Energys escreveu: Qui Dez 24, 2020 11:37 am
É o sistema mais flexível, permitindo comprar algo mais simplificado em termos de sensores e aqui integrar sistemas táticos nacionais como os radares da família SABER. Tem uma logística de transporte facilitada pelo modo como foi concebido, permitindo um transporte quase que universal no que se refere a plataforma sobre rodas que se escolha. No meu entendimento é o que melhor se adapta ao que se quer e como tem a flexibilidade que citei, talvez ganhe competitividade, já que não é um sistema fechado quanto a montagem operacional, o que pode reduzir custos.
Penso, no entanto, que o SPYDER pode ainda ter um custo-benefício que o BARAK não possa atingir, ainda que seja oferecido o "básico" desse sistema.
Att.
Creio que a pergunta principal é: o Barak MX está apto a receber os sistemas que estamos desenvolvendo aqui como os radares Saber, link BR2, RDS e outros desde agora, caso eles estejam disponíveis operacionalmente? Se sim, então é o sistema ideial para o que queremos, mas do contrário, ele precisa oferecer algo a mais.
Do ponto de vista da cobertura anti-PGM, acredito que o Barak MX seja um sistema flexível o suficiente para amparar, se assim demandado, um míssil mais barato e eficiente contra estas armas. Os israelenses tem as soluções, assim como outros fornecedores. Se podem ser integradas, é algo que eles tem de responder.
Estou pensando aqui o seguinte: todos estes sistemas israelenses, ou qualquer outro com as características elencadas no ROC, no que diz respeito ao EB só caberiam em GAAe, que são as únicas OM da força com estrutura e pessoal capazes de utilizá-los tal como apresentados. Não considero as BiaAAe espalhadas por aí como viáveis para isso, dado que são orgânicas das brigadas. Estes sistemas são, portanto, bons para defesa de grandes áreas. O EB hoje possui 6 GAAe conforme o link abaixo:
https://tecnodefesa.com.br/os-desafios- ... o-parte-1/
Destas 6 unidades, nenhuma cobre a regiões nordeste e centro-oeste, à exceção de Brasília. Algumas receberam o RBS-70 ou operam com o Igla-S, tendo os Bofors 40/70 ou Oerlinkon GDF-001 de 35mm como armas de tubo. Não há nada no ROB que faça referência ao destino destas armas de tubo no EB. Considerando que o ROC determina que a oferta seja de uma bateria com no mínimo 3 lançadoras, há de se supor que este seja o número de referencia para a composição de cada GAAe do exército, a priori. Então, supostamente o EB poderia adquirir até 6 baterias do sistema escolhido.
No caso da FAB a questão me parece ser dotar os 2 grupos de defesa AAe que compõe hoje o sistema de defesa área. Estes grupos possuem baterias espalhadas em Manaus, Brasília e Canoas. Uma demanda teórica para apenas 3 baterias.
Já a Marinha, bom, tem apenas um único batalhão de artilharia no qual estão os manpads Mistral, e no qual se poderia instalar o sistema adotado. Ou seja, se muito a MB poderia receber uma única bateria a princípio.
Então, temos uma demanda teórica para apenas 10 baterias. Para um começo de conversa é até pouco, mas diante das perspectivas existentes no médio e longo prazo, podemos incorrer em um grande negócio para a BID no sentido de nacionalizar os sistemas adotados junto com os Prode em desenvolvimento aqui.