O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11176 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 25, 2023 6:52 pm

knigh7 escreveu: Sáb Mar 25, 2023 5:45 pm
FCarvalho escreveu: Sex Mar 24, 2023 7:03 pm Se for mesmo apenas 15 baterias, é o suficiente para cobrir os 5 GAAe do EB com 1 Bia, 3 Bia para os 3 Gaae da FAB, e sobra 2 Bia para o CFN. Caso o GAAe Slv que fica aqui em Manaus também seja aquinhoado, então o CFN fica com apenas 1 Bia na FFE, com o EB dispondo de 6.
O EB terá GAAAe de média altura. Não serão distribuídas aos atuais GAAAe.
Os Bofors e Oerlikon foram recentemente aposentados oficialmente dos GAAe. O Fila e Contraves junto com eles. Restaram os RBS-70NG que estão sendo recebidos paulatinamente, e formam, salvo engano, 1 bateria em cada grupo. Não vejo lógica de manter um GAAe equipado com mísseis que são essencialmente Shorad, e pior ainda, com uma única bateria de tiro, quando a missão primária destas OM, no papel, é a cobertura de área.

Isto de criar novos GAAe só para receber essas baterias de média altura quando já temos aqui os 5 GAAe já estabelecidos com toda a infraestrutura, logística e doutrina me parece ser mais um tiro no pé do EB. Parece, novamente, estarem querendo reinventar a roda. Não tem porquê.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11177 Mensagem por knigh7 » Sáb Mar 25, 2023 6:56 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Mar 25, 2023 6:44 pm
knigh7 escreveu: Sáb Mar 25, 2023 3:25 pm

Mas vale ressaltar que o EB planeja adquirir ao longo de 16 anos. Quanto a FAB e a MB a demanda deve ser pequena pois na divisão das tarefas dadas pelo MD no tocante a AAAe foi de atribuir a essas 2 Forças apenas a tarefa de autodefesa.
15 baterias em 16 anos é no mínimo risível. Quando a última entrar em operação, já vamos precisar modernizar a primeira.
E me chama a atenção de como será feita a divisão destas baterias. Quem vai receber primeiro, quem vai ficar por último.
Todas as forças tem "pressa" e necessidade de receber seus sistemas o mais rápido possível. Alguém vai abrir mão do seu lugar na fila? Acho difícil.
E a FAB possui 3 GAAe para equipar. Significa, no mínimo, que irá demandar 3 baterias a si. O CFN só recebe uma bateria e está de bom tamanho para a FFE.
Já o exército é um caso a parte.
Segundo a Tecologia & Defesa, 15 baterias é a soma para as 3 Forças e Saber M200 e os mísseis irão evoluir até 2.040.
As necessidades são grandes e a grana é curta. Vai ter de ter um prazo de recebimento longo mesmo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11178 Mensagem por knigh7 » Sáb Mar 25, 2023 7:00 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Mar 25, 2023 6:52 pm
knigh7 escreveu: Sáb Mar 25, 2023 5:45 pm
O EB terá GAAAe de média altura. Não serão distribuídas aos atuais GAAAe.
Os Bofors e Oerlikon foram recentemente aposentados oficialmente dos GAAe. O Fila e Contraves junto com eles. Restaram os RBS-70NG que estão sendo recebidos paulatinamente, e formam, salvo engano, 1 bateria em cada grupo. Não vejo lógica de manter um GAAe equipado com mísseis que são essencialmente Shorad, e pior ainda, com uma única bateria de tiro, quando a missão primária destas OM, no papel, é a cobertura de área.

Isto de criar novos GAAe só para receber essas baterias de média altura quando já temos aqui os 5 GAAe já estabelecidos com toda a infraestrutura, logística e doutrina me parece ser mais um tiro no pé do EB. Parece, novamente, estarem querendo reinventar a roda. Não tem porquê.
O EB também planeja receber AAAe de tubo para os GAAAe. Li há 3 anos atrás que seria a partir de 2028. É possível que com a desativação dos Bofors e Oerlikons o EB tenha antecipado aquele cronograma.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11179 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 25, 2023 7:04 pm

