EUA x Irã
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Re: EUA x Irã
Irã prepara lei para encerramento do estreito de Ormuz.
O deputado do parlamento iraniano Javad Karimi Qodoosi apresentou aos colegas para apreciação o projeto de lei sobre o encerramento do Estreito de Ormuz, através do qual passa cerca de 20% do petróleo extraido em todo o mundo, informa a agência France Presse.
O deputado declarou que cerca de metade dos 290 parlamentares já afirmou o apoio à sua iniciativa. Contudo, a decisão final será do líder supremo do país, o Grande Aiatolá Ali Khamenei que, por enquanto, é cético quanto à ideia do encerramento.
Anteriormente, o Irã declarou oficialmente que encerraria o estreito estratégico se os países do Ocidente lhe criassem obstáculos na exportação de petróleo. Apesar dessa ameaça, os países da UE introduziram a partir de 1 de julho sanções contra os compradores de petróleo iraniano.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/82303000/
O deputado do parlamento iraniano Javad Karimi Qodoosi apresentou aos colegas para apreciação o projeto de lei sobre o encerramento do Estreito de Ormuz, através do qual passa cerca de 20% do petróleo extraido em todo o mundo, informa a agência France Presse.
O deputado declarou que cerca de metade dos 290 parlamentares já afirmou o apoio à sua iniciativa. Contudo, a decisão final será do líder supremo do país, o Grande Aiatolá Ali Khamenei que, por enquanto, é cético quanto à ideia do encerramento.
Anteriormente, o Irã declarou oficialmente que encerraria o estreito estratégico se os países do Ocidente lhe criassem obstáculos na exportação de petróleo. Apesar dessa ameaça, os países da UE introduziram a partir de 1 de julho sanções contra os compradores de petróleo iraniano.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_20/82303000/
- LeandroGCard
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Re: EUA x Irã
O Irã está montando uma grande força de foguetes de curto e médio alcances e tentando desenvolver (ou até já desenvolveu) sistemas de guiagem terminal para eles, justamente para atacar estas bases e não só para ameaçar Isreal, com quem o Irã nunca se meteu diretamente. Como elas não podem mudar de lugar, isso não é tão difícil assim de fazer. As instalações petrolíferas dos países onde estas bases estão instaladas também são alvos fáceis, então não é tão certo assim que outros países no entorno do golfo permitiriam o uso de bases em seus territórios para ataques ao Irã, pois estariam se colocando como alvos para retaliações. Os EUA podem não querer isso também, este imbróglio do petróleo já pode ficar suficientemente complicado apenas com a navegação no golfo comprometida, se os poços e oleodutos dos países da península arábica forem paralizados aí a coisa ficaria realmente feia, e não há Patriots que cheguem para proteger todas estas instalações.rodrigo escreveu:A fixação iraniana com os navios americanos faz parecer que os EUA não usariam as dezenas de bases aéreas na região, no Qatar, Kuwait, Arábia Saudita, Afeganistão, Turquia...
Tem mina aérea contra tomahawk?Fahimi salientou que o IRGC é mestre em desenvolver minas e que o mesmo goza de uma imbatível capacidade de produzir em massas diferentes tipos de minas.
Por outro lado o maior medo do restante do mundo (e principalmente o Japão e da Europa) já é que se os EUA se meterem com o Irã a navegação no golfo seja cortada, diminuindo o fluxo mundial de petróleo e jogando seu preço nas alturas. O Irã pode conseguir isso de várias formas: Com suas minas (as deles não são simples bombas de contato à deriva como as da SGM ou as nossas, eles tem minas ativas inteligentes ótimas para as condições de navegação restritas do golfo), com sua crescente frota de minisubmarinos (versões daquele que afundou a moderna corveta sul-coreana em um mar muito maior, e portanto não podem ser desconsiderados como inúteis) e mísseis anti-navio disparados de terra (um de pequeno porte atingiu a corveta israelense na costa do Líbano).
Tomahawks teriam pouca ou nenhuma utilidade contra estas ameaças, e esta é a posição do Irã. EUA e Israel podem até desfechar ataques aéreos e de mísseis impunemente ou montar um bloqueio naval para impedir as exportações de petróleo iranianas. Mas aí o Irã se considera atacado e reage fechando o estreito, e os dois vão fazer o quê?
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Re: EUA x Irã
Eu não duvido da capacidade do Irã de causar danos. Mas daí para acreditar que o Irã colocará o mundo de joelhos, é mais difícil. Vamos a alguns fatores:
1- Os atacantes seriam os EUA e Israel. Que nunca agiram juntos militarmente, e tem um histórico e equipamento que todos aqui sabemos. Uma blitzkrieg aérea, nos moldes do que aconteceu com o Iraque, causaria uma enorme diminuição na capacidade de retaliação iraniana. Retaliação que certamente está prevista pelos atacantes, e que tomarão as medidas necessárias para diminuir o impacto da mesma;
2- O Irã possui armamento defasado. Sempre que essa campanha de cão rosnando foi usada, quando começou o combate sempre foi ridícula a capacidade contra o atacante. Na Sérvia e no Iraque existiam esses super analistas dizendo: olha, eles tem MIG-29, tem 20000 mísseis antiaéreos, tem o X maior exército do mundo, tem arma química, tem homem bomba para atacar as principais cidades da Europa e EUA. E nada disso representou perigo. O ponto central do combate moderno-superioridade aérea, é indiscutivelmente o ponto fraco do Irã;
3- Na guerra Irã-Iraque, o Golfo Pérsico era terra de ninguém. Eram SUE iraquianos disparando EXOCET todo dia, F-4 iranianos bombardeando a infraestrutura iraquiana, americanos no meio disso tudo. E o petróleo continuou saindo. E tem que continuar saindo, o Irã depende disso, e os países com contratos (China principalmente), precisam disso;
4- O Irã, como o Iraque de Sadam Hussein, é um país isolado e sob forte embargo. Isso os força a desenvolver sistemas locais, que sabemos serem rudimentares. Não fosse o equipamento e treinamento russos mais atuais, o Irã não seria capaz de ameaçar ninguém.
