de 2015 (Foto: Evaristo Sá/AFP/Arquivo)


O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitou o pedido da defesa da mulher do deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cláudia Cruz, para que fosse devolvido passaporte dela que estava com a Justiça.
A decisão do juiz contraria uma petição do Ministério Público Federal (MPF), que alertou sobre a possibilidade de risco de fuga da investigada, que é ré na Operação Lava Jato.
"Existe real possibilidade de Cláudia Cordeiro Cruz e/ou seus familiares manterem outras contas bancárias no exterior, havendo risco concreto de eventual fuga e utilização de ativos secretos ainda não bloqueados caso o passaporte seja devolvido", disseram os procuradores do MPF.
De acordo com as investigações, Cláudia Cruz foi favorecida, por meio de contas na Suíça, de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido. Ela responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

No despacho, publicado no sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná, nesta quarta-feira (24), Moro observou que a entrega do passaporte à Justiça foi iniciativa da própria defesa de Cláudia Cruz, mas determinou que possíveis viagens realizadas por ela sejam previamente informadas oficialmente.
"Defiro o pedido de dispensa, sob a condição de que a intimação para os atos processuais vindouros seja realizada na pessoa de seus advogados. Ausência de oposição será interpretada como concordância tácita", disse o juiz.
O deputado Eduardo Cunha afirmou, em outras ocasiões, que as contas de Cláudia no exterior estavam "dentro das normas da legislação brasileira", que foram declaradas às autoridades e que não foram abastecidas por recursos ilícitos.
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do MPF da Operação Lava Jato, chegou a dizer que "dinheiro público foi convertido em sapatos de luxo e roupas de grife".




Fonte.

Há há há pra quem acreditou no herói Moro.

O objetivo era só impeachment, está cada vez mais claro
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19709 Mensagem por NettoBR » Qui Ago 25, 2016 1:11 pm

Bolovo escreveu:
NettoBR escreveu:Gritam "Democracia" e passam longe do princípio básico dela... 8-]
Que grande bobagem. Você tem mais direitos porque é maioria? Pff.
Então democracia não quer dizer "governo da maioria"? Interessante... Esse conceito funcionou muito bem nos últimos 13 anos de PT com Dilma gritando "vencemos nas urnas com a maioria do povo brasileiro" e Lula dizendo que a bagunça da Venezuela era "excesso de democracia"...

Bolovo escreveu:Invoco abaixo um grande comunista contemporâneo:

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Eu não sei se você sabe mas os fundadores do EUA eram CONTRA a democracia, olhe só...

"Democracias são palcos da turbulência e disputa e nunca foram compatíveis com a segurança pessoal e os diretos da propriedade. Em geral foram curtas em sua duração assim como violentas em sua decadência" James Madison.

"Nós temos um governo republicano, a real liberdade nunca é encontrada no despotismo ou nos extremos da democracia" Alexander Hamilton

"A Democracia nunca perdura, logo ela se desgasta, se exaure e se mata" Samuel Adams




Mas lógico, quem sabe tudo de democracia são os "jenios" políticos no Brasil... 8-]
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19710 Mensagem por Valdemort » Qui Ago 25, 2016 1:21 pm

Grep escreveu:
Valdemort escreveu:Imagem
Você não cansa de postar esse tipo de lixo ?

Vai pro Facebook cara.
A verdade dói neé Mortadela ... :D :D :D
"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
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