O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11101 Mensagem por FCarvalho » Sex Set 23, 2022 5:48 pm

Muito interessante saber esta organização atual dos GAAe e GAAeSlv.
Dá para mensurar as necessidades atuais do EB pelo menos com o material que se dispõe hoje.
Com apenas 5 OM do tipo GAAe, seriam necessários apenas 60 lançadores de RBS-70NG para dar conta da demanda.
Contando os 12o GAAe Slv, que é o único de seu tipo até agora, adiciona-se mais 6 lançadores apenas. Ou seja, uma demanda singela de apenas 66 RBS-70NG para defesa anti aérea do país.
Em tempo, este último grupo também disporia de 12 Igla-S como material orgânico.
Como cada BIS também possui, em teoria, um pelotão AAe nas Cia Cmdo Ap, supondo que fosse estruturado da mesma forma que do GAAe Slv, seriam 12 Igla-S em duas BiaAAe a 3 seções cada, perfazendo um total de 192 lançadores.
Mas ao que me vem de memória, o pel AAe a nível batalhão é formado por apenas 2 seções, totalizando 4 lançadores Igla-S por BIS.
Entre CMA e CMN existem 16 batalhões de infantaria ao todo na região norte divididos entre 6 brigadas das 8 aventadas no planejamento do exercito.
Seriam necessários assim, minimamente, 6 GAAe Slv com 36 RBS-70NG\72 Igla-S e mais 64 Igla-S para os BIS. Ou 192 como visto acima.
Com 8 brigadas de inf selva a conta chega 48 RBS-70NG\96 Igla-S e, teoricamente, outros 96(288) Igla-S se todas elas fossem completas com infantaria. Mas não são... :? :roll:
Dá para ver que em matéria de defesa antiaéria só não resolvemos os nossos problemas porque não queremos mesmo. [005]
Eu faria uma coisa mais simples:

GAAe Slv a 3 Bia com 3 seções cada = 18 RBS-70NG
Pel AAe (BIS) a 3 Bia com 2 Seções cada = 12 Igla-S

Simples, efetivo e muito mais prático de ser distribuído, aplicado, organizado e, principalmente, operado.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11102 Mensagem por FCarvalho » Dom Set 25, 2022 12:32 am

“Verba” vs “Piorun” - Russian and Polish MANPADS Compared [OPINION]
MAKSYMILIAN DURA
20.10.2021

Imagem

https://defence24.com/armed-forces/verb ... ed-opinion

Na falta de querer comprar coisa melhor da Rússia, os poloneses estão oferecendo uma versão customizada do Igla-S usado por aqui.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil0

#11103 Mensagem por FCarvalho » Qua Set 28, 2022 5:53 pm

prp escreveu: Sex Set 23, 2022 5:10 pm https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... 0GAAAe.pdf
Manual de Campanha
GRUPO DE ARTILHARIA
ANTIAÉREA
Tomando como ponto de partida a atual organização dos GAAe do exército, podemos inferir algumas coisas sobre os sistemas em desenvolvimento pelo CTEx em parceria com a BID.

São 5 GAAe e 1 GAAe Slv que diferem apenas no tipo de equipamento utilizado. Ambos possuem a mesma organização a saber:

Cmdo
Bia Cmdo Ap
1 Bia Mísseis
2 Bia Canhões AAe

O EB já utiliza o radar M-60 Saber nestas OM, considerando-se a adoção de um radar para cada bateria de mísseis. Ainda está em desenvolvimento o radar M-200 nas versões vigilante e multimissão.

Supondo que no futuro o EB equipe todos os 5 GAAe com o novo sistema de defesa AAe a ser adquirido, sendo 1 bateria por grupo, tal como é hoje, temos então 5 baterias a serem adquiridas no total, que equivalem a 15 lançadores, no caso de o valor de referência mínimo no ROC da AAe comum ser utilizado, no caso, 3 peças por bia.

Estes números podem chegar até 30 lançadores caso seja adotado o padrão, digamos, formal das OM de artilharia com 6 peças por Bia. Ou 40 lançadores, se o valor máximo de 8 peças por Bia fosse adotado.

A depender do tipo de sistema a ser adquirido, e as quantidades, apenas o EB terá que dispor de recursos na ordem de US$ 1 a 3 bilhões de dólares apenas para dotar as 5 baterias\mísseis nos GAAe.

