O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
E talvez por opção mesmo, pois o EB tem uma demora inexplicável para definir o uso de suas 30 mm. Sério, só olhar por ai por fora, 30 mm em Inf Mec serve nos Pel Ap e nas Bia AAe (em conjunto com mísseis) e só!
Desde 2014, você só encontra trabalhos em relação a potenciais uso de 30 mm em Inf Mec, mas até agora não há doutrina formada.
Desde 2014, você só encontra trabalhos em relação a potenciais uso de 30 mm em Inf Mec, mas até agora não há doutrina formada.
- gabriel219
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Cara, defesa para drones é um pouco complexo, mas é possível fazer sim, mas precisa se definir prioridades de defesa. Drones não tem um RCS tão baixo, sua principal ameaça é a sua baixa velocidade.Matheus escreveu: Seg Fev 21, 2022 9:00 am Não existe algum sistema de curto alcance contra drones/munições tipo um Sea Ram+Vulcan? Tipo, um veículo astros com um canhão rotatório de 20 ou 30mm, dois lançadores 4x nas laterais, um radar de tiro e um radar de curto alcance/alta sensibilidade a AESA.
Até agora, quem está combinando canhões e mísseis para lutar contra drones é a Rússia e agora o EUA. Porém, a maior preocupação desses é com drones CAT 0, 1 e 2. Assim os sistemas de médio alcance lidam com drones de maiores categorias, que podem disparar armamentos de maior alcance.
Até agora, apenas o Pantsir-S1M me parece o mais adequado para lhe dar com essas ameaças, combinando radar AESA e sensor EO/IR como um IRST, com interceptadores entre canhões, mísseis de curto alcance e de médio alcance. Porém, nesse sistema, ainda sinto a falta de um canhão que possua munição ABM/AHEAD e um mastro com sensor IRST 360º, além de Jammers.
O sistema MSHORAD sob o Stryker já possui um canhão - evolução do M230 - com capacidade ABM e operando sensores AESA de uso duplo, tanto como jammers quanto buscadores, de origem Israelense. É previsto o uso de sensores IRST também, porém acho o conjunto de interceptadores bem aquém para enfrentar drones de maior instância e num alcance maior. Porém o EUA vem desenvolvendo o Coyote 2, que é basicamente drones suicidas anti-drones, porém a baixa velocidade dele me faz pensar que é basicamente efetivo anti-drones com propósito de missões IRVA, pois até esse drone for engajado pelo Coyote 2, se ele estiver armado, já terá lançado seus armamentos embarcados.
Enfim, penso que o melhor de cada um poderia dar a luz um sistema e penso que Artilharia Antiaérea do Exército tem que se baseada num único princípio: defesa de suas próprias tropas!
O EB pode definir sistemas:



Não vejo necessidade de sistemas de maior alcance no EB pois a FAB sempre deve apoiar com missões CAP a FT do EB desdobrada. Quanto a sistemas como S-400 ou David Sling's para atuar como negação de uso do espaço aéreo, além de proteção de estruturas estratégicas civis com sistemas VSHORAD, isso deveria ir para a FAB.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Com a Rússia em guerra e sob sanções, se já era difícil, agora ficará impossível de ver o EB adquirindo qualquer coisa na linha Pantsyr, Tor, Buk ou qualquer coisa que valha. Talvez até a reposição de Igla-S fique sob risco.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Esqueçam. Vai ser a "desculpa" perfeita.
E digo mais, não sei não se os EUA (e por consequência outros parceiros) não vão endurecer o jogo depois do desastre diplomático que foi essa viagem a Rússia.
abs
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- gabriel219
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Desastre diplomático? Cara, lugar de torcida é em outro tópico.gusmano escreveu: Qui Fev 24, 2022 3:59 pm Esqueçam. Vai ser a "desculpa" perfeita.
E digo mais, não sei não se os EUA (e por consequência outros parceiros) não vão endurecer o jogo depois do desastre diplomático que foi essa viagem a Rússia.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Pessoal, uma dúvida de alguém bem leigo no assunto:
Assistindo alguns videos de ataques e desembarque de tropas russas utilizando helicópteros, me veio na imaginação a utilização de canhões anti-aéreos naquela situação. Não seria algo bastante efetivo? Pq pensando em usar um Igla, por exemplo, e o helicóptero em baixa altitude voando entre árvores, morros, edifícios e casas seria um alvo bem complicado para se abater, não?
Resumindo: os canhões anti-aéreos ainda não tem uma importância estrategica a depender da situação?
Assistindo alguns videos de ataques e desembarque de tropas russas utilizando helicópteros, me veio na imaginação a utilização de canhões anti-aéreos naquela situação. Não seria algo bastante efetivo? Pq pensando em usar um Igla, por exemplo, e o helicóptero em baixa altitude voando entre árvores, morros, edifícios e casas seria um alvo bem complicado para se abater, não?
Resumindo: os canhões anti-aéreos ainda não tem uma importância estrategica a depender da situação?
"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem." Schopenhauer
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Desastre diplomático. Aqui é sobre AAAe e EU considero que o recente desastre diplomático irá afetar este tema/discussão aqui. Lugar de torcida é em outro tópico.gabriel219 escreveu: Qui Fev 24, 2022 4:23 pmDesastre diplomático? Cara, lugar de torcida é em outro tópico.gusmano escreveu: Qui Fev 24, 2022 3:59 pm Esqueçam. Vai ser a "desculpa" perfeita.
