Levando em consideração que estes dois países, além da Guiana Francesa, podem chegar a abrigar forças militares aéreas e servirem assim, como ponta de lança para eventuais pressões político-militares sobre nós, não consigo deixar de pensar que não temos defesa aérea, antiaérea, e pouco ou nenhuma defesa terrestre na linha que nos divide com eles.
As infraestruturas de defesa existentes atualmente dizem respeito apenas aos PEF, bem poucos, aliás, que existem por lá, e uma ou outra cidade que divide espaço na linha fronteiriça com outras no lado oposto.
As capitais mais próximas, no caso, Boa Vista e Macapá, não contam com defesa AAe em qualquer nível, talvez, a não ser pela eventual presença dos Igla-S dos BIS naquelas localidades. Ou traduzindo em miúdos, não existe defesa AAe na nossa fronteira com as três guianas.
Paripassu, manter, operar e manutenir algum sistema de defesa AAe naquela região, independente de qualquer ajuda que se possa planejar receber do sul do país, a meu ver é uma obrigação e uma necessidade impositiva, antes mesmo que qualquer eventual ameaça se faça real. Assim, ou a FAB adquire sistemas AAe de média e\ou baixa altura para defender a BABV, pelo menos, ou o EB dá um jeito de arrumar, pelo menos, uns RBS-70 NG para dar cabo da defesa das OM que possui nestas cidades, já que tanto uma como outra são sede dos respectivos comandos de fronteira de área.
Não é preciso dizer da importância para o sistema de comando e controle do exército a existência, e defesa, de suas OM naquelas cidades. E não sei mais o que é preciso dizer ou fazer para nos dignarmos manter um mínimo que seja de defesa AAe não apenas ali, mas em todos os comandos de fronteira na região norte, que hoje contam com 7 OM\BIS.
No caso da FAB, possuir sistemas de defesa aérea de longo alcance e altura em Manaus, Belém e Porto Velho, onde estão os 3 centros integrados de defesa aérea do CINDACTA IV é o mínimo que se pode esperar. Em todo caso, as bases aéreas em Boa Vista, Manaus e Belém também precisam ser complementadas com defesa AAe de curto e médio alcance para sua proteção. As duas bases de desdobramento em São Gabriel da Cachoeira e Eirunepé também precisam contar, minimamente, com AAe de curto alcance\altura para autodefesa. Idem para a base aérea de Cachimbo, que é bem mais importante do que se possa pensar, embora pouco notada e comentada pelo público. As principais pistas de aeroportos no interior também precisariam ser defendidas, além da rede do CINDACTA nas suas mais diferentes localidades.
Fico pensando aqui que isso de sistema comum para todos é uma burrada do tamanho do mundo, já que a única coisa que poderia ser comum a todos, seria os Manpad e os RBS-70 suecos. O resto, cada um tem demandas tão díspares quanto inequívocas para sua necessidades de defesa AAe.
Um sistema de média altura\alcance para a defesa AAe das localidades onde se encontram os comandos de fronteira seria algo a se pensar para além das baterias orgânicas da brigadas de inf slv e dos BIS. Qual o melhor sistema para isso

Eu sinceramente ainda não tenho essa resposta. Mas seria bom ver o que melhor se adapta a mais essa demanda.