Chávez: inimigo potencial ou primeira linha de defesa?

[Kratos]

Como considerar como primeira linha de defesa um caudilho que financia movimentos cujos objetivos são minar a influência brasileira no continente e desestabilizar nossa democracia?

[DELTA22]

Vou me ater no comentário apenas do título do tópico...

Chavez: inimigo potencial?

Possivelmente. Mas não o vejo como principal problema brasileiro na área militar, já na parte GEOPOLÍTICA ai sim vejo ele como potencial problema, principalmente se ele ver, por qualquer motivo seus interesses serem contrariados interna e/ou externamente (aqui leia-se Bolivia, Equador, etc.) ou através de "movimentos" que visem prejudicar algum assunto que esteja envolvendo o Brasil, como disse anteriormente o Kratos. É a velha tática de encontrar um inimigo "externo" para resolver assuntos internos (melhor exemplo que o caso Paraguai/Itaipu/Brasil não há, mas isso já é outra história).

Chavez: primeira linha de defesa?

Não tenho esta visão. O mais correto seria manter FFAA bem equipadas e treinadas para defesa, não apenas com relação a Chavez em caso de um "surto" demagógico (como ocorreu com a Colombia), mas sim para quaisquer ameaças não importando a origem.

[]'s a todos.

[talharim]

O Chavito estará se tornando uma ameaça militar real em breve assim que chegarem seus 9 Amur e com a ampliação da sua Força aérea.

Teriam condições de efetuar um bloqueio naval e aéreo para Europa e Norte da América estrangulando nossa economia.

[gaitero]

Eu apoio 100% a atitude Venezuelana....
Porque se eles não fizessem isto estariamos hoje sem FA....

Graças a eles o Brasil parece acordar.....

Quanto a continuação, hoje infelismente a Venezuela passa por maus bocados, a sobra de caixa que financiava a modernização militar acabou, as reservas internacionais estão sendo gastas para impedir um avanço da crise, ainda maior, e o preço do petróleo que hoje custa 40 dólares impede qualquer compra bélica em um futuro proximo.

Mesmo assim, quando possivel eles devem adquerir mais 24 caças, acredito que Su-35.

Quanto aos submarinos, não vejo no futuro, nem mesmo nos proximos 15 anos, um potêncial para a compra de 9 unidades, mas acredito que 4 unidades podem ser sim adqueridas.

[gaitero]

Entre os objectivos do governo de Hugo Chaves, especialmente no que diz respeito ao reequipamento da marinha venezuelana, está a aquisição de quatro submarinos do tipo «636», uma versão modernizada dos submarinos do tipo «Kilo», concebidos ainda no período da antiga União Soviética.

Os quatro submarinos, deverão ser construídos nos estaleiros Admiraltsky, de S. Petersburgo, onde já foram construídos os navios do tipo 877 (a versão mais antiga dos submarinos «Kilo») e também nos estaleiros de Komsomolsk-an-Amur, onde foram construídos alguns dos submarinos mais recentes.
Estes deverão substituir os 2 IKL-209 atualmente em uso na Venezuela.


Os projectos venezuelanos não se ficam pelo financiamento de submarinos, pois também existem planos para a aquisição de aeronaves de transporte do tipo IL-76, num número de doze unidades.


A Rússia também deverá propor a Chavez a compra de aeronaves Su-35, que poderão ser entregues a partir de 2010. Segundo a imprensa russa trata-se de negociações para a aquisição de aeronaves novas, mas existe também a possibilidade de se tratar de uma proposta de reposição dos Sukhoi Su-27 que a Venezuela adquiriu e com os quais, segundo várias fontes os militares venezuelanos não estão satisfeitos.

[irlan]

Me lembro do chavéz não estar muito satisfeito com a manutenção dos SU-30, parece que ele queria um centro de manutenção na venezuela, não sei se só passou de uma idéia.

[felipexion]

Me lembro do chavéz não estar muito satisfeito com a manutenção dos SU-30, parece que ele queria um centro de manutenção na venezuela, não sei se só passou de uma idéia.

Centro de manutenção?
O único centro de manutenção de aeronaves russas que PODERIA ser instalado na AS seria SE o Brasil escolhesse o morto-vivo do SU-35 no FX com as suas 120 aeronaves. Assim seriam 120 SU-35BM mais 24 SU-30 para fazer a manutenção. Daria um belo caldo na AS.

