NOTÍCIAS POLÍTICAS

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19471 Mensagem por prp » Ter Ago 09, 2016 9:29 pm

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Bolovo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19472 Mensagem por Bolovo » Qua Ago 10, 2016 12:32 am

Nosso futuro presidente! :D

Base de Alckmin quer anular provas na CPI da Merenda

Oposição afirma que governistas contestam delações e escutas da Operação Alba Branca para proteger colegas citados no esquema

Fabio Leite,
O Estado de S.Paulo


09 Agosto 2016 | 15h33

SÃO PAULO - Deputados da base de Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) querem que a CPI da Merenda considere nulas as provas obtidas pela polícia na Operação Alba Branca contra a organização criminosa que desviou dinheiro da alimentação escolar. A estratégia é impedir que delações premiadas, documentos e escutas telefônicas reunidas nas investigações sejam usados na comissão para questionar a conduta de parlamentares governistas citados como beneficiários do esquema.

Na sessão da CPI de ontem, integrantes da base do governo atacaram os delegados da Polícia Civil que iniciaram em Bebedouro, no interior paulista, as investigações sobre a máfia. Para a oposição, após meses de negociação apenas para abrir a CPI, a alegação de que as provas podem ser anuladas na Justiça tem o objetivo de encerrar as apurações no Legislativo.

Entre os deputados citados como beneficiários do esquema está o presidente da Assembleia, Fernando Capez (PSDB). “Essa é uma estratégia inócua para desqualificar a investigação e transformar o Capez e o governo em vítimas dos delegados. Podem querer anular o processo, mas as provas existem. O cheque para o assessor do Capez existe, assim como a fraude nos contratos”, disse o deputado Alencar Santana (PT).

A investigação, iniciada em junho de 2015, apura um esquema de superfaturamento e pagamento de propinas em contratos da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) para fornecimento de suco de laranja com o governo estadual e prefeituras paulistas. Só com a Secretaria Estadual da Educação foram três contratos, que somam R$ 13,5 milhões.

Os parlamentares governistas alegaram que os delegados sabiam desde o início que os recursos pagos à Coaf eram do Programa Nacional de Alimentação Escolar e, por isso, deveriam ter encaminhado o inquérito para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, o que só foi feito há dois meses. “É muito estranho que tenham seguido com a investigação, sabendo que não era competência deles”, disse o deputado Roque Barbieri (PTB). Ele também indagou se eles haviam investigado políticos citados como beneficiários do esquema e com foro privilegiado.

“Só no fim das investigações tomamos conhecimento de que os recursos saíam de um fundo federal mesmo. E por isso o processo foi remetido para a Procuradoria e para a PF”, explicou o delegado Mario José Gonçalves, do 1.º DP de Bebedouro, onde funciona a Coaf. Ainda segundo ele, “nenhum deputado ou agente com foro privilegiado foi investigado”.

Além de Capez, os deputados estaduais Luiz Carlos Gondim (SD) e Fernando Cury (PPS) e os federais Baleia Rossi (PMDB), Duarte Nogueira (PSDB) e Nelson Marquezelli (PTB) foram citados como beneficiários de propina paga pela Coaf. Todos negam.

Os delegados também foram pressionados a responder sobre supostas denúncias de abuso de autoridade e ameaças a presos pela Alba Branca com o objetivo de “forçar” uma delação e direcionar as investigações. O delegado seccional de Bebedouro, José Eduardo Vasconcelos, disse que todos os depoimentos da Alba Branca foram gravados em vídeo.

Bate-boca. Mais exaltado, o deputado Barros Munhoz (PSDB) acusou os delegados de mentir. “Isso aqui é uma farsa que esses três delegados estão promovendo. Os senhores estão prevaricando até hoje com desculpas pueris”, disse. “Se for para continuar ouvindo esse tipo de impropério, a gente vai sair”, respondeu o delegado Vasconcelos. “Quem não vai ficar aqui sou eu, porque senão vou vomitar”, rebateu Munhoz, antes de se retirar. Pouco tempo depois, às 13h50, a sessão da CPI acabou por falta de quórum. Após o término, o presidente da CPI, Marcos Zerbini (PSDB), pediu desculpas aos delegados.

Antes, a CPI ouviu o corregedor-geral do Estado, Ivan Agostinho. Ele disse que o governo abriu processo administrativo contra Luiz Roberto dos Santos, o “Moita”, e Dione Morais Pavan. Ex-chefe de gabinete da Casa Civil de Alckmin, Moita foi flagrado em grampo telefônico da Alba Branca em conversas com membros da Coaf – direto do Palácio dos Bandeirantes.