Se o EB porventura resolver organizar todos os 5 GAAe apenas com 3 bia de mísseis, então o investimento necessário pode chegar na casa dos US$ 3,8 a 6,7 bilhões.

Notar ainda que os valores referentes a uma bateria AAe apresentados pelas empresas variam de acordo com a quantidade de lançadores e sistemas anexos, enquanto logística, suporte material, ae apoio pós venda é tudo negociado em separado e de acordo com os interesses de cada comprador. Mas basicamente, os sistemas são oferecidos em sua menor configuração, que dependendo do modelo adota pode usar de 3 a 4 lançadores, conforme descrição do fabricante. O ROC do ministério da defesa exige a bateria equipada no mínimo com 3 lançadores. Os valores acima então podem ser multiplicados para cima do que foi aqui exposto. Nada indica que se compre, ao menos de início, sistemas com mais do que 3 lançadores por bateria.

Por fim, há de indicar que os valores apresentados talvez possam variar para baixo no caso de o país adotar os radares M200 e suas duas variantes (tal como se pretende), assim como o M-60 já utilizados. Conte-se além deles o sistema C2 também pretende-se será nacional, além da parte de comunicações e logística integrada, assim como os veículos base e de suporte. O apoio pós venda será feito de acordo com os requisitos emanados visando formação e treinamento de pessoal, além do estabelecimento do apoio industrial e tecnológico no país exigidos naquele documento.

Eu não faço muita ideia de quantos radares seriam necessários, mas a julgar pela organização que se pode verificar na maioria dos sistemas apresentados até agora, podemos inferir ao menos 1 radar M-200 Vigilante por bateria e 1 radar M-200 Multimissão por grupo AAe. Ou seja, temos supostamente uma demanda para 15 radares M-200 Vigilante e outros 5 radares M-200 Multimissão por parte do EB. Eu não sei se o M-60 ainda teria um papel a desempenhar quando da adoção desses radares maiores nos GAAe.

No caso da MB e FAB, fica um pouco mais difícil de saber o que será feito, visto que a FAB possui 3 GAAe e a MB\CFN apenas um btl AAe, para encurtar o nome. Ambos utilizam apenas Manpad na figura do Igla-S e do Mistral. Não conheço a organização destas OM a a disposição de seus equipamentos.

Em todo caso, pelo que está no ROC, seriam ao menos 1 bataria AAe para FAB e outra para a MB\CFN, o que em tese envolveria mais 2 radares M-60 Vigilante e 2 radares M-60 Multimissão.

Se a FAB equipar os 3 GAAe a 1 bateria AAe, são 3 M-60 Vigilante e 3 M-60 Multimissão.

Então, no que diz respeito às quantidades, me parece que o que temos hoje não seria, ou será, suficiente pelo menos para pagar o investimento feito no desenvolvimento deles. Sob este prisma, a sua adoção ou não, fica extremamente dependente ou de exportações ou de as ffaa's conseguirem comprar quantidades que justifiquem uma linha de produção e tudo o que envolve este processo.

A ver.

obs: para quem tem apenas 5 grupos AAe com 3 baterias para defender um espaço de 8,5 milhões km2, talvez lançar mão do maior esforço possível em termos de quantidade e disponibilidade de lançadores fosse a solução mais adequada. Nisto, organizar as baterias a 8 lançadores nos daria uma capacidade de ter GAAe equipados com até 24 lançadores. Pode não parecer muito, mas como cada um dos requisitos do ROC é que cada Bia possa cobrir uma área de até 10 mil km2 com 3 lançadores, um grupo com 24 deles poderia cobrir mais de 80 mil km2 de área; é um espaço bem razoável a se defender para um país com mania de gigantismo como o nosso.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11104 Mensagem por knigh7 » Sex Set 30, 2022 7:15 pm

Prazo de conclusão: 80 dias

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11105 Mensagem por FCarvalho » Sáb Out 01, 2022 2:07 am

De repente ficou todo mundo com pressa agora... [005]




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11106 Mensagem por knigh7 » Sáb Out 01, 2022 3:26 am

FCarvalho escreveu: Sáb Out 01, 2022 2:07 am De repente ficou todo mundo com pressa agora... [005]