5- Os ataques propostos são localizados, contra instalações nucleares em desenvolvimento. Não são contra a população, contra o regime, contra a religião. Ofendem a soberania iraniana na mesma medida que ameaçam os interesses regionais americanos e a sobrevivência de Israel. Uma retaliação desproposital iraniana, com armas químicas contra populações civis (hoje o maior temor israelense), causaria uma reação desproporcional, contexto inclusive para o qual as armas nucleares israelenses foram desenvolvidas.
1- Os atacantes seriam os EUA e Israel. Que nunca agiram juntos militarmente, e tem um histórico e equipamento que todos aqui sabemos. Uma blitzkrieg aérea, nos moldes do que aconteceu com o Iraque, causaria uma enorme diminuição na capacidade de retaliação iraniana. Retaliação que certamente está prevista pelos atacantes, e que tomarão as medidas necessárias para diminuir o impacto da mesma;
2- O Irã possui armamento defasado. Sempre que essa campanha de cão rosnando foi usada, quando começou o combate sempre foi ridícula a capacidade contra o atacante. Na Sérvia e no Iraque existiam esses super analistas dizendo: olha, eles tem MIG-29, tem 20000 mísseis antiaéreos, tem o X maior exército do mundo, tem arma química, tem homem bomba para atacar as principais cidades da Europa e EUA. E nada disso representou perigo. O ponto central do combate moderno-superioridade aérea, é indiscutivelmente o ponto fraco do Irã;
3- Na guerra Irã-Iraque, o Golfo Pérsico era terra de ninguém. Eram SUE iraquianos disparando EXOCET todo dia, F-4 iranianos bombardeando a infraestrutura iraquiana, americanos no meio disso tudo. E o petróleo continuou saindo. E tem que continuar saindo, o Irã depende disso, e os países com contratos (China principalmente), precisam disso;
4- O Irã, como o Iraque de Sadam Hussein, é um país isolado e sob forte embargo. Isso os força a desenvolver sistemas locais, que sabemos serem rudimentares. Não fosse o equipamento e treinamento russos mais atuais, o Irã não seria capaz de ameaçar ninguém.
5- Os ataques propostos são localizados, contra instalações nucleares em desenvolvimento. Não são contra a população, contra o regime, contra a religião. Ofendem a soberania iraniana na mesma medida que ameaçam os interesses regionais americanos e a sobrevivência de Israel. Uma retaliação desproposital iraniana, com armas químicas contra populações civis (hoje o maior temor israelense), causaria uma reação desproporcional, contexto inclusive para o qual as armas nucleares israelenses foram desenvolvidas.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: EUA x Irã
1- Os atacantes seriam os EUA e Israel. Que nunca agiram juntos militarmente, e tem um histórico e equipamento que todos aqui sabemos. Uma blitzkrieg aérea, nos moldes do que aconteceu com o Iraque, causaria uma enorme diminuição na capacidade de retaliação iraniana. Retaliação que certamente está prevista pelos atacantes, e que tomarão as medidas necessárias para diminuir o impacto da mesma;
Iraque e Iran não podem ser comparados. Relevo, Tamanhos, Capacidade Belica e principalmente! Visão do que aconteceu do iraque garantem que o iran se preparou para o "basicão" que usaram contra o iraque.
Da mesma maneira que os EUA e Israel irão fazer um ataque preparado para contingencias o iran tb está preparado para o tipo de guerra que os EUA estão acostumados a fazer.
2- O Irã possui armamento defasado. Sempre que essa campanha de cão rosnando foi usada, quando começou o combate sempre foi ridícula a capacidade contra o atacante. Na Sérvia e no Iraque existiam esses super analistas dizendo: olha, eles tem MIG-29, tem 20000 mísseis antiaéreos, tem o X maior exército do mundo, tem arma química, tem homem bomba para atacar as principais cidades da Europa e EUA. E nada disso representou perigo. O ponto central do combate moderno-superioridade aérea, é indiscutivelmente o ponto fraco do Irã;
Defasado em partes! Seu sistema de detecção aerea é anos luz do que o iraque possuia, Fora caças stealths não a como as forças aereas Americanas e ISraelenses iniciarem um ataque sem serem detectadas. Como o F22 nao te mcapacidade de soltar bombas para atacar os principais alvos o F22 no maximo iria abrir caminho.... o que tb denunciaria o ataque. (B2 são poucos pra muitos alvos).
seu sistema de misseis é equivalente a potencias de media capacidade como israel em precisão e capacidade destrutiva. Seus caças são defasados mas ainda possuem alguns armamentos de difícil contra-ataque (Existe um missel americano que eles possuem que os EUA nao tem defesa e pode ser usado pelos F14, que é velho mas é rápido e tem alcance que aviões modernos tem dificuldades para combater a tempo). E os MIG 29 ainda são um perigo pois são +recentes.
Suas baterias anti-aereas são +modernas e atualizadas que qualquer uma que israel já enfrentou. Pode-se contra-ataca-las mas espera-se baixas se forem usados F16 e F18 para a função.
Aqui o fechamento do país e o desconhecimento de suas reais capacidades funcionam a favor do iran.
A diferença que quem inicou essa guerra foi o Iraque não os EUA. EUA e Europa eram agentes indiretos por mais que tenham ajudado. Houve perda de petroleiros e o preço do petróleo subiu sim naquela época. E estamos falando de quase 40 anos. Eles aprenderam lições valiosas na guerra.3- Na guerra Irã-Iraque, o Golfo Pérsico era terra de ninguém. Eram SUE iraquianos disparando EXOCET todo dia, F-4 iranianos bombardeando a infraestrutura iraquiana, americanos no meio disso tudo. E o petróleo continuou saindo. E tem que continuar saindo, o Irã depende disso, e os países com contratos (China principalmente), precisam disso;
Mas a tb uma diferença total entre a economia do mundo hoje e a daquela época. A Menos petróleo e mais demanda. Se os paises que importam hoje do iran passarem a ter que importar de outros fornecedores o preço vai subir. Se o iran por algum motivo conseguir bloquear o estreito o preço subirá ainda mais.
