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Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qui Mai 18, 2023 8:15 pm
por knigh7
Viktor Reznov escreveu: Qui Mai 18, 2023 7:00 pm Ontem falaram que tinham destruído 5 veículos lançadores do sistema Patriot mas hoje já foi confirmado que só um lançador foi levemente danificado por destroços de um míssil Khinzal e os técnicos das Forças Armadas Americanas estão analisando pra ver se é possível fazer reparos in loco na Ucrânia ou se esse lançador deve ser levado de volta pra território da OTAN pra ser reparado.
Informação importante, Cross (aliás volta com esse seu antigo nickname, era ótimo).
Tem um link para essa notícia?

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mai 19, 2023 1:06 am
por Viktor Reznov
knigh7 escreveu: Qui Mai 18, 2023 8:15 pm
Viktor Reznov escreveu: Qui Mai 18, 2023 7:00 pm Ontem falaram que tinham destruído 5 veículos lançadores do sistema Patriot mas hoje já foi confirmado que só um lançador foi levemente danificado por destroços de um míssil Khinzal e os técnicos das Forças Armadas Americanas estão analisando pra ver se é possível fazer reparos in loco na Ucrânia ou se esse lançador deve ser levado de volta pra território da OTAN pra ser reparado.
Informação importante, Cross (aliás volta com esse seu antigo nickname, era ótimo).
Tem um link para essa notícia?
https://gazette.com/news/us-world/ukrai ... ae675.html

https://www.thedrive.com/the-war-zone/t ... e-expected

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mai 19, 2023 5:53 am
por gabriel219
Viktor Reznov escreveu: Sex Mai 19, 2023 1:06 am
knigh7 escreveu: Qui Mai 18, 2023 8:15 pm

Informação importante, Cross (aliás volta com esse seu antigo nickname, era ótimo).
Tem um link para essa notícia?
https://gazette.com/news/us-world/ukrai ... ae675.html

https://www.thedrive.com/the-war-zone/t ... e-expected
Ai é um problema: a fonte é o DoD, a mesma que alega que um componente de ogiva de 1 metro é a ogiva de um Kh-47.

Difícil acreditar, pois o vídeo é bem claro. São 30 mísseis lançados do mesmo local e a explosão que ocorre, que teria sido um Kh-47, ocorre no exato local e é enorme pra ter danificado somente uma bateria.

Um lançador do PAC-3 possui 16 mísseis, ou seja, no mínimo haviam dois lançadores juntos no meio daquela explosão, o que de cara já descarta a ideia do DoD.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mai 19, 2023 6:28 pm
por Viktor Reznov
gabriel219 escreveu: Sex Mai 19, 2023 5:53 am
Ai é um problema: a fonte é o DoD, a mesma que alega que um componente de ogiva de 1 metro é a ogiva de um Kh-47.

Difícil acreditar, pois o vídeo é bem claro. São 30 mísseis lançados do mesmo local e a explosão que ocorre, que teria sido um Kh-47, ocorre no exato local e é enorme pra ter danificado somente uma bateria.

Um lançador do PAC-3 possui 16 mísseis, ou seja, no mínimo haviam dois lançadores juntos no meio daquela explosão, o que de cara já descarta a ideia do DoD.
O DoD tem sido em geral uma fonte muito mais confiável que o Ministério da Defesa Russo que já afirmou ter destruído completamente a Força Aérea Ucraniana uma três vezes já durante essa guerra.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mai 19, 2023 11:11 pm
por gabriel219
Viktor Reznov escreveu: Sex Mai 19, 2023 6:28 pm O DoD tem sido em geral uma fonte muito mais confiável que o Ministério da Defesa Russo que já afirmou ter destruído completamente a Força Aérea Ucraniana uma três vezes já durante essa guerra.
No momento que eles tentam confirmar que um invólucro de 1 metro é a ogiva de um Kh-47, pra mim já deu. DoD também anunciou tomada de Kherson em Junho do ano passado, sem se quer haver ofensiva da AFU.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Mai 21, 2023 2:30 pm
por cabeça de martelo

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Mai 21, 2023 3:58 pm
por gabriel219
Tem que vender mais PAC-3, baita propaganda, pena que não abateram.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Dom Mai 21, 2023 11:14 pm
por knigh7
@gabriel219 , o apresentador desenhou uma possível trajetória final do Kinzhal, na qual ele desce de forma quase perpendicular sobre o alvo. Sabe dizer se ele tem essa capacidade mesmo?