knigh7 escreveu: Sáb Mar 25, 2023 6:13 pm
FCarvalho escreveu: Sáb Mar 25, 2023 12:15 pm No papel, de 6 a 8 unidades.
O programa Defesa AAe Média Altura dispõe que cada bateria opere com, no mínimo, 3 unidades lançadoras.
Está será a base de referência para a compra do sistema selecionado.
Não. Isso varia de acordo com a capacidade do sistema bem como com os requisitos do comprador.
Há 3 anos atrás o EB emitiu um RFI para um Grupamento de Média Altura para 3 fabricantes: IAI, Rafael e Diehl. Todos apresentaram como solução 3 Bias com 3 unidades de tiro cada, sendo que a IAI apresentou uma alternativa além das 3 Bias que oferecera: era a de uma única Bia equipada com o míssil Barak Long Range.
Acredito que o EB peça 4 UT por Bia pelo ROC que prevê a cobertura de 10 mil km² (essas 3 empresas tem mísseis com que são capazes de prover essa cobertura com 4 UT), seja também pelo número de eventualidades e distinções que possam se deparar no T.O.
Sim, a organização depende do comprador e do que ele vai querer. O ROC emitido determinou que cada bateria deve dispor de no mínimo de 3 unidades de tiro com a capacidade de cobertura que citastes.
Uma bateria de artilharia, no manual do EB, é formada por 6 a 8 peças. Isso é o que diz a teoria. Mas sabemos que o EB não costuma atender seus próprios manuais.
A ideia de cada Bia operar com no mínimo 3 unde tiro e a cobertura de 10 mil km2 com cita o ROC diz muito mais sobre a incapacidade financeira do EB em conseguir comprar sistemas com baterias completas - e portanto formar GAAe completos - como reza seus manuais, do que propriamente com doutrina de operação ou qualquer outra coisa.
Enfim, estamos apostando, de novo, pela lógica posta no ROC, em soluções que sejam boas, nem tão bonitas assim, e essencialmente baratas.
É o EB querendo fazer mais com menos. Simples, não vai dar certo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11180 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 25, 2023 7:13 pm

knigh7 escreveu: Sáb Mar 25, 2023 6:56 pm Segundo a Tecologia & Defesa, 15 baterias é a soma para as 3 Forças e Saber M200 e os mísseis irão evoluir até 2.040.
As necessidades são grandes e a grana é curta. Vai ter de ter um prazo de recebimento longo mesmo.
Sim, entendo que sejam para todas as forças. E esse é justamente o problema. O exército sozinho com os poucos GAAe que tem já levaria tudo isso. Mas estranhamente esta demanda não aparece no programa defesa anti aérea. Mas até aí nada demais, difícil é vermos as demandas reais serem atendidas, e menos ainda utilizadas para respaldar investimentos a serem feitos.

E como tenho insistido aqui, temos as soluções em radares, ISR e C2 em desenvolvimento e\ou já disponíveis no país via BIDS. Isto obviamente tem um custo, bem maior, evidentemente, mas, trata-se aqui de valorizar e suportar no longo prazo nossa própria capacidade de manter as soluções que serão compradas em dia e plenamente operacionais. Principalmente quando mais se precisar delas. Não nos faltam lições.

Muito curioso em saber sobre qual será, se é que haverá, a participação real da BID sobre o sistema escolhido.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11181 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 25, 2023 7:22 pm

knigh7 escreveu: Sáb Mar 25, 2023 7:00 pm O EB também planeja receber AAAe de tubo para os GAAAe. Li há 3 anos atrás que seria a partir de 2028. É possível que com a desativação dos Bofors e Oerlikons o EB tenha antecipado aquele cronograma.
Pois é. Agora que falaste me lembrei disso. Mas até aí os GAAe atuais poderiam sem maiores problemas servir de base para os novos sistemas de mísseis e ainda assim acolher o material de tubo também. Isso nunca foi problema. Hoje mesmo os GAAe operam ainda um misto de RBS-70NG e canhões. Não vejo qual dificuldade em compor ambos na mesma OM. Pelo contrário, é um ganho em termos de custos para o carcomido orçamento do exército.

Sigo sem entender a razão de criar novas OM só para operar uma bataria de mísseis.

Aliás, no caso do EB, supondo que 4 baterias fiquem nas mãos da FAB e MB, com já expus aqui antes, com 11 baterias, a 3 ou 4 undes de tiro, é possível formar até 3 novos GAAe, e ainda sobra para AMAN, ESA, EscLog e até para a EscArtAAeCst. Para a pauperridade da nossa realidade de cada dia, e considerando que o EB nunca operou algo do tipo, a exceção dos Roland, que eram de outra classe e de outros tempos, dispor de 3 GAAe de média altura já vai ser muita coisa. Ao menos vai servir de base para fixação de doutrina como os dois GMF que temos.