E digo mais, não sei não se os EUA (e por consequência outros parceiros) não vão endurecer o jogo depois do desastre diplomático que foi essa viagem a Rússia.
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Forte abraço.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Ainda bem que VOCÊ considera, baseado em nada, mas ainda sim ao menos assumiu ser opinião própria.gusmano escreveu: Qui Fev 24, 2022 6:27 pmDesastre diplomático. Aqui é sobre AAAe e EU considero que o recente desastre diplomático irá afetar este tema/discussão aqui. Lugar de torcida é em outro tópico.gabriel219 escreveu: Qui Fev 24, 2022 4:23 pm
Desastre diplomático? Cara, lugar de torcida é em outro tópico.
Forte abraço.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Canhão ainda tem uma importância enorme, por ser mais eficiente que mísseis em curtíssimo alcance, quase fase terminal, seja anti-PGM ou anti-vetores mesmo. Agora com o conceito Drone Swarm, canhões antiaéreos com capacidade ABM/AHEAD são mais importantes que nunca.Super Flanker escreveu: Qui Fev 24, 2022 5:17 pm Pessoal, uma dúvida de alguém bem leigo no assunto:
Assistindo alguns videos de ataques e desembarque de tropas russas utilizando helicópteros, me veio na imaginação a utilização de canhões anti-aéreos naquela situação. Não seria algo bastante efetivo? Pq pensando em usar um Igla, por exemplo, e o helicóptero em baixa altitude voando entre árvores, morros, edifícios e casas seria um alvo bem complicado para se abater, não?
Resumindo: os canhões anti-aéreos ainda não tem uma importância estrategica a depender da situação?
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O Torc30 pode ser usado como CIWS anti-aéreo? Pois tenho planejado usá-lo no DAAe curto alcance do EB. Acho que o ideal é eu desenhar dois sistemas complementares. Um com o Torc30+radar. E outro com o A-darter+radar. Abraços.gabriel219 escreveu: Qui Fev 24, 2022 6:29 pmCanhão ainda tem uma importância enorme, por ser mais eficiente que mísseis em curtíssimo alcance, quase fase terminal, seja anti-PGM ou anti-vetores mesmo. Agora com o conceito Drone Swarm, canhões antiaéreos com capacidade ABM/AHEAD são mais importantes que nunca.Super Flanker escreveu: Qui Fev 24, 2022 5:17 pm Pessoal, uma dúvida de alguém bem leigo no assunto:
Assistindo alguns videos de ataques e desembarque de tropas russas utilizando helicópteros, me veio na imaginação a utilização de canhões anti-aéreos naquela situação. Não seria algo bastante efetivo? Pq pensando em usar um Igla, por exemplo, e o helicóptero em baixa altitude voando entre árvores, morros, edifícios e casas seria um alvo bem complicado para se abater, não?
Resumindo: os canhões anti-aéreos ainda não tem uma importância estrategica a depender da situação?
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Com canhões KCE, sendo 30 mm ou 35 mm, pode sim.NaScImEnTToBR escreveu: Qui Fev 24, 2022 9:31 pmO Torc30 pode ser usado como CIWS anti-aéreo? Pois tenho planejado usá-lo no DAAe curto alcance do EB. Acho que o ideal é eu desenhar dois sistemas complementares. Um com o Torc30+radar. E outro com o A-darter+radar. Abraços.gabriel219 escreveu: Qui Fev 24, 2022 6:29 pm
Canhão ainda tem uma importância enorme, por ser mais eficiente que mísseis em curtíssimo alcance, quase fase terminal, seja anti-PGM ou anti-vetores mesmo. Agora com o conceito Drone Swarm, canhões antiaéreos com capacidade ABM/AHEAD são mais importantes que nunca.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Eu também tenho como ideia que esse Torc30 AAe também possa ser usada pela Marinha, igual ao Pantsir que é usado pelo Exército e Marinha. Nesse caso poderia também, né? Pois eu vi que muitos países usam o Oerlikon 30mm como CIWS.gabriel219 escreveu: Qui Fev 24, 2022 9:39 pmCom canhões KCE, sendo 30 mm ou 35 mm, pode sim.NaScImEnTToBR escreveu: Qui Fev 24, 2022 9:31 pm
O Torc30 pode ser usado como CIWS anti-aéreo? Pois tenho planejado usá-lo no DAAe curto alcance do EB. Acho que o ideal é eu desenhar dois sistemas complementares. Um com o Torc30+radar. E outro com o A-darter+radar. Abraços.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Penso que poderia sim.NaScImEnTToBR escreveu: Qui Fev 24, 2022 9:43 pmEu também tenho como ideia que esse Torc30 AAe também possa ser usada pela Marinha, igual ao Pantsir que é usado pelo Exército e Marinha. Nesse caso poderia também, né? Pois eu vi que muitos países usam o Oerlikon 30mm como CIWS.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
A ver se a incursão russa trará algumas lições, e reflexões, sobre o programa Defesa AAe nacional.
Depois de décadas de poder aéreo sustentado em ataques cada vez maiores e mais complexos, seja amparado ou não em armas convencionais/inteligentes, e/ou guerra cibernética, é mister repensar o que estamos planejando para o futuro, e também o formato que a defesa AAAe brasileira precisa ter, e não apenas a possível.
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