Segundo as investigações, ele fez tráfico de influência para beneficiar a quadrilha. Já Dione, da Secretaria da Educação, teria perdido um documento usado para justificar um aditivo contratual à Coaf.

Para o deputado Alencar Santana (PT), o corregedor “agiu como promotor contra a Coaf e como advogado de defesa em relação a Capez e ao governo”. Durante a sessão, ele apresentou uma carne estragada achada por um aluno no lixo da Escola Estadual Marta Teresinha Rosa, em Mauá. “É a merenda que estão dando aos alunos”, disse.

A Secretaria da Educação informou que os estudantes não consumiram a carne estragada. O alimento foi distribuído pela empresa à escola e estava na validade. “Após a direção identificar um odor não característico, o produto foi descartado.”

Cobertura. Deputados da oposição criticaram o presidente da CPI da Merenda, Marcos Zerbini (PSDB), porque a sessão não foi transmitida pela TV Alesp. “É mais uma tentativa de restrição e blindagem dessa CPI”, apontou Alencar Santana (PT). “Neste momento, o que de mais importante está acontecendo nesta Casa é essa comissão”, completou.

Zerbini afirmou que é praxe na Casa não transmitir CPIs pela TV da Assembleia – exceto se for solicitado por algum parlamentar.

Outro ponto polêmico foi o fato de estudantes terem sido impedidos de entrar no plenário para acompanhar a CPI. “É censura prévia”, atacou João Paulo Rillo (PT). Os estudantes protestaram do lado de fora durante quase toda a sessão. Zerbini disse que não havia espaço para todos, e senhas foram distribuídas para quem chegou primeiro para poder ocupar a galeria. “Quero deixar claro que esta CPI está sendo transmitida pela internet e também no plenário Paulo Kobayashi”, disse.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19473 Mensagem por Quiron » Qua Ago 10, 2016 7:29 am

O parecer de Antônio Anastasia foi aprovado por 59 votos favoráveis e 21 contrários no Senado. Em maio, a petista teve 22 votos em seu favor. Os petistas perderam um voto mesmo com tudo que fizeram.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19474 Mensagem por Valdemort » Qua Ago 10, 2016 10:16 am

EduClau escreveu:Resumindo: quem está com Dilma vale ouro, quem é contra vale bosta.
Simples assim.

:wink:
E se ela ainda fosse competente !!!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19475 Mensagem por Valdemort » Qua Ago 10, 2016 10:40 am

O funeral do PT

Brasil 10.08.16 10:14
A coluna do Estadão informa que Lula vai discutir, hoje à noite, o futuro do PT com as bancadas da legenda na Câmara e no Senado.

A dúvida deve ser entre o enterro e a cremação.
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#19476 Mensagem por Valdemort » Qua Ago 10, 2016 11:00 am

Quiron escreveu:O parecer de Antônio Anastasia foi aprovado por 59 votos favoráveis e 21 contrários no Senado. Em maio, a petista teve 22 votos em seu favor. Os petistas perderam um voto mesmo com tudo que fizeram.

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19477 Mensagem por Wingate » Qua Ago 10, 2016 11:06 am

Bolovo escreveu:Nosso futuro presidente! :D

Base de Alckmin quer anular provas na CPI da Merenda

Oposição afirma que governistas contestam delações e escutas da Operação Alba Branca para proteger colegas citados no esquema

Fabio Leite,
O Estado de S.Paulo


09 Agosto 2016 | 15h33

SÃO PAULO - Deputados da base de Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) querem que a CPI da Merenda considere nulas as provas obtidas pela polícia na Operação Alba Branca contra a organização criminosa que desviou dinheiro da alimentação escolar. A estratégia é impedir que delações premiadas, documentos e escutas telefônicas reunidas nas investigações sejam usados na comissão para questionar a conduta de parlamentares governistas citados como beneficiários do esquema.

Na sessão da CPI de ontem, integrantes da base do governo atacaram os delegados da Polícia Civil que iniciaram em Bebedouro, no interior paulista, as investigações sobre a máfia. Para a oposição, após meses de negociação apenas para abrir a CPI, a alegação de que as provas podem ser anuladas na Justiça tem o objetivo de encerrar as apurações no Legislativo.