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mai 22, 2023 12:24 pm
por gabriel219
knigh7 escreveu: Dom Mai 21, 2023 11:14 pm @gabriel219 , o apresentador desenhou uma possível trajetória final do Kinzhal, na qual ele desce de forma quase perpendicular sobre o alvo. Sabe dizer se ele tem essa capacidade mesmo?
Eu sinceramente nem irei arriscar, mas pois tudo que se tem sobre o Kinzhal disponível na internet são alguns dados da construção do míssil e que ele pode manobrar em velocidade hipersônica, o que pode sugerir que o motor dele tenha TVC. Quanto a trajetória terminal, ele talvez possua vários perfis a depender do alvo pretendido e a localização. Outros mísseis Russos, como Kalibr, possuem perfis diferentes também, mesmo as versões supersônicas, então não dá pra ter certeza de nada e quem afirma ter certeza de algo ou teve contato com os cientistas ou está especulando.

Mas o que pode-se ter certeza é que aquele pedaço mostrado pela AFU definitivamente não é do Kh-47, que pode medir não menos do que três metros - a parte onde fica a ogiva do Kinzhal tem quatro metros - e por ser hipersônico, aposto que os Russos abriram mão da ogiva precursora, igual no Storm Shadow. A energia cinética faz o trabalho sem a necessidade dessa ogiva, assim como é no caso do P-800 e do Moskit, que são mísseis onde temos mais acessos a dados técnicos.

Eu duvido muito, dando quase a certeza, que um PAC-3 abateu um Kh-47. Nem pelo míssil em si, mas pelas capacidades de radar e busca de alvo.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mai 26, 2023 8:23 pm
por FCarvalho
Um dado interessante e que está passando despercebido no programa defesa anti aérea é a presença muito discreta dos turcos e seu sistemas HISAR que preenche os requisitos do programa. Há pouquíssima propaganda do mesmo na mídia especializada, e absolutamente nada em termos de grande mídia, mesmo quando se comenta algo sobre este projeto.

Por enquanto, apenas alemães e israelenses estão no centro das atenções com o IRIS-T SL\SLM e o Barax MX \ Spyder.

Os árabes talvez entrem com força a partir de agora com o início de muitas conversas sobre as soluções que o Edge Group pode oferecer. E os contatos foram feitos com todas as 3 ffaa's durante a LAAD assim como com o MD.

Outro dado interessante que passou despercebido nas matérias da T&D em banca é a Avibras constar do rol de empresas que demonstraram interesse no programa, mesmo não tendo nenhum sistema AAe, pronto ou não, para apresentar.

Ainda na matéria deixa-se meio que velado a possibilidade de que haja mais de uma empresa vencedora, pelo que entendi, sendo nacional ou estrangeira, como contratante principal e\ou fornecedora de parte da solução oferecida.

Eu particularmente a essa altura do campeonato não faço ideia com quem a Avibras se aliaria no atual estado de pré-falência em que se encontra, e muito menos que alguém lá fora queira ou se interesse fazer negócios com ela. Mas a empresa é uma das jóias da coroa da BIDS e o governo não vai deixá-la simplesmente fenecer sozinha. Soluções estão sendo elencadas dentro e fora de Brasília a fim de salvar a empresa.

Pode ser uma via de mão dupla para um eventual ofertante estrangeiro assumir uma parceria de risco com a Avibras oferecendo seu sistema com base no ASTROS - como foi feito com a MBDA - e ao mesmo tempo dispor recursos através desta participação para o desenvolvimento do produto a fim de tirar a empresa da insolvência financeira em que está em troca da encomenda das 8 baterias propostas para as forças armadas. Que não se pode esquecer, e nem descartar, podem se tornar mais encomendas no futuro a longo prazo, apesar disto ser pouco provável em tempo visível.

De qualquer forma, tal como foi concebido o AV-MMA da Avibras, com míssil e canhão dividido entre dois veículos, o vetor de lançamento do sistema na forma da sua AV-LMU mostrou-se ser muito flexível a fim de abarcar diferentes tipos de soluções, o que mostra que a capacidade de engenharia instalada na Avibras é extremamente qualificada, e portanto, deve lhe ser assegurada sua subsistência no país indiferente à quaisquer condições e\ou limitações financeiras e orçamentárias do Estado.