4- O Irã, como o Iraque de Sadam Hussein, é um país isolado e sob forte embargo. Isso os força a desenvolver sistemas locais, que sabemos serem rudimentares. Não fosse o equipamento e treinamento russos mais atuais, o Irã não seria capaz de ameaçar ninguém.
Pentagono e Mossad discordam. Se fosse tão fácil já teriam resolvido o problema com algumas ligações pra russia que já teve sua época de ajudar o ocidente contra o iran nesses últimos 10 anos.
5- Os ataques propostos são localizados, contra instalações nucleares em desenvolvimento. Não são contra a população, contra o regime, contra a religião. Ofendem a soberania iraniana na mesma medida que ameaçam os interesses regionais americanos e a sobrevivência de Israel. Uma retaliação desproposital iraniana, com armas químicas contra populações civis (hoje o maior temor israelense), causaria uma reação desproporcional, contexto inclusive para o qual as armas nucleares israelenses foram desenvolvidas.
È impossivel destruir as instalações apenas pelo ar ou com misseis balísticos. Isso já foi dito inúmeras vezes por ambos os lados.
Sem tirar o regime e tropas em terra para destruir todas as instalações o programa nuclear seria no máximo atrasado e em 5 anos estaríamos vendo uma bomba nuclear pois o país teria todas as desculpas para fazer seu programa em instalações +protegidas. O Regime estaria +forte que nunca e poderia botar todo seu PIB militar e mentes nisso. È um tipo de mobilização que o iran não tem como justificar perante sua população hoje.
Mas botando tropas em solo iraniano você estará entrando num atoleiro pior que o Afeganistão + Iraque somados. È um país montanhoso, improprio para tanques com dezenas de milhões de habitantes e muito maior que o iraque. E uma população conhecida historicamente por resistir a invasores.
Se uma koreia do norte totalmente sob embargo conseguiu esconder 1 base para planejar sua bomba nuclear. Com certeza o iran conseguirá com 10x mais montanhas e cidades.
E se israel usar armas nucleares ae a pode jogar uma moeda pra cima e apostar cara ou coroa que o SHow vai começar! Todos os países árabes que se sentem ameaçados por israel tentarão fazer seus programas nucleares ou farão armas químicas. E sera questão de tempo pra cair nas mãos de uma organização + lunática que é justamente o que os EUA e Israel temem tanto.
Eles estão tentando tão forte impedir o nascimento de seu maior medo que acabarão por cria-lo!
Veja que ninguém aqui está dizendo que não da pra fazer! Mas a um preço pra isso ser feito. E esse preço vai ser sentido economicamente de maneira direta (menos petróleo) ou indiretamente (EUA tendo que botar +Dinheiro na guerra que pode gastar).
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Re: EUA x Irã
Aqui de fato não há muito a dizer, enfrentar os EUA e mais israel em uma guerra convencional é algo que só um louco buscaria. Também acho que no final o Irã seria derrotado e teria que desmantelar seu programa nuclear, embora até chegar lá os EUA provavelmente terão que fazer um esforço muito maior do que o efetuado durante as campanhas aéreas na Sérvia e no Iraque, por motivos que discuto adiante.rodrigo escreveu:Eu não duvido da capacidade do Irã de causar danos. Mas daí para acreditar que o Irã colocará o mundo de joelhos, é mais difícil. Vamos a alguns fatores:
1- Os atacantes seriam os EUA e Israel. Que nunca agiram juntos militarmente, e tem um histórico e equipamento que todos aqui sabemos. Uma blitzkrieg aérea, nos moldes do que aconteceu com o Iraque, causaria uma enorme diminuição na capacidade de retaliação iraniana. Retaliação que certamente está prevista pelos atacantes, e que tomarão as medidas necessárias para diminuir o impacto da mesma;
Mas ao contrário do que aconteceu em outos países árabes como Iraque e Líbia não acho que a população e o governo do país se tornassem amiguinhos do ocidente depois dos ataques, muito pelo contrário, o ressentimento que já existe seria multiplicado, e com o tempo o ocidente teriam um inimigo ainda pior na região.
É claro que o material do Irã não é tão avançado quanto o de Israel ou dos EUA, mas existe uma diferença enorme com relação ao Iraque ou à Sérvia: Em muitas áreas importantes eles produzem o seu próprio equipamento, e mantém a atualização permanente dos seus projetos. Não são como os países sub-desenvolvidos que apenas compram alguma coisa sensacional em um certo instante e vinte anos depois, quando vão de fato à guerra, descobrem que estão duas décadas defasados. Na área de mísseis terra-terra e anti-navio, de minas e torpedos e algumas outras o Irã tem em produção sistemas que EUA e Isreal jamais enfrentaram, ou quando enfrentaram não se deram assim tão bem.2- O Irã possui armamento defasado. Sempre que essa campanha de cão rosnando foi usada, quando começou o combate sempre foi ridícula a capacidade contra o atacante. Na Sérvia e no Iraque existiam esses super analistas dizendo: olha, eles tem MIG-29, tem 20000 mísseis antiaéreos, tem o X maior exército do mundo, tem arma química, tem homem bomba para atacar as principais cidades da Europa e EUA. E nada disso representou perigo. O ponto central do combate moderno-superioridade aérea, é indiscutivelmente o ponto fraco do Irã;
Na época da guerra Irã-Iraque os sistemas de armas que ambos possuíam eram ainda relativamente primitivos e pouco numerosos. Para acertar um petroleiro o Irã dispunha de uns poucos Harpoon, que tinham que ser disparados por aviões de bombardeiro. Hoje eles produzem quantos mísseis anti-navio quiserem, e podem atingir qualquer ponto do golfo disparando-os desde mais de cem quilômetros do litoral. Isso sem falar em minas ativas e em mini-submarinos, que na época eles também não tinham. Ou nas centenas de lanchas armadas com mísseis da Guarda Revolucionária Islãmica.3- Na guerra Irã-Iraque, o Golfo Pérsico era terra de ninguém. Eram SUE iraquianos disparando EXOCET todo dia, F-4 iranianos bombardeando a infraestrutura iraquiana, americanos no meio disso tudo. E o petróleo continuou saindo. E tem que continuar saindo, o Irã depende disso, e os países com contratos (China principalmente), precisam disso;
Já comentei antes, o Irã não é o Iraque (aliás, nem sequer é um país árabe), e em muitos ítens militares é plenamente autosuficiente tanto em equipamentos quanto em doutrina. A indústria bélica deles está bem a frente até mesmo da nossa, e isso não é de hoje. Eles podem não ter uma aviação de combate de nível mundial (embora produzam seus próprios caças que estão no mesmo nível dos melhores dos nossos, e isso é muito mais do que podemos dizer) nem mísseis anti-aéreos tão bons quanto os russos, mas tem material que desenvolveram recentemente e doutrina própria para usá-lo. E não tem que economizar nada do que produzem, ao contrário do que aconteceu com Iraque e Sérvia, estes sim logo ficando sem munição.4- O Irã, como o Iraque de Sadam Hussein, é um país isolado e sob forte embargo. Isso os força a desenvolver sistemas locais, que sabemos serem rudimentares. Não fosse o equipamento e treinamento russos mais atuais, o Irã não seria capaz de ameaçar ninguém.