Entre os deputados citados como beneficiários do esquema está o presidente da Assembleia, Fernando Capez (PSDB). “Essa é uma estratégia inócua para desqualificar a investigação e transformar o Capez e o governo em vítimas dos delegados. Podem querer anular o processo, mas as provas existem. O cheque para o assessor do Capez existe, assim como a fraude nos contratos”, disse o deputado Alencar Santana (PT).

A investigação, iniciada em junho de 2015, apura um esquema de superfaturamento e pagamento de propinas em contratos da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) para fornecimento de suco de laranja com o governo estadual e prefeituras paulistas. Só com a Secretaria Estadual da Educação foram três contratos, que somam R$ 13,5 milhões.

Os parlamentares governistas alegaram que os delegados sabiam desde o início que os recursos pagos à Coaf eram do Programa Nacional de Alimentação Escolar e, por isso, deveriam ter encaminhado o inquérito para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, o que só foi feito há dois meses. “É muito estranho que tenham seguido com a investigação, sabendo que não era competência deles”, disse o deputado Roque Barbieri (PTB). Ele também indagou se eles haviam investigado políticos citados como beneficiários do esquema e com foro privilegiado.

“Só no fim das investigações tomamos conhecimento de que os recursos saíam de um fundo federal mesmo. E por isso o processo foi remetido para a Procuradoria e para a PF”, explicou o delegado Mario José Gonçalves, do 1.º DP de Bebedouro, onde funciona a Coaf. Ainda segundo ele, “nenhum deputado ou agente com foro privilegiado foi investigado”.

Além de Capez, os deputados estaduais Luiz Carlos Gondim (SD) e Fernando Cury (PPS) e os federais Baleia Rossi (PMDB), Duarte Nogueira (PSDB) e Nelson Marquezelli (PTB) foram citados como beneficiários de propina paga pela Coaf. Todos negam.

Os delegados também foram pressionados a responder sobre supostas denúncias de abuso de autoridade e ameaças a presos pela Alba Branca com o objetivo de “forçar” uma delação e direcionar as investigações. O delegado seccional de Bebedouro, José Eduardo Vasconcelos, disse que todos os depoimentos da Alba Branca foram gravados em vídeo.

Bate-boca. Mais exaltado, o deputado Barros Munhoz (PSDB) acusou os delegados de mentir. “Isso aqui é uma farsa que esses três delegados estão promovendo. Os senhores estão prevaricando até hoje com desculpas pueris”, disse. “Se for para continuar ouvindo esse tipo de impropério, a gente vai sair”, respondeu o delegado Vasconcelos. “Quem não vai ficar aqui sou eu, porque senão vou vomitar”, rebateu Munhoz, antes de se retirar. Pouco tempo depois, às 13h50, a sessão da CPI acabou por falta de quórum. Após o término, o presidente da CPI, Marcos Zerbini (PSDB), pediu desculpas aos delegados.

Antes, a CPI ouviu o corregedor-geral do Estado, Ivan Agostinho. Ele disse que o governo abriu processo administrativo contra Luiz Roberto dos Santos, o “Moita”, e Dione Morais Pavan. Ex-chefe de gabinete da Casa Civil de Alckmin, Moita foi flagrado em grampo telefônico da Alba Branca em conversas com membros da Coaf – direto do Palácio dos Bandeirantes.

Segundo as investigações, ele fez tráfico de influência para beneficiar a quadrilha. Já Dione, da Secretaria da Educação, teria perdido um documento usado para justificar um aditivo contratual à Coaf.

Para o deputado Alencar Santana (PT), o corregedor “agiu como promotor contra a Coaf e como advogado de defesa em relação a Capez e ao governo”. Durante a sessão, ele apresentou uma carne estragada achada por um aluno no lixo da Escola Estadual Marta Teresinha Rosa, em Mauá. “É a merenda que estão dando aos alunos”, disse.

A Secretaria da Educação informou que os estudantes não consumiram a carne estragada. O alimento foi distribuído pela empresa à escola e estava na validade. “Após a direção identificar um odor não característico, o produto foi descartado.”

Cobertura. Deputados da oposição criticaram o presidente da CPI da Merenda, Marcos Zerbini (PSDB), porque a sessão não foi transmitida pela TV Alesp. “É mais uma tentativa de restrição e blindagem dessa CPI”, apontou Alencar Santana (PT). “Neste momento, o que de mais importante está acontecendo nesta Casa é essa comissão”, completou.

Zerbini afirmou que é praxe na Casa não transmitir CPIs pela TV da Assembleia – exceto se for solicitado por algum parlamentar.