Em todo caso, se houver realmente a aquisição de novos canhões, com esta quantidade acima disponível, seria possível equipar com 2 baterias de mísseis e 1 bia de canhões cada um dos cinco GAAe de hoje. Ou deixar 1 bia de mísseis e 2 bia de canhões. Ainda sobraria um número razoável para as OM escola e instrução\formação, que não por acaso, também precisam deles para suas atividades primárias. Aliás, sobraria até para formar novos GAAe com esta mesma organização.

A ver.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11182 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 25, 2023 7:46 pm

Falando em canhões antiaéreos, como para os militares aqui só existe solução possível que venha ou dos USA ou da Europa, o que há hoje disponível de mais moderno são esses dois aqui:

Rheinmetall
Imagem

E Oerlinkon GDF009
Imagem




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11183 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 25, 2023 7:51 pm

Uma alternativa fora da caixinha poderia ser esta aqui também. Mas é polonês. Então não está tão fora assim. :roll:

Imagem

https://defence24.com/polish-35-mm-arti ... -potential




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11184 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 25, 2023 8:23 pm

Ilustração que mostra a infraestrutura da FAB em todo o país. É possível perceber através dela, as demandas por defesa AAe da instituição, que não deve ficar restrita aos atuais 3 GAAe.

https://www.fab.mil.br/images/sistema/geral/mapa_FAB.png

Em minha opinião, o uso de canhões antiaéreos também deve ser visto como uma opção para a defesa AAe de bases aéreas e de outras OM que demandem sua presença.

Um misto de soluções baseadas em shorad, como os RBS-70NG, sistemas de curto, médio e longo alcance a meu ver são necessários. E contribuiriam para complementar a defesa AAe do EB e MB em diversas localidades. Principalmente aquelas em que estão superpostos OM de comando e controle das forças.

Dentro os sistemas citos até aqui de público, o Barak MX é o que mais se aproxima das necessidades de múltipla cobertura da FAB.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11185 Mensagem por knigh7 » Sáb Mar 25, 2023 8:25 pm

O Skyranger 30 da Rheinmettal é uma solução bem interessante, pois a torre é significarivamente mais leve que a do Skyranger 35.

Do caderno da própria empresa:
Imagem

Essas 1,3 ton mais leve seria uma vantagem grande para o Guarani possibilitando a utilização de uma mesma torre para os GAAAe e para as Brigadas Mecanizadas.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11186 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 25, 2023 8:35 pm

Vejam só. A Rheinmetall tem um portfólio bem grande de canhões em diferentes modelos e calibres. Até coloquei isso aqui no tópico do RECOP, acho. E isso me lembra que com um pouco mais de esforço e interesse a TORC30 poderia ser adaptada para a função AAe sem maiores percalços. Seria apenas questão de adotar o canhão certo e um radar Giraffe 1X e estava de ótimo tamanho.

Mas vamos de UT30BR com data link para 'estilingar' drones. :roll:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11187 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 25, 2023 8:38 pm

Imagem

O problema de material de defesa alemã, além do alto custo e preço, é a mania infernal de serem politicamente corretos nesta área. Se já temos por aqui não poucas restrições para operar Leo 1A5, que é um CC de museu, imagina o que essa gente não faria se comprássemos coisas mais modernas.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11188 Mensagem por knigh7 » Sáb Mar 25, 2023 10:27 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Mar 25, 2023 8:35 pm Vejam só. A Rheinmetall tem um portfólio bem grande de canhões em diferentes modelos e calibres. Até coloquei isso aqui no tópico do RECOP, acho. E isso me lembra que com um pouco mais de esforço e interesse a TORC30 poderia ser adaptada para a função AAe sem maiores percalços. Seria apenas questão de adotar o canhão certo e um radar Giraffe 1X e estava de ótimo tamanho.

Mas vamos de UT30BR com data link para 'estilingar' drones. :roll:
Sistemas antiaéreos de tubo tem uma cadêcia de fogo de 1.000/min ou mais. O Gepard atira 1.100/min (cada canhão 550 tiros/min), o KCE-ABM do Skyranger 30 1.200 tiros/min, o Oerlikon do Skyranger 35 1.000/min.