[irlan]

Bem não sei se "centro de manutenção" seria a palavra correta, mas segundo o próprio chavez qualquer coisinha que acontecia nas aeronaves ela tinham que ser mandadas para a rússia, provavelmente ele queria que parte da manutenção das mesmas fossem feitas localmente.

[Immortal Horgh]

Entre os objectivos do governo de Hugo Chaves, especialmente no que diz respeito ao reequipamento da marinha venezuelana, está a aquisição de quatro submarinos do tipo «636», uma versão modernizada dos submarinos do tipo «Kilo», concebidos ainda no período da antiga União Soviética.

Os quatro submarinos, deverão ser construídos nos estaleiros Admiraltsky, de S. Petersburgo, onde já foram construídos os navios do tipo 877 (a versão mais antiga dos submarinos «Kilo») e também nos estaleiros de Komsomolsk-an-Amur, onde foram construídos alguns dos submarinos mais recentes.
Estes deverão substituir os 2 IKL-209 atualmente em uso na Venezuela.


Os projectos venezuelanos não se ficam pelo financiamento de submarinos, pois também existem planos para a aquisição de aeronaves de transporte do tipo IL-76, num número de doze unidades.


A Rússia também deverá propor a Chavez a compra de aeronaves Su-35, que poderão ser entregues a partir de 2010. Segundo a imprensa russa trata-se de negociações para a aquisição de aeronaves novas, mas existe também a possibilidade de se tratar de uma proposta de reposição dos Sukhoi Su-27 que a Venezuela adquiriu e com os quais, segundo várias fontes os militares venezuelanos não estão satisfeitos.

Acho que todos esses grandes planos venezuelanos, foram arrasados com a crise ianque. O preço do petróleo caiu vertiginosamente, e todo o orçamento do plano plurianual venezuelano, foi baseado em US$ 60 o barril, hoje fechou em quase US$ 43. Além do já conhecido problema de abastecimento alimentício, o governo Chavez é acusado pela oposição de ter desindustrializado o país e também duramente criticado por não conseguir controlar uma inflação que já bate nos 30% anuais (31,7% em 2008), logo não vejo nada muito além do que já compraram.


[ ]s

[Plinio Jr]

Acho que todos esses grandes planos venezuelanos, foram arrasados com a crise ianque. O preço do petróleo caiu vertiginosamente, e todo o orçamento do plano plurianual venezuelano, foi baseado em US$ 60 o barril, hoje fechou em quase US$ 43. Além do já conhecido problema de abastecimento alimentício, o governo Chavez é acusado pela oposição de ter desindustrializado o país e também duramente criticado por não conseguir controlar uma inflação que já bate nos 30% anuais (31,7% em 2008), logo não vejo nada muito além do que já compraram.


[ ]s

Tbm não boto muita fé na realização destas aquisições do Chavez sob atual conjuntura econômica mundial.....

[gaitero]

Eu tambem não, tanto que se ler o que psotei antes, esta lá....

Mas quando sobrar money, a prioridade deverá se manter nestes 3 pontos.

Nem se compara ao que o Brasil pretende fazer....

[rodrigo]

Se o nosso colchão de defesa será o Chavez, estamos f.... O sujeito já chama a briga pra si. O texto do Cel. Fregapani é muito importante, porque ele era o chefe da ABIN naquela região até o sr. MAG mandar ele voltar para Brasília (ele estava atrapalhando a entrega do território aos índios). Em todo esse caldo, se tem alguém em que o Brasil pode confiar é o Fregapani. No STF, os ministros vão entregar a terra aos índios, e quero ver quem vai fazer cumprir aquelas regras inventadas.

[Túlio]

Profético este último post, ao menos a meu ver...

[Guerra]

Eu apoio 100% a atitude Venezuelana....
Porque se eles não fizessem isto estariamos hoje sem FA....

O general Elito falou a mesma coisa

[Izaias Maia]

COLÔMBIA – EQUADOR – VENEZUELA – ESTADOS UNIDOS – BRASIL
General de Exército da reserva - CARLOS ALBERTO PINTO SILVA

JANELAS DE OPORTUNIDADE
SITUAÇÃO





Passamos da fase da “paz relativa” para a de “crise”. A crise é real?