Ataques localizados contra o Irã e nada são quase a mesma coisa. Destruir meia dúzia de instalações vai no máximo atrasar qualquer tentativa do Irã de obter capacidade nuclear, mas não impedir isso, pois eles podem reconstruir seus equipamentos sozinhos sem ajuda de fora, e depois vão ficar muito mais motivados a alcançar este objetivo. Para impedir de vez o programa nuclear iraniano EUA e Israel teriam ou que destruir praticamente toda a indústria e a capacidade técnica do país (o que seria um ataque contra o seu povo) ou forçar a derrubada do seu governo (o que sem poder contar com uma revolução interna, da qual não parece existir nenhuma possibilidade, implicaria em ataques violentíssimos contra o regime). Exatamente as opções que você mencionou como não sendo o objetivo. Nem menciono a possibilidade de ocupação militar do país, se nem no paupérrimo Afeganistão ela funcionou imagine no Irã.5- Os ataques propostos são localizados, contra instalações nucleares em desenvolvimento. Não são contra a população, contra o regime, contra a religião. Ofendem a soberania iraniana na mesma medida que ameaçam os interesses regionais americanos e a sobrevivência de Israel. Uma retaliação desproposital iraniana, com armas químicas contra populações civis (hoje o maior temor israelense), causaria uma reação desproporcional, contexto inclusive para o qual as armas nucleares israelenses foram desenvolvidas.
Em resumo, EUA e Israel podem sim derrotar o Irã e forçá-lo a renunciar ao seu programa nuclear, mas não com ataques cirúrgicos mas apenas com uma guerra total que deixasse o país na mesma situação da Sérvia após a campanha de bombardeios da ONU. E isso em um país muito maior do que a sérvia, com uma base tecnológica e indústrial pelo menos tão rica quanto a brasileira e que está estrategicamente bem posicionado para afetar a economia mundial via mercado do petróleo. É uma situação complicada, e é exatamente por isso que os dois ainda não iniciaram esta guerra, se fosse algo simples como Osirak ou Deir ez-Zor a fatura já estaria fechada há muito tempo.
Leandro G. Card
Editado pela última vez por LeandroGCard em Sex Jul 20, 2012 4:04 pm, em um total de 1 vez.
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Re: EUA x Irã
O orientador do meu irmão é iraniano, e um dia ele perguntou para ele se ele não tem medo de uma possível guerra, seu país ser atacado, etc.
Ele conta que entre a população iraniana está tão compactada essa idéia de que um dia o país vai ser atacado, que já nem ligam tanto, estar sob ameaça de um ataque não é novidade para o Irã há decadas.
abraços]
Ele conta que entre a população iraniana está tão compactada essa idéia de que um dia o país vai ser atacado, que já nem ligam tanto, estar sob ameaça de um ataque não é novidade para o Irã há decadas.

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Re: EUA x Irã
Ninguém sabe as reais capacidades de qualquer material fabricado no Irã. Nunca foi vendido, nunca foi usado contra ninguém. São mostradas maquetes, vídeos de disparos onde não se sabe o que aconteceu. A propaganda que o regime faz é indicativo de sua fraqueza militar. Esse vídeos, as fotografias (como aquela forjada com photoshop, onde o míssel falhou) são a política do cão rosnando, da cobra balançando o chocalho, do urso ficando em pé. Tem que parecer mais perigoso do que realmente é. A Coréia do Norte vive dessa política, fazendo extorsão com o Sul. Cuba viveu décadas se firmando nisso para evitar invasão americana.
Nesse momento em que estão perdendo a Síria, o Irã está sem aliados. O que é uma pena em pleno dia do amigo.
A hipótese de invasão nunca foi cogitada. Israel não possui forças ofensivas, nem capacidade de levar ninguém a essa distância. Os EUA estão em concordata, e o impacto no preço do petróleo já será muito ruim. Mas o Romney já avisou que vai atacar, e é bom o Ahmadinejah fazer uma doação pra campanha do Obama. A Rússia também terá um papel importante, porque a Síria já era, mesmo que o Assad permaneça. Os russos tem que estabelecer uma aliança estratégica com o Irã, mesmo que seja para incomodar os EUA. Mas ao mesmo tempo, fica complicado admitir a capacidade nuclear iraniana enquanto os radicais islâmicos apoiarem terroristas que agem em território russo.
Nesse momento em que estão perdendo a Síria, o Irã está sem aliados. O que é uma pena em pleno dia do amigo.
A hipótese de invasão nunca foi cogitada. Israel não possui forças ofensivas, nem capacidade de levar ninguém a essa distância. Os EUA estão em concordata, e o impacto no preço do petróleo já será muito ruim. Mas o Romney já avisou que vai atacar, e é bom o Ahmadinejah fazer uma doação pra campanha do Obama. A Rússia também terá um papel importante, porque a Síria já era, mesmo que o Assad permaneça. Os russos tem que estabelecer uma aliança estratégica com o Irã, mesmo que seja para incomodar os EUA. Mas ao mesmo tempo, fica complicado admitir a capacidade nuclear iraniana enquanto os radicais islâmicos apoiarem terroristas que agem em território russo.