Já a TORC 30 tem uma cadência de fogo de apenas 600 tiros/min.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11189 Mensagem por FCarvalho » Dom Mar 26, 2023 5:52 pm

knigh7 escreveu: Sáb Mar 25, 2023 10:27 pm
FCarvalho escreveu: Sáb Mar 25, 2023 8:35 pm Vejam só. A Rheinmetall tem um portfólio bem grande de canhões em diferentes modelos e calibres. Até coloquei isso aqui no tópico do RECOP, acho. E isso me lembra que com um pouco mais de esforço e interesse a TORC30 poderia ser adaptada para a função AAe sem maiores percalços. Seria apenas questão de adotar o canhão certo e um radar Giraffe 1X e estava de ótimo tamanho.
Mas vamos de UT30BR com data link para 'estilingar' drones. :roll:
Sistemas antiaéreos de tubo tem uma cadêcia de fogo de 1.000/min ou mais. O Gepard atira 1.100/min (cada canhão 550 tiros/min), o KCE-ABM do Skyranger 30 1.200 tiros/min, o Oerlikon do Skyranger 35 1.000/min.
Já a TORC 30 tem uma cadência de fogo de apenas 600 tiros/min.
Por isso que eu disse que tem que se adotar o canhão certo. E existem bem mais de uma opção no mercado hoje. Até o Bofors 40\70 caberia nela sem maiores problemas, conforme a empresa afirma que a torre é preparada para receber canhões de 30 a 40mm.

Os suecos com certeza ficariam felizes da vida em nos ajudar a colocar o seu Giraffe 1X, o Bofors 40\70 Mk IV e mais alguns perdulicários solicitados no RO da VBC AAe. E tenho cá para mim que seria uma alternativa bem mais fiável e acessível ao nosso orçamento. Diria talvez até mais simples, já que complementaria os RBS-70NG que se pretende para os Guarani. Seria na verdade um misto de ambos, complementando a defesa AAe das bdas inf e cav mec.

Como mostrei no outro post, os poloneses oferecem um canhão 35mm de desenho próprio. O que custa chegar lá com eles e conversar? A BID polonesa, e o país em si, tem muito a nos oferecer. E no campo da defesa temos em mão uma ótima oportunidade de negociação, já que eles estão indo à feira quase todos os dias.

Nas minhas contas de padaria, entre dotar modelos IFV Guarani e AAe para as bdas mec, o EB teria uma demanda para mais de 300 unidades da TORC30. Mas sei lá. Os caras estão insistindo na UT30BR, para a qual eles sequer até hoje mal conseguiram comprar uma dúzia. :roll:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11190 Mensagem por FCarvalho » Dom Mar 26, 2023 11:32 pm

Um exemplo de organização para as Bia AAe das Bda Cav Mecanizadas equipadas com RBS-70NG\Giraffe 1X e alternativamente com TORC30 AAe equipada com Can Bofors 40\70 Mk IV + Giraffe 1X

Bda Cav Mec
-Cia Cmdo Ap
-- Bia AAe
--- 1 VBC Rdr\PC Giraffe 1X
--- 4 VBC AAe RBS-70NG

Ou

-Cia Cmdo Ap
-- Bia AAe
--- 3 VBC TORC30 AAe
--- 6 VBC AAe RBS-70NG
________________________________________

RCM
- Pel Cmdo Ap
-- Seç AAe
--- 1 VBC Rdr\PC Giraffe 1X
--- 4 VBC AAe RBS-70NG

Ou

- Pel Cmdo Ap
-- Seç AAe
--- 3 VBC TORC30 AAe

Evidentemente que a TORC30 AAe não existe, e nem existirá, visto não haver sequer solução para ela a fim de equipar um Guarani IFV. Mas usei a torre da ARES apenas como exemplo para ilustrar como podemos administrar diferentes alternativas de formação para a a defesa AAe das bdas cav, e também bda inf mecanizada.

A adoção de uma torre a nível RCM seria bem vida e oportuna, já que complementaria a defesa da brigada, que a meu ver deveria ser em camadas, e não como hora se pretende fazer. Mas, cada um faz o que pode com o orçamento que tem. O EB parece encontrou uma solução de fácil acesso, e relativamente barata para aproveitar as muitas VBTP que dispõe, e ainda irá receber para poder finalmente ter uma defesa AAe minimamente decente para as suas OM mecanizadas.

No caso da proposta para as VBC AAe e VBC Rada\PC, a proposta do estudo de viabilidade nada mais é do que verificar as alterações necessárias para encaixar o modelo do lançador sueco nos veículos Guarani. Pode até não ser a melhor opção, ou a única, mas dentro da realidade atual, parece ser a possível.

Bola para frente. Já é melhor do que não ter nada, ou a defesa AAe das bdas estar a cargo de singelas Browning .50




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