1. ALGUMAS OBSERVAÇÕES

- a Venezuela, por ação de seu Presidente, vem desempenhando papel de certa relevância em todos os cenários;

- os EUA mantêm interesse na questão, em face da sua aliança com a Colômbia para o combate à produção e ao tráfico de drogas (Plano Colômbia);

- existe uma clara animosidade do presidente venezuelano com relação aos EUA;

- a decisões recentes do presidente Chávez deixou a simples retórica e assumiu postura visivelmente agressiva contra a Colômbia, diretamente, e os EUA, indiretamente;

- o Governo brasileiro, por intermédio de declarações do Governo do Ministério das Relações Exteriores vem mantendo discurso diplomático afinado, ressaltando a sua prioridade para a integração sul-americana e o respeito à soberania de cada país (não-ingerência em assuntos internos de outros países);

- consultadas sobre a postura dos Estados Unidos, da Venezuela e quanto a eventuais ameaças por parte das FARC com relação ao País, as autoridades do setor de Defesa brasileiro, normalmente, repetem o discurso do MRE e do Presidente. Ou seja, não visualizam perigos relevantes;

- se não existe qualquer risco para a Segurança nacional, fica difícil convencer a opinião pública quanto à necessidade de reaparelhamento das Forças Armadas;

- nota-se que o Brasil tem evitado assumir a postura de potência regional e, em conseqüência, a liderança no subcontinente.

2. ASPECTOS JULGADOS IMPORTANTES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS E ESCLARECIDOS

a. Venezuela

- Movimentou, está movimentando, ou é capaz de movimentar tropas? Que tropas? Quando e para onde?

- A Venezuela possui poder de combate crível para uma guerra convencional?

- Existem evidências de apoio à guerrilha colombiana por parte da Venezuela?

b. As FARC na fronteira do Brasil

- Principais ações na Cordilheira e ao norte da Colômbia;

- A fronteira da Colômbia com o Brasil constitui uma frente considerada secundária pelas FARC;

- Tem sido registrado algum incremento das atividades das FARC em regiões próximas á fronteira brasileira?

- Quais foram os últimos incidentes registrados no interior do território brasileiro envolvendo integrantes das FARC?

c. Material militar colombiano apreendido no Equador
- Que material foi apreendido?

- Existem evidências de apoio à guerrilha colombiana por parte do Equador?

d. Necessidades da Força Terrestre brasileira
- Como explorar a situação visando á obtenção de recursos para a Força Terrestre?

e. A experiência de combate das Forças Armadas colombianas
- Experiência de mais de 40 anos de conflitos com as FARC.
- O Exército Colombiano possui material de emprego militar exigido para um conflito convencional?

f. Hipótese de Emprego levantada para o Exército Brasileiro
- Existe a possibilidade da escalada da crise ao ponto de exigir uma intervenção internacional?
- Qual a possibilidade de o Brasil participar, ou liderar, uma eventual ação de imposição da paz?
- Como?

3. OPORTUNIDADES

- manter o acompanhamento cerrado da escalada da crise, não se limitando ao que ocorre no presente;

- estudar as situações vigentes na Venezuela, Bolívia, Equador e Colômbia, estabelecendo cenários de médio e longo prazos. O Brasil possui muitos interesses, particularmente econômicos, nos países citados;

- o setor de Defesa brasileiro pode mudar o discurso – “política da boa vizinhança”, e aproveitar as situações de crise vividas pelos vizinhos para mostrar, e convencer, a sociedade brasileira quanto à vital importância da manutenção de Forças Armadas profissionais e preparadas para defender a Pátria;

- no Congresso Nacional existem parlamentares conscientes da necessidade do reaparelhamento das Forças Armadas. Esses parlamentares poderão desempenhar papel decisivo nas ações de convencimento, no âmbito do Congresso e da sociedade brasileira, da necessidade de revisão da política orçamentária para o campo da Defesa Nacional;

- tomar medidas concretas de alerta militar nas fronteiras do Brasil, transmitindo à sociedade a sensação de segurança e de tranqüilidade.
General de Exército da reserva - CARLOS ALBERTO PINTO SILVA - ex-comandante de Operações Terrestres (COTer), do Comando Militar do Sul, e do Comando Militar do Oeste. 10/08/2009

General de Exército da reserva - CARLOS ALBERTO PINTO SILVA
ex-comandante de Operações Terrestres (COTer), do Comando Militar do Sul, e do Comando Militar do Oeste. 10/08/2009

http://www.defesanet.com.br/09_08/09081 ... ezuela.htm