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aperta e daí afrouxa,
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Re: EUA x Irã
rodrigo escreveu:Ninguém sabe as reais capacidades de qualquer material fabricado no Irã. Nunca foi vendido, nunca foi usado contra ninguém. São mostradas maquetes, vídeos de disparos onde não se sabe o que aconteceu. A propaganda que o regime faz é indicativo de sua fraqueza militar. Esse vídeos, as fotografias (como aquela forjada com photoshop, onde o míssel falhou) são a política do cão rosnando, da cobra balançando o chocalho, do urso ficando em pé. Tem que parecer mais perigoso do que realmente é. A Coréia do Norte vive dessa política, fazendo extorsão com o Sul. Cuba viveu décadas se firmando nisso para evitar invasão americana.
Nesse momento em que estão perdendo a Síria, o Irã está sem aliados. O que é uma pena em pleno dia do amigo.
A hipótese de invasão nunca foi cogitada. Israel não possui forças ofensivas, nem capacidade de levar ninguém a essa distância. Os EUA estão em concordata, e o impacto no preço do petróleo já será muito ruim. Mas o Romney já avisou que vai atacar, e é bom o Ahmadinejah fazer uma doação pra campanha do Obama. A Rússia também terá um papel importante, porque a Síria já era, mesmo que o Assad permaneça. Os russos tem que estabelecer uma aliança estratégica com o Irã, mesmo que seja para incomodar os EUA. Mas ao mesmo tempo, fica complicado admitir a capacidade nuclear iraniana enquanto os radicais islâmicos apoiarem terroristas que agem em território russo.
Pensei que aquela barcaça sionista já tinha conhecido o veneno iraniano em 2006.

Saudações
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: EUA x Irã
Rodrigo coisa é muito complexa não é no preto e branco,os terrorista que agem no cáucaso russo são de origem súnitas seguindo a ramificação do Wahabismo o mesmo pode se dizer dos terrorista uigures em Xinjiang na China que é a versão mais radical do islamismo e durante as duas guerras da Chechenia e e tambem na republica do Daguestão e Inguchetia a comunidade xiita que é minoria que vive nessas repúblicas são perseguidas ostensivamente pelos súnitas com o apoio da Arabia Saudita e entre outras monarquias do oriente médio falo isso de conversas que já tive com russos aqui no Brasil discutindo a campanha russa anti terrorista no cáucaso e (perguntei se o Irã apoia o terroristas e a resposta é essa que estou falando na qual ele me respondeu), em razão disso se alia com a comunida cristã ortodoxa russa para evitar tal isolamento, tal o problema que os radicais wahabitas estão perseguindo os sunitas moderados na russia para provocar tal radicalização do governo contra a comunidade você deve ter visto no tópico sobre a Russia sobre os atentados contra os clérigos mulçumanos que são contra os radicais, para se ter uma idéia o Irã contribuiu com a inteligência russa e chinesa e nas ex-repúblicas soviéticas da asia central na perseguição de terrorisas fornecendo informações sobre radicais e é sábido muito bem que é Àrabia Saudiata junto ao Qatar e menor parte o Kuwait,Bahrein e Emirados Arabes Unidos e Oman os maiores financiadores do Terrorismo no cáucaso contra a Russia e na Asia Central e Xinjiang(engraçado que são justo esses países os maiores aliados dos EUA e OTAN por isso que acho muito hipocrita essa guerra ao terrorismo, que na verdade nada mais é terrorista para algum e freedom fighters para outros ou seja dois pesos e duas medidas),o Irá só influi nos grupos como Hezbolah que incrivel que pareça um inimigo mortal da Al-qaeda e de outros grupos terroristas sunitas por isso da Russia apoiar e ficar do lado do Irã ela não vai se sentir intimidada pelos Iranianos que não é uma ameça a eles e sim mais as monarquias do Golfo,de Israel, EUA e ocidente em geral quer um exemplo pros russos o arsenal nuclear norte coreano não é nenhum incomodo para eles acredite nisso pois já ouvi opinião pessoal de russos comentando sobre isso e fiquei espantado para eles o incomodo fica é para os EUA e seus aliados é aquela tática o que pode ser ruim para os EUA pode ser ótimo para os russos e assim o mesmo para os chinese o jogo é esse e a reciporoca para pode ser a mesma para os EUA contra russia e a China, o comenário que tenho ouvido é que caso o Assad cai é bem provavel que a russia e china vão deixar de lado o embargo de armas contra o Irã passando vender armamentos mas avançados, os EUA e Aliados provavelmente acredito que vão querer aproveitar a queda do Assad e atacar o Irã antes que eles recebam essas armas vizando a neutralização do programa nuclear que na minha opinião só vai atrasar o programa e justificar os linhas duras do governo iraniano a construção da bomba e a pedir a presença militar da Organização para cooperação de Xangai(OCX) uma organização militar praticamente oposta a da OTAN.fica complicado admitir a capacidade nuclear iraniana enquanto os radicais islâmicos apoiarem terroristas que agem em território russo.
Rodrigo a sintuação envolve não só o oriente médio e sim toda a Eurásia que envolve questões como peninsula Coreana,Taiwan, mar do sul da china,India,Paquistão, questão dos Antimissil dos EUA ou seja é um conjunto de coisas é um grande jogo um tabuleiro de xadrez com varios atores, tem Rodrigo o que une as elites da China e da Russia é um sentimento perigoso chamado sentimento de cerco que é uma coisa altamente perigosa eu levo bastante sério isso, as elites governantes de Washington e bruxelas(União Europeia) nutrem o profundo sentimento de despreso e rejeição a elites russas e chinesas como a reciproca dos russos e chineses é a mesma para o ocidente o que separa de não ter havido algo pior até agora chama relacoões econômicas entre esses países ou seja dinheiro quando interesses se coincidem mesmo que sejam pequenas mas quando são contrarias é esse conflito géopolitico que nós vemos nos notíciarios .
A sorte é o Brasil não se localizar geográficamente na Eurásia, acredito que se localiza-se a questão sobre defesa seria tratada com bastante sériedade neste país.