E o EB constituiu nessa semana GTs de trabalho para as variantes da Família Guarani derivadas da viatura 6x6 que ainda faltam. Prazo de conclusão dos trabalhos: 30 dias.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11107 Mensagem por FCarvalho » Sáb Out 01, 2022 4:10 pm

knigh7 escreveu: Sáb Out 01, 2022 3:26 am
FCarvalho escreveu: Sáb Out 01, 2022 2:07 am De repente ficou todo mundo com pressa agora... [005]
E o EB constituiu nessa semana GTs de trabalho para as variantes da Família Guarani derivadas da viatura 6x6 que ainda faltam. Prazo de conclusão dos trabalhos: 30 dias.
Pois é. Parece que alguma coisa está acontecendo para o pessoal resolver engatar uma quinta em relação a vários projetos que estavam parados ou quase que defenestrados.
Sei lá. Vamos ver no que isso vai dar.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11108 Mensagem por FCarvalho » Sáb Out 01, 2022 4:14 pm

Quanto a isso de GT para ver o que a BID tem para oferecer em relação ao projeto da defesa AAe, meio estranho, já que o que mais a ABIMDE faz junto às forças e ao MD é propagandear as suas capacidades instaladas e projetos em desenvolvimento. E não é preciso lembrar que a Avibrás é uma das fundadoras da ABIMDE.
Vai dizer que os caras do MD não sabem agora o que a indústria de defesa nacional é ou não capaz de fazer em matéria de AAe :?
Sinceramente, tem umas coisas que realmente não tem muita explicação. Todo mundo sabe que a Avibrás era a única que propôs um sistema AAe para o EB, e mesmo assim não deu em nada.
No que será que esse povo está pensando agora... :roll:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11109 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Out 04, 2022 6:26 am

Pandur Evolution for Drone Defense and Short Range Air Defense
At the AirPower22 in Zeltweg/Austria, GDELS-Steyr presented an air defense system for short and close range, with two Pandur Evolution as carrier vehicles. According to a statement from GDELS-Steyr, one Pandur Evo carries Saab's Giraffe 1X radar system as a sensor, while the other carries MBDA's Mistral Atlas RC effector.

According to GDELS-Steyr, the Saab G1X 3D air surveillance radar has a range of up to 75 kilometers and enables the detection, classification and tracking of airborne threats. According to the manufacturer MBDA, the IR-seeking Mistral missile has a success rate of 96 percent and is said to be able to combat UAVs, high-speed aircraft and highly maneuverable jets and helicopters alike.

In addition to the Pandur Evo as an armored personnel carrier, which has been in use with the German army since 2018, GDELS-Steyr presented a Pandur Evo for anti-tank defense at the Eurosatory 2022, with a modern impact turret (Integrated Precision Attack Combat Turret) from MBDA with two integrated 5th generation Akeron MP anti-tank guided missiles.

As the company writes, shortly before that, GDELS-Steyr had integrated a remote-controlled 30mm RS6 weapon system from Kongsberg (30 x 113) into the Pandur Evo in Pocek, Slovenia, and successfully presented it with a live shot at the Kongsberg User Conference.

With the variants presented, GDELS is continuing its multi-role strategy for the Pandur 6×6 Evo. Due to tight defense budgets, the focus was on efficiency in terms of user-friendliness, training and logistics right from the conception stage of the vehicle, and a vehicle platform that was as flexible as possible and capable of fulfilling various roles in operations was developed, says GDELS.
Imagem




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11110 Mensagem por FCarvalho » Ter Out 04, 2022 1:26 pm

Com alguma sorte e um pouco de praticidade, a REMAX vai gerar um modelo que poderá levar Manpad consigo sem ter de abrir mão da sua arma primária.
O mesmo vale para mísseis AC, que na forma dos Spike LR poderão até ser adotados de forma mais simples, já que está tudo em casa entre os fabricantes\fornecedores.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11111 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 11, 2022 1:52 pm

knigh7 escreveu: Sex Set 30, 2022 7:15 pm Prazo de conclusão: 80 dias

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Prazo final 12 de dezembro de 2022. Faltam 30 dias. A ver se haverá algum resultado a ser mostrado.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11112 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 11, 2022 2:08 pm



Quanto mais eu vejo notícias vindas da Ucrânia, e vídeos como este por aí, mais me convenço de que essa história de sistema comum para as três forças é equivocado desde o princípio.

Como disse no tópico da Defesa Aérea, a FAB, diz-se, afirmou interesse em sistemas de longo alcance para si, a princípio, de forma a complementar a defesa aérea dos caças. Este tipo de sistema seria empregado, penso, a nível de COMAR, assim como o EB o faria, se os tivesse, creio, em nível de comando militar e\ou região militar. Marinha idem com seus distritos navais.