Outro ponto polêmico foi o fato de estudantes terem sido impedidos de entrar no plenário para acompanhar a CPI. “É censura prévia”, atacou João Paulo Rillo (PT). Os estudantes protestaram do lado de fora durante quase toda a sessão. Zerbini disse que não havia espaço para todos, e senhas foram distribuídas para quem chegou primeiro para poder ocupar a galeria. “Quero deixar claro que esta CPI está sendo transmitida pela internet e também no plenário Paulo Kobayashi”, disse.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19478 Mensagem por Wingate » Qua Ago 10, 2016 11:06 am

Bolovo escreveu:Nosso futuro presidente! :D

Base de Alckmin quer anular provas na CPI da Merenda

Oposição afirma que governistas contestam delações e escutas da Operação Alba Branca para proteger colegas citados no esquema

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09 Agosto 2016 | 15h33

SÃO PAULO - Deputados da base de Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) querem que a CPI da Merenda considere nulas as provas obtidas pela polícia na Operação Alba Branca contra a organização criminosa que desviou dinheiro da alimentação escolar. A estratégia é impedir que delações premiadas, documentos e escutas telefônicas reunidas nas investigações sejam usados na comissão para questionar a conduta de parlamentares governistas citados como beneficiários do esquema.

Na sessão da CPI de ontem, integrantes da base do governo atacaram os delegados da Polícia Civil que iniciaram em Bebedouro, no interior paulista, as investigações sobre a máfia. Para a oposição, após meses de negociação apenas para abrir a CPI, a alegação de que as provas podem ser anuladas na Justiça tem o objetivo de encerrar as apurações no Legislativo.

Entre os deputados citados como beneficiários do esquema está o presidente da Assembleia, Fernando Capez (PSDB). “Essa é uma estratégia inócua para desqualificar a investigação e transformar o Capez e o governo em vítimas dos delegados. Podem querer anular o processo, mas as provas existem. O cheque para o assessor do Capez existe, assim como a fraude nos contratos”, disse o deputado Alencar Santana (PT).

A investigação, iniciada em junho de 2015, apura um esquema de superfaturamento e pagamento de propinas em contratos da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) para fornecimento de suco de laranja com o governo estadual e prefeituras paulistas. Só com a Secretaria Estadual da Educação foram três contratos, que somam R$ 13,5 milhões.

Os parlamentares governistas alegaram que os delegados sabiam desde o início que os recursos pagos à Coaf eram do Programa Nacional de Alimentação Escolar e, por isso, deveriam ter encaminhado o inquérito para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, o que só foi feito há dois meses. “É muito estranho que tenham seguido com a investigação, sabendo que não era competência deles”, disse o deputado Roque Barbieri (PTB). Ele também indagou se eles haviam investigado políticos citados como beneficiários do esquema e com foro privilegiado.

“Só no fim das investigações tomamos conhecimento de que os recursos saíam de um fundo federal mesmo. E por isso o processo foi remetido para a Procuradoria e para a PF”, explicou o delegado Mario José Gonçalves, do 1.º DP de Bebedouro, onde funciona a Coaf. Ainda segundo ele, “nenhum deputado ou agente com foro privilegiado foi investigado”.

Além de Capez, os deputados estaduais Luiz Carlos Gondim (SD) e Fernando Cury (PPS) e os federais Baleia Rossi (PMDB), Duarte Nogueira (PSDB) e Nelson Marquezelli (PTB) foram citados como beneficiários de propina paga pela Coaf. Todos negam.

Os delegados também foram pressionados a responder sobre supostas denúncias de abuso de autoridade e ameaças a presos pela Alba Branca com o objetivo de “forçar” uma delação e direcionar as investigações. O delegado seccional de Bebedouro, José Eduardo Vasconcelos, disse que todos os depoimentos da Alba Branca foram gravados em vídeo.

Bate-boca. Mais exaltado, o deputado Barros Munhoz (PSDB) acusou os delegados de mentir. “Isso aqui é uma farsa que esses três delegados estão promovendo. Os senhores estão prevaricando até hoje com desculpas pueris”, disse. “Se for para continuar ouvindo esse tipo de impropério, a gente vai sair”, respondeu o delegado Vasconcelos. “Quem não vai ficar aqui sou eu, porque senão vou vomitar”, rebateu Munhoz, antes de se retirar. Pouco tempo depois, às 13h50, a sessão da CPI acabou por falta de quórum. Após o término, o presidente da CPI, Marcos Zerbini (PSDB), pediu desculpas aos delegados.