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Re: EUA x Irã
Ah, não, quando são as armas dos outros que mostram eficiência em combate ninguém se lembra, não existem notícias, na verdade foram acidentes e fogo amigo. Só as armas do grande irmão do norte e seus amiguinhos é que funcionam, pois só os engenheiros deles é que são capazes, o resto "non existe".FOXTROT escreveu:rodrigo escreveu:Ninguém sabe as reais capacidades de qualquer material fabricado no Irã. Nunca foi vendido, nunca foi usado contra ninguém. São mostradas maquetes, vídeos de disparos onde não se sabe o que aconteceu. A propaganda que o regime faz é indicativo de sua fraqueza militar. Esse vídeos, as fotografias (como aquela forjada com photoshop, onde o míssel falhou) são a política do cão rosnando, da cobra balançando o chocalho, do urso ficando em pé. Tem que parecer mais perigoso do que realmente é. A Coréia do Norte vive dessa política, fazendo extorsão com o Sul. Cuba viveu décadas se firmando nisso para evitar invasão americana.
Nesse momento em que estão perdendo a Síria, o Irã está sem aliados. O que é uma pena em pleno dia do amigo.
A hipótese de invasão nunca foi cogitada. Israel não possui forças ofensivas, nem capacidade de levar ninguém a essa distância. Os EUA estão em concordata, e o impacto no preço do petróleo já será muito ruim. Mas o Romney já avisou que vai atacar, e é bom o Ahmadinejah fazer uma doação pra campanha do Obama. A Rússia também terá um papel importante, porque a Síria já era, mesmo que o Assad permaneça. Os russos tem que estabelecer uma aliança estratégica com o Irã, mesmo que seja para incomodar os EUA. Mas ao mesmo tempo, fica complicado admitir a capacidade nuclear iraniana enquanto os radicais islâmicos apoiarem terroristas que agem em território russo.
Pensei que aquela barcaça sionista já tinha conhecido o veneno iraniano em 2006.![]()
Saudações
Em 2006 a corveta Hanit foi atingida por um meteoro e o cargueiro com tripulação egípcia afundou de susto. E nenhum Merkava foi destruído, alguns apenas apresentaram defeito e por isso todos foram retirados do cenário no meio dos combates só para um recall. Os israelenses não desistiram de recuperar os seus soldados, eles apenas descobriram que eles não eram caras tão legais assim afinal e não queriam mais eles. Em todo o caso os soldados altamente profissionais e super-treinados do Hizbolah até conseguiram sobreviver ao leve ataque iraelense daquele ano, mas os pobres militares iranianos são semi-retardados e o mais certo é que acertassem a eles mesmos se tentassem sequer enfrentar os semi-deuses judeus e norte-americanos, que estão mostrando toda a sua invencibilidade no Afeganistão


Leandro G. Card
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Re: EUA x Irã
Leandro G. Card, isso são meros "detalhes"...
Assim como o já revelado, por graduados da IDF, planejamento israelense para uma possível nova guerra no Líbano...
Deve ser para treino já que o Hezzobah só possui armamento piratiado vagaba de 5ª categoria, perigoso só para quem usa...
Assim como é mero detalhe a debandada da dupla EUA/OTAN do Afeganistão, em tempos de "magavilhas" como VANTs, "soldados do futuro", projéteis de artilharia guiados e "guerras cibernéticas"...
[].
Assim como o já revelado, por graduados da IDF, planejamento israelense para uma possível nova guerra no Líbano...
Deve ser para treino já que o Hezzobah só possui armamento piratiado vagaba de 5ª categoria, perigoso só para quem usa...
Assim como é mero detalhe a debandada da dupla EUA/OTAN do Afeganistão, em tempos de "magavilhas" como VANTs, "soldados do futuro", projéteis de artilharia guiados e "guerras cibernéticas"...
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- rodrigo
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Re: EUA x Irã
Engraçada essa capacidade, nunca levou ninguém à vitória.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: EUA x Irã
terra.com.br
Imprensa: Washington informa Israel sobre plano de ataques preventivos ao Irã
29 de julho de 2012 • 09h19
JERUSALÉM, 29 Jul 2012 (AFP) -O conselheiro de segurança dos Estados Unidos Tom Donilon informou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre um plano dos Estados Unidos de ataques preventivos contra as instalações nucleares iranianas, informa o jornal Haaretz. Donilon, conselheiro do presidente americano Barack Obama, se reuniu em Washington com Netanyahu há duas semanas durante um jantar de três horas, afirma o jornal. "Donilon deu a entender que os Estados Unidos se preparavam seriamente para a possibilidade das negociações (com Teerã sobre o polêmico programa nuclear) chegarem a um beco sem saída, e que uma opção militar seria então necessária", completa o Haaretz. Uma fonte do governo israelense, que pediu para não ser identificada, desmentiu a informação. "Nada neste artigo é correto. Donilon não jantou com o primeiro-ministro, nem conversou com ele sozinho, nem apresentou um plano de ação para atacar o Irã", disse à AFP. scw/fp
Imprensa: Washington informa Israel sobre plano de ataques preventivos ao Irã
29 de julho de 2012 • 09h19
JERUSALÉM, 29 Jul 2012 (AFP) -O conselheiro de segurança dos Estados Unidos Tom Donilon informou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre um plano dos Estados Unidos de ataques preventivos contra as instalações nucleares iranianas, informa o jornal Haaretz. Donilon, conselheiro do presidente americano Barack Obama, se reuniu em Washington com Netanyahu há duas semanas durante um jantar de três horas, afirma o jornal. "Donilon deu a entender que os Estados Unidos se preparavam seriamente para a possibilidade das negociações (com Teerã sobre o polêmico programa nuclear) chegarem a um beco sem saída, e que uma opção militar seria então necessária", completa o Haaretz. Uma fonte do governo israelense, que pediu para não ser identificada, desmentiu a informação. "Nada neste artigo é correto. Donilon não jantou com o primeiro-ministro, nem conversou com ele sozinho, nem apresentou um plano de ação para atacar o Irã", disse à AFP. scw/fp
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- marcelo l.
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Re: EUA x Irã
Exportações de petróleo em declínio, o sangue vital da economia iraniana, Teerã aumentará luta para conter inflação galopante eo desemprego crescente no meio do seu impasse com o Ocidente sobre seu programa nuclear.