A ver.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mai 26, 2023 8:39 pm
por FCarvalho
Não tenho e nem encontrei fontes ou referências, mas, quanto será que custaria uma bateria AAe baseada no modelo proposto pela Avibras levando-se em conta o uso do ASTROS como base veicular e seus respectivos sistemas de C4ISR que a empresa possui e pode oferecer?

Os custos de tal escolha seriam aceitáveis para o nosso padrão orçamentário e a previsão de valores a serem investidos no programa Defesa AAe com suas 8 baterias?

Considere-se que todo os sistema C4ISR seria baseado no que já temos e que a Avibras também dispõe no ASTROS de artilharia, além do que está sendo desenvolvido pela Embraer Defesa, e suas empresas coligadas, além da AEL e outras.

Seria possível oferecer uma bateria dotada com tudo o que se pretende de nacional neste programa por menos de US$ 100 milhões de dólares, ou ao menos abaixo dos US$ 200 milhões?

Uma bateria baseada no AV-MMA supostamente teria a seguinte organização, ou próxima disso:

1. AV-PCC
2. AV-MET
3. AV-OFE
4. AV-RDR M200 Vigilante
5. AV-RDR M200 Multimissão
6. AV-MMA
7. AV-RMU

Alguém arrisca :?:

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qua Jun 07, 2023 3:12 pm
por RobsonBCruz
PORTARIA – EME Nº 1.040, DE 29 DE MAIO DE 2023

Institui o Grupo de Trabalho para confeccionar o Estudo de Viabilidade (EV) do Projeto de Obtenção Conjunta do Sistema de Artilharia Antiaérea de Média Altura/Médio Alcance (Pjt Obtç Cj S AAAe Me Altu/Me Alc).

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 3º, incisos XII e XIII e o art. 4º, inciso VIII, do Regulamento do Estado-Maior do Exército (EB10-R-01.007),
aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 1.780, de 22 de junho de 2022, e de acordo com a Resolução nº 9 do CONSUG/MD, de 16 de junho de 2021, e com a Mensagem Administrativa nº 1/2023-CGILAP/SUBLOP/CHELOG/EMCFA, de 19 de janeiro de 2023, resolve:

Art. 1º Fica instituída a equipe que confeccionará o Estudo de Viabilidade do Projeto de Obtenção Conjunta do Sistema de Artilharia Antiaérea de Média Altura/Médio Alcance.

Art. 2º A equipe será composta pelos seguintes militares:
I - do Centro de Controle Interno do Exército (CCIEx):
- 1 (um) representante do CCIEx;
II - do Estado-Maior do Exército (EME):
a) o Gerente do Pjt Obtç Cj S AAAe Me Altu/Me Alc;
b) o Supervisor do Pjt Obtç Cj S AAAe Me Altu/Me Alc;
c) o Gerente Adjunto da MB do Pjt Obtç Cj S AAAe Me Altu/Me Alc;
d) o Gerente Adjunto do EB do Pjt Obtç Cj S AAAe Me Altu/Me Alc;
e) o Gerente Adjunto da FAB do Pjt Obtç Cj S AAAe Me Altu/Me Alc;
f) 1 (um) representante da Assessoria de Governança e Gestão do Exército (AGGEx);
g) 1 (um) representante da Assessoria de Governança do Portfólio do Escritório de Projetos do Exército (AGP/EPEx);
h) 1 (um) representante da Seção de Gestão da Metodologia do Escritório de Projetos do Exército (SGM/EPEx);
i) 1 (um) representante da Assessoria de Apoio para Assuntos Jurídicos do EME (Asse Ap As Jurd/EME);
j) 1 (um) representante da 2ª SCh (CGSC²Ex);
k) 1 (um) representante da 4ª SCh; e
l) 1 (um) representante da 6ª SCh;
III - do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT):
a) 1 (um) representante da Diretoria de Fabricação (DF); e
b) 1 (um) representante do Centro Tecnológico do Exército (CTEx);
IV - do Comando Logístico (COLOG):
- 1 (um) representante da Diretoria de Material (D Mat);
V - do Comando de Operações Terrestres (COTER):
- 1 (um) representante do Centro de Doutrina do Exército (C Dout Ex); e
VI - do Comando de Defesa Antiaérea do Exército (Cmdo DAAe Ex):
- 1 (um) representante do Cmdo DAAe Ex.
Parágrafo único. A fim de atingir o necessário enfoque conjunto do Estudo de Viabilidade, conforme previsto na Mensagem Administrativa nº 1/2023-CGILAP/SUBLOP/CHELOG/EMCFA, de 19 de
janeiro de 2023, este Estado-Maior do Exército coordenará a participação de militares das demais Forças Singulares na confecção do presente Estudo de Viabilidade.