Antes, a CPI ouviu o corregedor-geral do Estado, Ivan Agostinho. Ele disse que o governo abriu processo administrativo contra Luiz Roberto dos Santos, o “Moita”, e Dione Morais Pavan. Ex-chefe de gabinete da Casa Civil de Alckmin, Moita foi flagrado em grampo telefônico da Alba Branca em conversas com membros da Coaf – direto do Palácio dos Bandeirantes.

Segundo as investigações, ele fez tráfico de influência para beneficiar a quadrilha. Já Dione, da Secretaria da Educação, teria perdido um documento usado para justificar um aditivo contratual à Coaf.

Para o deputado Alencar Santana (PT), o corregedor “agiu como promotor contra a Coaf e como advogado de defesa em relação a Capez e ao governo”. Durante a sessão, ele apresentou uma carne estragada achada por um aluno no lixo da Escola Estadual Marta Teresinha Rosa, em Mauá. “É a merenda que estão dando aos alunos”, disse.

A Secretaria da Educação informou que os estudantes não consumiram a carne estragada. O alimento foi distribuído pela empresa à escola e estava na validade. “Após a direção identificar um odor não característico, o produto foi descartado.”

Cobertura. Deputados da oposição criticaram o presidente da CPI da Merenda, Marcos Zerbini (PSDB), porque a sessão não foi transmitida pela TV Alesp. “É mais uma tentativa de restrição e blindagem dessa CPI”, apontou Alencar Santana (PT). “Neste momento, o que de mais importante está acontecendo nesta Casa é essa comissão”, completou.

Zerbini afirmou que é praxe na Casa não transmitir CPIs pela TV da Assembleia – exceto se for solicitado por algum parlamentar.

Outro ponto polêmico foi o fato de estudantes terem sido impedidos de entrar no plenário para acompanhar a CPI. “É censura prévia”, atacou João Paulo Rillo (PT). Os estudantes protestaram do lado de fora durante quase toda a sessão. Zerbini disse que não havia espaço para todos, e senhas foram distribuídas para quem chegou primeiro para poder ocupar a galeria. “Quero deixar claro que esta CPI está sendo transmitida pela internet e também no plenário Paulo Kobayashi”, disse.
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#19479 Mensagem por mmatuso » Qua Ago 10, 2016 5:06 pm

O cenário politico é tão bizarro e nebuloso onde realmente o Alckimin pode vir a ser presidente, mesmo tendo carisma = -1%

Se perguntarem o grande feito como governo dele ninguem saber dizer kkk

Mas gostaria ele como ministro de minas e energia. :twisted:
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19480 Mensagem por Wingate » Qua Ago 10, 2016 5:13 pm

Pelo menos, o Alckmin tem uma vantagem: se ele sumir, ninguém vai notar e o país vai se (des) governando por si mesmo, até a próxima eleição.

Pode ser uma boa, pois o Picolé brilha sempre pela ausência.

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19481 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Ago 10, 2016 5:49 pm

mmatuso escreveu:Se perguntarem o grande feito como governo dele ninguem saber dizer kkk
Em São Paulo não se conta as coisas boas que os políticos fizeram, e sim suas cagadas, tenho certeza que você deve lembrar ao menos cinco do Alckmin.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19482 Mensagem por Bolovo » Qua Ago 10, 2016 5:59 pm

Marechal-do-ar escreveu:
mmatuso escreveu:Se perguntarem o grande feito como governo dele ninguem saber dizer kkk
Em São Paulo não se conta as coisas boas que os políticos fizeram, e sim suas cagadas, tenho certeza que você deve lembrar ao menos cinco do Alckmin.
Apenas cinco? Essa é fácil, vou listar as que mais me marcou: caos na segurança pública, 23km de metro, crise hídrica, (des)reorganização escolar e roubo da merenda.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19483 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Ago 10, 2016 6:32 pm

Russomano absolvido.

Demais deputados que fazem a mesma coisa devem estar comemorando agora na casa da mão Joana.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19484 Mensagem por Bolovo » Sex Ago 12, 2016 1:36 am

Discussão entre Lava Jato e Odebrecht leva a impasse

JANIO DE FREITAS


11/08/2016 02h00 - atualizado às 08h11

A discussão entre dirigentes da Odebrecht e a Lava Jato, sobre um acordo de delação premiada, encontra dificuldades resistentes de parte a parte. A ponto de ser admitida a hipótese de uma situação nova e de decorrências imprevisíveis, com a mais importante das empreiteiras e os métodos da Lava Jato postos em xeque.

