cicloneprojekt escreveu:A.K. for T-7 escreveu:16:20- Apresentação sobre a 5ª geração de aeronaves militares
Só o aperitivo...

Eu duvido muito que os Yankees vão ficar só olhando. Tenho quase certeza que desse mato(EUA) sairá coelho sim. Mesmo que não seja desta visita em particular.
Lembren-se daquela fábrica de componentes aeronáuticos da Boeing em Minas Gerais. Aí entra o componente político. Ou seja é para o Prof. Orestes comentar.
Já que o amigo Walter deu uma canja... rsrsrs Vou especular solto!!! rsrs
O diretor de assuntos militares da Boeing este no Brasil para oficialmente aumentar o suporte da empresa no Brasil, que segundo ele estava muito ruim. Neste meio tempo disse que a Boeing vai oferecer uma versão do F-18 SH específica para o Brasil (concorrência do FX-1). Até nada de mais.
Só que existe uma triangulação entre Boeing (e seus interesses maiores), Embraer (390 e 190 para o ACS) e a FAB (caças). Um "rascunho" que está sendo feito é uma parceria Boeing-Embraer para uma possível fabricação local do F-18 SH (BR??? Talvez, pois a Boeing disse que produziria uma versão de acordo com os interesses da FAB), e possível os vetores da Embraer lá nos EUA. De quebra pode acontecer de entrar na jogada os Super Tucano para o Iraque (com apoio yankee).
Existe uma preocupação minha sobre um fato: se isso se concretizar (como eu disse, não passa de um "rascunho" ainda, pode ser que não dê em nada) seria natural que a Boeing comprasse ações da Embraer. Nada de mais, a menos que seja em uma porcentagem expressiva (aí a coisa pode azedar a longo prazo). Eu já comentei aqui no DB sobre um trabalho de um pesquisador do BNDES sobre a possibilidade da Embraer deixar de ser uma empresa genuinamente brasileira no período de 5 a 10 anos (falo sério, existem pessoas qualificadas afirmando isso aí). Mas... Deixemos assim.
Embora o F-35 não seja da Boeing, pode ser que haja uma ligação por aí também, ou seja, o F-18 pode abrir as portas para o F-35 no futuro, mas não agora. Basta lembrar do papo que rolou (saiu na mídia) da Embraer com a LMAASA.
Mas isto tudo que comentei acima não é o suficiente para se concretizar uma compra de caças americanos, pelo contrário, é muito pouco, apesar de parecer muito.
O Lula (em off) já disse que não vai impor nada à FAB, que vai negociar amigavelmente com o Saito (em agradecimento ao que ele fez para resolver os problemas do setor aéreo). Bem, o Presidente vai deixar a FAB livre para fazer sua escolha, mas sem abusos, naturalmente.
Assim sendo, a presença do comandante Saito nos EUA está intimamente relacionado com isso, ou seja, pretende mostrar (pra quem?? rsrs) que existem outras propostas igualmente boas, melhores do que algumas que já surgiram. Ele quer deixar claro que ouviu todas as partes, que irá fazer a melhor escolha para a FAB e para o País. Em suma, ele quer transparência.
Está nos EUA também para ver o quanto os americanos dizem ter mudado em relação as propostas da época do FX-1, quer conhecer tudo de perto, quer saber sobre as novas possibilidades, quer saber sobre as transferências de tecnologias que os americanos afirmaram que farão (é sério), quer saber se realmente não existem restrição de vendas de armamentos e se estes ficarão estocados no País, etc.
Colocando tudo na balança, pode ser que certas propostas aparentemente interessantes, deixam de ser da noite para o dia. Mas antes é preciso saber o que teremos que fazer para receber o prometido, ou seja, pode ser que o preço político seja muito mais caro que o preço material dos equipamentos em si.
Minha opinião pessoal sobre esta visita oficial aos EUA: uns voltarão com sorrisos na cara, outros mais emburrados que tudo. Retóricas com ar de bravatas surgirão após as primeiras entrevistas sobre a viagem. Haverá tentativa de desconstruir algumas propostas.
Após esta viagem aos EUA praticamente não ficará faltando mais nada para visitar, no máximo viagens formais. Porém é necessário um relatório final da FAB sobre tudo que analisou e que apontará o seu vetor preferido. Isto deve acontecer (em off) até meados do ano, faltando os acertos finais para o anúncio lá para setembro (logo após o anúncio do Plano de Defesa), depois a assinatura do contrato em si (até dezembro deste ano).
Abraços,
Orestes