"Eles acabarão por ter de fechar a produção. Agora parece muito improvável que eles vão obter qualquer alívio das sanções a qualquer momento em breve", disse um executivo de uma empresa de petróleo ocidental, com uma longa história de lidar com o Irã.
As exportações em julho será um máximo de 1,1 milhões de barris por dia (bpd), disse uma fonte da indústria familiarizado com frete mensal do Irã planeja e que não quis ser identificado devido à sensibilidade da questão.
Exportações iranianas têm diminuído de forma constante a partir do 2,2 milhão bpd média em 2011, como compradores de petróleo reduzir as importações de cumprir as sanções dos EUA e da União Européia impôs devido a preocupações de que o país está tentando construir uma bomba nuclear.
O Irã diz que suas atividades nucleares são pacíficas.
Estima-se haver embarcado entre 1,2 milhão e 1,3 milhões de bpd em junho, disseram fontes da indústria no mês passado.
Mas as exportações reais de julho poderia ser ainda menor em cima comprador China contesta os custos de frete com a empresa do Irã tanque topo, atrasando o carregamento de cargas estabelecidas a fluir para o leste.
Índia, o comprador de petróleo do Irão segunda maior, também pode reduzir julho cargas como o Irã se esforça para encontrar petroleiros do tamanho refinarias indianas exigem.
Japão e Coreia do Sul, entre os melhores do Irã cinco compradores, pararam todas as importações iranianas este mês devido a complicações com o seguro do transporte, também sancionado pela UE.
Japão deverá continuar a comprar este ano. Foi concedida isenção de sanções norte-americanas no mês passado depois de ter já as compras abruptamente reduzidos.
Se o Irã exportou 1,1 milhões bpd em julho, isso significaria o orçamento do país a perder cerca de 3400 milhões dólares de receita neste mês em comparação com um ano atrás, quando as exportações somaram 2,2 milhões bpd e os preços do petróleo Brent situou-se em torno de $ 110 contra US $ 100 hoje.
Petróleo iraniano normalmente vende com um desconto de alguns dólares a referência Brent dated.
A diminuição dos ARMAZENAMENTO
Com a queda de vendas, o Irã foi forçado a guardar seu petróleo indesejado em petroleiros no Golfo e reduzir a produção para cerca de 2,95 milhões de bpd, o menor nível em quase um quarto de século, como ele é executado fora da capacidade de armazenamento onshore e offshore.
Em abril, as fontes de navegação disse que o Irã tinha sido forçado a implantar mais de metade da frota a sua para armazenar o óleo em Anchorage, no Golfo, o que equivale a 33 milhões de barris.
O país deverá armazenar, pelo menos mais 8,3 milhões de barris este mês, o dobro da quantidade em junho, a fonte familiarizada com os planos de transporte, disse.
Mas, como ele armazena mais bruto, ele pode lutar para completar as entregas aos clientes asiáticos, que solicitam o Irã faz entregas em seus próprios navios.
A República Islâmica é esperado para carregar um máximo de 890.000 barris por dia para seus principais compradores da Ásia, disse a fonte, até 40 por cento do 1,48 milhão bpd tomadas durante o mesmo período do ano passado.
China foi marcada para um máximo de 492 mil bpd de julho de carga e da Índia cerca de 300.000 bpd, no máximo.
Japão vai carregar em torno de 98 mil bpd para meados de agosto de entrega, disseram fontes da indústria. Na Europa, a Turquia ea Itália foram os únicos países que continuam a importar petróleo iraniano após o início do embargo da UE.
Turquia está comprando cerca de 160.000 bpd de óleo de Teerã, até cerca de um quinto da média do ano passado. Itália foi dispensado de sanções da UE, porque é devido cerca de US $ 1 bilhão até o Irã e África do Sul também continua importações.
Esta semana, o Quénia emergiu como o potencial comprador de até 80.000 bpd de petróleo iraniano, mas rapidamente cancelou o acordo sob pressão de Washington e Bruxelas.
http://www.reuters.com/article/2012/07/ ... HL20120705
"Eles acabarão por ter de fechar a produção. Agora parece muito improvável que eles vão obter qualquer alívio das sanções a qualquer momento em breve", disse um executivo de uma empresa de petróleo ocidental, com uma longa história de lidar com o Irã.
As exportações em julho será um máximo de 1,1 milhões de barris por dia (bpd), disse uma fonte da indústria familiarizado com frete mensal do Irã planeja e que não quis ser identificado devido à sensibilidade da questão.
Exportações iranianas têm diminuído de forma constante a partir do 2,2 milhão bpd média em 2011, como compradores de petróleo reduzir as importações de cumprir as sanções dos EUA e da União Européia impôs devido a preocupações de que o país está tentando construir uma bomba nuclear.
O Irã diz que suas atividades nucleares são pacíficas.
Estima-se haver embarcado entre 1,2 milhão e 1,3 milhões de bpd em junho, disseram fontes da indústria no mês passado.
Mas as exportações reais de julho poderia ser ainda menor em cima comprador China contesta os custos de frete com a empresa do Irã tanque topo, atrasando o carregamento de cargas estabelecidas a fluir para o leste.
Índia, o comprador de petróleo do Irão segunda maior, também pode reduzir julho cargas como o Irã se esforça para encontrar petroleiros do tamanho refinarias indianas exigem.
Japão e Coreia do Sul, entre os melhores do Irã cinco compradores, pararam todas as importações iranianas este mês devido a complicações com o seguro do transporte, também sancionado pela UE.
Japão deverá continuar a comprar este ano. Foi concedida isenção de sanções norte-americanas no mês passado depois de ter já as compras abruptamente reduzidos.
Se o Irã exportou 1,1 milhões bpd em julho, isso significaria o orçamento do país a perder cerca de 3400 milhões dólares de receita neste mês em comparação com um ano atrás, quando as exportações somaram 2,2 milhões bpd e os preços do petróleo Brent situou-se em torno de $ 110 contra US $ 100 hoje.
Petróleo iraniano normalmente vende com um desconto de alguns dólares a referência Brent dated.