Neste aspecto, apenas a título de ilustração, a FAB possui hoje 8 COMAR, o exército 8 CM e 12 RM, e a marinha dispõe de 9 DN em sua organização atual. Considerando esta referência, digamos, a nível de defesa AAe estratégica, conforme o ROB Defesa AAe, precisaríamos de cerca de 37 baterias de longo alcance, tipo S-400 ou similar ocidental. E diria até mesmo chinês, já que até hoje defendo que a compra de mísseis deve ser o norte deste programa, já que o conjunto ISR e C2 das OM que irão compor os GAAe de cada força serão necessariamente nacionais, na forma dos radares da EDS\Embraer e demais subsistemas complementares, em desenvolvimento ou já prontos e em uso no país.

Mas alguém aí tem dimensão da loucura que seria o Brasil comprar 37 baterias de defesa AAe de sistemas de longo alcance, qualquer que seja o fornecedor :?: :shock:

E nem estamos falando da necessária e impositiva aquisição e operação de sistemas de médio e curto alcance, tão ou mais necessários pela capilaridade que oferecem no seio das forças espalhadas pelo 8,5 milhões km2 do país, sem contar os 5,2 milhões km2 de ZEE e Plataforma Continental.

Realmente, eu creio que estamos muito equivocados com isso de AAe comum para todo mundo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11113 Mensagem por Viktor Reznov » Sex Nov 11, 2022 5:12 pm

De onde esse cara tirou essa informação do S400 abatendo tantos caças em tão pouco tempo? Ah foi num exercício. Acho que com essa Guerra na Ucrânia todos nós já havemos de ter aprendido a não confiar nos resultados divulgados pelos Russos em seus exercícios militares, que não passam de balé sincronizado pra convencer a OTAN de que eles são uma ameaça bem maior do que na prática representam.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11114 Mensagem por FCarvalho » Sáb Nov 12, 2022 12:50 am

Viktor Reznov escreveu: Sex Nov 11, 2022 5:12 pm De onde esse cara tirou essa informação do S400 abatendo tantos caças em tão pouco tempo? Ah foi num exercício. Acho que com essa Guerra na Ucrânia todos nós já havemos de ter aprendido a não confiar nos resultados divulgados pelos Russos em seus exercícios militares, que não passam de balé sincronizado pra convencer a OTAN de que eles são uma ameaça bem maior do que na prática representam.
Se entendi corretamente o vídeo, foram lançados 26 mísseis contra 14 caças no exercício citado com os sérvios. Me parece estar dentro do padrão russo de operação de defesa AAe.
Exercícios servem basicamente para mostrar, e testar, na prática do que efetivamente os sistemas são capazes, ou não. Claro, nenhum fabricante sai por aí alardeando falhas e deficiências de seus produtos. Mas se a informação tiver parâmetro na realidade, então justifica, e explica, até hoje os russos não terem domínio aéreo completo sobre a Ucrânia, assim como a Otan não arriscar chegar perto da Criméia e das bases russas no mar negro. Ambos operam sistemas S-300, e S-400 no caso deste último apenas a Rússia.
Isto serve para nos chamar a atenção para a necessidade, também, de termos aqui sistemas AAe de longo alcance. E aí tanto faz quem seja o fornecedor, desde que atenda nossos requisitos, principalmente os RTLI.
Como digo e repito, quem nós vender o melhor pacote tecnológico, industrial, financeiro e logístico no que tange os mísseis de curto, médio e longo alcance que precisamos leva o contrato. Simples assim.
Já temos aqui todo o resto para equipar os GAAe. Falta a munição e dinheiro para comprá-la.
Quem será nós ofereceria a melhor relação custo x benefício...




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11115 Mensagem por FCarvalho » Sáb Nov 12, 2022 1:01 am

Só lembrando, o ROB da AAe comum é para um sistema basicamente de curto alcance, e se os requisitos desejáveis forem atendidos, de médio alcance, ou seja, teremos/queremos uma AAe com apenas 40 km de alcance, podendo chegar, ou não, a 80 km. Isso é insuficiente para defesa de área estratégica.
Eu tenho dúvidas de que tenhamos alguma disposição para adquirir sistemas do nível de S-400, Davi Sling, Patriot, etc. Por outro lado, se fizemos o AV-MCT, por quê não pensar em um míssil AAe de longo alcance, também?
A ver.




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