Art. 3º O Órgão responsável pela equipe é o Estado-Maior do Exército (EME), por intermédio do Escritório de Projetos do Exército (EPEx).

Art. 4º O Coordenador da Equipe é o Gerente do Projeto já designado.

Art. 5º Os representantes dos órgãos da Força Terrestre participantes da equipe serão indicados pelos respectivos chefes, comandantes ou diretores.

Art. 6º A participação dos membros da equipe nas reuniões será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.

Art. 7º O Órgão encarregado de prestar apoio administrativo é o EME/EPEx.

Art. 8º As reuniões serão convocadas por meio de ofício, Documento Interno do Exército (DIEx) ou outra forma legal e realizadas por meio de videoconferência para militares de fora da guarnição
de Brasília e de forma presencial para militares da guarnição de Brasília.

Art. 9º Após cada reunião será elaborada uma ata direcionada ao Coordenador da Equipe.

Art. 10. O quórum de reunião será variável, conforme determinado pelo Coordenador da Equipe e de acordo com a necessidade/especificidade do assessoramento técnico. Não há previsão de
emprego de sistema de votação.

Art. 11. Deverá ser emitida 1 (uma) Request for Information (RFI)/Request for Quotation (RFQ) visando dar publicidade ao processo e obter informações pertinentes ao Estudo de Viabilidade.

Art. 12. Para a elaboração do Estudo de Viabilidade, a equipe deverá considerar o exposto no Parecer nº 17/DEPROD/SEPROD/SG-MD, de 15 de dezembro de 2022.

Art. 13. O Estudo de Viabilidade deverá ser confeccionado até 31 de outubro de 2023, sendo possível prorrogações sucessivas, cada uma de até 90 (noventa) dias, devido à complexidade do
tema.

Art. 14. Após a conclusão dos trabalhos, o Estudo de Viabilidade será submetido, para aprovação, ao Chefe do Estado-Maior do Exército e, posteriormente, enviado para as demais Forças
Singulares e para o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).

Art. 15. Esta Portaria entrará em vigor e produzirá efeitos na data de sua publicação.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qui Jun 08, 2023 12:29 pm
por FCarvalho
Se já não estiver tudo amarrado com alguma empresa\sistema, este estudo de viabilidade só vai gerar alguma informação pertinente no ano que vem.
Esse ano o EB está focado em arrumar a VBCOAP SR, receber os primeiros protótipos de testes do Centauro 2, e arrumar grana para as modernizações de EE-9 e Leo 1A5, que devem se seguir até o final do ano.
O resto vem depois, principalmente os CC\IFV SL, já que o projeto AAe comum, pelos números apresentados, 18 baterias, será o mais caro de todos a ser resolvido.
Ano que vem, penso, teremos uma decisão, e a grana será discutida para o orçamento de 2025.
A ver.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Qui Jun 08, 2023 11:13 pm
por FCarvalho
Art. 11. Deverá ser emitida 1 (uma) Request for Information (RFI)/Request for Quotation (RFQ) visando dar publicidade ao processo e obter informações pertinentes ao Estudo de Viabilidade.
Este pedido deverá ser embasado no ROC da AAe já emitido, de forma que basicamente o que se buscará saber é o preço sugerido para a obtenção das 18 baterias pretendidas e as condições de financiamento e pagamento, tendo em vista o seu impacto no orçamento do exército. Isto tem como objetivo prover informação a nível institucional para argumentar junto à área financeira do governo, e no congresso, o apoio necessário ao orçamento que será necessário dispor na PLOA 2025. Do contrário, nada feito. O interessante é que vai dar para saber, se for tornado público, as empresas que oferecerem seus produtos.

Por enquanto tem pouca gente interessada no negócio até agora que se sabe de público. Mas a emissão deste RFI\RFQ pode deixar claro quem realmente vai entrar de cabeça na concorrência e o tipo de negócio que será feito. Se uma compra de prateleira ou se vamos levar a sério esse negócio de radar e sistemas nacionais.

A ver.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Jun 09, 2023 1:07 am
por FCarvalho
O que nós perdemos com a derrocada da Denel e a inépcia do tema defesa no Brasil