Há um mês, Sergio Moro e os procuradores divulgaram que só aceitariam mais um "acordo" de delação. Havendo, porém, duas empreiteiras a discuti-lo, era já um degrau mais alto nas pressões contra as dificuldades de dobrar a Odebrecht e a OAS, nas pessoas de Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro. Nem por isso os dois saíram correndo para conceder o que lhes é exigido, na concepção de preço que a Lava Jato arbitra, sem parâmetros prévios, e submete à aprovação do STF.

Marcelo Odebrecht está preso em Curitiba há um ano e dois meses, a se completarem na próxima semana. Aguardou quatro meses para a primeira e breve inquirição. Só na semana passada foi ouvido pela primeira vez no grupo de procuradores, como noticiado pela Folha. Léo Pinheiro recebeu outra pena. Os ex-diretores da Petrobras, que agiram com várias empreiteiras, estão em suas casas de férias em Itaipava e Angra dos Reis, e em edifícios luxuosos de Ipanema e Leblon.

O impasse entre a Lava Jato e a Odebrecht deixou bem caracterizado o seu início: os vazamentos da força-tarefa curitibana de repente arrefeceram, e logo sumiram mesmo por largo tempo. As informações propostas pela Odebrecht, para análise da possível delação, davam rumo diferente à temática da Lava Jato: entrevam lideranças do PSDB, governo paulista, Michel Temer e PMDB, enfim, muitos daqueles que, se mencionados em depoimentos distantes, foram entregues depressa aos resguardos do silêncio.

A Lava Jato nada foi verificar ou quis descobrir nesses veios da corrupção, como sabem, não o digam ou digam o contrário, os que têm as informações básicas sobre o que se passa lá e nas adjacências. A confluência de novos citados e o sumiço de vazamentos faz parecer a existência de uma contradição nessa fase da Lava Jato, em cobrar mais delações e desprezar delações a mais do que o esperado ou desejado.

Só há quatro dias um assunto da nova temática apareceu, com a revelação da Folha, pela repórter Bela Megale, de que dirigentes da Odebrecht informaram a Lava Jato sobre doação "por fora" de R$ 23 milhões (hoje, R$ 54,5 milhões) "à campanha" presidencial de José Serra em 2010.

Além daquele montante, haveria ainda R$ 2,4 milhões (R$3,6 milhões de hoje) doados por meio do Comitê Financeiro Nacional da Campanha, portanto, legais em princípio.

Parte daquele montante anterior foi depositada no exterior. E aí há, digamos, um equívoco. Partido não precisa de dinheiro no exterior, o que até exige complicadora remessa para o Brasil. Depósito no exterior indica como destino, não campanhas, mas bolsos e contas pessoais, mesmo se encobertas por terceiros.

Ainda no ramal novo, o aparecimento de Michel Temer e Eliseu Padilha, se bem que citados por "Veja", traz delicada contribuição para o seu governo. Não foi por casualidade destoante que a composição do ministério encheu-se de pendurados na Justiça e estrelas das citações a jato. Pode-se agora deduzir afinidades a conduzirem as escolhas. No fundo, é de fato o mesmo grupo do PMDB e da Câmara. O governo montado por Temer tem unidade, pois. De cima a baixo.

Nem mesmo é casual a proteção que Michel Temer e seus aliados proporcionam a Eduardo Cunha para protelar sua cassação, já adiada, e agora marcada para 12 de setembro.

Folha de S. Paulo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19485 Mensagem por Juniorbombeiro » Sex Ago 12, 2016 11:04 am

Que maravilha o novo superintendente do IBAMA no Tocantins nomeado pelo "Sarneyzinho". Não bastasse colocar um advogado no lugar de um biólogo servidor de carreira (quem aparelha o Estado mesmo???) ainda tem que se passar por um papelão desses...
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Onde estão as ONG's internacionais defensoras do "patrimônio ambiental" alheio????

Onde está a "Fadinha da Floresta"????

Realmente, como dizia o Tim Maia: "O Brasil não tem como dar certo...é um lugar onde puta se apaixona, cafetão tem ciúmes, traficante é viciado e pobre é de direita". Podemos acrescentar agora também "que diretor de órgão do meio ambiente come animal silvestre". Não que isso seja uma tragédia, mas um cara que debocha de um órgão público nas redes sociais e algum tempo depois vira diretor do mesmo, é o supra sumo da ironia.
Trancado