A diminuição dos ARMAZENAMENTO
Com a queda de vendas, o Irã foi forçado a guardar seu petróleo indesejado em petroleiros no Golfo e reduzir a produção para cerca de 2,95 milhões de bpd, o menor nível em quase um quarto de século, como ele é executado fora da capacidade de armazenamento onshore e offshore.
Em abril, as fontes de navegação disse que o Irã tinha sido forçado a implantar mais de metade da frota a sua para armazenar o óleo em Anchorage, no Golfo, o que equivale a 33 milhões de barris.
O país deverá armazenar, pelo menos mais 8,3 milhões de barris este mês, o dobro da quantidade em junho, a fonte familiarizada com os planos de transporte, disse.
Mas, como ele armazena mais bruto, ele pode lutar para completar as entregas aos clientes asiáticos, que solicitam o Irã faz entregas em seus próprios navios.
A República Islâmica é esperado para carregar um máximo de 890.000 barris por dia para seus principais compradores da Ásia, disse a fonte, até 40 por cento do 1,48 milhão bpd tomadas durante o mesmo período do ano passado.
China foi marcada para um máximo de 492 mil bpd de julho de carga e da Índia cerca de 300.000 bpd, no máximo.
Japão vai carregar em torno de 98 mil bpd para meados de agosto de entrega, disseram fontes da indústria. Na Europa, a Turquia ea Itália foram os únicos países que continuam a importar petróleo iraniano após o início do embargo da UE.
Turquia está comprando cerca de 160.000 bpd de óleo de Teerã, até cerca de um quinto da média do ano passado. Itália foi dispensado de sanções da UE, porque é devido cerca de US $ 1 bilhão até o Irã e África do Sul também continua importações.
Esta semana, o Quénia emergiu como o potencial comprador de até 80.000 bpd de petróleo iraniano, mas rapidamente cancelou o acordo sob pressão de Washington e Bruxelas.
http://www.reuters.com/article/2012/07/ ... HL20120705
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- marcelo l.
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Re: EUA x Irã
Colin Kahl, who until recently served as the Pentagon's top Middle East policy official, is just out with an exhaustive and authoritative report on the Iranian nuclear challenge. The report, written with Melissa G. Dalton and Matthew Irvine and published by the Center for a New American Security (where Kahl is a senior fellow), argues fairly persuasively that an Israeli attack on Iran's nuclear facilities -- an attack they seem to believe is highly plausible, if I'm reading them correctly -- would have a great many negative ramifications.
Their conclusions are well thought-out and argued (even the ones with which I disagree). The authors believe, among other things, that:
1) The Iranian threat is serious but not imminent;
2) Iran's leaders are rational enough to believe that they would neither use a nuclear weapon or give one to terrorists (I'm not so sure they're right on the first point, but pretty sure they're right on the second -- makes no sense to give your most prized weapon to unstable, and possibly semi-independent actors);
3) An Israeli-Iranian nuclear rivalry creates the risk of an inadvertent nuclear exchange (they downplay this risk somewhat, but not too much; I tend to think that inadvertent escalation to nuclear exchange is the prime reason to keep the bomb out of Iran's hands);
4) Containment of a nuclear Iran is not a great option for the U.S. (I'm with them on that).
On the one hand, the report represents mainstream American defense thinking on this question. On the other hand, it is not at all mindless and reflexive, unlike much of what I read on this subject these days.
I thought it would be interesting to have a conversation about the report with Kahl, who is now at Georgetown University. What follows is our exchange, which is long, but seriously, read the whole damn thing -- it's important. I should also note that Kahl is the same guy who spent the past two years working assiduously from inside the Pentagon to strengthen and deepen America's security relationship with Israel. Or, to put it another way, his opposition to an Israeli strike on Iran's nuclear program is not motivated by animus toward Israel, but by a concern that Israel stands to do something precipitous that could bring harm to itself, and accelerate Iran's drive toward a bomb.
cont. em
http://www.theatlantic.com/internationa ... dea/258162
Curioso "debate" entre:
Colin Kahl que foi o principal assessor civil do Obama para a política com o Irã. Quem ler vai ver a visão dele que não é pacifista.
Jeffrey Goldberg abandonou a carreira jornalistica para sr guarda de prisão israelense na primeira intifada e depois retornou com sucesso já que é hoje um dos principais jornalistas americanos sobre Oriente Médio.
Their conclusions are well thought-out and argued (even the ones with which I disagree). The authors believe, among other things, that:
1) The Iranian threat is serious but not imminent;
2) Iran's leaders are rational enough to believe that they would neither use a nuclear weapon or give one to terrorists (I'm not so sure they're right on the first point, but pretty sure they're right on the second -- makes no sense to give your most prized weapon to unstable, and possibly semi-independent actors);
3) An Israeli-Iranian nuclear rivalry creates the risk of an inadvertent nuclear exchange (they downplay this risk somewhat, but not too much; I tend to think that inadvertent escalation to nuclear exchange is the prime reason to keep the bomb out of Iran's hands);
4) Containment of a nuclear Iran is not a great option for the U.S. (I'm with them on that).
On the one hand, the report represents mainstream American defense thinking on this question. On the other hand, it is not at all mindless and reflexive, unlike much of what I read on this subject these days.
I thought it would be interesting to have a conversation about the report with Kahl, who is now at Georgetown University. What follows is our exchange, which is long, but seriously, read the whole damn thing -- it's important. I should also note that Kahl is the same guy who spent the past two years working assiduously from inside the Pentagon to strengthen and deepen America's security relationship with Israel. Or, to put it another way, his opposition to an Israeli strike on Iran's nuclear program is not motivated by animus toward Israel, but by a concern that Israel stands to do something precipitous that could bring harm to itself, and accelerate Iran's drive toward a bomb.
cont. em
http://www.theatlantic.com/internationa ... dea/258162
Curioso "debate" entre:
Colin Kahl que foi o principal assessor civil do Obama para a política com o Irã. Quem ler vai ver a visão dele que não é pacifista.
Jeffrey Goldberg abandonou a carreira jornalistica para sr guarda de prisão israelense na primeira intifada e depois retornou com sucesso já que é hoje um dos principais jornalistas americanos sobre Oriente Médio.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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